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11/02/2021

Albert Einstein 1879-1955

Sua Infância

Albert Einstein 1879-1955

Albert Einstein nasceu numa sexta-feira, dia 14 de março de 1879, em Ulm, uma próspera cidade ao sul da Alemanha. Ele foi o primeiro e único filho homem de Hermman Einstein e Pauline Koch. Já nos primeiros anos de sua vida, Einstein provocava comentários. Sua mãe estava convencida de que o formato de sua cabeça era fora do comum e temia que tivesse algum problema mental, porque era muito lento para aprender a falar. Passou sua juventude em Munique, onde sua família possuía uma pequena oficina destinada à construção de máquinas elétricas. Einstein não falou até os 3 anos de idade, mas desde jovem mostrou uma curiosidade brilhante sobre a Natureza, e uma habilidade para compreender conceitos matemáticos avançados. Com 12 anos de idade, aprendeu por conta própria a Geometria Euclideana.

Albert Einstein 1879-1955

Albert cresceu forte e saudável, embora não gostasse de praticar esportes organizados. Era um garoto quieto e particularmente solitário, que preferia ler e ouvir música. Não gostava do regime monótono e do espírito sem imaginação da escola em Munique. Se considerasse os conselhos de um de seus professores teria abandonado a escola. Quando sua família mudou-se para Milão, na Itália, Einstein tinha 15 anos. Nesta ocasião passou 1 ano com sua família em Milão. Terminou a escola secundária em Arrau, Suíça, e com boas notas somente em Matemática, entrou, em 1896, no Instituto Politécnico de Zurique, onde se graduou em 1901 com dificuldades. Einstein não gostava dos métodos de instrução lá. Frequentemente não assistia às aulas, usando o tempo para estudar Física ou tocar seu adorado violino. Passou nos exames e graduou-se em 1900. Seus professores não o tinham como grande aluno e não o recomendariam para uma posição na Universidade. Por dois anos Einstein trabalhou como tutor e professor substituto. Em 1902, assegurou uma posição como examinador no Escritório de Patentes da Suíça em Bern. Em 1903, casou-se com Mileva Maric, que havia sido sua colega na Escola Politécnica.

Einstein e suas Publicações Científicas

Em 1905, após ter conseguido um emprego no serviço federal de patentes que o deixava com horas vagas para estudar os problemas da física contemporânea, o mundo tomou conhecimento de sua existência através da publicação de cinco artigos nos Annalen der Physik, revista científica alemã.
No mesmo ano recebeu seu grau de Doutor pela Universidade de Zurique por uma dissertação teórica a respeito das dimensões de moléculas, e também publicou 3 trabalhos teóricos de grande importância para o desenvolvimento da Física do século 20. No primeiro desses trabalhos, sobre o Movimento Browniano, ele realizou previsões significantes sobre o movimento de partículas distribuídas aleatoriamente em um fluido. Tais previsões seriam confirmadas posteriormente, através de experiências.

O segundo Trabalho, sobre o Efeito Fotoelétrico, continha uma hipótese revolucionária a respeito da natureza da luz. Einstein não somente propôs que sob certas circunstâncias pode-se considerar a luz feita de partículas, mas também a hipótese que a energia carregada por qualquer partícula de luz, chamada de fóton, é proporcional à frequência da radiação. Uma década mais tarde, o Físico americano Robert Andrews Millikan confirmou experimentalmente a teoria de Einstein. Einstein, cuja preocupação primordial é compreender a natureza da radiação eletromagnética, desenvolveu posteriormente uma teoria que seria uma fusão dos modelos de partícula e onda para a luz. Novamente, poucos cientistas compreendiam ou aceitavam suas ideias.

Einstein e a Teoria da Relatividade Especial

Albert Einstein 1879-1955

O terceiro grande Trabalho de Einstein em 1905, “Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento”, continha o que tornou-se conhecido como a Teoria Especial da Relatividade. Desde a época do Matemático e Físico inglês Isaac Newton, os filósofos naturais (como os físicos e químicos eram conhecidos) tentavam compreender a natureza da matéria e da radiação e como elas interagiam. Não existia uma explicação consistente para o modo como a radiação (a luz, por exemplo) e a matéria interagiam quando vistas de referenciais inerciais diferentes, isto é, uma interação vista simultaneamente por um observador em repouso e um observador movendo-se com velocidade constante.
No Outono de 1905, após considerar estes problemas por 10 anos, Einstein percebeu que o problema não se encontrava em uma teoria da matéria, mas em uma teoria relativa às medidas.

Einstein desenvolveu, então, uma teoria baseada em dois postulados: o Princípio da Relatividade, que as leis físicas são as mesmas em todos os referenciais inerciais, e o Princípio da Invariância da velocidade da luz, onde a velocidade da luz no vácuo é uma constante universal. Assim, Einstein era capaz de dar uma descrição correta e consistente de eventos físicos em referenciais inerciais diferentes sem fazer suposições especiais sobre a natureza da matéria e da radiação, ou como elas interagiam. Virtualmente, ninguém compreendeu seus argumentos. Einstein e a Teoria da Relatividade Geral. Mesmo antes de deixar o Escritório de Patentes em 1907, começara o trabalho de estender e generalizar o teoria da relatividade para todos os referenciais. Ele iniciou enunciando o Princípio da Equivalência, um postulado que campos gravitacionais são equivalentes à acelerações de referenciais. Por exemplo, uma pessoa em um elevador em movimento não pode, em princípio, decidir se a força que atua sobre ela é causada pela gravidade ou pela aceleração constante do elevador. A Teoria da Relatividade Geral completa não foi publicada até 1916. Nesta teoria, as interações de corpos que até então haviam sido atribuídas às forças gravitacionais, são explicadas como a influência dos corpos sobre a geometria do espaço-tempo (espaço quadridimensional, uma abstração matemática, tendo as três dimensões do espaço Euclideano e o tempo como a quarta dimensão).

Amizade de Albert Einstein

Baseado em sua Teoria da Relatividade Geral, Einstein explicou as previamente inexplicáveis variações no movimento orbital dos planetas, e previu a inclinação da luz de estrelas na vizinhança de um corpo maciço, como o Sol. A confirmação deste último fenômeno durante um eclipse em 1919 tornou-se um grande evento, tornando Einstein famoso no mundo inteiro. Pelo resto de sua vida, Einstein devotou tempo considerável para generalizar ainda mais esta Teoria. Seu último esforço, a Teoria do Campo Unificado, que não foi inteiramente um sucesso, foi uma tentativa de compreender todas as interações físicas – incluindo as interações eletromagnéticas e as interações forte e fraca – em termos da modificação da geometria do espaço-tempo entre as entidades interagentes.

Entre 1915 e 1930 a grande preocupação da Física estava no desenvolvimento de uma nova concepção do caráter fundamental da matéria, conhecida como Teoria Quântica. Esta teoria continha a característica da dualidade partícula-onda (a luz exibe propriedades de partícula, assim como de onda), assim como o Princípio da Incerteza, que estabelece que a precisão nos processos de medidas é limitada. Einstein, entretanto, não aceitaria tais noções e criticou seu desenvolvimento até o final da sua vida. Disse Einstein uma vez: “Deus não joga dados com o mundo”.

Durante a I Guerra Mundial, com cidadania suíça, ele trabalhou na generalização de sua teoria para os sistemas acelerados. Elaborou então, uma nova teoria da gravitação em que a clássica teoria de Newton assume papel particular. Einstein, com o passar dos anos, continua a não aceitar completamente diversas teorias. Por exemplo, Einstein não aceitava o princípio de Heisenberg que o universo estivesse abandonado ao acaso.

“Deus pode ser perspicaz, mas não é malicioso.”, disse ele sobre este princípio que destruía o determinismo que estava ancorada a ciência desde a Grécia Antiga.

O Premio Nobel

Einstein, o Cidadão do Mundo Após 1919, Einstein tornou-se internacionalmente reconhecido. Ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1921 pelo seu estudo do campo fotoelétrico, e não pela teoria da relatividade, ainda controvertida. Sua visita a qualquer parte do mundo tornava-se um evento nacional; fotógrafos e repórteres o seguiam em qualquer lugar.

O Homem Político

Albert Einstein 1879-1955

Einstein aceitou uma cátedra no Institute for Advance Study, em Princeton, Estados Unidos e, em 1940, adquiriu cidadania americana após o surgimento da II Guerra Mundial, em 1939. Einstein sempre assumiu posições públicas sobre os grandes problemas de sua época, fosse a respeito da existência do Estado de Israel, da União Soviética, da luta contra o nazismo, ou, após a II Guerra Mundial, contra a fabricação de armas nucleares. Einstein entregou uma carta ao presidente americano advertindo-o da possibilidade de os alemães fabricarem sua própria bomba, no entanto, a carta levou os EUA a fabricarem a sua. Num último apelo, Einstein escreveu ao presidente Theodore Roosevelt, que morreu sem ao menos ler a carta. Truman, seu sucessor, ignorou-a e lançou a bomba atômica em Hiroshima e, três dias depois, em Nagasaki, no Japão. Em 1922, Einstein tornou-se membro do Comitê de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. Em 1925, juntamente com o líder dos direitos civis indianos Mahatma Gandhi, trabalhou numa campanha pela abolição do serviço militar obrigatório. E, em 1930, Einstein colocou novamente seu nome em outro importante manifesto internacional, desta vez organizado pela Liga Internacional da Mulher pela Paz e Liberdade. Pedia o desarmamento internacional como sendo a melhor maneira de assegurar uma contínua paz. Envolveu-se ainda em várias causas sociais.

Em 1925, Albert Einstein veio ao Brasil. Esteve no Rio de Janeiro, em visita a instituições científicas e culturais. Proferiu duas conferências: na Academia Brasileira de Ciências e no Instituto de Engenharia do Rio de Janeiro. Quando Adolf Hitler começou seu governo na Alemanha, Einstein decidiu deixar a Alemanha imediatamente. Foi para os Estados Unidos e ocupou uma posição no Instituto para Estudos Avançado sem Princeton, New Jersey.

Quando a morte de Einstein foi anunciada em 1955, a notícia apareceu nas primeiras páginas dos jornais de todo o mundo: “Morreu um dos maiores homens do século 20”.

A Primeira esposa de Einstein

Albert Einstein 1879-1955

Mileva Maric nasceu no dia 19 de dezembro de 1875 na cidade de Titel, na Vojvodina, hoje uma região da Iugoslávia, naquela época da Hungria, que era parte do império austro-húngaro. A instrução de Mileva teve início em 1882. As aulas eram dadas em servo-croata mas ela também aprendeu alemão e francês. Tudo indica que era uma aluna boa e audaciosa. Para completar sua educação, o pai a mandou para Zurique, onde em novembro de 1894 foi admitida na Höhere Töchterschule (colégio avançado para moças). Na primavera de 1896 foi aprovada nos exames finais, o que lhe permitiu entrar numa universidade. No verão desse mesmo ano matriculou-se como estudante de medicina na Universidade Zurique, que leva a honra de ser a primeira instituição europeia a dar o doutorado a uma mulher (em 1867). Pelo menos duas servias obtiveram esse título ali, antes mesmo da entrada de Mileva. No outono de 1896 ela já havia modificado seus planos, passando de medicina para matemática e física. Assim, foi para a seção VIA do ETH – onde conheceu Einstein.

Fotografia do casamento de Albert Einstein e Mileva Maric - 06/01/1903

O primeiro indicio de que a relação entre os dois jovens estava começando a exceder a de colegas de turma está numa carta escrita no outono de 1897 por Mileva, que então estava em Heidelberg, para Einstein, na qual ela lhe conta que conversou com o pai sobre ele e que ele deve “de qualquer jeito vir” visitá-los. A primeira carta preservada de Einstein para ela data de fevereiro de 1898. Ele a cumprimenta como “Geehrtes Fräulein” (literalmente, “honrada senhorita”), uma saudação formal. Conta dos cursos do ETH e pede uma resposta rápida. Na carta seguinte , dirige-se a ela como “Cara senhorita Maric” e a convida para jantar na sua pensão. Em março de 1899 ele escreveu novamente, desta vez desde Milão, onde visitava a família: “A sua foto impressionou muito os meus pais (…)Tive que aguentar um pouco de gozação, que não me desagradou nem um pouco.” Antes ele havia assinado “Albert Einstein”. Desta vez, apenas “Albert”.

As cartas seguintes de Einstein datam de julho e agosto de 1900, logo após Mileva ter sido reprovada nos exames, fato que, curiosamente, ele sequer menciona. Agora o tema principal é a reação dos pais à sua vida privada. Quando ele chegou ao hotel onde sua mãe estava para passar as férias, ela perguntou o que estava acontecendo com a Doxerl: “Minha mulher”, eu disse inocentemente mas preparado para uma cena. Mamãe se jogou na cama e começou a chorar como um bebê. Quando se recuperou do choque inicial, lançou-se imediatamente a uma ofensiva desesperada: “Você está arruinando o seu futuro e interrompendo o rumo da sua vida (…) ela não se encaixa numa família decente (…) você vai se ver numa bela confusão quando ela tiver um filho (… )” Rejeitei energicamente a suspeita de que tínhamos vivido juntos. As cartas de Einstein de 1900-1 também expressam seu amor:

“Como eu pude ter vivido antes? (…) “Sem pensar em você prefiro não viver mais (…) Dentre todos é você quem mais me ama e melhor me compreende (…) Notes que penso que [você] está pensando em mim com amor e na cama beija o travesseiro. Eu sei como é (…) Minha felicidade é a sua felicidade ( …) Minha vida tem valor verdadeiro, apenas porque penso em você (…) Como foi maravilhoso da última vez que pude abraçar você como a natureza a fez. (Wie die Natur es gegeben hat ).”

Com Mileva Einstein teve uma filha em torno de janeiro de 1901 chamada Lieserl, e que ninguém nunca soube de nada e até hoje não se sabe nada sobre ela, suspeita-se que nem mesmo o próprio Einstein tenha chegado a ver sua filha, pois na época em que ela nasceu ele estava a busca de seu primeiro emprego, quando cita em cartas á sua esposa que irá fazer de tudo para dar uma vida confortável a sua esposa e sua filha. Em uma seguinte carta Einstein diz em forma de consolo a Mileva que ele lhe dará uma OUTRA Lieserl. Após casados, Einstein teve outro filho com Mileva, chamado Hans Albert.

Einstein com o filho, Hans Albert, fim 1904 ou início 1905

Albert Einstein 1879-1955

No dia 28 de julho de 1909 nasce o segundo filho de Einstein com Mileva, chamado Eduard. A partir de aproximadamente 1911 a relação entre o casal já não era das melhores; Mileva se tornava negligente, mancava demais (devido a uma doença de nascença); certa vez ela escreveu uma carta a uma amiga, onde dizia que Einstein vivia apenas para a sua ciência e dava pouca atenção a família. Em 1914, Mileva e os dois filhos deixaram Einstein em Berlim e foram para Zurique, onde ela passou o resto de sua vida.

Eduard ia revelando que possuía uma grave doença mental. Ele tinha um enorme talento musical e para compor poesias e prosa, ia devorando os livros que encontrava, mas as manifestações dos distúrbios tornaram-se cada vez mais evidentes pouco depois que ele terminou o colégio. Ele cobriu as paredes do quarto com fotos pornográficas, sua paixão passou de livros para mulheres. Tinha ataques de fúria tão violentos, que teve de ser levado ao Burghölzli, um hospital psiquiátrico perto de Zurique. Quando, mais tarde, entrou na faculdade, era acompanhado por um enfermeiro disfarçadamente.

Einstein e os filhos Hans Albert e Eduard, meio da década de 20

Albert Einstein 1879-1955

Einstein, a enteada Margot e o filho Hans em 1937

Albert Einstein 1879-1955

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” – Albert Einstein.

Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação.

Salmos 24:4-5