Profetas Maiores – Isaías
Velho Testamento
Autor: Isaías.
Quando foi escrito: 740 – 680 a.C.
O Profeta filho de Amoz:
Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, 1:1.
Sua chamada e unção, 6:1-8.
Sua família, 7:3;8:3-4.
Visto geralmente como o maior dos profetas do Antigo Testamento.
Por ser preeminentemente o profeta da redenção.
Muitas das passagens de seu livro estão entre as mais formosas da literatura.
Alguns eruditos modernos têm estudado sua profecia poética do mesmo modo que um botânico estuda as flores, examinando-as e analisando-as.
O uso deste método tem feito que a beleza e a unidade do livro, como as de uma rosa, fiquem quase esquecidas à medida que as diferentes partes são divididas a fim de serem examinadas.
Sinopse:
Seção I.
capítulos 1-39. Refere-se principalmente a eventos que conduziram ao cativeiro.
Exortações e advertências do juízo divino, mescladas com predições de dias melhores e da vinda do Messias. capítulos 1-12.
Profecias acerca das nações vizinhas – Assíria, Babilônia, Moabe, Egito, Filístia, Síria, Edom, e Tiro, etc., capítulos 13-23.
Escritos acerca dos pecados e do sofrimento do povo, promessas de salvação, um cântico de confiança em Deus, e seu cuidado por sua vinha, capítulos 24-27.
Maldições pronunciadas contra Efraim e Jerusalém, especialmente por confiar nas alianças estrangeiras, capítulos 28-31.
Promessas de um rei justo e do derramamento do Espírito, a exaltação do justo, e a transformação do deserto em um jardim do Senhor, capítulos 32-35.
A libertação de Ezequias das mãos dos assírios e a prolongação de sua vida, capítulos 36-39.
Seção II.
A segunda parte do livro contém predições, advertências e promessas referentes a eventos posteriores ao cativeiro, eventos que se estendem por séculos através da dispensação cristã. Esta parte da profecia é especialmente rica em referências messiânicas.
Palavra Chave: SALVAÇÃO. O nome Isaías significa “Salvação do Senhor”.
Salvação:
Sua fonte, 12:3.
Seu gozo, 25:9.
Seus muros, 26:1.
Eterna, 45:17.
Seu dia, 49:8.
Os pés de seus atalaias, 52:7.
Sua difusão, 52:10.
Seu braço, 59:16.
Seu elmo, 59:17.
Suas vestes, 61:10.
Sua luz, 62:1.
Sete coisas perduráveis:
1. A fortaleza, 26:4.
2. Os juízos, 33:14.
3. O gozo, 35:10.
4. A salvação, 45:17.
5. A compaixão, 54:8.
6. A aliança, 55:3.
7. A luz, 60:19.
Poéticos – Cantares de Salomão
Velho Testamento
Autor: Salomão, de acordo com a tradição, também em Salomão 1:1 confirma que é o rei de Israel.
Este livro tem sido severamente criticado por causa da linguagem sensual. Seu direito a um lugar na bíblia tem sido defendido por muita gente religiosa de todas as épocas. Muitos o têm considerado como uma alegoria espiritual do afeto que existe entre Deus e seu povo escolhido, ou entre Cristo e sua igreja.
Data do Livro
1014 a.C. Salomão morreu mais ou menos no ano 992 a.C.
1. Histórico e literal:
Fala do amor entre homem e mulher (esposo e esposa). Mostra que este assunto merece um lugar na Bíblia porque é muito importante.
2. Simbólico somente.
Fala simbolicamente sobre o relacionamento entre Jesus Cristo e o Seu povo, os eleitos de Deus. Outros dizem que é Jesus Cristo e a Sua igreja. Tudo isso depende da sua idéia da noiva de Cristo.
3. Histórico e simbólico.
É um evento histórico e literal com um sentido simbólico. É isso que é a verdade. Simbolicamente fala sobre Jesus Cristo e a Sua noiva, a igreja dele.
Este é um Poema Oriental:
As expressões ardentes só podem ser devidamente interpretadas por uma mente espiritual madura.
Sinopse:
O noivo representa a Cristo; a noiva a Igreja.
1. “O mundo religioso” todo ensina que o reino de Deus, a família de Deus e a igreja de Jesus Cristo (a noiva de Cristo) são iguais ou idênticos. O reino de Deus – é todos os salvos na terra da época presente. A família de Deus – é todos os salvos de todas as épocas no céu e na terra. A igreja de Jesus Cristo – é local e visível, um corpo dos salvos batizados corretamente, pregando a verdade e guardando puro as ordenanças. A noiva de Jesus Cristo – os membros fiéis das igrejas de Cristo.
2. Jesus Cristo é chamado o noivo, então Ele tem que ter uma noiva. João 3:29.
3. A igreja verdadeira de Jesus Cristo é chamada a Sua noiva. Efésios 5:22-33. II Coríntios 11:2.
4. A noiva será os fiéis das igrejas do Senhor Jesus Cristo. Apocalipse 19:7-10.
A comunhão espiritual entre a noiva e o noivo celestial, 1:1-2:7.
A noiva perde seu companheiro e o busca, 2:8-3:5.
Os discursos ardentes do noivo e da noiva acerca de seu amor mútuo e os elogios de um para com o outro, 3:6-8:14.
Pensamento Chave: Meu amado, o título que os crentes dão a Cristo, 2:16.
Texto Companheiro. O salmo 45.
Ilustração Complementar:
Parte I.
O Noivo celestial.
Seu amor cobre todos os defeitos da noiva, Cantares 4:7.
Seu regozijo por ela, Isaías 62:5.
Deu sua vida por ela, Efésios 5:25.
Virá reclamá-la como sua, Mateus 25:6.
Parte II.
A noiva.
Ama ao noivo, Cantares 2:16.
Sente sua indignidade, Cantares 1:5.
Tem sido purificada e vestida com vestes imaculadas, Apocalipse 19:8.
Adornada com as jóias da graça divina, Isaías 61:10.
Oferece os convites para as bodas, Apocalipse 22:17.
A Festa das Bodas:
Preparada pelo Pai para o Filho, Mateus 22:2.
Preparações custosas, Mateus 22:4.
O convite é uma grande honra, Apocalipse 19:9.
Os convites, desprezados por minutos, Mateus 22:5.
Os convites incluem todas as classes, Mateus 22:10.
O fato de não usar roupas de bodas por descuido leva a sua exclusão, Mateus 22:11-13.
Poéticos – Eclesiastes
Velho Testamento
Nome: Emprestado da Septuaginta. Na Bíblia hebraica é chamado Kohelet. Embora o significado desta palavra seja incerto, tem sido traduzida em português como “pregador”, ou alguém que dirige uma reunião.
Autor: Indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão, 1:1-2. Julgando pela história de sua vida encontrada na bíblia, muitas experiências relatadas ali parecem corresponder às que ele deve ter tido.
Quando foi escrito: 935 a.C.
Texto Chave: 12:13.
Palavras Chaves: Vaidade, e sob o sol. Cada uma destas expressões ocorre mais de vinte e cinco vezes.
Conteúdo:
O livro contém as reflexões e experiências de um filósofo cuja a mente estava em conflito sobre os problemas da vida.
Depois de falar das desilusões que havia tido, apresenta o enfoque do materialismo epicureu – que não há nada melhor que o gozo carnal dos prazeres da vida.
À medida que esta idéia aparece repetidamente através do livro, é evidente que o escritor lutava com ela, enquanto que ao mesmo tempo expressava verdades profundas acerca do dever e das obrigações do homem para com Deus.
Finalmente, parece sair de suas especulações e dúvidas até alcançar a conclusão nobre de 12:13: “Teme a Deus”, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem.
Sinopse:
Capitulos 1-2.
Introdução. Reflexões sobre a rotina monótona da vida, 1:1-11.
A busca de satisfação e felicidade do homem natural.
Não se encontra na aquisição de sabedoria, 1:12-18
Não se encontra no prazer mundano, 2:1-3.
Não se encontra na arte ou na agricultura, 2:4-6
Não se encontra nas grandes possessões, 2:7-11.
Conclusões.
O sábio é superior ao insensato, 2:12-21.
Do epicureu – não há nada melhor do que comer, beber e gozar a vida, 2:24-26.
Capitulo 3.
O ponto de vista do homem natural acerca da cansativa rotina da vida.
Há um tempo para tudo, 1-8.
A conclusão do materialista, 13-22.
Capitulo 4.
O estudo dos males sociais afasta da fé, vs.1-15.
Conclusão:
tudo é sem sentido e inútil, v.16.
Capitulo 5.
Conselhos acerca dos deveres religiosos, vs.1-7.
A insignificância das riquezas, vs.9-17.
A conclusão é – comer, beber e gozar a vida, vs.18-20.
Capitulo 6.
A falta de sentido de uma vida longa, vs.3-12.
Capitulo 7.
Uma série de ditos sábios, 1-24.
Conclusões acerca da mulher má, 25-28.
Capitulo 8.
Deveres civis, 1-5.
A incerteza da vida, 6-8.
A certeza do juízo divino, e as injustiças da vida, vs.10-14.
A conclusão epicuréia, v.15.
A obra de Deus e o homem, 16-17.
Capitulo 9.
Coisas similares sucedem aos justos e aos maus;
O túmulo é a meta da vida,
O homem é uma criatura de circunstâncias.
Conclusão epicuréia (1):
Comamos e bebamos porque amanhã morreremos, 1-9.
A sabedoria é preeminente, ainda que às vezes não seja apreciada, 13-18.
Capitulo 10.
Vários ditos sábios, o contraste entre a sabedoria e a insensatez, etc.
Capitulo 11.
Conselhos acerca da generosidade, 1-6.
Conselhos ao jovem, 9-10.
Capitulo 12.
Uma descrição poética da velhice, 1-7.
As últimas palavras do pregador
A a conclusão final acerca do dever primordial do homem, 8-14.
(1) Observações:
Epicuréia: (origem da palavra epicureu, do grego epikoúreios, do latim epicurēu)
Quem se entrega aos prazeres mundanos.
Epícuro (341–270 a.C.) foi um filósofo grego partidário de Demócrito. O essencial de sua obra reside no conceito de gozar os bens materiais e espirituais do mundo com ponderação e medida; de forma que a excelência desses bens seja percebida naquilo que há de melhor em sua natureza. Mas a doutrina de Epícuro foi desvirtuada por seus opositores, principalmente religiosos, que lutavam contra todas as formas de materialismo. Então o Epicurismo (Epicuréia, no feminino) tornou-se sinônimo de busca exclusivamente material; de volúpia e prazeres terrenos. Esta conotação foi usada para designar a Sociedade Epicuréia
Provérbios Cantares de Salomão
Poéticos – Provérbios
Velho Testamento
É uma coleção de Máximas Morais e Religiosas, possuidoras de instrução acerca da maneira correta de viver. Também contêm discursos breves sobre sabedoria, justiça, temperança, trabalho, pureza, etc.
Nestes ditos concretos e expressivos descreve-se um grande contraste entre a sabedoria e a insensatez, e entre a justiça e o pecado.
Autores: Acredita-se geralmente que Salomão escreveu um grande número dos provérbios, ainda que talvez estes possam não ter sido originalmente seus. Os capítulos 30 e 31 trazem palavras de Agur e de Lemuel.
Quando foi escrito: 950 – 700 a.C.
Propósito Principal: Dar instrução moral, especialmente aos jovens.
Texto Chave: 1:4.
Pensamento Chave: O temor do Senhor, mencionado cerca de quatorze vezes.
Sinopse:
Conselhos paternais e advertências, com exortações acerca da obtenção de sabedoria, capítulos 1-7.
Chamado da sabedoria capítulos 8-9.
Os provérbios de Salomão – contrastes entre o bem e o mal sabedoria e a insensatez, capítulos 10-20.
Máximas proverbiais e conselhos, capítulos 21-24.
Os provérbios de Salomão, copiados por homens do rei Ezequias, capítulos 25-29.
As palavras de Agur, o profeta, capítulo 30.
As palavras do rei Lemuel, o conselho de uma Mãe, 31:1-19. A descrição de uma esposa ideal, 31:10-31.
Porções Seletas:
Sabedoria, seu chamado, 1:20-23; capítulo 8;
sua fonte, 2-6;
sua preciosidade, 3:13-26;
a coisa principal, 4:5-13;>
o tesouro mais valioso, 8:11-36;
sua festa, 9:1-6.
Temas Tratados:
A ira, 14:17, 29; 15:18; 16:32; 19:11.
A generosidade, 3:9-10; 11:24-26; 14:21; 19:17; 22:9.
A correção dos filhos, 13:24; 19:18; 22:6; 15; 23:13-14.
Os tentadores, 4:14; 9:13; 16:29.
O temor de Deus, 1:7; 3:7; 9:10; 10:27; 14:26-27; 15:16; 33; 16:6; 19:23; 23:17; 24:21.
Insensatos, caluniadores, 10:18;
De vida curta, 10:21;
Desordeiros, 10:23;
Fariseus, 12:15;
Irritáveis, 12:16;
Zombadores do pecado, 14:9;
Faladores de estultícia, 15:2;
Insensíveis, 17:10;
Perigosos, 17:12;
Ilusórios, 17:24;
Intrometidos, 20:3;
Desprezadores da sabedoria, 23:9;
Estúpidos, 27:22;
Auto-confiantes, 14:16; 28:26;
Incautos, 29:11.
Amizade, 17:17; 18:24; 19:4; 27:10; 17.
Conhecimento Divino, 15:11; 21:2; 24:12.
Diligente, 6:6-11; 10:4-5; 12:27; 13:4; 15:19; 18:9; 19:15,24; 20:4; 13; 22:13; 24:30-34; 26:13-16.
Opressão, 14:31; 22:22; 28:16.
Orgulho, 6:17; 11:2; 13:10; 15:25; 16:18-19; 18:12; 21:4,24; 29:23; 30:13.
Prudência, 12:23; 13:16; 14:8,15,18; 15:5; 16:21; 18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Zombadores, 3:34; 9:7; 14:6; 19:25; 24:9.
Contenda, 3:30; 10:12; 15:18; 16:28; 17:1,14,19; 18:6,19; 20:3; 22:10; 25:8; 30:33.
Temperança, 20:1; 21:17; 23:1-3,20; 23:29-35; 25:16; 31:4-7.
A língua, 4:24; 10:11-32; 12:6,18,22; 13:3; 14:3; 15:1-7,23; 16:13,23,27; 17:4; 18:2,21; 19:1; 20:19; 21:23; 26:28; 30:32.
Ganho injusto, 10:2; 13:11; 21:6; 28:8.
Riqueza, 10:2,15; 11:4,28; 13:7,11; 15:6; 18:8; 18:11; 19:4; 27:24; 28:6,22.
Mulheres más, 2:16-19; 5:3-14,20,23; 6:24-35; 7:5-27; 9:13-18.
Mulheres boas, 5:18-19; 31:10-31.
Lição Espiritual: Salomão foi um guia, mais que um exemplo. Mostrou o caminho da sabedoria, mas na última parte de sua vida, não caminhou por ele. Seu filho, Roboão, seguiu seu exemplo, em vez de seus conselhos, e se converteu num governante insensato e mau.
Poéticos – Salmos
Velho Testamento
São cento e cinqüenta cânticos e poemas espirituais usados em cultos e devocionais da igreja de todas às épocas. Compunham o hinário do segundo templo. Os temas predominantes são a oração e o louvor, mas os Salmos cobrem uma grande variedade de experiências religiosas.
São referidos com mas freqüências no Novo Testamento do que qualquer outro livro, exceto Isaías.
São com freqüência chamados Salmos de Davi porque esse rei foi o autor de um grande número deles.
Autores: Não se sabe quais foram os autores de um grande número de Salmos. É provável que, em alguns casos, o nome atribuído a certos Salmos possa se referir melhor ao compilador do que ao autor.
A seguinte lista de autores foi extraída de várias versões das Escrituras:
Atribuídos a Davi, 73;
aos filhos de Coré, 11;
a Asafe, 12;
a Hemã, 1;
a Etã, 1;
a Salomão, 2;
a Moisés, 1;
a Ageu, 1;
a Zacarias, 1;
a Ezequias, não há certeza quanto ao número;
a Esdras, 1.
Os restantes são anônimos.
Data: Incerta.
Salmos Messiânicos: Damos a seguir alguns dos salmos que contém referências diretas ou simbólicas a Cristo.
Cristo com Rei, 2; 45; 72; 110; 132:11
Seus sofrimentos, 22; 41; 55:12-14; 69:20-21.
Sua ressurreição, 16.
Sua ascensão, 68:18.
Ordem quanto a Tema: Cada salmo está anotado abaixo sob o tema a que se refere.
O homem:
Sua exaltação, 8.
Sua condição de pecador, 10; 14; 36; 55; 59 entre outros.
O mundano e o ímpio.
Em contraste com o piedoso, 1; 4; 5.
A demora de seu castigo, 10.
Sua prosperidade, 37; 73.
Seu destino, 9; 11.
A confiança nas riquezas, 49.
Experiências espirituais.
O arrependimento, 25; 38; 51; 130.
O perdão, 32.
A conversão, 40.
A consagração, 116.
A confiança, 3; 16; 20; 23; 27; 31; 34; 42; 61; 62; 91; 121.
A capacidade de ser ensinado, 25.
A aspiração, 42; 63; 143.
A oração, 55; 70; 77; 85; 86; 142; 143.
O louvor, 96; 98; 100; 103; 107; 136; 145; 148; 149; 150.
A adoração, 43; 84; 100; 122; 132.
A aflição, 6; 13; 22; 69; 88; 102.
A velhice, 71;
A viga fugaz, 39; 49; 90.
O lar, 127.
A nostalgia, 137.
A Igreja (Simbolizada).
Sua segurança, 46.
Sua glória, 48; 37.
O amor para com ela, 84; 122.
A unidade nela, 133.
A Palavra de Deus, 19; 119.
Missionários, 67; 72; 96; 98.
O dever dos governantes, 82; 101.
Atributos Divinos:
Sabedoria, majestade e poder, 18; 19; 29; 62; 66; 89; 93; 97; 99; 118; 147.
Conhecimento infinito, 139.
Poder criativo, 33; 89; 104.
As experiências de Israel:
Incredulidade, 78.
Sua desolação e aflição, 79; 80.
Sua reincidência, 81.
A providência divina, 105; 106; 114.
Poéticos – Jó
Velho Testamento
Autor: Desconhecido. (Talvez Moisés).
Data: É o objeto de grande discussão. É visto por muitos eruditos como o livro mais antigo da Bíblia; outros o colocam em data tão recente como a época do exílio.
Lugar: A terra de Uz.
Tema Principal: O problema da aflição de Jó permitida por Deus. O livro é poético e pictórico em suas descrições, podendo ser dividido em doze cenas.
Cena I.
Jó e sua família antes da aflição. Jó aparece como um pai piedoso, não prejudicado pela prosperidade, ministrando como sacerdote de sua numerosa família, 1:5.
Cena II.
Satanás entra na presença divina, e insinua que Jó serve a Deus por causa de favores especiais, 1:9-11.
Deus permite a Satanás provar a Jó com a perda de suas possessões e de seus filhos, 1:12-20.
Jó retém a sua integridade, 1:21-22.
Cena III.
Satanás volta à presença divina, declarando que se Jó fosse afligido no próprio corpo ele amaldiçoaria a Deus, 2:1-5.
Deus permite que Satanás atinja Jó com horrível enfermidade, 2:7-8.
O conselho blasfemo de sua esposa e a submissão triunfante de Jó, 2:9-10.
Cena IV.
A chegada dos três amigos de Jó e os sete dias de silenciosa condolência, 2:11-13.
Cena V.
A paciência de Jó começa a acabar, e ele expressa sua queixa, capítulo 3.
Cena VI.
Amargas e infrutíferas discussões acerca das aflições de Jó entre este e seus três amigos. Seus amigos sustentam que o sofrimento é o resultado de pecado pessoal. Jó se defende e mantém a sua inocência, capítulos 4-31.
Cena VII.
Eliú entra na discussão, capítulos 32-37.
Cena VIII.
De um redemoinho o Senhor responde a Jó com palavras de luz e repreensão, capítulos 38-39.
Cena IX.
A confissão de Jó, 40:3-5.
Cena X.
O Senhor fala pela segunda vez, 40:7-41:34.
Cena XI.
A segunda confissão de Jó, 42:1-6.
O Senhor repreende a Elifaz, a Bildade e a Zofar por suas palavras insensatas e ordena-lhes que ofereçam sacrifícios, 42:7-9.
Cena XII.
Jó ora por seus amigos; sua própria prosperidade é restaurada e morre em avançada idade, 42:10-17.
Lições Sugeridas:
O maligno poder de Satanás na vida humana.
O uso do sofrimento no plano divino como um meio de aperfeiçoar o caráter.
Porções Seletas:
O discurso de Jó sobre a sabedoria, capítulo 28.
História – Ester
Velho Testamento
Autor: Desconhecido.
Quando foi escrito: 465 a.C.
Caráter Canônico: O direito do livro a ocupar um lugar no cânon da Escritura tem sido grandemente contestado. O nome de Deus não aparece nele, enquanto que um rei pagão é mencionado mais de cento e cinqüenta vezes. Não há alusão à oração nem a nenhum tipo de serviço espiritual, com a possível exceção do jejum.
Mensagem Espiritual: Sem dúvida, ocupa um lugar na Palavra de Deus por seu ensino velado da providência protetora em conjunção com o povo de Deus e a certeza da retribuição que alcança seus inimigos.
Tema Principal: A libertação dos judeus por meio da rainha Ester.
Texto Chave: capítulo 4:14.
Sinopse:
Os eventos principais da história giram em torno de três festas:
Parte I.
A festa de Xerxes (Assuero) e os fatos relacionados com ela.
No sétimo dia, quando o rei estava alegre devido ao vinho, a rainha Vasti desobedeceu a ordem de aparecer perante os príncipes reunidos, capítulo 1:1-12.
O rei, furioso, aceitou o conselho de seus sábios e destronou a rainha, capítulo 1:13-22.
Depois da busca, por todo o reino, de uma nova rainha, Ester, uma judia, foi escolhida, capítulo 2:1-17.
Parte II.
A festa de Ester, eventos preliminares e desenlace final.
Mordecai, o judeu, pai adotivo da rainha, salva a vida do rei, capítulos 2:7; 2:21-23.
A ascensão de Hamã e a recusa de Mordecai de honrá-lo; a fúria de Hamã e sua decisão de destruir a todos os judeus, capítulo 3:1-15.
O luto dos judeus por causa do complô de Hamã, capítulo 4:1-4.
A determinação heróica de Ester de comparecer perante o rei com um plano em mente que pudesse frustrar o complô, capítulo 4:5-17.
Ester, ao ser recebida pelo rei, convida a este e a Hamã para uma festa, capítulo 5:1-8.
Hamã prepara uma forca para Mordecai, capítulo 5:9-14.
Durante uma noite de insônia o rei examina os registros da corte e descobre que Mordecai não havia sido recompensado por haver salvo a vida do rei, capítulo 6:1-3.
A vaidade egoísta de Hamã resulta em sua própria humilhação e em grande honra para Mordecai, capítulo 6:4-11.
A festa de Ester. Descobre-se o complô de Hamã, e este é pendurado na forca que ele havia preparado para Mordecai, capítulo 7.
Parte III.
A Festa de Purim.
Eventos preliminares:
O rei autoriza a vingança dos judeus contra s seus inimigos, capítulo 8.
A vingança executada, capítulo 9.
A festa instituída, capítulo 9:20-31.
A exaltação de Mordecai, capítulo 10.
Observação Complementar:
Há muitas questões e dúvidas à respeito de por que o livro de Ester não fala no nome de Deus
Embora aparentemente neste livro o nome de Deus esteja ausente, podemos notar vestígios de Deus e seus caminhos transparecem ao longo desse livro. É evidente que a mão de Deus se faz presente.
O livro de Ester encontramos especialmente na vida de Ester e Mardoqueu estes sinais. Da perspectiva humana, Ester e Mardoqueu foram os menos indicadas para desempenhar funções na formação da nação. Ele um judeu exilado, ela prima órfã de Mardoqueu “Criara ele Hadassa, isto é, Ester, filha de seu tio, pois não tinha ela nem pai nem mãe; e era donzela esbelta e formosa; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por filha”. (Ester 2:7).
O livro todo excede em menções à providência de Deus para com as situações humanas. De tal forma Deus dirigiu a vida das pessoas envolvidas na narração, que ele colocou a pessoa certa precisa e exatamente no lugar e no momento certo. Como Mordecai observou: “Pois, se de todo te calares agora, de outra parte se levantarão socorro e livramento para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegaste ao reino?” (Ester 4:14).
Ester tem a virtude de esperar pelo momento que Deus julgou adequado, para, então, pedir ao rei a salvação do povo
“De novo disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? e ser-te-á concedida; e qual é o teu rogo? e se te dará, ainda que seja metade do reino. Ester respondeu, dizendo; Eis a minha petição e o meu rogo: Se tenho alcançado favor do rei, e se parecer bem ao rei concerder-me a minha petição e cumprir o meu rogo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme a palavra do rei”.(Ester 5:6-8);
“Então respondeu a rainha Ester, e disse: Ó rei! se eu tenho alcançado o teu favor, e se parecer bem ao rei, seja-me concedida a minha vida, eis a minha petição, e o meu povo, eis o meu rogo; porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para sermos destruídos, mortos e exterminados; se ainda por servos e por servas nos tivessem vendido, eu teria me calado, ainda que o adversário não poderia ter compensado a perda do rei. Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é e onde está esse, cujo coração o instigou a fazer assim? Respondeu Ester: Um adversário e inimigo, este perverso Hamã! Então Hamã ficou aterrorizado perante o rei e a rainha”. (Ester 7:3-6).
E o versículo mais indiscutível da presença de Deus neste livro é este. Só e simplesmente porque há jejum. E a quem jejuamos, senão a Deus?
“Vai, ajunta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei; e se eu perecer, pereci”. (Ester 4:16).
História – Neemias
Velho Testamento
Nos manuscritos hebraicos os livros de Esdras e Neemias aparecem como um só livro.
Autor ou Compilador: Indeterminado. Muitos eruditos consideram grande parte do livro como uma autobiografia de Neemias.
Quando foi escrito: 445 – 425 a.C.
Texto Chave: 6:3.
Temas Principais: A reconstrução dos muros de Jerusalém, a repetição de certas leis divinas e a restauração das ordenanças antigas.
Sinopse:
Parte I.
Um estudo dos tipos.
Tema. A reconstrução dos muros de Jerusalém considerada como um tipo do crescimento do reino de Deus na terra.
Os muros derrubados (1:3) podem tipificar as defesas debilitadas do reino de Deus.
A temporada preliminar de jejum e oração (1:4-11) pode ser tipo da atitude mental que deve preceder a todos os grandes empreendimentos espirituais.
O sacrifício de Neemias de um importante posto pelo bem da causa (2:5) pode ser um tipo do serviço sacrificial sempre necessário quando se leva a cabo uma grande obra.
A inspeção da cidade à noite (2:15-16) pode tipificar a necessidade de enfrentar os fatos antes de começar o trabalho construtivo.
A busca de cooperação (2:17-18) pode ser tipo de um elemento essencial em toda obra bem sucedida.
O recrutamento de todas as classes (capítulo 3) pode ser tipo da importância de uma organização completa.
Podemos empregar os mesmos métodos para vencer obstáculos na obra espiritual.
O escárnio, capítulo 2:19, vencido pela confiança em Deus, capítulo 2:20.
A ira e o desprezo, capítulo 4:3, vencidos pela oração e pelo trabalho árduo, capítulo 4:4-6.
A conspiração, capítulo 4:7-8, vencida pela vigilância e a oração, capítulo 4:9.
O desânimo dos amigos, capítulo 4:10-12, vencido com uma coragem constante, capítulo 4:13-14.
A ganância egoísta, capítulo 5:1-5, vencida pela repreensão e pelo exemplo de abnegação, capítulo 5:6-17.
A obra foi concluída, e os inimigos ficaram perplexos pelo constante esforço, capítulo 6:1-15.
Parte II.
Eventos Finais:
Repetição e exposição da lei divina, capítulo 8.
A confissão dos sacerdotes e dos levitas e a confirmação da aliança, capítulos 9-10.
A chamada do povo para habitar em Jerusalém, capítulo 11.
A dedicação do muro, capítulo 12.
As reformas sociais e religiosas, capítulo 13.