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22/02/2021

René Descartes 1596-1650

Sua Vida

René Descartes 1596-1650

Renée Descartes (ou Renatus Cartesius, como ele assinava, em latim) nasceu em La Haye, Tourenne, em 31 de Março de 1596. Sendo de família nobre, foi enviando para um colégio jesuíta em La Flèche, uma das mais célebres escolas da época. Recebendo a melhor formação filosófica possível dentro das bases escolástica e humanista, com abertura também para o estudo das descobertas científicas da época e da matemática, nem por isso Descartes deixou de se sentir insatisfeito, pois achava a orientação tradicionalista da escola em gritante contraste prático com a visão de mundo que surgia do desenvolvimento científico (especialmente em Física e Astronomia) que pipocava em toda parte.

O que mais o incomodava era a ausência de uma metodologia que abraçasse as ideias e as harmonizasse com uma práxis que conduzissem o estudioso numa forma que lhe possibilitasse guiar-se na “busca da verdade”. O ensino de filosofia, em La Flèche, que era ministrado tendo por modelo a escolástica medieval, que levava o espírito dos estudantes para o passado, frequentemente lá deixando-o. O resultado era uma espécie de incompetência intelectual e moral (envoltas em trajes de sabedoria), uma falta de preparo e de adaptabilidade eficaz para os problemas do presente. Isto levou Descartes a um incômodo impasse. Para ele o estudo intensivo de uma visão de mundo já ultrapassada seria como viajar. “Mas quando dedicamos tempo demais a viajar, acabamos nos tornando estrangeiros em nosso próprio país, de modo que aquele que é por demais curioso das coisas do passado, só valorizando o que já foi, na maioria das vezes torna-se muito ignorante das coisas presentes” (Descartes). E o “presente”, na época de Descartes, era o do desenvolvimento do empirismo, da técnica da fabricação de relógios e outros instrumentos, do desenvolvimento da mecânica, do questionamento do poder clerical, do comércio, do florescimento do capitalismo. Mais do que tudo, era a época de um novo alvorecer: a época da Revolução Científica, cujos principais expoentes até então foram Nicolau Copérnico, Johannes Kepler e Galileu-Galilei.

A Igreja

René Descartes 1596-1650

O papel destes gênios na obra de Descartes é visível: Copérnico pela coragem de desafiar (mesmo que postumamente, com a publicação de seus trabalhos no ano de sua morte) uma concepção geocêntrica muito cara à Igreja. Depois de Copérnico, a Terra deixou de ser o centro do universo para tornar-se mais um planeta. A revolução de tal “heresia” parece hoje difícil de ser bem avaliada, mas representou um profundo golpe na hegemonia do conhecimento científico, que estava nas mãos dos padres de Roma; Kepler, por formular suas célebres leis empíricas dos movimentos planetários, que veio a corroborar o sistema de Copérnico, e a demonstrar que o conhecimento da natureza poderia ser adquirido por meio de um trabalho laborioso independente do aval religioso; Galileu, por ser o real mentor da mudança de paradigma e visão de mundo da ciência de sua época. Ao dirigir seu telescópio para as estrelas, Galileu provou inconteste que a hipótese de Copérnico era uma teoria válida. Além disso, Galileu foi o primeiro a combinar sistematicamente a experimentação científica com o uso da linguagem matemática. Isso não foi feito apenas porque a matemática é a “linguagem com que Deus fez o universo”, como diria ele, mas por que se prestava à perfeição para que hipóteses fossem divulgadas e compreendidas apenas por alguns poucos “iniciados”, escapando, assim, da fiscalização inquisitorial. Como disse Fritjof Capra, “Os dois aspectos pioneiros do trabalho de Galileu – a abordagem empírica e o uso de uma descrição matemática da natureza – tornaram-se as características dominantes da ciência no século XVII e subsistiram como importantes critérios das teorias científicas até hoje”.

Para que os cientistas pudessem descrever a natureza em forma matemática, e, assim, poderem ter uma espaço para a discussão de suas ideias sem um grande risco ante os olhos de Roma, Galileu postulou que eles (os cientistas) deveriam se restringir ao estudo das propriedades essenciais dos corpos, ou seja, a todas as propriedades que pudessem ser mensuradas: forma, quantidade, movimento. Tudo o mais deveria ser posto de lado. Embora esta abordagem tenha sido muito bem sucedida e tenha permitido o desenvolvimento da ciência, o seu lado negativo foi, como nos diz R. D. Laing, que “perderam-se a visão, o som, o gosto, o olfato e o tato, e com eles foram-se a sensibilidade estética e ética, a qualidade, os valores; todos os sentimentos, motivos, intenções, a alma, a consciência, o espírito. A experiência, como um fato vivido pelo sujeito, foi expulsa do domínio do discurso científico”. Segundo Laing, nada mudou mais o nosso mundo do que a obsessão dos cientistas pela medição e pela quantificação (Capra, 1986).

O Gênio

Foi nesse clima “Galileano” que Descartes respirou o ar que lhe moldaria o gênio. Depois de ter obtido o bacharelado em Direito, pela universidade de Poitiers, Descartes sentiu-se ainda mais confuso e decide se dedicar às armas e alista-se, em 1618, nas tropas de Maurício de Nassau (um nosso conhecido, que esteve no Nordeste do Brasil durante a ocupação holandesa na região), que na ocasião combatia contra os espanhóis pela liberdade da Holanda. Por esta época, conhece um jovem físico e matemático, Isaac Beeckman, que o estimulou a estudar física. Aos 23 anos de idade, Descartes estava em Ulma, ao lado das tropas de Maximiliano da Baviera, quando, entre 10 e 11 de novembro de 1619, ele relata ter tido uma “revelação” ou iluminação intelectual, que iria marcar toda a sua produção a partir de então. Numa noite, após horas de reflexão sobre todo o conhecimento que havia adquirido até aquele dia, ele caiu numa espécie de transe sonambúlico e, então, teve um lampejo súbito onde via, ou melhor, percebia “os alicerces de uma ciência maravilhosa” que prometia ser um método para a unificação de todo o saber e que desenvolveria em sua produção, tendo sido cristalizada, em parte, em seu clássico “O Discurso do Método”.

A visão de Descartes despertou nele a crença na certeza do conhecimento científico por meio da matemática. Nos fala Capra que “A crença na certeza do conhecimento científico está na própria base da filosofia cartesiana e na visão de mundo dela derivada, e foi aí, nessa premissa fundamental, que Descartes errou. A Física do século XX mostra-nos convincentemente que não existe verdade absoluta em ciência, que todos os conceitos e teorias são limitados. A crença cartesiana na verdade infalível da ciência ainda é, hoje, muito difundida e reflete-se no cientificismo que se tornou típico de nossa cultura ocidental. O método de pensamento analítico de Descartes e sua concepção mecanicista da natureza influenciaram todos os ramos da ciência moderna e podem ainda hoje ser muito úteis. Mas só serão verdadeiramente úteis se suas limitações forem reconhecidas (…).” (Capra, 1986, p. 53).

A Matemática acima de tudo – O Método

A certeza cartesiana é matemática. Descartes acreditava, partindo de Galileu, que a chave para a compreensão do universo era a sua estrutura matemática. Seu método, pois, consistia em subdividir qualquer problema a seus níveis mínimos, separar “as peças que constituem o relógio”, reduzindo tudo até seus componentes fundamentais para, a partir desse nível, se perceber suas relações. Esse método é analítico e reducionista. Não aceita que um todo possa ser compreensível como uma totalidade orgânica ou que esta todo possa ter características que superem a mera soma de suas partes constituintes. Assim, ele negligencia um quebra-cabeças montado como sendo, em seu todo, um sistema significativo. Só a inter-relação lógica das peças – se houver – é que, para o método cartesiano, nos dará uma compreensão de todo o quebra-cabeças, o que, convenhamos, é um absurdo quando tomado como regra geral, e não como regra para alguns fenômenos.

Esta ênfase no método analítico tornou-se uma característica essencial do moderno pensamento científico. Foi ele que possibilitou levar o homem à lua, mas sua excessiva dominância nos meios científicos também levou à fragmentação características das especializações dos nossos meios acadêmicos, plenos de cientificismo, e no nosso pensamento em geral. Este método, tomando como um dogma, levou à atitude generalizada de reducionismo em ciência – a crença de que a compreensão de partes que constituem um todo (sem levar em conta interinfluências ambientais ou não lineares) podem ser adquiridas plenamente pela análise.

Tendo se estabelecido em definitivo na Holanda, pela liberdade e tolerância desta terra à novas ideias, Descartes aceitou a sugestão do padre Marino Mersenne e do Cardeal Pierre de Bérulle para escrever um tratado sobre metafísica. Mas tal trabalho foi interrompido para escrever o seu Traité de physique. Entretanto, tomando conhecimento da condenação de Galileu por sua aceitação da tese copernicana, Descartes, que compartilhava da mesma e a expunha em seu Tratado, caiu em grande perturbação, e interrompeu o aperfeiçoamento da obra e/ou não divulgando-a.

Superada esta fase, Descartes passou a se dedicar ao problema da objetividade da razão frente a Deus. Assim, entre 1633 e 1637, Descartes passou a fundir suas ideias metafísicas com suas pesquisas científicas, escrevendo seu livro mais famoso: O Discurso do Método, que fazia a introdução de três ensaios científicos: a Dioptrique, o Méteores e a Geométrie. Diferentemente de Galileu, Descartes considerou que era fundamental tentar expor o caráter objetivo da razão e indicar regras para alcançar esta objetividade (este conceito de objetividade é muito questionável hoje em dia. Qualquer escolha de qualquer método ou padrão de medição já demonstra, pela escolha em si, um grau enorme de subjetividade).

Nesse mesmo período, Descartes se envolve emocionalmente com Helène Jans, com o qual teve uma filhinha amada, Francine, que morreu aos cinco anos. A dor pela perda da filhinha querida acabou por dominar Descartes, deixando marcas em seu pensamento. Ele retomou a elaboração de seu Tratado de Metafísica, agora sob a forma de Meditações, obra que reflete uma alma angustiada. Este lado espiritualista de Descartes é frequentemente negligenciado pelos estudiosos modernos.

Dispute of Queen Cristina Vasa and Rene Descartes

Apesar das polêmicas que seus trabalhos metafísicos e científicos provocam, Descartes se lança à elaboração de um trabalho arrojado: os Principia philosophiae que é dedicada à princesa Isabel, filha de Frederico V. Graças a esta amizade entre Isabel e Descartes, temos uma coleção de cartas que esclarece muitos pontos obscuros de suas ideias, particularmente sua concepção da relação da alma (res cogitans) com o corpo e a matéria (res extensa), sobre a moral e o livre-arbítrio.

Em 1649, Descartes aceita um convite da rainha Cristina da Suécia, e muda-se para o novo país. Mas isto acabou por causar a morte de Descartes, pois a rainha Cristina tinha o hábito de ter suas conversações às cinco horas da manhã, o que obrigava Descartes a se levantar muito cedo, o que, junto com o tremendo frio da Suécia, abalou a já frágil constituição física do filósofo. Assim, ao abandonar a corte sueca , Descartes pega uma grave pneumonia que o levou à morte, em 11 de Fevereiro de 1650.

A Herança Cartesiana

Toda a concepção de mundo e de homem de Descartes se baseia na divisão da natureza em dois domínio opostos: o da mente ou espírito (res cogitans), a “coisa pensante”, e o da matéria (res extensa), a “coisa extensa”. Mente e matéria seriam criações de Deus, partida e ponto de referência comum a estas duas realidades. Para Descartes (embora os guardiões do racionalismo tentem passar por cima deste ponto), a existência de Deus era essencial à sua filosofia científica, embora seus seguidores de séculos posteriores fizessem de tudo para omitir qualquer referência explícita à Deus, mas mantendo a divisão cartesiana entre as duas realidade: as ciências humanas englobandas na res cogitans e as naturais na res extensa. Em sua concepção, influenciada pelos avanços na técnica da relojoaria holandesa, Descartes achava que o universo nada mais era que uma máquina. A natureza funcionava mecanicamente de acordo com leis matematizáveis.

Esse quadro tornou-se o paradigma dominante na ciências até nossos dias. Ela passou a orientar a observação e produção científica até que a física do século XX passou a questionar seus pressupostos mecanicistas básicos. Em sua tentativa de construir uma ciência natural completa, Descartes ampliou sua concepção de mundo aos reinos biológicos. Plantas e animais nada mais eram que simples máquinas. Esta concepção criou raízes profundas com consequências não só a nível biológico, como psicológico (lembremo-nos do Behaviorismo, em Psicologia) e até mesmo econômico (manipulação comercial de animais sem consideração ética alguma).

O corpo humano também era uma máquina, diferenciada porque seria habitada por uma alma inteligente, distinguível da máquina-corpo e ligado a ela pela glândula pituitária (é interessante observar que os espíritas dizem que esta glândula têm uma importância muito grande na inter-relação espírito-corpo). As consequências dessa visão mecanicista da vida para a medicina foram óbvias, tendo exercido uma grande motivação no desenvolvimento da Psicologia nos seus primórdios. As consequências adversas, porém, são igualmente óbvias: na medicina, por exemplo, a adesão rígida a este modelo impede os médicos (os grandes cartesianos) de compreender como muitas das mais terríveis enfermidades da atualidade possuem um forte vínculo psicossomático e socioambiental. O objetivo da “ciência” de Descartes era a de usar seu método analítico para formar uma descrição racional completa de todos os fenômenos naturais num único sistema preciso de princípios mecânicos regidos por relações matemáticas. É claro que ele não poderia executar sozinho este plano grandioso.

Mas seu método de raciocínio e as linhas gerais da teoria dos fenômenos naturais que ofereceu embasaram o pensamento científico ocidental por três séculos (Capra, 1986). Mesmo que a sua visão de mundo apresente, hoje, sérias limitações, o método geral que ele nos deu ainda é muito útil na abordagem de problemas intelectuais e funciona muito bem. Ele possibilita, ainda, uma notável clareza de pensamento, o qual nos possibilita, inclusive, questionar sua própria origem e visão de mundo. Descartes é, realmente, uma figura fascinante.

O Senhor é a força do seu povo; ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido. Salva o teu povo, e abençoa a tua herança; apascenta-os e exalta-os para sempre.

Salmos 28:8-9
21/02/2021

Sigmund Freud 1856-1939

Traços Biográficos

Sigmund Freud 1856-1939

Nascido no ano de 1856 em Freiberg, na Morávia, Sigmund Freud é considerado o pai da psicanálise. Estudou medicina na Universidade de Viena e desde cedo se especializou em neurologia. Seus estudos foram os pioneiros acerca do inconsciente humano e suas motivações. Ele, durante muito tempo (de fins do século passado até início do nosso século), trabalhou na elaboração da psicanálise. A Metodologia Freudiana

A psicanálise é um método de tratamento para perturbações ou distúrbios nervosos ou psíquicos, ou seja, provenientes da psique; bastante diferente da hipnose ou do método catártico. A terapêutica pela catarse hipnótica deu excelentes resultados, não obstante as inevitáveis relações que se estabeleciam entre médico e paciente. Posteriores investigações levaram Freud a modificar essa técnica, substituindo a hipnose por um método de livre associação de ideias (psicanálise).

O método psicanalítico de Sigmund Freud, consistia em estabelecer relações entre tudo aquilo que o paciente lhe mostrava, desde conversas, comentários feitos por ele, até os mais diversos sinais dados do inconsciente.

O psicanalista deveria “quebrar” os vínculos, os tratos que fazemos ao nos comunicarmos uns com os outros. Ele não poderia ficar sentado ouvindo e compreendendo apenas aquilo que o seu paciente queria dizer conscientemente, mas perceber as entrelinhas daquilo que ele o diz. É o que se chama de quebra do acordo consensual. Há uma ruptura de campo, pois o analista não se restringe somente aos assuntos específicos, e sim ao todo, ao sentido geral.

Freud sempre achou que existia um certo conflito entre os impulsos humanos e as regras que regem a sociedade. Muitas vezes, impulsos irracionais determinam nossos pensamentos, nossas ações e até mesmo nossos sonhos. Estes impulsos são capazes de trazer à tona necessidades básicas do ser humano que foram reprimidas, como por exemplo, o instinto sexual. Freud vai mostrar que estas necessidades vêm à tona disfarçadas de várias maneiras, e nós muitas vezes nem vamos ter consciência desses desejos, de tão reprimidos que estão.

Sigmund Freud 1856-1939

Freud ainda supõe, contrariando aqueles que dizem que a sexualidade só surge no início da puberdade, que existe uma sexualidade infantil, o que era um absurdo para a época. E muitos de nossos desejos sexuais foram reprimidos quando éramos crianças. Estes desejos e instintos, sensibilidade sensitiva que todos nós temos, são a parte inconsciente de nossa mente chamada id. É onde armazenamos tudo o que foi reprimido, todas as nossas necessidades insatisfeitas. “Princípio do prazer” é esta parte que existe em cada um de nós. Mas existe uma função reguladora deste “princípio do prazer”, que atua como uma censura ante aos nossos desejos, que é chamada de ego. Precisamos desta função reguladora para nos adaptarmos ao meio em que vivemos. Nós mesmos começamos a reprimir nossos próprios desejos, já que percebemos que não vamos poder realizar tudo o que quisermos. Vivemos em uma sociedade que é regida por leis morais, as quais tomamos consciência desde pequenos, quando somos educados. A consciência do que podemos ou não fazer, segundo as regras da sociedade em que vivemos é a parte da nossa mente denominada superego (princípio da realidade). O ego, vai se apresentar como o regulador entre o id e o superego, para que possamos conciliar nossos desejos com o que podemos moralmente fazer. O paciente neurótico nada mais é do que uma pessoa que despende energia demais na tentativa de banir de seu consciente tudo aquilo que o incomoda (reprimir), por ser moralmente inaceitável.

A psicanálise se apoia sobre três pilares: a censura, o conteúdo psíquico dos instintos sexuais e o mecanismo de transferência. A censura é representada pelo superego, que inibe os instintos inconscientes para que eles não sejam exteriorizados. Nem sempre isso ocorre, pode ser que eles burlem a censura, por um processo de disfarce, manifestando-se assim com sintomas neuróticos. Existem diversas formas de exteriorizarmos nossos instintos inconscientes: os atos falhos, que podem revelar os segredos mais íntimos e os sonhos. Os atos falhos são ações inconscientes que estão em nosso cotidiano; são coisas que dizemos ou fazemos que um dia tínhamos reprimido. Por exemplo: certo dia, um bispo foi visitar a família de um pastor, que era pai de umas meninas adoráveis e muito comportadas. Este bispo tinha o nariz enorme. O pastor pediu às suas filhas para que não comentassem sobre o nariz do bispo, pois geralmente as crianças começam a rir quando notam este tipo de coisa, já que o mecanismo de censura delas não está totalmente formado. Quando o bispo chegou, as meninas se esforçaram ao máximo para não rirem ou fazerem qualquer comentário a respeito do notável nariz, mas quando a irmã menor foi servir o café, disse:
– O senhor aceita um pouco de açúcar no nariz?

Sigmund Freud Escrevendo

Este é um exemplo de um ato falho, proveniente de uma reprimida vontade ou desejo. Outro meio de tornarmos conscientes nossos desejos mais ocultos é através dos sonhos. Nos sonhos, o nosso inconsciente (id) se comunica com o nosso consciente (ego) e revelamos o que não queremos admitir que desejamos, pelo fato da sociedade recriminar (principalmente os de caráter sexual).

Os instintos sexuais são os mais reprimidos , visto que a religião e a moral da sociedade concorrem para isso. Mas, é aí que o mecanismo de censura torna-se mais falho, permitindo assim que apareçam sintomas neuróticos. Explicando a sua teoria da sexualidade, Freud afirma que há sinais desta logo no início da vida extra uterina, constituindo a libido.

Sigmund Freud 1856-1939

A libido envolve do nascimento à puberdade, períodos de gradativa diferenciação sexual. A primeira fase é chamada de período inicial, onde a libido está direcionada para o próprio corpo, oral e analmente. A segunda fase, o período edipiano, que se caracteriza por uma fixação libidinal passageira entre os 4 e os 5 anos, também conhecida como “complexo de Édipo”, pelo qual a libido, já dirigida aos objetos do mundo exterior, fixa a sua atenção no genitor do sexo oposto, num sentido evidentemente incestuoso. Por fim o período de latência, iniciado logo após a fase edipiana, só irá terminar com a puberdade, quando então a libido toma direção sexual definida.

Esses períodos ou fases são essenciais ao desenvolvimento do indivíduo, se ele as resolver bem será sadio, porém qualquer problema que porventura ele tiver em superá-las, certamente iniciará um processo de neurose.

Último dos pilares da psicanálise, a transferência, é também uma arma, um trunfo usado pelos psicanalistas para ajudar no tratamento do paciente. Naturalmente, o paciente irá transferir para o analista as suas pulsões, positivas ou negativas, criando vínculos entre eles. O tratamento psicológico deve, então, ser entendido como uma reeducação do adulto, ou seja, uma correção de sua educação enquanto criança.

Assim, Freud desenvolveu um método de tratamento que se pode igualar a uma “arqueologia da alma”, onde o psicanalista busca trazer à luz as experiências traumáticas passadas que provocaram os distúrbios psíquicos do paciente, fazendo com que assim, ele encontre a cura.

Depois de uma vida vigorosa e notável e de uma produtividade criativa, ele morreu de câncer enquanto estava em exílio na Inglaterra em 1939.

Tributai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor vestidos de trajes santos.

Salmos 29:1-2
21/02/2021

Marie Curie 1867-1934

Marie Curie 1867-1934

Quando Marie Curie era perguntada sobre sua vida, respondia: “Minha vida é tal como uma pequena história monótona, simples. Eu nasci em Varsóvia de uma família de professores. Me casei com Pierre Curie e tive duas crianças. Realizei meu trabalho na França”.

Física brilhante e investigadora incansável foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio de Nobel, era sempre modesta sobre suas realizações e enfatizou que elas pertenciam a ciência e não a ela. “Esta mulher minúscula com seus decigrama de rádio virou o mundo de cabeça para baixo, enquanto mudando para sempre o modo como nós olhamos, entendemos, e usamos nosso ambiente”.

(Mollie Keller) O começo Marie Curie nasceu em 1867 com o nome de Marya Sklodowska. Filha de Bronsitwa Boguska, uma pianista e professora e Ladislas Sklodowski, professor de matemática e física. Bronsitwa Sklodowski morreu de tuberculose quando Marya tinha apenas 10 anos. Desde pequena, Marya foi fascinada pelos equipamentos de física de seu pai e, como ele, era muito estudiosa.

Marya era uma estudante excelente, se formou na escola secundária como uma das melhores de sua classe quando tinha apenas 15 anos. Passou oito anos que trabalhando como tutor e governanta para juntar dinheiro para assistir a Sorbonne em Paris. Em seu tempo livre estudava matemáticas e físicas por sua própria conta e frequentou uma universidade denominado universidade “flutuante”, um programa conduzido por professores poloneses em desafio ao sistema educacional russo.

Marie Curie 1867-1934

Finalmente, em novembro de 1891, Marya deixou a Polônia e registrou-se em Sorbonne com a versão francesa de seu primeiro nome, “Marie”.

Marie vivia sob péssimas condições que, por diversas ocasiões lhe fizeram ficar doente, em consequência da falta de sono e da má alimentação. Apesar disso, se formou em primeiro da classe na primavera de 1893. Um ano depois obteve o grau de mestre em matemática. Marie permanecia em Paris para administrar algumas experiências para uma sociedade industrial francesa. Achando as instalações do Sorbonne inadequado, Marie tentou encontrar um laboratório com espaço suficiente para seus equipamentos. A procura dela a conduziu a Pierre Curie, professor altamente aclamado na Escola de Física. Os dois cientistas compartilharam muitos das mesmas convicções e hábitos e foram imediatamente atraídos um pelo outro. Eles se casaram no dia 26 de julho de 1895, formando um dos casais mais importantes da história científica.

O marido e esposa ganham Prêmio Nobel Marie e Pierre Curie eram inseparáveis, trabalhavam lado a lado no laboratório durante o dia e estudavam juntos pela noite. Até mesmo a chegada da filha deles, Irene, em 1897 pouco interrompia suas rotinas. Porém, antes do nascimento de sua filha, Marie decidira procurar seu doutorado em físicas, e para sua tese escolheu focalizar na fonte dos raios misteriosos emitido por urânio, um fenômeno que cientista Henri Becquerel havia observado pela primeira vez em 1896.

Curie montou seu equipamento em um pequeno abrigo na Escola de Física. Apesar das condições primitivas (chão de sujo, umidade) dentro de apenas dois meses tinha feito duas importantíssimas descobertas: a intensidade dos raios estava em proporção direta à quantia de urânio na amostra, e nada fez para alterar o urânio afetado pelos raios (como combinar isto com outros elementos ou sujeitar isto a luz, calor, ou resfriado).

Marie Curie 1867-1934

Isto a levou a formular a teoria que os raios eram o resultado de algo que ocorria dentro do próprio átomo, uma propriedade chamada por ela de radioatividade. Testes subsequentes com outros compostos revelaram níveis mais altos do que o esperado de radioatividade e a levaram a concluir que um elemento novo, mais poderoso teria que ser o responsável.

Curie começou a trabalhar neste problema durante a primavera de 1898, e antes do verão, Pierre tinha abandonado suas a próprias pesquisas ajudar a esposa. Limitando seus estudos a um único mineral, por ter emitido os raios mais fortes, desenvolveram um método refinando e trabalhoso que lhes exigia que processasse toneladas do mineral para obter uma pequena amostra do material radioativo. Afinal eles descobriram um elemento radioativo novo e o nomearam de polonium em honra a Polônia onde Marie havia nascido.

Eles conseguiram identificaram um elemento radioativo ainda mais forte que o polônio, que foi nomeado então de rádio (do latim radius – Luz). Embora tenham anunciado a descoberta para o mundo no dia 26 de dezembro de 1898, em 1902 de março puderam isolar bastante rádio para confirmar sua existência e assim Marie Curie ganhar seu doutorado (o primeiro premiado a uma mulher na Europa) e ambos o Curies em 1903 receberam o prêmio Nobel em física.

Com esta honra imediatamente veio a fama internacional – rompendo totalmente as vidas pessoais e profissionais dos dois cientistas durante algum tempo – e bastante dinheiro para aliviar alguns de seus fardos financeiros (haviam apoiado a pesquisa do rádio com o próprio dinheiro).

Depois nascimento de sua segunda filha, Véspera, em dezembro de 1904, Curie reuniu o marido no laboratório, trazendo a notícias que o governo francês queria recompensar o Curies criando uma nova matéria de física em Sorbonne para Pierre e construindo um novo laboratório para Marie. Mas antes que os acordos pudessem ser finalizados, Pierre é atropelado e morto ao passar distraidamente na frente de uma carruagem em uma rua de Paris. Marie continua sozinha Depois da morte de seu marido, Curie assume a cadeira de professora de físicas, no lugar do marido, em Sorbonne, sendo assim, a primeira mulher a tornar-se membro de uma universidade.

Marie Curie 1867-1934

Além de ensinar, Curie continuou também passando parte de seu tempo no laboratório, determinada em isolar polonium e rádio puro para remover qualquer dúvida que restasse sobre a existência dos dois novos elementos. O seu sucesso lhe fez render outro Prêmio Nobel, em 1911. Antes de 1914, Curie já organizava dois laboratórios, um em Varsóvia, sua cidade natal e outro em Sorbonne, conhecido como o Instituto de Rádio.

Incapaz continuar suas experiências depois da erupção da Primeira Guerra Mundial e ansiosa para ajudar na guerra, recebeu aprovação para operar máquinas de radiografia no campo de batalha de forma que os feridos poderiam receber tratamento imediato. Este era um exaustivo e perigoso trabalho, porém em de dois anos ela já tinha estabelecido duzentas unidades de Radiografia permanentes ao longo da França e da Bélgica. Depois que a guerra terminou, Curie fez campanha para levantar fundo para um hospital e um laboratório dedicado a radiologia, utilizando raios X e rádio para diagnosticar e tratar doenças.

Uma jornalista americana chamada Marie Meloney ouviu falar dos esforços de Curie e a convidou a visitar os Estados Unidos para fazer publicidade de seu projeto. Embora tivesse medo, Curie aceitou e navegou para a América em 1921.

Família de Marie Curie

A entusiasmada recepção que recebeu a deixou amedrontada e exausta, porém Curie voltou para França com bastante rádio, dinheiro, e equipamentos para equipar seu novo laboratório. Percebeu que se tornar uma celebridade lhe trazia poder para que suas causas tivessem maior impacto, Curie, então, começou a falar em reuniões e conferências ao longo do mundo, e gradualmente ficava mais confortável diante dos refletores. Achava que as pessoas estavam dispostas em ajudar em seu trabalho tendo, assim, bastante sucesso ao arrecadar fundos para o Instituto de Rádio.

Curie também emprestou seu nome a causas envolvidas com a paz mundial servindo no conselho da Liga de Nações e em seu comitê internacional em cooperação intelectual.

Como os anos vinte chegavam ao fim, Curie começou a quase constantemente sofrer de fadiga, vertigem, e uma febre de baixo-grau. Também sentia um zumbido contínuo nos ouvidos e uma perda gradual da visão que só veio a melhorar parcialmente após uma série de operações de catarata. Embora vários de seus colegas que haviam trabalhado com rádio estarem exibindo muitos dos mesmos sintomas e outros terem morrido em idades relativamente jovens de câncer, durante um longo período Curie não admitiu que o elemento que ela e seu marido haviam descoberto poderia ser, possivelmente, o causador dos males.

Eventualmente aceitou o fato de que rádio era perigoso, mas continuara trabalhando de qualquer maneira. Nos início dos anos 30, porém, piorara a saúde de Curie notoriamente, e os médicos finalmente haviam descoberto a causa: anemia perniciosa causada pelos efeitos cumulativos de exposição de radiação. As notícias foram mantidas longe do público bem com da própria Marie, e no dia 4 de julho de 1934, Marie vem a falecer, no Mountain Sanatorium, onde tinha ido para se recuperar.

Curie viveu o bastante para ver suas investigação nos “raios misteriosos” emitidos através de urânio, dar origem a uma disciplina científica completamente nova no campo da física atômica.

Nos anos desde sua descoberta, o rádio foi usado para diversos fins. Apesar de não ter sido envolvida diretamente em quaisquer destes desenvolvimentos, Marie Curie é não obstante uma parte de um todo, “como os navegantes do século XV que partiram para os continentes ocidentais e perspicazes de uma extensão que eles não puderam conceber” como Waldemar Kaempffert observou no New York Times. “Poucas pessoas contribuíram tanto para o bem-estar geral de gênero humano e para o avanço da ciência que a modesta mulher que o mundo conheceu como Senhora Curie”, declarou outro repórter do New York Times.

“Suas descobertas, as honras subsequentes que lhe foram dadas e as fortunas que poderiam ter pertencido a ela, não fizeram mudar seu modo de vida. Ela permaneceu uma trabalhadora na causa da ciência, preferindo seu laboratório como um lugar social ao sol”.

Em abril 1995 a Senhora Curie e os restos de Pierre passaram a fazer parte do tesouro de Pantheon em Paris, França. De acordo com a imprensa livre de Detroit, “Pantheon é o memorial aos grandes homens da nação”.

A Senhora Curie foi a primeiras mulheres a ser honrada de tal modo pelas realizações que ela fez no campo da física. Um novo livro intitulado Marie Curie: Uma Vida foi publicado e tornou públicas as cartas que Curie havia escrito ao longo de sua vida.

“Um Cientista em seu laboratório não é um mero técnico: ele também é uma criança que confronta fenômenos naturais que o impressionam como se eles fossem contos de fadas”.

A ti clamo, ó Senhor; rocha minha, não emudeças para comigo; não suceda que, calando-te a meu respeito, eu me torne semelhante aos que descem à cova.

Salmos 28:1
21/02/2021

Galileu Galilei 1564-1642

Matemático, Astrônomo e Físico Italiano

Galileu Galilei 1564-1642

Um pouco de sua história

Galileu Galilei nasceu na cidade de Pisa em 15 de Fevereiro de 1564, mesmo ano da morte do pintor e escultor Michelangelo e do nascimento do dramaturgo William Shakespeare. Filho de Vicenzo Galilei, músico, desde cedo, demonstrou ser bom estudante. Sua família mudou-se para Florença em 1574 e Galileu foi educado pelos monges do mosteiro de Camaldolese, em uma cidade vizinha. Em 1581, com apenas 17 anos de idade, Galileu começou a estudar Medicina na Universidade de Pisa. Seu interesse pela Medicina nunca evoluiu. Porém era grande seu interesse pela Física e matemática. Finalmente, em 1585, Galileu abandonou a Medicina…

Galileu e a Teoria de Copérnico

A partir daí deu várias palestras na Academia de Florença por alguns anos. Fez também experimentos utilizando bolas, barcos de brinquedo, pêndulos e outros objetos, observando como eles caíam, flutuavam e oscilavam. Media e marcava o tempo de seus movimentos, e tentava imaginar explicações matemáticas para eles. Em 1533, o matemático e astrônomo polonês Nicolau Copérnico publicara sua grande obra – Sobre as Revoluções dos Corpos Celestes – defendendo a teoria de que a Terra se move em torno do Sol e não o contrário. Essa teoria seria defendida e desenvolvida por Galileu e seu contemporâneo Johannes Kepler, que descreveu a trajetória elíptica dos planetas. A síntese desse trabalho foi a Teoria da Gravitação Universal, formulada pelo físico inglês Isaac Newton que por coincidência nasceu em 1642, o mesmo ano em que Galileu morreu. Por ter afirmado que a Terra se move em torno do Sol, Galileu , um dos gênios da revolução científica do século 17, foi preso e obrigado à uma retratação humilhante.

Aos 17 anos, assistindo à uma cerimônia na catedral de Pisa, observou um lustre que oscilava no teto. Controlando o tempo pelos seus próprios batimentos cardíacos, verificou que o intervalo entre cada oscilação era sempre o mesmo, não importando a amplitude do movimento. Repetiu a experiência mais tarde, e sugeriu que essa característica do pêndulo poderia tornar os relógios mais precisos.

Galileu, ao abandonar a Faculdade de Medicina, foi lecionar em Florença. Durante os quatro anos em que trabalhou ali, publicou um trabalho em que descrevia a balança hidrostática, uma invenção sua. Graças a esse trabalho, tornou-se aos 25 anos, professor de Matemática, e foi lecionar na Universidade de Pisa. Em Pádua, onde viveu dezoito anos – de 1592 a 1610 – lecionando matemática, já estava convencido do acerto das teorias de Copérnico sobre a movimentação dos astros, mas em suas aulas continuava a ensinar que a Terra era o centro do Universo, e em torno dela giravam planetas e estrelas. Não tinha medo da Inquisição ainda, pois nessa época a Igreja não dava importância ao assunto. Conforme confessou numa carta escrita à Kepler, datada de 1597, temia ser ridicularizado. E tinha razão. A imobilidade da Terra não era apenas uma teoria defendida pela tradição da escola de Aristóteles, mas sobretudo parecia perfeitamente de acordo com o senso comum. Qualquer pessoa pode observar, diariamente, que o Sol, a Lua e as estrelas se movimentam; no entanto, nada havia, na época, que pudesse mostrar o movimento da Terra, sugerido apenas teoricamente em complicados cálculos matemáticos.

O Telescópio

Por volta de 1600, surgiram os primeiros telescópios, na Holanda, e logo se espalharam perto da a Europa. Galileu construiu seu próprio telescópio sem nunca ter visto um. Bastou-lhe a descrição do instrumento que aparecera em Veneza. O grande mérito de Galileu foi apontar o seu telescópio para o céu. Descobriu, assim, tantas coisas novas que em poucos meses escreveu e publicou o Sidereus Nuncius (O Mensageiro das Estrelas), com apenas 24 páginas, mas rico em revelações. Relatou que a Lua não tem superfície lisa, mas está cheia de irregularidades, como a Terra. Percebeu que a Via Láctea não era constituída, como dizia Aristóteles, por “exalações celestiais”, mas era um aglomerado de estrelas. Viu uma quantidade muito maior de estrelas do que era possível a olho nu. E descobriu, também, quatro satélites girando em torno de Júpiter.

Galileu observou as irregularidades na superfície da lua ao apontar seu telescópio para o céu. Não havia, ainda, nenhuma prova conclusiva do acerto do sistema heliocêntrico proposto por Copérnico. Mas já ficava difícil admitir que a Terra era o centro do Universo, se havia corpos girando ao redor de Júpiter. E como acreditar no dogma de que as estrelas haviam sido criadas para deleite dos homens, se a maior parte delas era invisível a olho nu?

Verificou que a terra gira em torno do sol

Quando a professora de Ciências escreve no quadro que a Terra se move ao redor do Sol e de seu próprio eixo, ninguém mais fica assustado. Afinal, hoje, o movimento da Terra em torno do Sol, chamado translação, é bem conhecido. Também é sabido que os dias e as noites derivam do movimento de rotação – aquele em que a Terra faz ao redor de si mesma, do seu próprio eixo.

Mas você sabia que nem sempre se pensou assim? Até o início do século 17, acreditava-se que a Terra ficava imóvel no centro do Universo e que o Sol, os planetas e as estrelas giravam ao seu redor. Na época, pensava-se até que, se a Terra girasse, os animais acabariam tontos! A hipótese de que o nosso planeta estava no centro do Universo constava nas escrituras sagradas e era defendida pelos padres. Como eles eram os maiores detentores de conhecimento, quem ousaria duvidar?

O cientista que imaginou um universo diferente do que a Igreja pregava foi o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543). Segundo sua teoria, o Sol estava no centro do Universo e os planetas giravam ao seu redor. Na época, Copérnico não conseguiu provar que o universo se organizava dessa maneira. Mesmo assim, foi advertido pela Igreja por estar se intrometendo em assuntos religiosos. Quem primeiro verificou que o Universo era bem diferente daquele que a Igreja aceitava foi o cientista italiano Galileu Galilei(1564-1642). Isso fez com que cada vez mais cientistas mudassem sua maneira de pensar, chegando a provar, finalmente, que era a Terra que se movia.

Primeira Lunetas Utilizadas por Galileu

Mas como Galileu fez isso? Bom, tudo começou quando ele conheceu um instrumento inventado na Holanda, chamado luneta. Era o ano de 1609, e Galileu decidiu aperfeiçoá-la. Em um ano, ele conseguiu melhorar a capacidade de aumento e aproximação do instrumento em 20 vezes! Nascia ali o telescópio moderno. Na época, acreditava-se que todos os corpos celestes eram esferas perfeitas e imutáveis. Mas com seu instrumento de observação, Galileu conseguiu ver as formas acidentadas da Lua. Ele viu também manchas escuras se movendo na face do Sol, e percebeu que o planeta Vênus tinha fases como a Lua. Suas observações levavam a crer que Nicolau Copérnico estava certo quando disse que a terra girava ao redor do Sol. Por isso, Galileu foi repreendido pela Igreja Católica em 1616.

Problemas com a Igreja…

Acatando as ordens da Igreja, Galileu silenciou sobre o tema por sete anos. Logo ele, que declamava suas ideias em alto e bom som em jantares e debates, teve que se calar. Mas não parou de produzir! Galileu pesquisou coisas que afrontassem menos as ideais da Igreja, como colocar os satélites de Júpiter a serviço da navegação para ajudar os marinheiros a calcular a longitude das embarcações no mar.

Galileu Galilei 1564-1642

Mas uma pessoa fez Galileu voltar a estudar os movimentos dos planetas…

Galileu é julgado e condenado por apresentar teoria de que a Terra não é imóvel. No verão de 1623, um novo papa subiu ao trono de São Pedro, em Roma. Urbano VIII era completamente diferente dos papas anteriores: ele se interessava pela pesquisa científica! Isso encorajou Galileu Galilei a escrever um livro em que apresentava as duas teorias rivais da cosmologia: sistemas heliocêntricos (o Sol como centro do universo) e geocêntricos (a Terra como centro do universo). Assim, ele poderia falar da teoria heliocêntrica como uma hipótese não comprovada.

Galileu e os Diálogos

Em 1632, Galileu publicou os Diálogos sobre os dois maiores sistemas do mundo – Ptolomeu e Copérnico. A obra reproduz uma conversa entre três personagens: Salviati, que defende as teses de Copérnico; Sagredo, um observador neutro; e Simplicius, defensor de Aristóteles e Ptolomeu. Salviati é sempre brilhante, Sagredo logo abandona a imparcialidade e passa a apoiá-lo com entusiasmo e Simplicius é pouco mais que um idiota, ridicularizado do princípio ao fim. Os Diálogos acabaram proibidos, Galileu foi interrogado diversas vezes, e mesmo sob ameaça de tortura, não confessou que acreditava mesmo no que dizia Copérnico. Galileu não confessou, e recebeu a sentença: os Diálogos ficaram proibidos, Galileu obrigado a negar a publicamente a teoria copernicana. E ainda condenaram-no à prisão domiciliar.

Várias autoridades, inclusive o papa, leram o Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo: o ptolemaico e o copernicano antes de sua publicação em 1632 e sugeriram modificações. Porém, quando o livro foi divulgado… foi uma confusão! Os inimigos de Galileu, como os padres jesuítas de Roma, disseram que o livro glorificava Nicolau Copérnico e insultava a Igreja.

Galileu Encarando a Inquisição

Resultado: a circulação do livro foi proibida e Galileu foi intimado a comparecer diante do Santo Oficio da Inquisição, o tribunal da Igreja Católica, em de outubro de 1632. Na época, Galileu não queria viajar para Roma, pois estava doente e tinha já 70 anos de idade. Em novembro e dezembro, o cientista caiu de cama. O papa ficou furioso! Ordenou que uma junta médica examinasse Galileu. Os médicos disseram que sua saúde permitia que ele viajasse. Portanto, ele deveria ir, por livre e espontânea vontade, a Roma – ou seria detido e arrastado para lá a força.

Galileu Galilei 1564-1642

Na primavera de 1633, aconteceu o julgamento de Galileu Galilei. Seu crime? Heresia, ou seja, fazer ou dizer algo contrário às leis da Igreja. Galileu prestou depoimento a apenas dois funcionários e um secretário.

Mas seu julgamento foi retratado em diversas pinturas como se tivesse ocorrido em um auditório cheio de padres.

Sua condenação parecia inevitável. Como último recurso, Galileu tomou a decisão de dizer que errou e foi longe demais ao escrever sobre as duas teorias. No tribunal, o cientista contou que decidiu reler seu livro, pois queria saber se tinha escrito algo ofensivo. Disse que ficou surpreso ao notar que apresentou como verdadeiras duas teorias que não tinham prova alguma. Disse que seu objetivo era apenas mostrar que a teoria da Terra como centro do Universo tinha falhas. Porém, Galileu afirmou que escreveu suas ideias de tal forma que o leitor podia acreditar que a teoria heliocêntrica era incontestável. Então, o cientista disse que aceitava como verdadeira e indiscutível a estabilidade da Terra e o movimento do Sol.
Mal sabia Galileu que o papa havia dito aos cardeais que ele deveria cumprir pena de prisão e fazer penitência. Ele seria humilhado publicamente para advertir a todos que desobedecer às ordens da Igreja e contestar a Bíblia era loucura.

A condenação de Galileu

Italiano passou últimos de sua vida impedido de debater ideias científicas. O papa Urbano VIII, que ordenou que Galileu cumprisse pena de prisão e fizesse penitência. Em 22 de junho de 1633, saiu a sentença de Galileu Galilei: ele foi considerado culpado por crimes abomináveis. A pena seria cumprida nas masmorras do Santo Ofício. Galileu vestiu uma túnica branca, se ajoelhou e fez uma jura de que sempre acreditaria nos ensinamentos da Igreja, abandonaria a ideia do movimento da Terra ao redor do Sol e jamais diria tais coisas novamente. Histórias nunca confirmadas dizem que, quando se levantou, Galileu murmurou baixinho: “eppur si muove” (“e, no entanto, ela se move”).

Embora condenado à masmorra, o cientista passou os cinco primeiros meses da pena sob custódia do arcebispo da cidade italiana de Siena. Galileu sofreu muito com a condenação. Nessa época, a Igreja publicava uma lista com o nome dos livros proibidos de serem vendidos ou lidos. A obra de Galileu apareceu na lista em 1664, onde ficou por quase duzentos anos. Mas a publicação era vendida por altos preços fora da Itália, onde o poder da Igreja era menor.

O tempo passou e Galileu foi aos poucos superando o sofrimento com a condenação. Começou até a escrever um novo livro! Mas dessa vez, ele deixou de lado os motivos pelos quais as coisas se moviam e estudou como o faziam. Por exemplo, como os limões caem dos limoeiros? E como são disparadas as balas de canhões?

Corriam boatos em Roma de que a prisão de Galileu, em Siena, era parecida com férias. O Santo Ofício decidiu então que ele devia limitar seus contatos sociais e afastar-se para sempre de qualquer atividade de ensino. Assim, ele podia voltar para Arcetri, onde tinha uma casa. Lá, ele não podia receber visitas que pudessem discutir ideias científicas, nem ir a lugar algum (exceto o convento vizinho). O papa também proibiu a reimpressão dos livros anteriores de Galileu, para garantir que suas obras desaparecessem aos poucos na Itália. Após sair de Arcetri, Galileu voltou a sua casa em Florença.

Com o passar do tempo, Galileu ficou cego. Na noite de 8 de janeiro de 1642, ele morreu de uma febre acompanhada de dores nos rins. Seu desejo era ser enterrado perto do pai, na basílica principal da Igreja Franciscana de Santa Croce, onde havia várias capelas particulares com os túmulos de melhores famílias florentinas. Mas ele foi enterrado fora da Capela de Noviços da igreja, pois o papa considerou que qualquer homenagem em relação a Galileu seria uma ofensa à sua autoridade. Só em 1737, após a morte do papa, os restos mortais de Galileu foram levados para o jazigo de mármore de um monumento em sua homenagem.

Só em 1822, o Santo Ofício permitiu a publicação de livros que ensinassem o movimento da Terra, e em 1835, o Diálogo de Galileu foi excluído da lista de obras proibidas pela Igreja. A forma como o cientista foi tratado pela Igreja começou a ser revista com a ascensão do papa João Paulo II. Em 1982, ele ordenou a criação de grupos de estudos para investigar o caso do cientista. Em 1992, o papa endossou publicamente as descobertas de Galileu e afirmou que houve uma trágica incompreensão mútua entre a Igreja e o cientista.

Não se pode dizer que fora maltratado materialmente. Sua prisão era um apartamento de cinco aposentos, com janelas dando para os jardins do Vaticano, criado particular e mordomo para cuidar das refeições e do vinho. Seus últimos anos de vida, na companhia dos discípulos Torricelli e Vicenzo Viviani, foram dos mais produtivos. Em 1636 terminou Diálogos relativos à duas novas ciências, obra na qual retoma, de forma ordenada, observações sobre dinâmica que fora acumulando durante toda a vida. Em 8 de Janeiro de 1642, Galileu morreu. Foi enterrado na Capela de Santa Croce, em Florença.

Ó Senhor, eu amo o recinto da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória. Não colhas a minha alma com a dos pecadores, nem a minha vida a dos homens sanguinolentos, em cujas mãos há malefício, e cuja destra está cheia de subornos.

Salmos 26:8-10
21/02/2021

Isaac Newton 1642-1727

Sua Infância

Isaac Newton 1642-1727

Curiosamente, Isaac Newton nasceu menos de um ano apôs a morte de Galileu (que, por sua vez, nascera três dias antes da morte de Michelangelo, um dos maiores artistas do Renascimento). Teve saúde extremamente frágil nos primeiros meses de vida e cedo perdeu o pai, sendo criado pelos avós quando a mãe casou-se novamente. Consta que não se destacava muito nos estudos antes da adolescência e que adorava ficar inventando e construindo pequenos objetos, desde pipas até relógio solares e de água.

Um tio que trabalhava na Universidade de Cambridge percebeu suas tendências e conseguiu levá-lo para estudar nessa universidade. Durante os anos em que lá permaneceu, Newton não foi considerado excepcionalmente brilhante, mas, mesmo assim, desenvolveu um recurso matemático que ainda hoje leva seu nome: o binômio de Newton. (Com esse recurso, pode-se obter rapidamente as potências da soma de dois termos).

A Maçã

Na época em que se formou, uma epidemia de peste assolava Londres, o que o fez retirar-se para a fazenda da mãe. Foi ali que fez sua observação mais famosa: viu uma maça cair de uma árvore. Esse fenômeno corriqueiro o levou a pensar que haveria uma força puxando a fruta para a Terra e que essa mesma força poderia também estar puxando a Lua, impedindo-a de escapar de sua órbita, espaço afora. (Só bem mais tarde, levando em conta os estudos de Galileu e Kepler, além de suas próprias experiências e cálculos, Newton formularia essa ideia no seguinte princípio: “A velocidade da queda é proporcional à força da gravidade, e inversamente proporcional ao quadrado da distância até o centro da Terra”.)

Isaac Newton 1642-1727

Essa teria sido a primeira vez em que se cogitava que uma mesma lei física (a atração dos corpos) pudesse se aplicar tanto a objetos terrestres quanto a corpos celestes. Até então, seguindo o raciocínio de Aristóteles, achava-se que esses dois mundos – Terra e céu – tivessem naturezas completamente diferentes, sendo cada um regido por um conjunto específico de leis.

“Se enxerguei além dos outros, é por que estava no ombro de gigantes” (Isaac Newton)

Fenômenos Luminosos

As experiências de Newton com a luz também possibilitaram descobertas surpreendentes. A mais conhecida delas foi conseguida quando deixou um pequeno feixe de luz do Sol penetrar numa sala escura e atravessar um prisma de vidro. Verificou que o feixe se abria ao sair do prisma, revelando ser constituído de luzes de diferentes cores, dispostas na mesma ordem em que aprecem no arco-íris. Para que essas cores não fossem acrescentadas pelo próprio vidro, Newton fez o feixe colorido passar por um segundo prisma. Como resultado, as cores voltaram a se juntar, provando que sua reunião formava outro feixe de luz branca, igual ao inicial.

O fenômeno da refração luminosa ocorria, de fato, sempre que a luz atravessava prismas ou lentes (de modo menos pronunciado), o que limitava a eficiência dos telescópios. Newton projetou então um telescópio refletor, no qual a concentração da luz, em vez de ser feita com uma lente, era obtida pela reflexão num espelho parabólico. Esse princípio é utilizado até hoje na maioria dos telescópios.

Disputas

Isaac Newton 1642-1727

Já conhecido por suas experiências ópticas, Newton retornou a Cambridge, onde se tornaria professor catedrático de Matemática (um posto altíssimo), com apenas 27 anos. Mais tarde, foi eleito membro da Royal Society. Nesta sociedade de estudos científicos, passou a enfrentar a frequente inimizade de Robert Hooke. Esse relacionamento belicoso era piorado pela extrema suscetibilidade de Newton às críticas. A maior contenda entre os dois (dentre as muitas ocorridas ao longo dos anos) dizia respeito à natureza da luz: Newton acreditava ser ela composta por partículas; já para Hooke, a luz era feita de ondas, tal como o som, (Essa disputa prosseguiria até muito depois da morte de ambos. Podemos hoje considerar, à luz dos conhecimentos mais avançados, que essa partida resultou, por assim dizer, num empate com dois vendedores: a luz tem uma natureza simultaneamente ondulatória e corpuscular.)

Isaac Newton 1642-1727

Outra disputa, desta vez internacional, envolveu Newton e o matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz. Ambos criaram, independentemente – e, para complicar as coisas, quase ao mesmo tempo – o cálculo infinitesimal, com base nos estudos feitos pelo francês Pierre de Fermat.

Publicações científicas

Em 1687, Newton publicou sua mais importante obra, Philosophiae naturalis principia athematica [Princípios matemáticos da filosofia natural]. Nessa obra, ele inclui todos os seus conhecimentos científicos. Ali constam, por exemplo, suas famosas três leis do movimento, que lhe permitiram formular matematicamente o valor da força de atração entre dois corpos quaisquer, em qualquer parte do universo. Embora Newton soubesse que a gravidade era constante, esse valor ainda permaneceria desconhecido por um século, até ser determinado por Cavendish.

Com essa relação, conhecida como lei da gravitação universal, conseguia-se, por fim, descrever adequadamente os movimentos de todos os corpos do Sistema Solar, incluindo as menores irregularidades de seus trânsitos. Estas podiam agora ser explicadas como resultantes da influência gravitacional dos vários corpos entre si.

Se Copérnico costuma ser visto como o iniciador de um período de progresso intelectual chamado Revolução Científica, Newton pode ser considerado o ápice dessa ascensão. Suas conclusões explicavam maior número de fenômenos com o menor número possível de elementos. (isto é o que muitos estudiosos chamam de “solução elegante”.)

Certa vez, o astrônomo Edmund Halley (o descobridor do cometa que leva seu nome) perguntou a Newton como conseguia realizar tantas descobertas notáveis. Ele respondeu que as atribuía mais a um esforço contínuo do pensamento do que à inspiração ou à percepção súbita. Esse esforço mental, porém, devia deixá-lo tão consumido que, aos 50 anos de idade, precisou interromper sua produção por dois anos, devido a um esgotamento nervoso. (Diz-se que uma vela teria caído sobre um calhamaço de cálculos desenvolvidos por vários anos.) Isso não o impediu, porém de retornar seu trabalho, nem de se tornar membro do Parlamento inglês ou ser diretor da Casa da Moeda.
Em 1703, foi eleito presidente da Royal Society (quando Hooke já estava morto), cargo para o qual foi reeleito anualmente, enquanto viveu. Em 1704, publicou Opticks, livro que versa sobre suas descobertas no campo da Óptica.

Curiosamente, Newton ficou grisalho com apenas 30 anos, mas se manteve em atividade mental por toda a vida. Aos 80 anos, orgulhava-se de enxergar e ouvir bem e de ainda possuir todos os dentes!

Tentando avaliar sua carreira científica, ele disse certa vez: “Tenho a impressão de Ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misteriosos diante de meus olhos”.

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?

Salmos 27:1
21/02/2021

Nicolau Copérnico 1473-1543

Sua Vida

Nicolau Copérnico 1453-1543

Sistema Heliocentrico Matemático e astrônomo polonês, autor da Teoria Heliocêntrica, segundo a qual o sol é o verdadeiro centro do sol é o verdadeiro centro do sistema solar, devendo-se a sucessão de dias e noites, ao movimento da rotação da Terra sobre seu próprio eixo. Copérnico nasceu em Tourun, na Posnâmia (região polonesa as margens do Vístula) na fronteira com a Alemanha, à 19/02/1473, era filho de um comerciante que o deixou órfão, aos 10 anos. Sua tutela ficou à cargo de seu tio Lucius Waczenrade, Bispo de Erimland.

E ele cresceu em meio ao período Renascentista, no qual o saber, bem como a cultura avançaram revolucionariamente. Também serviu a Igreja Católica, o que de certa forma foi positivo, pois lhe dava acesso ao saber entesourado da igreja . Propriedades planetárias Em 1491, ingressou na Universidade de Cracóvia, onde estudou, principalmente, matemática. Depois na Universidade de Bolonha estudou grego e em Pádua Medicina.

Nicolau Copérnico 1453-1543

Em 1500 voltou a Polônia, e já como monge, assumiu as funções de cônego em Frauenburg, exercendo a medicina. Como sua verdadeira paixão era a astronomia, teve sua atenção despertada pelo planeta Marte, e de suas observações, veio-lhe as perguntas: – Por que os planetas se tornavam cada vez maiores, mais brilhantes, ao longo de sua trajetória? – Ou cresciam, o que parecia absurdo? – Ou ficavam tão mais perto da Terra? O que certamente, os levava a sair dos epiciclos, onde deveriam permanecer… Diante de suas dúvidas, Copérnico, com sua tranquilidade característica, passou a estudar os pensadores antigos, que ousaram dar um movimento à Terra, e colocar o Sol como centro do Universo.

Depois de minuciosos cálculos matemáticos, ele deduziu: A Terra executa um movimento completo em torno de seu eixo. Isso explicaria o movimento do Sol e das Estrelas, produzindo o dia e a noite. Novos cálculos o levaram a atribuir ao Sol o movimento anual, que na verdade é executado pela Terra. Suas afirmações eram contrárias a Teoria Geocêntrica, que afirmava ser a Terra fixa, e que todos os demais astros, giravam em torno dela.
A igreja fundamentava-se na Teoria Geocêntrica, e agia de modo bravio, contra qualquer conceito contrário a esta teoria. A Teoria Geocêntrica, também chamada de Teoria Ptolemaica , por ter sido elaborada por Cláudio Ptolomeu, astrônomo e geógrafo grego do séc. II, dizia que a Terra era imóvel e ao seu redor giravam a Lua, o Sol, os Planetas e as Estrelas.

Gravura do Século XVII enfatizando o Heliocentrismo

Durante 30 anos, Copérnico, analisando e meditando suas próprias observações, concluiu sua Teoria. Como uma de suas maiores características era ser prudente, de início, apresentou sua teoria como mera hipótese, já que naquela época eram comuns, as condenações por heresia.
As revelações Copérnico, era eclesiástico, respeitava e temia as autoridades religiosas, para estas, a teoria de Ptolomeu era mais adequada para confirmar, as citações bíblicas, de modo conveniente para a igreja.

O Heliocentrismo de Copérnico - Pintura de Jean-Leon Huens

Temendo contradizê-la, Copérnico, em 1530, apresentou sua teoria apenas entre os astrônomos, num manuscrito chamado Pequenos comentários de Nicolau Copérnico em torno de suas hipóteses sobre os movimentos celestes. Somente em 1540, permitiu que George Joaquim Rhäticus, seu discípulo, publicasse suas ideias, na obra Narrativa acerca das obras de Copérnico sobre revoluções.

Sua obra Finalmente em 1543, esse mesmo discípulo, fez circular, em Nuremberg, a obra completa de Copérnico – Sobre a revolução das orbes celestes, onde a Teoria Heliocêntrica, era colocada de forma científica, e não como hipótese. Isto se deu sem o conhecimento de Copérnico, que teve exemplar nas mãos, já pronto, às portas de sua morte, em Frauenburg, à 24/05/1543, mesma data em que veio a falecer.

Esta publicação, que tinha prefácio dedicado ao papa Paulo III, fora substituído por outro, anônimo, atribuído a Andreas Osiander, que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema. Só após 20 anos da divulgação da pesquisa de Copérnico, o frade dominicano Giordani Bruno acrescentou a Teoria, a ideia do Universo infinito, levantando novamente a polêmica.

Por isso, a Inquisição, o condenou a morte. Justo nessa mesma época, iniciava como professor de Universidade Galileu Galilei, que finalmente fez solidificar a Teoria.

A obra de Copérnico foi comprovada por grandes astrônomos e matemáticos como Galileu, Kepler e Newton, mas até 1835, a Igreja a manteve em sua lista negra. Mas sua obra, considerada valiosa e pioneira lhe garantiu a posição de Pai da Astronomia Moderna.

O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu cântico o louvarei.

Salmos 28:7
11/02/2021

Albert Einstein 1879-1955

Sua Infância

Albert Einstein 1879-1955

Albert Einstein nasceu numa sexta-feira, dia 14 de março de 1879, em Ulm, uma próspera cidade ao sul da Alemanha. Ele foi o primeiro e único filho homem de Hermman Einstein e Pauline Koch. Já nos primeiros anos de sua vida, Einstein provocava comentários. Sua mãe estava convencida de que o formato de sua cabeça era fora do comum e temia que tivesse algum problema mental, porque era muito lento para aprender a falar. Passou sua juventude em Munique, onde sua família possuía uma pequena oficina destinada à construção de máquinas elétricas. Einstein não falou até os 3 anos de idade, mas desde jovem mostrou uma curiosidade brilhante sobre a Natureza, e uma habilidade para compreender conceitos matemáticos avançados. Com 12 anos de idade, aprendeu por conta própria a Geometria Euclideana.

Albert Einstein 1879-1955

Albert cresceu forte e saudável, embora não gostasse de praticar esportes organizados. Era um garoto quieto e particularmente solitário, que preferia ler e ouvir música. Não gostava do regime monótono e do espírito sem imaginação da escola em Munique. Se considerasse os conselhos de um de seus professores teria abandonado a escola. Quando sua família mudou-se para Milão, na Itália, Einstein tinha 15 anos. Nesta ocasião passou 1 ano com sua família em Milão. Terminou a escola secundária em Arrau, Suíça, e com boas notas somente em Matemática, entrou, em 1896, no Instituto Politécnico de Zurique, onde se graduou em 1901 com dificuldades. Einstein não gostava dos métodos de instrução lá. Frequentemente não assistia às aulas, usando o tempo para estudar Física ou tocar seu adorado violino. Passou nos exames e graduou-se em 1900. Seus professores não o tinham como grande aluno e não o recomendariam para uma posição na Universidade. Por dois anos Einstein trabalhou como tutor e professor substituto. Em 1902, assegurou uma posição como examinador no Escritório de Patentes da Suíça em Bern. Em 1903, casou-se com Mileva Maric, que havia sido sua colega na Escola Politécnica.

Einstein e suas Publicações Científicas

Em 1905, após ter conseguido um emprego no serviço federal de patentes que o deixava com horas vagas para estudar os problemas da física contemporânea, o mundo tomou conhecimento de sua existência através da publicação de cinco artigos nos Annalen der Physik, revista científica alemã.
No mesmo ano recebeu seu grau de Doutor pela Universidade de Zurique por uma dissertação teórica a respeito das dimensões de moléculas, e também publicou 3 trabalhos teóricos de grande importância para o desenvolvimento da Física do século 20. No primeiro desses trabalhos, sobre o Movimento Browniano, ele realizou previsões significantes sobre o movimento de partículas distribuídas aleatoriamente em um fluido. Tais previsões seriam confirmadas posteriormente, através de experiências.

O segundo Trabalho, sobre o Efeito Fotoelétrico, continha uma hipótese revolucionária a respeito da natureza da luz. Einstein não somente propôs que sob certas circunstâncias pode-se considerar a luz feita de partículas, mas também a hipótese que a energia carregada por qualquer partícula de luz, chamada de fóton, é proporcional à frequência da radiação. Uma década mais tarde, o Físico americano Robert Andrews Millikan confirmou experimentalmente a teoria de Einstein. Einstein, cuja preocupação primordial é compreender a natureza da radiação eletromagnética, desenvolveu posteriormente uma teoria que seria uma fusão dos modelos de partícula e onda para a luz. Novamente, poucos cientistas compreendiam ou aceitavam suas ideias.

Einstein e a Teoria da Relatividade Especial

Albert Einstein 1879-1955

O terceiro grande Trabalho de Einstein em 1905, “Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento”, continha o que tornou-se conhecido como a Teoria Especial da Relatividade. Desde a época do Matemático e Físico inglês Isaac Newton, os filósofos naturais (como os físicos e químicos eram conhecidos) tentavam compreender a natureza da matéria e da radiação e como elas interagiam. Não existia uma explicação consistente para o modo como a radiação (a luz, por exemplo) e a matéria interagiam quando vistas de referenciais inerciais diferentes, isto é, uma interação vista simultaneamente por um observador em repouso e um observador movendo-se com velocidade constante.
No Outono de 1905, após considerar estes problemas por 10 anos, Einstein percebeu que o problema não se encontrava em uma teoria da matéria, mas em uma teoria relativa às medidas.

Einstein desenvolveu, então, uma teoria baseada em dois postulados: o Princípio da Relatividade, que as leis físicas são as mesmas em todos os referenciais inerciais, e o Princípio da Invariância da velocidade da luz, onde a velocidade da luz no vácuo é uma constante universal. Assim, Einstein era capaz de dar uma descrição correta e consistente de eventos físicos em referenciais inerciais diferentes sem fazer suposições especiais sobre a natureza da matéria e da radiação, ou como elas interagiam. Virtualmente, ninguém compreendeu seus argumentos. Einstein e a Teoria da Relatividade Geral. Mesmo antes de deixar o Escritório de Patentes em 1907, começara o trabalho de estender e generalizar o teoria da relatividade para todos os referenciais. Ele iniciou enunciando o Princípio da Equivalência, um postulado que campos gravitacionais são equivalentes à acelerações de referenciais. Por exemplo, uma pessoa em um elevador em movimento não pode, em princípio, decidir se a força que atua sobre ela é causada pela gravidade ou pela aceleração constante do elevador. A Teoria da Relatividade Geral completa não foi publicada até 1916. Nesta teoria, as interações de corpos que até então haviam sido atribuídas às forças gravitacionais, são explicadas como a influência dos corpos sobre a geometria do espaço-tempo (espaço quadridimensional, uma abstração matemática, tendo as três dimensões do espaço Euclideano e o tempo como a quarta dimensão).

Amizade de Albert Einstein

Baseado em sua Teoria da Relatividade Geral, Einstein explicou as previamente inexplicáveis variações no movimento orbital dos planetas, e previu a inclinação da luz de estrelas na vizinhança de um corpo maciço, como o Sol. A confirmação deste último fenômeno durante um eclipse em 1919 tornou-se um grande evento, tornando Einstein famoso no mundo inteiro. Pelo resto de sua vida, Einstein devotou tempo considerável para generalizar ainda mais esta Teoria. Seu último esforço, a Teoria do Campo Unificado, que não foi inteiramente um sucesso, foi uma tentativa de compreender todas as interações físicas – incluindo as interações eletromagnéticas e as interações forte e fraca – em termos da modificação da geometria do espaço-tempo entre as entidades interagentes.

Entre 1915 e 1930 a grande preocupação da Física estava no desenvolvimento de uma nova concepção do caráter fundamental da matéria, conhecida como Teoria Quântica. Esta teoria continha a característica da dualidade partícula-onda (a luz exibe propriedades de partícula, assim como de onda), assim como o Princípio da Incerteza, que estabelece que a precisão nos processos de medidas é limitada. Einstein, entretanto, não aceitaria tais noções e criticou seu desenvolvimento até o final da sua vida. Disse Einstein uma vez: “Deus não joga dados com o mundo”.

Durante a I Guerra Mundial, com cidadania suíça, ele trabalhou na generalização de sua teoria para os sistemas acelerados. Elaborou então, uma nova teoria da gravitação em que a clássica teoria de Newton assume papel particular. Einstein, com o passar dos anos, continua a não aceitar completamente diversas teorias. Por exemplo, Einstein não aceitava o princípio de Heisenberg que o universo estivesse abandonado ao acaso.

“Deus pode ser perspicaz, mas não é malicioso.”, disse ele sobre este princípio que destruía o determinismo que estava ancorada a ciência desde a Grécia Antiga.

O Premio Nobel

Einstein, o Cidadão do Mundo Após 1919, Einstein tornou-se internacionalmente reconhecido. Ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1921 pelo seu estudo do campo fotoelétrico, e não pela teoria da relatividade, ainda controvertida. Sua visita a qualquer parte do mundo tornava-se um evento nacional; fotógrafos e repórteres o seguiam em qualquer lugar.

O Homem Político

Albert Einstein 1879-1955

Einstein aceitou uma cátedra no Institute for Advance Study, em Princeton, Estados Unidos e, em 1940, adquiriu cidadania americana após o surgimento da II Guerra Mundial, em 1939. Einstein sempre assumiu posições públicas sobre os grandes problemas de sua época, fosse a respeito da existência do Estado de Israel, da União Soviética, da luta contra o nazismo, ou, após a II Guerra Mundial, contra a fabricação de armas nucleares. Einstein entregou uma carta ao presidente americano advertindo-o da possibilidade de os alemães fabricarem sua própria bomba, no entanto, a carta levou os EUA a fabricarem a sua. Num último apelo, Einstein escreveu ao presidente Theodore Roosevelt, que morreu sem ao menos ler a carta. Truman, seu sucessor, ignorou-a e lançou a bomba atômica em Hiroshima e, três dias depois, em Nagasaki, no Japão. Em 1922, Einstein tornou-se membro do Comitê de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. Em 1925, juntamente com o líder dos direitos civis indianos Mahatma Gandhi, trabalhou numa campanha pela abolição do serviço militar obrigatório. E, em 1930, Einstein colocou novamente seu nome em outro importante manifesto internacional, desta vez organizado pela Liga Internacional da Mulher pela Paz e Liberdade. Pedia o desarmamento internacional como sendo a melhor maneira de assegurar uma contínua paz. Envolveu-se ainda em várias causas sociais.

Em 1925, Albert Einstein veio ao Brasil. Esteve no Rio de Janeiro, em visita a instituições científicas e culturais. Proferiu duas conferências: na Academia Brasileira de Ciências e no Instituto de Engenharia do Rio de Janeiro. Quando Adolf Hitler começou seu governo na Alemanha, Einstein decidiu deixar a Alemanha imediatamente. Foi para os Estados Unidos e ocupou uma posição no Instituto para Estudos Avançado sem Princeton, New Jersey.

Quando a morte de Einstein foi anunciada em 1955, a notícia apareceu nas primeiras páginas dos jornais de todo o mundo: “Morreu um dos maiores homens do século 20”.

A Primeira esposa de Einstein

Albert Einstein 1879-1955

Mileva Maric nasceu no dia 19 de dezembro de 1875 na cidade de Titel, na Vojvodina, hoje uma região da Iugoslávia, naquela época da Hungria, que era parte do império austro-húngaro. A instrução de Mileva teve início em 1882. As aulas eram dadas em servo-croata mas ela também aprendeu alemão e francês. Tudo indica que era uma aluna boa e audaciosa. Para completar sua educação, o pai a mandou para Zurique, onde em novembro de 1894 foi admitida na Höhere Töchterschule (colégio avançado para moças). Na primavera de 1896 foi aprovada nos exames finais, o que lhe permitiu entrar numa universidade. No verão desse mesmo ano matriculou-se como estudante de medicina na Universidade Zurique, que leva a honra de ser a primeira instituição europeia a dar o doutorado a uma mulher (em 1867). Pelo menos duas servias obtiveram esse título ali, antes mesmo da entrada de Mileva. No outono de 1896 ela já havia modificado seus planos, passando de medicina para matemática e física. Assim, foi para a seção VIA do ETH – onde conheceu Einstein.

Fotografia do casamento de Albert Einstein e Mileva Maric - 06/01/1903

O primeiro indicio de que a relação entre os dois jovens estava começando a exceder a de colegas de turma está numa carta escrita no outono de 1897 por Mileva, que então estava em Heidelberg, para Einstein, na qual ela lhe conta que conversou com o pai sobre ele e que ele deve “de qualquer jeito vir” visitá-los. A primeira carta preservada de Einstein para ela data de fevereiro de 1898. Ele a cumprimenta como “Geehrtes Fräulein” (literalmente, “honrada senhorita”), uma saudação formal. Conta dos cursos do ETH e pede uma resposta rápida. Na carta seguinte , dirige-se a ela como “Cara senhorita Maric” e a convida para jantar na sua pensão. Em março de 1899 ele escreveu novamente, desta vez desde Milão, onde visitava a família: “A sua foto impressionou muito os meus pais (…)Tive que aguentar um pouco de gozação, que não me desagradou nem um pouco.” Antes ele havia assinado “Albert Einstein”. Desta vez, apenas “Albert”.

As cartas seguintes de Einstein datam de julho e agosto de 1900, logo após Mileva ter sido reprovada nos exames, fato que, curiosamente, ele sequer menciona. Agora o tema principal é a reação dos pais à sua vida privada. Quando ele chegou ao hotel onde sua mãe estava para passar as férias, ela perguntou o que estava acontecendo com a Doxerl: “Minha mulher”, eu disse inocentemente mas preparado para uma cena. Mamãe se jogou na cama e começou a chorar como um bebê. Quando se recuperou do choque inicial, lançou-se imediatamente a uma ofensiva desesperada: “Você está arruinando o seu futuro e interrompendo o rumo da sua vida (…) ela não se encaixa numa família decente (…) você vai se ver numa bela confusão quando ela tiver um filho (… )” Rejeitei energicamente a suspeita de que tínhamos vivido juntos. As cartas de Einstein de 1900-1 também expressam seu amor:

“Como eu pude ter vivido antes? (…) “Sem pensar em você prefiro não viver mais (…) Dentre todos é você quem mais me ama e melhor me compreende (…) Notes que penso que [você] está pensando em mim com amor e na cama beija o travesseiro. Eu sei como é (…) Minha felicidade é a sua felicidade ( …) Minha vida tem valor verdadeiro, apenas porque penso em você (…) Como foi maravilhoso da última vez que pude abraçar você como a natureza a fez. (Wie die Natur es gegeben hat ).”

Com Mileva Einstein teve uma filha em torno de janeiro de 1901 chamada Lieserl, e que ninguém nunca soube de nada e até hoje não se sabe nada sobre ela, suspeita-se que nem mesmo o próprio Einstein tenha chegado a ver sua filha, pois na época em que ela nasceu ele estava a busca de seu primeiro emprego, quando cita em cartas á sua esposa que irá fazer de tudo para dar uma vida confortável a sua esposa e sua filha. Em uma seguinte carta Einstein diz em forma de consolo a Mileva que ele lhe dará uma OUTRA Lieserl. Após casados, Einstein teve outro filho com Mileva, chamado Hans Albert.

Einstein com o filho, Hans Albert, fim 1904 ou início 1905

Albert Einstein 1879-1955

No dia 28 de julho de 1909 nasce o segundo filho de Einstein com Mileva, chamado Eduard. A partir de aproximadamente 1911 a relação entre o casal já não era das melhores; Mileva se tornava negligente, mancava demais (devido a uma doença de nascença); certa vez ela escreveu uma carta a uma amiga, onde dizia que Einstein vivia apenas para a sua ciência e dava pouca atenção a família. Em 1914, Mileva e os dois filhos deixaram Einstein em Berlim e foram para Zurique, onde ela passou o resto de sua vida.

Eduard ia revelando que possuía uma grave doença mental. Ele tinha um enorme talento musical e para compor poesias e prosa, ia devorando os livros que encontrava, mas as manifestações dos distúrbios tornaram-se cada vez mais evidentes pouco depois que ele terminou o colégio. Ele cobriu as paredes do quarto com fotos pornográficas, sua paixão passou de livros para mulheres. Tinha ataques de fúria tão violentos, que teve de ser levado ao Burghölzli, um hospital psiquiátrico perto de Zurique. Quando, mais tarde, entrou na faculdade, era acompanhado por um enfermeiro disfarçadamente.

Einstein e os filhos Hans Albert e Eduard, meio da década de 20

Albert Einstein 1879-1955

Einstein, a enteada Margot e o filho Hans em 1937

Albert Einstein 1879-1955

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” – Albert Einstein.

Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá do Senhor uma bênção, e a justiça do Deus da sua salvação.

Salmos 24:4-5