A Justificação pela Fé
“Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça”. (Romanos 4.3).
Completamos a primeira etapa da exposição que o grande apóstolo faz da fé cristã, nestes estudos da carta de Paulo aos Romanos. Na parte anterior da carta, demonstrou a necessidade universal que há da salvação. Tendo examinado a condição de justiça, isto é, a situação e desempenho morais tanto dos judeus como dos gentios, conclui que não há diferença, sendo que todos pecaram e carecem da glória de Deus. Então, passa a nos mostrar que é exatamente a esta altura que Deus assume o comando da situação. As divisões em versículos são convenientes para achar referências na Bíblia, mas – às vezes – perdemos alguma verdade muito importante se lemos a Bíblia por versículos ao invés de por frases completas como se faz em livros comuns. Gostaria de mostrar-lhe como se aplica isto numa passagem-chave no capítulo 3. Aqui está a frase completa: “pois não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue,” (Romanos 3:22b-25a). Esta frase nos ensina não somente como Deus solucionou o problema do pecado e da culpa do homem, como também que Ele o solucionou quando o homem estava completamente sem esperança. A solução que Deus oferece ao problema da culpa do homem, justificando o pecador culposo pela graça, mediante a fé, e a mensagem central da Bíblia. É este o Evangelho de Jesus Cristo.
No começo desta série de estudos, indiquei o fato de que esta carta de Romanos já foi usada para chamar a igreja do meio da apatia e do erro mais de que qualquer outra parte da Bíblia. A carta aos Romanos trouxe esta renovação e reavivamento à igreja porque nela temos a declaração mais plena deste princípio essencial da salvação – a justificação pela fé. Esta é a doutrina principal da fé cristã. Qualquer erro nesta matéria nos fará incidir em erro e em tudo o mais que se referir à salvação.
Antes de examinar a clara e inspirada exposição que Paulo faz desta doutrina, gostaria de tecer dois comentários preliminares. O primeiro diz respeito à nossa indiferença a essa doutrina, e à nossa negligência da mesma. A doutrina da justificação pela fé é a doutrina em cuja defesa nossos pais sofreram, se sacrificaram e morreram. Era a descoberta principal da Reforma Protestante do século dezesseis, e sua restauração resultou no maior reavivamento que a igreja já experimentou desde o Pentecostes. É a doutrina pela qual a igreja ou é sustentada ou cai, segundo Lutero, e que Wesley, duzentos anos mais tarde, chamou de a doutrina que revela se o crente está de pé ou não. Ambos queriam dizer a mesma coisa: crer e ensinar significa crer e ensinar o Evangelho de Jesus Cristo, enquanto negligenciá-la ou negá-la significa o abandono do Evangelho de Cristo. Paulo expõe isto de maneira lúcida em Romanos, e o defende em Gálatas. Quando estava sendo atacado este princípio fundamental de justificação pela fé somente, ou quando estava sendo ameaçado de meios termos, Paulo escreveu aos irmãos da Galácia: “Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vai além do que vos temos pregado, seja anátema.” (Gálatas 1:8). Esta foi uma advertência à igreja do primeiro século, e, se entendemos a nossa própria época, perceberemos que a advertência se dirige à nossa situação hoje. Os que deixam de lado a doutrina da justificação do pecador, mediante a fé, e da total necessidade da salvação individuais, considerando-a irrelevante, e que mudam em evangelho de ação política, econômica e social que visam exclusivamente valores materiais, pregam, na realidade, outro evangelho, merecendo assim a condenação por parte do apóstolo. Devemos pregar o Evangelho da redenção mediante a morte de Cristo, o evangelho da necessidade da justificação do pecador, não somente por este ser o Evangelho que Deus nos revelou, e não somente porque satisfaz as necessidades mais profundas do homem, mas também porque a história nos ensina que somente mediante este evangelho é que recebemos as reformas sociais tão urgentemente desejadas e necessárias. A igreja dos nossos dias precisa mais uma vez atender a chamada que nos manda pregar o Evangelho, o Evangelho da justificação pela graça mediante a fé.
O segundo comentário preliminar diz respeito ao método que Paulo usa quando trata do assunto. Em primeiro lugar, há a exposição completa da doutrina propriamente dita, que começa no versículo 21 do capitulo 3, e continua para dentro da primeira parte do capítulo 4. Então, após a exposição, Paulo ilustra a doutrina evangélica ao descrever a salvação de Abraão. Desta forma, ensina de dois modos diferentes a justificação pela fé: pelo preceito e pelo exemplo. É importante que percebamos isto, porque assim poderemos entender o capítulo 4, que parece ocupar-se exclusivamente com a fé de Abraão. Esta longa explicitação da fé de Abraão, com um referência adicional a Davi, nos mostra que existiu sempre um único meio de salvação. Tanto na época do Antigo Testamento como na do Novo Testamento, os homens têm sido salvos pela graça e justificados pela fé. O princípio pela graça mediante a fé é o ensino de toda a Bíblia. Paulo cita o exemplo de Abraão para demonstrar que esta não é uma nova doutrina: o Evangelho de Cristo é o cumprimento da promessa original que Deus fez a Abraão e a todo o Seu povo.
Esta explicação se faz necessária nesta altura, porque existem muitos que têm um conceito errado da Bíblia nesta matéria, pensando que o Antigo Testamento ensina a salvação mediante a lei e as obras, e que o Novo Testamento é que ensina a salvação pela graça. Paulo demonstra a falsidade de tal conceito. Quando introduz o princípio da graça no capítulo 3, diz que foi testemunhada pela lei e pelos profetas (Romanos 3:21). A unidade da Bíblia a respeito dessa matéria ilustra-se com clareza no fato de que neste capítulo, tratando da doutrina da justificação pela fé, tomamos nosso texto do quarto capitulo de Romanos, que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça”, sendo que esta expressão é uma citação direta que Paulo tira do Antigo Testamento. Quando Paulo procura uma declaração nítida do princípio da justificação pela fé, pergunta: “Pois, que diz a Escritura?” e tira a sua própria resposta, citando este versículo de Gênesis. Gênesis nos ensina o significado da justificação pela fé. Numa declaração expandida, podemos dizer: “Deus, sem nenhum mérito realmente meu, concede-me, apenas por sua graça, os benefícios da perfeita expiação de Cristo, imputando-me sua justiça e santidade, como se eu nunca tivesse cometido um simples pecado ou jamais tivesse sido pecador, tendo cumprido eu mesmo, toda a obediência que Cristo executou por mim, se somente aceito tal favor com um coração confiante.” (Catecismo de Heidelberg, pergunta 60 – Transcrito de “O Livro de Confissões”).
Gostaria agora de convidar o leitor a prestar atenção a quatro pontos chaves na doutrina bíblica da justificação.
Em primeiro lugar, a justificação é um ato de Deus. É aqui que Paulo começa. Indica que Abraão creu em Deus, o que significa que creu na promessa de Deus. No capitulo 8, diz: “É Deus quem os justifica”. “Quem os condenará?”. A justificação é um ato de Deus; não somos nós que nos justificamos a nós mesmos. Esta verdade deve ser enfatizada porque o nosso modo de pensar centraliza o homem, hoje em diz, que até nosso conceito da salvação é completamente baseado no homem. Tal conceito invade nosso pensamento de modo inconsciente. Recentemente, um estudioso no campo da teologia histórica mencionou-me que tinha saído um novo livro sobre a justificação, escrito por um evangélico. Reconheceu os méritos do livro, porém, passou a mostrar que, no livro inteiro, o escritor não citou uma só vez que é Deus quem justifica o pecador. Sutilmente, hoje em dia, encontra-se uma forma de se falar da própria graça, sem contudo mencionar-se o Deus dessa graça.
Essa falha de não haver ressalvas, de que é Deus quem justifica o pecador, é também uma das raízes da insegurança e instabilidade de tantos cristãos atualmente.
É somente porque Deus justifica o pecador, que temos a segurança da salvação. Atente mais uma vez para aquela declaração triunfante: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará?” (Romanos 8:33-34a.) É somente porque Deus justifica o pecador que podemos cantar: “Meu Deus está reconciliando, Ouço Sua voz pronunciando o perdão, Ele me chama Seu filho, Nada mais posso temer”.
O segundo ponto do argumento de Paulo é que a justificação é pela graça, sem qualquer mérito nosso. A graça é a atitude favorável de Deus para com o pecador, e não a inserção de alguma qualidade em sua vida. A graça é o favor não merecido. O perdão que recebemos pelos nossos pecados é o dom de Deus, não merecido da nossa parte. Veja com quanta clareza Paulo exclui quaisquer razoes humanas quanto à base ou razão de ser da nossa aceitação diante de Deus: “concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”. (Romanos 3:28). No capítulo 4, a mesma doutrina aparece nas seguintes palavras: “Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça”; (Romanos 4:4-5).
Paulo cita Abraão como exemplo da justificação somente pela fé, porque Abraão creu na promessa de Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e também para demonstrar que, se um homem como Abraão, que foi chamado amigo de Deus, não pudesse ser justificado pelas obras, então, não existe pessoa alguma que possa ser justificada assim. O próprio Abraão é um exemplo do principio de que todos pecaram e carecem da glória de Deus. O pecar significa errar o alvo. Alguns ficam longe mais do alvo do que outros, mas todos erram o alvo. No verão passado, estive com uns amigos no cume da maior duna de areia do mundo, a duna do Urso Adormecido, no norte de Michigan, EUA. Esta grande duna de areia tem vários quilômetros de comprimento, e mais de seis quilômetros de largura. A orla ocidental é um declive íngreme e abrupto que cai até chegar ao Lago Michigan. Estávamos em pé na beira da duna, olhando para baixo, de onde se descortinava o lago, a umas centenas de metros. Tinha-se a impressão de que o lago ficava exatamente abaixo dos nossos pés; parecia-nos a coisa mais fácil de se fazer, o jogar-se uma pedra na água. Começamos então a atirá-las, e alguns conseguiram atirar mais longe do que outros, mas nenhuma das pedras conseguiu sequer atingir o lago lá embaixo. Foi uma experiência frustrante; parecia tão fácil, porém, quando atirei a pedra usando toda a minha forca, ela se perdeu, sem produzir ruído algum nas areias da duna, não completando talvez a metade do percurso. Somos salvos exclusivamente pela graça, porque todos pecamos e carecemos da glória de Deus.
O terceiro ponto nesta declaração resumida diz respeito à natureza da justificação. Já vimos que é Deus que justifica o pecador, e que Ele o faz exclusivamente pela graça; mas, afinal, o que é que Deus faz quando nos justifica? O que é justificação? A justificação consiste de duas partes. A primeira é o perdão. Na justificação, Deus trata da culpa do pecado, e Seu modo de liquidar o assunto é cancelá-lo. Perdoa os culpados. Paulo tira do Salmo 32 apoio para o seu argumento: É “assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado”. (Romanos 4:6-8). Isto explica por que a justificação é sempre instantânea e completa. Não existem graus de justificação, porque não há diferentes graus de perdão. Ou um homem é perdoado ou não é. E já que a justificação é – antes de tudo – o perdão dos nossos pecados, uma vez que a pessoa é justificada, ela o é completamente. O mais novo crente é tão completamente justificado na totalidade do seu pecado como a pessoa que já é cristã durante muitos anos.
A segunda parte da justificação é a imputação da justiça de Cristo para conosco. Deus, como reto Juiz, exige a justiça naqueles que são aceitos e aprovados por Ele. Não temos em nos mesmos a capacidade para oferecer a Deus tal justiça. O pecado considerado de um ponto de vista é como uma dívida enorme, que não temos a mínima possibilidade de pagar, e até os respectivos juros estão fora do nosso alcance. Deus, porém, aceita a justiça de Cristo como se fosse a nossa própria. A palavra imputar significa literalmente lançar em nossa conta credora, e mediante o ato gracioso na Justificação, a Justiça de Cristo é computada em nosso crédito. É por essa razão que, na primeira declaração do evangelho que Paulo faz nesta carta, diz: “Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. (Romanos 1:16,17).
O quarto ponto salientado por Paulo na sua exposição da justificação é que ela é adquirida mediante a fé. Somente podemos recebê-la como dom de Deus; não há nenhuma outra maneira pela qual podemos merecê-la. Esta fé não é uma obra meritória da nossa parte, porque a própria capacidade de crer é, em última análise, um dos de Deus. É por isso que um dos pregadores puritanos da antiguidade, eliminando qualquer conceito de obras ou mérito inerente à fé, disse: “A fé é apenas a mão aberta que recebe”.
Neste capítulo, fica então esclarecido o princípio fundamental do Evangelho de Cristo. Seu pecado pode ser perdoado. Há em Jesus Cristo perdão para a sua culpa. Ele já pagou a penalidade mediante a Sua morte na cruz. Eliminou a culpa; e, se você deposita nEle toda a sua confiança, você também poderá ser justificado.
É o que queremos dizer a você em nosso convite: “Crê no Senhor Jesus, e serás salvo” ( Atos 16:31a ).
Que Diferença Fará?
01. Morou em um palacete – ou numa casinha alugada?
02. Se usou roupas sob medida – ou compradas em liquidação?
03. Se passou as férias na Europa – ou no quintal de casa?
04. Se comeu peru e filet mignon – ou feijão com farinha?
05. Se dormiu em colchão de espuma – numa rústica esteira?
06. Se possuiu seu próprio automóvel – ou andava de ônibus?
07. Se teve empregados às suas ordens – ou recebia ordens de um patrão?
08. Se andou sobre tapetes macios – ou ou num áspero chão de cimento?
09. Se pertenceu à classe social – ou era um simples cidadão?
10. Se teve 100 milhões reservados no banco – ou vivia num aperto tremendo?
Que diferença fará isso daqui a 100 anos? Nenhuma! Absolutamente Nenhuma!
… Fará muitíssima diferença daqui a 100 anos se você é HOJE uma pessoa SALVA ou PERDIDA, pois esse fato DETERMINA se daqui a 100 anos você estará no CÉU ou no INFERNO. Isso fará muitíssima diferença não somente daqui a 100 anos mas por toda a eternidade!
Jesus disse: “Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? (Mateus 16:26a; Marcos 8:36)
Você quer ser salvo, prezado internauta / leitor? Então, saiba que:
1. A Salvação é uma oferta GRATUITA de Deus. Tão gratuita quanto o sol e a chuva ( Romanos 6:23 ).
2. Que SÓ Jesus é Quem salva. Ele próprio disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. NINGUÉM vem ao Pai, senão por Mim” ( João 14:6 ).
3. Para você ser salvo é necessário RECONHECER que é pecador, CRER que Jesus é capaz e suficiente para salvá-lo e RECEBÊ-LO como seu salvador pessoal.
Está disposto a fazê-lo?
“Jesus disse: “Aquele que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”. (João 6:37).
“Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim TEM a vida eterna”. (João 6:47).
Receba meu amigo (a), o Senhor Jesus Cristo, como o Senhor e Salvador de sua vida, pois isso fará uma imensa diferença não só daqui a 100 anos, mas neste exato minuto, agora e por toda a eternidade.
Decida-se agora, já que está informado da maneira de entregar-se a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. E à medida que Ele te possibilitar, você O confessa perante os homens.
Não espere muito, pois poderá ser tarde demais. O tempo aceitável é agora,diz a Palavra de Deus: “(porque diz: No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação)”. (II Coríntios 6:2 ).
Arrependei-vos e Crede no Evangelho
Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho”. (Marcos 1:14-15).
Não só os mandamentos de Deus devem ser observados, mas a ordem destes mandamentos também.
De todas as perversões satânicas que se fazem da mensagem do evangelho, uma das mais perniciosas é a inversão da ordem bíblica do arrependimento e fé. Juntamente com esta inversão há uma completa falta de entendimento do significado de arrependimento e da natureza da fé salvadora. Não é por acidente que a única vez no Novo Testamento em elas aparecem juntas, são citadas pelo próprio Senhor Jesus Cristo, e o mandamento para se arrepender vem primeiro.
Arrependimento e Fé
Além disso, é necessário se notar que só duas vezes no Novo Testamento os substantivos arrependimento e fé aparecem juntos e nas duas vezes nesta ordem. Os falsos mestres da “fé e arrependimento” falsificados não podem justificar esta ordem inversa pelas Escrituras, e os argumentos que usam para defendê-la são baseados numa interpretação errônea do significado das duas palavras. Os dois lugares no Novo Testamento onde os substantivos arrependimento e fé são usados se encontram em Atos 20:21 e Hebreus 6:1.
Em Atos 20:20-21 o Apóstolo Paulo resume seu ministério dizendo: “como não me esquivei de vos anunciar coisa alguma que útil seja, ensinando-vos publicamente e de casa em casa, testificando, tanto a judeus como a gregos, o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus.”.
Em Hebreus 6:1 somos exortados a “…que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus”.
Para Crerdes
Há um lugar no Novo Testamento, onde na versão corrigida, as palavras arrepender e crer aparecem juntas, e embora no original a palavra arrepender seja diferente da que é usada nas outras passagens citadas, a mesma ordem prevalece. É em Mateus 21:32, onde vemos Jesus falando a “principais sacerdotes e os anciãos: “Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele.”.
Graças Inseparáveis
Neste último exemplo (Mateus 21:32) a palavra para “arrependestes” talvez fosse melhor traduzida por: “sentistes remorso“.
Quanto às palavras geralmente representadas por “arrepender” e “arrependimento” na versão corrigida, a verdade é igual ao que lê na declaração de fé de New Hampshire (Declaração de Fé das Igrejas Batistas do Brasil), que o arrependimento e a fé são “graças inseparáveis“. Isto é verdade não só porque está escrito na declaração, mas por ser apoiado por Batistas sãos na fé, como sendo a verdade revelada no Novo Testamento.
A verdade é que oradores e escritores divinamente inspirados do Novo Testamento geralmente consideravam suficiente referir-se ou só ao arrependimento ou só a fé, sabendo que qualquer uma das duas necessariamente implicaria na outra. Foi só para fazer ênfase especial, e talvez, para tornar claro o relacionamento entre elas, que nestas poucas vezes ambos os termos foram usados.
Um Erro Lamentável
Já ouvi pastores batistas, que deviam saber mais, dizer que o carcereiro filipense em Atos 16 ouviu Paulo e Silas dizerem que só precisava crer porque “ele já tinha arrependido“. O homem que faz tal afirmação ou não conhece o significado de arrependimento ou não considerou cuidadosamente suas próprias palavras.
O fato é que não pode existir tal coisa como um pecador verdadeiramente arrependido de “suas obras mortas” e “para Deus“, sem que também tenha fé salvadora em Cristo. Também não existe um crente salvo em Cristo que não haja se arrependido de acordo com o arrependimento do Novo Testamento.
O arrependimento e a fé não são “passos para a salvação; muito menos a inversão e a falsificação “fé e arrependimento“, a não ser ilusão e destruição.
O arrependimento e a fé do Novo Testamento são “graças inseparáveis”; dois dos muitos aspectos de uma experiência única da graça salvadora de Deus.
Significado dos Termos
O verdadeiro arrependimento é uma mudança de mente, e quando usado em conexão com o evangelho, significa para o pecador perdido uma mudança da descrença para a crença. É óbvio, então, que quando o pecador se arrepende de verdade, ele também passa a crer no que não cria antes, incluindo uma confiança em Quem antes não confiava.
A fé salvadora implica necessariamente numa confiança ou entrega pessoal, como se é ensinado claramente na Bíblia. Já que o pecador perdido está num estado natural de descrença, é óbvio que ele não pode crer sem uma mudança de mente, a qual é o significado de arrependimento no Novo Testamento.
Creia no Evangelho
Paulo, em I Coríntios 15:3-8, resume o Evangelho: “…que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras, e que foi visto”.
Se você ainda não creu nesta mensagem a ponto de confiar em Cristo para a salvação, que possa agora, pela graça de Deus, se arrepender (mudar sua mente) e crer no evangelho para a salvação de sua alma. Hebreus 10:39.
1a Igr. Batista do Jd. das Oliveiras – Rosco Brong
Oração do Pai Nosso
Mateus 6:5 a 15 – (Base do Estudo)
6:5 “E, quando orardes, não sejais como os hipócritas ; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa”.
Os fariseus e religiosos da época profanavam a prática religiosa, transpondo-a em peças de teatro, agiam como se estivessem fazendo uma apresentação teatral ou algo parecido. Eles tinham hora e lugares certos para orarem, geralmente em praças e avenidas largas e de grande movimento. Seu objetivo era atrair a atenção do público e, esperavam como recompensa o aplauso daqueles que os rodeavam.
Quando Cristo usou o termo hipócritas, Ele sabia do que e porque estava falando. Jesus critica essa ação e não o ato de orar. Lucas 18: 9 à 14; Oração do fariseu e do publicano, chamada também de a Oração do pecador.
6:6 “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”
Jesus requer das pessoas que oram a humildade de coração e, para orar a Deus, todos podem orar, mas nós os crentes em Jesus, sabemos que Deus não ouve a oração de pecadores.
“Sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve”. (João 9:31).
Sendo assim, para orar a Deus, sem hipocrisia e com humildade de coração e em espírito, tem que principalmente ser um verdadeiro convertido, um cristão genuíno. Em secreto, é onde falamos com Deus e nos abrimos para Ele, principalmente para agradecer e não somente para estarmos pedindo. Em secreto não quer dizer que você deva se esconder para que ninguém o veja… Mas sim que não seja para estar em evidência.
Jesus não censura a oração em público, nem estabelece regras acerca da oração, muito menos lugar específico ou maneira de se orar, mas enfatiza a necessidade de um “espírito humilde” nas orações. Devemos orar pela necessidade que sentimos de orar. A oração pode ser feita: Em qualquer lugar, inclusive na igreja, de pé, de joelhos, sentado, deitado, dentro de um carro, de um ônibus. A Bíblia nos diz que devemos orar sem cessar, mas cuidado! Para cumprirmos esse mandamento não precisamos fechar os olhos quando estivermos dirigindo. Devemos orar em espírito. “Orai sem cessar.” (I Tessalonicenses 5:17).
6:7 “E, orando, não useis de vãs repetições , como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos”
“Vãs repetições” Os 450 profetas de Baal e também os 450 profetas de Asera e seus respectivos adoradores, no Monte Carmelo (I Reis 18:17-40), e os adoradores da deusa Diana dos Efésios (Diana = latim; Artemis = grego), em Éfeso (Atos 19:34-35), são exemplos opostos, contrários a essa prática, pensavam que cansando seus deuses com repetições conseguiriam o que lhe pediam. Nos dias atuais, podemos observar estas vãs repetições com os seguidores de muitas seitas, tais como: “Hare Krishna” ou as “Ave-Marias” e “Salve-Rainhas” dos católicos.
Hare Krishna, no hinduísmo e no budismo, o mantra (frase ou sílaba), considerada uma fórmula sagrada, que deve ser repetida mais de mil vezes por dia pelos seus adeptos. Criada pelo mestre hindu Bhaktivedanta Swami Prabhupada nos EUA em 1966.
“Pelo seu muito falar“, pensavam também, que o acúmulo de orações repetidas além de obrigar os seus deuses a responder os impressionariam.
Essas idéias são características pagãs, de pessoas incrédulas. Como poderia um deus com olho, mas que não vê; com boca, mas que não fala; com ouvidos, mas que não ouvem ficarem impressionados com alguma coisa. Os discípulos de Cristo devem saber que Deus é Pai e, que não acolhe as orações daqueles que tem tais atitudes.
6:8 “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes”
“Qual é o sentido e a necessidade da oração?” A oração nos aproxima de Deus, de sua vontade e leva-nos a perceber mais claramente os nossos desejos e necessidades espirituais, o que beneficia a nós mesmos.
a) A oração alimenta nosso espírito.
b) A oração nos fortalece para enfrentar as tribulações do nosso dia a dia.
c) A oração acrescenta a nossa fé.
d) A oração também serve de escola da alma, para ensinar a vontade de Deus na vida.
Não temos nada a ensinar para Deus, e sim só temos a aprender com Ele, quando oramos, quando ouvimos uma pregação na igreja e principalmente quando lemos a Bíblia.
6:9 “Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome“
“Pai nosso que estás nos céus“: Esta oração é diferente dos padrões, da maneira de oração dos judeus da época e também de muitas religiões de hoje em dia. Esta oração é breve, simples, franca e penetra nosso ser e atinge seu verdadeiro objetivo, que é alcançar a Deus. As dezoito petições feitas três vezes ao dia nas orações dos judeus piedosos, eram dez vezes mais longas.
“Pai nosso“: Jesus nestas primeira palavras, nos ensina a reverenciarmos e reconhecermos a grandeza do Deus com quem estamos falando. Sempre que oramos sabemos que Deus está acima de tudo, nos céus e na terra. Que não somos nada perante sua Estatura. Se Deus considera toda a humanidade como uma gota num balde, como seria apenas um de nós para suas vistas?
“que estás nos céus“: esta expressão sempre nos lembra:
a) Da Onipresença de Deus na vasta amplidão dos lugares celestiais. (Salmos 11:4).
b) Do poder e da Majestade de Deus, na forma de domínio sobre toda criação. (II Crônicas 20:6; Lucas 9:43).
c) Da Onipotência de Deus. (Ezequiel 1:24).
d) Da Onisciência de Deus, porque daquele lugar tão elevado, Ele vê tudo o que acontece em todos os lugares, em todas as partes da criação. (Salmos 11:4).
“santificado seja o teu nome“: Deus é santo, puro e, quando nos achegamos a Ele, devemos reconhecer a soberania do nome que está acima de todo nome. (Filipenses 2:9). Por isso, nos curvamos diante Dele deixando todo nosso ego, orgulho, sabendo que Ele conhece nossos corações e se agrada quando nos santificamos para ir à sua presença. No começo dessa oração, Jesus deixa claro que a necessidade básica do homem e obrigação do pecador é reconhecer Deus acima de tudo, como provedor de todas as coisas.
“santificado” significa: seja venerado ou honrado. Jesus ressalta a santidade de Deus, porque Ele habita no mais santo lugar. (Isaias 57:15).
É bom lembrar não só aos pecadores, mas também aos cristãos que o nome de Deus equivale à pessoa de Deus, aquilo que Ele é e faz. É por este motivo, que jamais devemos tomar o nome de Deus em vão. Com certeza não é a melhor atitude.
6:10 “venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu“
“Venha o teu reino” Jesus queria estabelecer seu reino literal sobre a terra, o que seria a manifestação de Deus no mundo. Devemos em nossas orações, ter o desejo de ver esse reino se manifestar em nossa vida, ter o deseja de estar em breve neste reino. O profeta Isaías nos fala um pouco desse reino no Cap. 65:17 à 25.
“seja feita a tua vontade“: É entregar nossa vida em total confiança a Deus. Deus se agrada quando andamos de acordo com os propósitos Dele para nossas vidas. Ele só quer nosso bem. Orando e lendo a sua Palavra, a Bíblia, nós conhecemos sua vontade e podemos aplicá-la em nossas vidas. Que pai iria quer o mal para seu filho?
“assim na terra como no céu“: É o desejo de todas coisas que ocorrem no céu, acontecerem também na terra. No céu está o exemplo perfeito de tudo, o padrão mais elevado do que precisa ser feito.
Até aqui Jesus tratou das necessidades espirituais do homem. Isso Ele deixa claro também em Mateus 6 :33, onde nos ensina a buscar seu reino e sua justiça em primeiro lugar.
6:11 “o pão nosso de cada dia nos dá hoje“
“o pão nosso de cada dia”: Aqui Cristo passa a nos ensinar acerca das nossas necessidades físicas ou materiais (alma e corpo), da qual Ele próprio conhecia, pois se fez carne entre os homens. (João 1:14).
Jesus nos ensina a orar pela nossa alimentação, aquilo que necessitamos para nossa subsistência, para que não pereçamos.
“nos dá hoje“, esta expressão: também ensina que não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, devemos pedir apenas o necessário. Deus sabe do amanhã e suprirá nossa necessidade.
6:12 “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores“
O perdão de Deus é condicional. E podemos notar isto nos versos 14 e 15 que mostra isso.
6:14-15 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”
Cristo nos ensina que não podemos guardar rancor, ira em nossos corações em relação às outras pessoas. Jesus quer que vivamos em paz, no que depender de nós, com nossos semelhantes. O cristão deve perdoar, mesmo antes de a pessoa pedir perdão para que Deus perdoe nossos pecados, e, caso a pessoa não peça perdão, não mais nos diz respeito, pois é a Deus quem ela prestará contas. Se fizermos desta maneira, podemos esperar pela misericórdia de Deus.
6:11 “E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”
“Não nos deixes cair em tentação, mas livrar-nos do mal“: Devemos pedir a Deus que em todas as circunstâncias de nossa vida, nós não caiamos nas tentações. O mundo que vivemos é cheio de males e tribulações. Mas se perseverarmos em oração e vigiarmos, estaremos sempre nos santificando e purificando cada vez mais e poderemos evitar muitas consequências ruins para nossa vida e estaremos sempre usufruindo das bênçãos de Deus.
Em “Mateus 26:41” diz: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”
Oração do Pecador
A Oração do Pecador
Lucas 18:9-14
Jesus falou esta parábola, a um grupo de pessoas que se achavam justas, consideravam-se pessoas boas.
Ele comparou as ações do fariseu, que se autodenominava justo, com as do publicano, o qual representa um pecador. No versículo 13, o publicano, ou pecador, orou, “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”, e como resultado, foi justificado ou salvo de seus pecados.
Em muitos círculos, esta oração é conhecida como “oração do pecador”, e passou a ser um meio pelo qual alguém é salvo, quando se ora esta oração. Muitos fazem declarações, tais como, “Nós tínhamos 42 orando a oração do pecador domingo passado”, e se referem a aqueles como salvos, por terem orado a “oração do pecador”. Eles se referem à “oração do pecador”, como que atendendo os requerimentos de Romanos 10:13, “invocar o nome do Senhor”. A oração não salva, Jesus salva! Ou, você pode ter estado orando quando foi salvo, mas não foi a oração que o salvou, foi uma obra de Deus, pois a salvação é de Deus.
A oração é a maneira de falarmos com Deus, em nome de Jesus, para pedirmos perdão pelos nossos pecados e, também para fazer nossos pedidos a Deus… não querendo dizer que tudo que pedirmos nos será concedido. Deus concede aos cristãos somente o que é de Sua vontade, aquilo que irá nos prejudicar ou até mesmo nos afastar de sua presença não será concedido. Jesus nos ensinou como orar em Mateus 6:5-15, a Oração do Pai Nosso, conhecida por todos os cristãos e também pelos pecadores os quais a usam de maneira incorreta, sem mesmo saber seu verdadeiro significado, sem conseguirem interpretar o que Cristo quis dizer.
Este publicano judeu, cresceu em um lar Judaico, onde havia o costume familiar de oferecer sacrifícios, e sendo assim, tinha conhecimento das razões pelas quais estes sacrifícios eram oferecidos.
Portanto, ele usou a palavra misericórdia, a qual no grego é uma palavra relativa à palavra traduzida “propiciação”, em Romanos 3:25. Este versículo diz que “Ao qual [Jesus] Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue.” A expressão “propôs” significa ser observado, ou ser exposto ao público. A palavra “propiciação” é traduzida “propiciatória”, em Hebreus 9:5, e significa que Jesus foi à realização da propiciação do Velho Testamento. O que está envolvido nisto? Sacrifício, substituto, e aspersão do sangue.
No Velho Testamento, uma vez ao ano havia o dia da expiação. Neste dia, haveriam dois bodes apresentados à porta do tabernáculo ao sumo sacerdote. Lançariam sorte sobre os bodes para determinar qual deles seria uma oferta pelos pecados ou sacrifício, e o outro seria um substituto, chamado de bode emissário. O sumo sacerdote deveria então fazer o sacrifício, seguindo os procedimentos apropriados, e levar o sangue dentro do véu, ao santuário, e aspergir o sangue sobre o propiciatório sete vezes. Então, ele pegaria o bode emissário, colocaria ambas as mãos sobre a sua cabeça, e confessaria todas as iniquidades (pecados) dos filhos de Israel. Uma vez que isto estivesse dado por terminado, o bode emissário seria enviado ao deserto, á terra solitária, onde seria devorado por animais selvagens, para que nunca mais retornasse ao arraial novamente (Levíticos 16:1-28).
Uma vez que isto fosse terminado e aceito por Deus, os pecados do povo estariam cobertos por mais um ano. Esta prática foi seguida ano após ano, até o aparecimento de Jesus, e João anunciou em João 1:29, “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Ele era para ser, e foi, a realização destas práticas do Velho Testamento, quando Deus o propôs para a propiciação. Isto fala de Jesus como nosso Sacrifício, Substituto (bode emissário), e Propiciatório.
No sacrifício, foi um cordeiro inocente que morreu pela culpa. Jesus foi inocente. Ele não tinha pecados. Ele foi sacrificado para mim, o culpado. “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos”. I Pedro 3:18
Jesus também foi meu substituto (bode emissário), quando Ele tomou meu lugar na cruz. Ele o fez voluntariamente, pois ele disse, “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” ( Lucas 23:34 ). Então Deus permitiu que o meu pecado, e o de todas as pessoas, fossem postos sobre o imaculado Filho de Deus, cumprindo assim a simbologia do bode emissário. Naquela situação, Jesus exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparastes?” ( Mateus 27:46 ). Aquilo foi o clamor do meu pecado. Na cruz, Deus o “propôs”, exposto ao público, ao terrível sofrimento da cruz enquanto Jesus se tornou meu sacrifício, meu substituto.
Enquanto dependurado na cruz, Jesus, através de um milagre de Deus que não posso entender nem explicar, pagou uma eternidade de sofrimentos no inferno por mim. Quando Ele disse, “Tenho sede” (João 19:28), foi à mesma sede que o homem rico sentiu no inferno. Quando Ele disse, “Está consumado” ( João 19:30 ), meus pecados já foram pagos. Finalmente, Ele morreu, e levaram o seucorpo e o enterraram em um túmulo emprestado. Lá Ele foi escondido dos homens, realizando assim o símbolo, do bode emissário deixado em terra solitária para nunca ser visto novamente.
Após três dias e três noites, Jesus foi ressuscitado e ascendeu ao Pai.
Lá, no santuário do céu, dentro do véu, Jesus aspergiu seu próprio sangue sobre um propiciatório não feito por mãos e sentou-se ao lado direito do Pai, significando que o Pai aceitou o perfeito sacrifício pelo pecado. Isaías 53:11 fala do Pai sendo satisfeito, “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito”. O que haveria de ser um julgamento, é agora um propiciatório.
O compositor que escreveu a música “Um Dia”, resume isto muito bem: “Vivo, me amou; morrendo, me salvou; sepultado, levou consigo meus pecados para longe; ressurgido, me justificou gratuitamente para sempre…” Este coro revela Jesus como nosso sacrifício, substituto, e que Ele aspergiu Seu sangue sobre o propiciatório.
Não é suficiente que isto foi feito, isto deve ser apropriado para cada indivíduo, e isto é feito pela fé em Seu sangue. (Romanos 3:25) Esta fé é mais que uma crença intelectual, tida pelos demônios (Tiago 2:19). Deve ser crido de coração, e para isso deve haver uma obra do Espírito Santo neste indivíduo. É imperativo que o Espírito Santo faça a abençoada obra da tristeza segundo Deus, convicção, arrependimento e fé num indivíduo, antes que este possa invocar o nome do Senhor. I Coríntios 12:3 diz, “Ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”.
Portanto, quando o publicano clamou, “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!”, ele entendeu que Jesus foi seu sacrifício, substituto e propiciatório. Ele concluiu isto pois foi criado em um lar onde lhe ensinaram algumas coisas sobre a verdade, e um dia o Espírito Santo alvejou seu coração, e ele se expressou pelo exercício da fé de seu coração em Seu sangue, e ele foi salvo.
Agora, rotular isto de “oração do pecador”, é como limitar Deus em uma caixa, e estereotipar todas as experiências de salvação em um pacote. Deus é um Deus de originalidade. Cada experiência de salvação de um homem é diferente, pois é pessoal, ainda que a experiência de cada contenha os mesmos ingredientes.
Você pode ter orado esta oração e ter sido salvo, mas não foi porque você orou. Foi porque o Espírito Santo fez uma obra em você. O problema de hoje é que muitos estão usando de uma estratégia, e pedindo aos homens para orarem a “oração do pecador”, então eles marcam pontos nos seus currículos, dizendo terem ganhado “tantos” ao Senhor, quando na verdade, tudo o que fizeram foi fazer os seus discípulos “duas vezes mais filhos do inferno” (Mateus 23:15). Você pergunta, Por quê? Porquê muitos que repetem esta oração, não têm nenhuma idéia do que “misericórdia” significa. Eles não entendem que Jesus é seu sacrifício, substituto e propiciatório, e eles não o saberão, até que o Espírito Santo tenha feito Sua obra Sagrada, nos seus corações.
Nós devemos sempre estar cientes de que estamos compactuando com as almas dos homens. Nós não somos Deus. Só porque alguém ora, “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” não significa que estão salvos. E só porque eles confessaram de boca, não significa que creram de coração. Porque nem todos que dizem: Senhor, Senhor entrarão no reino dos céus.
Mulher na Liderança da Igreja
Há duas Interpretações:
1a) – Alguns creem que o apóstolo se refere a uma senhora cristã e sua família, que viviam na Cidade de Éfeso.
2a) – Que é a personificação de uma Igreja e seus membros.
Observação: Se a primeira suposição é correta, este seria então o único livro do Novo Testamento dirigido a uma mulher, e alguns torcem esses versículos para apoiar os seus erros.
Ponto para se pensar e analisar:
Igreja Batista Tradicional Independente:
Quando nós queremos confirmar uma doutrina ou uma verdade bíblica, temos que ter várias correlações ou passagens em outros livros ou capítulos da Bíblia confirmando a mesma verdade; “E este é um assunto muito sério para que Deus deixasse alguma dúvida sobre a verdade”.
O Por que Deste Estudo:
1º) – Por que Deus colocou em mim um enorme desejo de preparar este estudo, e, que este seja somente para honrá-Lo e glorificá-Lo.
2º) – Judas 1:4; Atos 20:28-31 e Infelizmente vemos em nossos dias em várias denominações, mulheres tomando o lugar do homem de Deus.
Vejamos realmente o que, a palavra de Deus, nos diz a este respeito:
“O Ancião à Senhora Eleita e Seus Filhos”. (II João 1:1)
O Ancião = Tradução: Presbítero, Bispo ou Pastor.
Versículos da Bíblia: João Ferreira de Almeida revista e atualizada e Thompson, diz assim:
Presbítero e a Senhora Eleita e seus Filhos.
Seria pouco provável que o Apóstolo tivesse se referindo ao mesmo tempo ao Ancião como Bispo ou Pastor e a Senhora Eleita como Pastora ou Bispa. (Ele poderia simplesmente dizer: “O pastor e sua esposa”).
Não há sentido, ficaria assim:
O Pastor ou Presbítero e a Pastora ou Bispa e a seus filhos.
O Pastor e a Pastora e a seus filhos.
A Importância dos Anciãos começando pelo Velho testamento:
Os homens de Deus que tinham posição e tomavam decisões importantes.
Êxodo 18:12 “Comeram com Arão, Jetro sogro de Moisés e Moisés diante de Deus”.
Êxodo 24:1 e 9-11 “70 Anciãos escolhidos por Moisés para subirem até perto do Monte Sinai: “Momento importante para o povo de Israel”.
I Samuel 15:30 “Saul pede perdão a Deus diante dos Anciãos e Samuel”.
I Reis 12:6-7 “Roboão filho de Salomão tomou conselho com os Anciãos”.
Atos 14:23 “Provavelmente aqui nesse texto refere-se a eleição de Pastor nas Igrejas”.
Atos 15:2-4 “havia um problema a ser resolvido e os Anciãos subiram juntos para Igreja de Jerusalém e lá também encontraram outros apóstolos e Anciãos”.
Atos 15:22-23 “Rito Mosaico” – “Os Anciãos estavam sempre junto com os apóstolos para ajudar a resolver questões difíceis”.
Atos 20:17 “Apóstolo Paulo manda chamar os Anciãos da Igreja de Éfeso e exorta-os a permanecerem na mesma fé”.
As qualificações e os Deveres do Pastor:
Atos 1:21-26 “A Eleição de um Apóstolo para o lugar de Judas Iscariotes”;
Dois varões de bom exemplo que acompanhou todo o começo da Igreja de Cristo: “José e Matias (o eleito)”.
Atos 20:28 “Constitui Bispos”.
Tito 1:5 “Estabelecer Presbítero”.
Observação: Vemos que quando a Bíblia refere-se às qualificações para Bispo ou Pastor só, se refere ao lado masculino e nunca ao feminino”.
I Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9 “Marido de uma só mulher, sóbrio, honesto, hospitaleiro, não cobiçoso, não espancador, não contencioso, não avarento, não neófito, não soberbo, não iracundo e moderado”.
I Pedro 5:1-4 “Responsabilidade aos Presbíteros”;
O homem de Deus deve ser justo, santo e temperante.
Nomes que a Bíblia se refere à Igreja de Cristo:
“A Senhora Eleita”
1. Salmos 149:1 “Congregação ou Assembléia dos Santos” = Igreja.
2. Hebreus 10:21 “Congregação” = Igreja.
3. I Coríntios 3:9 “Edifício de Deus” = Igreja.
4. Efésios 2:21 “Edifício” = Igreja.
5. I Timóteo 3:15 “Igreja do Deus Vivo Coluna e Firmeza da verdade” = Igreja.
6. I Coríntios 12:27 “Corpo” = Igreja.
7. I Pedro 5:13 “Co-Eleita “Provavelmente a Igreja que estava em Roma” = Igreja.
8. Apocalipse 1:20 “Sete Castiçais e Sete Igrejas da Ásia” = Igreja.
9. Apocalipse 21:9 “Esposa do Cordeiro” = Igreja.
Se a palavra de Deus se refere a Igreja com vários nomes, por que não: “Senhora Eleita” (II João 1:1).
“A Mulher e sua criação”
Agora vejamos na Palavra de Deus (Bíblia) por que e quais foram as necessidades da mulher ser criada, não a desqualificando, mas sim, elogiando a posição que Deus lhe deu.
Por que o homem não pode tomar a posição da mulher e por que foi criada a mulher?
Gênesis 2:18 “Não é bom que o homem fique só. Adjutora = Que auxilia, companheira”.
Gênesis 2:21-24 “A Criação”.
A mulher foi criada da costela do homem; não foi criada da cabeça para não ser o cabeça do lar e nem dos pés para ser pisada pelo homem, mas sim da costela para andar junto e ser companheira, ajudadora.
Qualidades da Mulher
Não há homem que possa fazer melhor o que foi instituído por Deus para a mulher fazer. Foi permitido por Deus o homem dar a luz a um filho? – Não. Da mesma forma também não é permitido por Deus a mulher ser uma Pastora ou dirigir o Rebanho de Deus.
Provérbios 14:1 “Mulher sábia edifica a sua casa”.
Provérbios 31:10 “Mulher de muito valor”.
Provérbios 31:27-31 “Deve ser elogiada e amada na sua posição”.
Efésios 5:22-28 “A esposa deve ser amada e respeitada e deve estar em sujeição ao marido com amor”.
O que é permitido por Deus a mulher fazer? “I Timóteo 2:9-15”
Tito 2:3-5 “Ensinar as mais novas amar os maridos e filhos”.
I Coríntios 14:34-35 “Nas Igrejas – Não somente na Igreja de Corinto”.
Mulheres Cooperadoras na Obra de Deus:
Atos 9:36-40 “Tabita que traduzido significa Dorcas foi ressuscitada pelo Apóstolo Pedro pois era cheia de boas obras”.
Atos 16:13-15 “Lídia servia a Deus”.
Filipenses 4:2-3 “Evódia e Síntique, cooperadoras”.
Colossenses 4:15 “Ninfa cedeu a sua casa para pregação do evangelho – “cooperadora”.
Romanos 16:1-15 “Mulheres cooperadoras Na obra de Deus”.
Nas passagens abaixo podemos ver muitas irmãs valiosas que cooperavam na obra de Deus:
1. “Febe” Serve na Igreja em Cencréia.
2. “Priscila” Esposa de Áquila – ambos cooperadores.
3. “Maria” Não a mãe de Jesus, mas cooperou muito.
4. “Trifena e Trifosa” Provavelmente duas irmãs em Cristo e no sangue que cooperavam muito com a Igreja em Roma.
5. “Pérside” Muito trabalhou para o Senhor.
6. “Mãe de Rufo” e a “mãe do Apóstolo Paulo”, provavelmente duas senhoras que também cooperavam muito com a Igreja.
7. “Júlia” cooperava também com a obra de Deus.
Observação: Analisando todas essas passagens na Bíblia, vemos que as mulheres “irmãs”, as esposas dos Pastores e dos Obreiros e as Senhoras eram de muito valor para a obra de Deus e para o crescimento e propagação do Evangelho de Cristo, mas notamos que a Palavra de Deus nunca se refere a essas “irmãs” como Ministras, Pastoras, Bispas ou até mesmo como Apóstolas, na verdade sim, como mulheres de muito valor que cooperavam com a obra de Deus.
O Ancião e a Senhora Eleita e seus Filhos:
Mateus 28:19-20 “Batizar”.
Bem já falamos do Ancião e da Senhora Eleita, agora falaremos de seus Filhos. Toda pessoa só pode se tornar filho de Deus quando se converte ou aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida e pode fazer parte da Igreja.
Quando eu escrevo uma carta, escrevo para quem eu desejar e me refiro a quem quiser. Então o João só poderia estar se referindo aos “Membros da Igreja” que são Filhos de Deus, irmãos em Cristo, quando enviou essa carta que é a verdadeira Palavra de Deus. Por que o apóstolo se referiria aos filhos de uma senhora cristã? Filhos de crentes não são “crentinhos” como costuma dizer o mundo: “filho de peixe, peixinho é”.
João 1: 11-12 “Filhos de Deus”.
Gálatas 4: 3-7 “Salvação através do sangue de Jesus Cristo” – “Filhos de Deus”.
I João 3: 1-2 “Filhos de Deus” – “Cristão”.
I João 3:9-10 “Nisto é manifesto os Filhos de Deus”
Apocalipse 21:7 “Filhos de Deus”
Da forma que foi escrita, certamente o Apóstolo enviou a carta: Ao Ancião a Senhora Eleita e a seus Filhos; em outras palavras: Ao Presbítero a Igreja Eleita e a seus Membros.
Defender a sã Doutrina: ( Atos 20:28-32 )
A Igreja de Deus foi resgatada com o seu próprio sangue, por isso irmãos e Pastores, vamos preservar a sã Doutrina e não deixar entrar heresias na Igreja e sermos bajuladores uns dos outros.
Elaborado por Sérgio Ricardo de Moraes / Daniel Borges 12/03/2002
Igreja Batista Independente Chácara Santa Maria
Fonte da Vida Eterna
O Clone
Certamente você já concluiu que a vida é frágil. Mesmo que não queira pensar ou reconhecer a morte é uma realidade na vida de todos. A vida passa como um conto ligeiro, não é mesmo?
Há anos a medicina tenta encontrar a receita infalível para prolongar a vida. Chegaram aos clones é verdade! Mas não a vida eterna de um indivíduo.
Vamos vaguear com nossas mentes um momento:
O que é um clone? Ele tem a vida eterna? Certamente que não!
Ele tem alma? Certamente que sim!
Então vejamos uma saída para a vida eterna do clone… Não vamos deixar o clone morrer…
Vamos supor que um cientista resolveu perpetuar um ser humano, então teria que fazer um clone desta pessoa pelo menos a cada 60 anos eternamente.
Então me surgem algumas perguntas:
Se o clone fosse seu, poderia considerar que você teria vida eterna? não mesmo! Ao homem está destinado a morrer por causa do pecado. Não há como viver perpetuamente, a não ser pela graça de Deus, o dom gratuito que recebemos de Deus quando cremos no seu amado filho, Jesus Cristo que nos dá vida eterna. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).
Um clone seu seria um clone ou você mesmo? Seria um clone, pois a sua pessoa não mais estaria aqui nesta terra, nem mesmo para ver se o clone parecer-se-ia com você. E mais… cada pessoa, clone ou não tem sua própria alma, pois todos temos que prestar contas a Deus no dia do julgamento, então… Quando você morrer e seu clone continuar sua alma já terá um destino. Se viveu uma vida aqui nesta terra com Cristo, estará no céu caso contrário a situação de sua alma não será muito boa, conforme diz a Palavra de Deus, já estará em tormento eterno no inferno.
Hoje podemos ver na televisão em revistas, falarem da pessoa mais velha do mundo… quantos anos? 120? 130? Quantos anos você acha que pode viver? Normalmente não conseguimos sequer chegar aos 70 anos de idade ainda assim não estaríamos tão disposto. Na Bíblia, Salomão, um grande sábio nos esclarece este ponto: “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.” (Salmos 90:10).
Nossa carne para nada se aproveita. Toda carne é pó e ao pó irá retornar, vejamos na Bíblia esta afirmação. “Peço-te que te lembres de que como barro me formaste e me farás voltar ao pó.” (Jó 10:9). “Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.” (Eclesiastes 3:20).
Por mais que você queira ficar aqui nesta terra… por mais coisas que pensa fazer… por mais coisas que pensa ainda conquistar… por mais que não queira se separar dos entes queridos e das pessoas amadas… um dia terá que morrer, esta é a pura realidade!
Jamais podemos dizer: vou fazer isto ou aquilo, pois não sabemos sequer do minuto seguinte quanto mais do mês ou do ano seguinte. Isto não significa que não devemos planejar ou até mesmo sonhar com nossas conquistas, claro que devemos… Faz parte da nossa vida tudo isto mas, a maneira correta é entregarmos tudo nas mãos de Deus, pois só Ele é conhecedor de todas as coisas. Então devemos sempre dizer: Se for da vontade de Deus, farei tal coisa! Se Deus permitir farei isso ou aquilo!
A Bíblia também nos ensina:
“Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo; Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna” (Tiago 4:13-16).
E Você? Também está preocupado em prolongar a sua vida? Já pensou em nunca mais se separar das pessoas amadas? Pois então, porque não vai direto à fonte da vida eterna? “Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte (a jorrar) para a vida eterna (João 4:14).
É isso mesmo. Estamos falando de Jesus! Certamente você já deve ter lido livros sobre auto-ajuda e até decorado frases memoráveis de líderes espirituais como: Buda, Ghandi, Maomé e outros. Mas, note bem todos eles levantaram a bandeira da vida, no entanto jamais ousaram afirmar que poderiam dar a vida eterna a alguém, pois não trazem vida em si mesmos. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Sim, meu amigo, Jesus promete vida em abundância. “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em Mim, ainda que morra viverá. (João 11:25).
Vida eterna sem nenhum esforço ou remédio miraculoso. Basta crer em Jesus Cristo e Seu sacrifício por nós. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. Não fostes vós que me escolhestes a Mim; pelo contrário, Eu vos escolhi… (João 15:13 e 16).
Vejamos agora o que a própria Bíblia diz a respeito do homem.
“Parai de confiar no homem, cujo fôlego está no seu nariz” (Isaías 2:22)
“Todavia, o homem, apesar das suas riquezas, não permanece, antes, é como os animais que perecem”(Salmos 49:12).
“Porque somos estrangeiros diante de ti, e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e sem ti não há esperança.” (I Crônicas 29:15).
“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.” (Hebreus 11:13).
“Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade. (Selá.)” (Salmos 39:5).
“Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.” (Jó 7:7).
“Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;” (I Pedro 1:24).
“E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.” (Tiago 1:10). Tenha certeza, a nossa vida passa assim como todas as coisas que há no mundo passarão:
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo; E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” (I João 2:16-17).
“Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.” (Eclesiastes 1:4).
A solução definitiva:
Jesus é a única fonte de vida eterna! Ele veio a este mundo a fim de proporcionar vida a todos nós. Quem toma uma atitude correta e aceita Cristo permanece para sempre. Isto Cristo mesmo nos promete:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna; Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele; Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” ( João 3:16-18 ).
Hoje é o tempo aceitável! Decida agora tomar posse desta fonte pois a promessa é:
“Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede” (João 4:14).
José de Arimatéia
Tudo que sabemos sobre José de Arimatéia é o que está registrado na Palavra de Deus, nos quatro evangelhos, e nada podemos acrescentar.
Qual era sua importância na sociedade?
“José de Arimatéia, ilustre membro do sinédrio, que também esperava o reino de Deus, cobrando ânimo foi Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido; e chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. (Marcos 15:43-44).
Como podemos ver na passagem acima, José de Arimatéia foi um homem ilustre e de poder, ele era membro do Sinédrio como Senador, e esperava o Reino de Deus.
Sinédrio, Conselho ou Concílio, era o Supremo Tribunal dos antigos judeus até a destruição de Jerusalém em 70 A.D. Consistia de 71 membros, inclusive o presidente. Não há prova de que se originou com a escolha dos 70 anciãos no tempo de Moisés (Números 11:16-17). É mais provável que iniciou no tempo do rei Josafá (II Crônicas 19:8). É atribuída a Josefo a primeira menção do Sinédrio; escreveu a divisão da Palestina em cinco synedria (57 A.C.). O Sinédrio julgava os casos criminosos ou administrativos que diziam respeito a uma tribo ou a uma cidade. Era especialmente um tribunal de apelação. Tinha a competência de poder aplicar a pena capital. O Sinédrio se reunia em uma câmara importante de pedra lavrada. Seus ilustres membros assentavam-se formando um semicírculo, com o acusado na sua frente. A polícia executava as ordens deste tribunal. (Mateus 26:47; João 18:12). O Sinédrio tem a responsabilidade da maior tragédia de toda a história, Mateus 26:59; Marcos 14:55; 15:1; Lucas 22:66 e João 11:47. Devemos notar, contudo, que entre os membros deste Sinédrio estava Nicodemos (João 3:1-21; 5:50-52 e 19:39), que se converteu; e José de Arimatéia (João 19:38). Pedro, João e outros apóstolos perante o mesmo tribunal (Atos 4:5; 6:15; 5:21, 27, 34). Estevão, cristão, levado ao Sinédrio (Atos 6:12). Paulo, o grande apóstolo, (Atos 20:30; 23:1, 15 e 24:20.
Quais eram suas qualidades?
“Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus, membro do sinédrio, homem bom e justo, o qual não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, e que esperava o reino de Deus” (Lucas 23:50-51).
Pelo que a Palavra de Deus no texto acima relata, José de Arimatéia nasceu em Arimatéia, uma cidade dos judeus, de onde provém seu nome, era um homem honrado, de poder, reconhecido na cidade e também um homem justo e de bem e que não consentia com os atos incorretos dos outros.
Qual foi sua importância na vida e também na morte de Jesus?
Vejamos o que diz em João:
“Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus; e Pilatos lho permitiu. Então foi e o tirou. E Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus de noite, foi também, levando cerca de cem libras duma mistura de mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para a sepultura. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e nesse jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto. Ali, pois, por ser a véspera do sábado dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro, puseram a Jesus”. (João 19:38-42).
Em Mateus:
“Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus. Esse foi a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo, de linho, e depositou-o no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha; e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se”. (Mateus 27:57-60).
Em Marcos:
“José de Arimatéia, ilustre membro do sinédrio, que também esperava o reino de Deus, cobrando ânimo foi Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Admirou-se Pilatos de que já tivesse morrido; e chamando o centurião, perguntou-lhe se, de fato, havia morrido. E, depois que o soube do centurião, cedeu o cadáver a José; o qual tendo comprado um pano de linho, tirou da cruz o corpo, envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto em rocha; e rolou uma pedra para a porta do sepulcro”. (Marcos 15 43:46).
E também em Lucas:
“Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus, membro do sinédrio, homem bom e justo, o qual não tinha consentido no conselho e nos atos dos outros, e que esperava o reino de Deus, chegando a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus; e tirando-o da cruz, envolveu-o num pano de linho, e pô-lo num sepulcro escavado em rocha, onde ninguém ainda havia sido posto. Era o dia da preparação, e ia começar o sábado. E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguindo a José, viram o sepulcro, e como o corpo foi ali depositado”. (Lucas 23:50-55).
Segundo o que diz a Bíblia, nas passagens de João e Mateus, que este homem era um discípulo de Jesus. Ele o seguia ocultamente por medo dos judeus. E mesmo receoso, podemos notar nos quatro Evangelhos; João, Mateus, Marcos e Lucas que José de Arimatéia pediu a Pilatos o corpo de Jesus para sepulta-lo e, juntamente com Nicodemos que também era cristão, fez um enterro honrado para Jesus colocando-O num sepulcro novo escavado nas rochas, onde além de ser um jardim, jamais havia sido enterrado alguém.
José de Arimatéia era um cristão?
Podemos dizer quase com convicção que sim, pois tudo que nos mostra a Palavra de Deus, indica que era um homem convertido, um cristão. Vejamos onde podemos tirar tais conclusões pela própria Bíblia.
Aguardava o Reino de Deus ( Marcos 15:43 ).
Apesar de ser um homem rico e reconhecido na sociedade por ser um membro do Sinédrio ( Mateus 27:57 ) era bom, Justo e não consentiu no Conselho nos atos incorretos dos outros ( Lucas 23:50-51 ).
Era um discípulo de Jesus, mas oculto com medo dos judeus ( João 19:38 ).
Demonstrou que honrou a Jesus pondo-O pedindo deu corpo e colocando-O em um sepulcro escavado na rocha onde era um jardim e ninguém ainda havia sido sepultado. ( João 19:40-42; Marcos 15:46; Mateus 27:59-60 e Lucas 23:53 ).
Na Palavra de Deus, a Bíblia, às vezes alguma passagem nos parece sem sentido, ou até mesmo que não se encaixam no contexto da história, mas devemos olhá-las com carinho e estudá-las com muita atenção pois, sabemos que não há contradições na Bíblia. Por exemplo: José de Arimatéia, embora pareça ter surgido simplesmente, ter aparecido do nada… não é o que realmente aconteceu. Embora cristão, assim como Nicodemos faziam parte do Sinédrio, e tinha por obrigação julgar causas.
Alguns dos julgamentos, inclusive, eram dos próprios cristãos, como podemos ver acima na pequena abertura que fiz do significado do Sinédrio. Observamos que Paulo, Pedro, Estevão e outros foram levados a julgamento por este Concílio.
Sabemos também que naquele tempo, os judeus não suportavam os crentes. Para os cristãos louvar a Deus ou orar não havia igreja com portas abertas. O culto a Deus não podia ser feito às claras, eles eram feitos nas casas, nas cavernas das montanhas e outros locais, normalmente nas madrugadas, às escondidas. Ninguém poderia sequer imaginar que estavam sendo feitos tais cultos, senão seriam levados à corte, ao Sinédrio e certamente seriam condenados à morte. Por este motivo é que José de Arimatéia não era muito evidente nos Evangelhos. Mas no momento em que Cristo precisou dele, ainda que na sua morte, uniu-se ao seu irmão em Cristo, Nicodemos, e cuidou de Jesus, fazendo seu sepultamento e ficou no aguardo do cumprimento da Palavra de Deus que seria a Sua ressurreição.