História – Atos dos Apóstolos
Novo Testamento
Autor: Lucas, o médico amado (Veja Colossenses 4:14). O livro é em certo sentido, uma continuação do Evangelho de Lucas, e está dirigido à mesma pessoa, a Teófilo, 1:1.
Data: 61 A.D.
Tema Principal: A história do desenvolvimento da igreja primitiva desde a ascensão de Cristo até o encarceramento de Paulo em Roma, e o começo de seu ministério ali. Muitos eruditos da Bíblia vêem neste livro o começo formal da era do Espírito Santo. Ao partir, Cristo fez o anúncio de uma grande campanha de missões por todo o mundo, através da mediação humana sob o poder do Espírito, 1:18.
O Livro pode ser dividido em duas partes, o período das missões estrangeiras:
Parte I.
O período das missões locais, com Jerusalém como o centro. A obra centraliza-se principalmente na Palestina entre os judeus, sendo o apóstolo Pedro a figura preeminente.
Os acontecimentos preparatórios.
A comissão divina, 1:4-8.
A ascensão do Senhor, 1:10-11.
A descida do Espírito, 2:1-4.
O equipamento dos obreiros, 2:4;4:31.
Os ministérios.
De Pedro no Pentecoste, 2:14-40. O segundo sermão de Pedro, 3:12-26. Pedro no sinédrio, 4:5-12.
De Estevão, 7:1-60.
De Filipe e Pedro, 8:5-25.
De Filipe, 8:26-40.
Atos acerca da Igreja.
Seu crescimento. Veja 7:33.
Sua plenitude do Espírito Santo, 4:31.
Sua unidade e benevolência, 4:32-37.
Seu poder espiritual, 5:12-16.
A eleição dos diáconos, 6:1-6.
As perseguições da Igreja, 4:1-3, 17-22; 5:17-18,40; 6:8-15. Perseguições sob Saulo de Tarso, 8:1-3; 9:1.
Seu crescimento. Veja 7:33.
Sua plenitude do Espírito Santo, 4:31.
Sua unidade e benevolência, 4:32-37.
Seu poder espiritual, 5:12-16.
A eleição dos diáconos, 6:1-6.
Parte II.
O período das missões estrangeiras. O centro de operações, inicialmente em Jerusalém, é transferido pouco depois para Antioquia da Síria.
Acontecimentos preliminares que levaram às missões por todo o mundo.
O ministério de Filipe em Samaria, em companhia de Pedro e João, 8:5-25.
A conversão de Paulo, que chega a ser o grande missionário e a figura preeminente da igreja durante este período, 9:1-30.
A ampliação dos pontos de vista de Pedro por causa da sua visão em Jope, resultando no seu ministério entre gentios de Cesaréia, 10:1-43.
O derramamento do Espírito Santo sobre os gentios em Cesaréia e a defesa do ministério de Pedro ali, 10:44-11:18.
A ratificação da obra em Antioquia por Barnabé, o representante da igreja de Jerusalém, 11:22-24.
Saulo de Tarso levado por Barnabé a Antioquia. Os dois cooperam no estabelecimento da igreja, no lugar onde os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez, 11:25-26.
A perseguição da igreja de Jerusalém por Herodes. A morte de Tiago e o encarceramento e libertação de Pedro, 12:1-19.
O acontecimento da época na história das missões estrangeiras. Sob a direção do Espírito Santo, Paulo e Barnabé foram enviados como missionários pela igreja de Antioquia. João Marcos os acompanha, 13:1-5.
Primeira viagem missionária de Paulo.
Missionários: Paulo, Barnabé, e João Marcos, 13:4-14:26.
Lugares visitados e eventos principais: A ilha de Chipre, onde o procônsul se converteu e o nome de Saulo foi mudado para Paulo no livro de Atos, 13:4-12.
Perge e Panfília, onde João Marcos abandonou o grupo, 13:13.
Antioquia da Pisídia, onde Paulo prega um grande sermão na sinagoga, 13:14-41.
A oposição dos judeus e a obra entre os gentios, 13:44-49.
Expulsos da cidade pelos judeus, os missionários vão a Icônio. Aqui eles trabalham durante algum tempo, mas surge uma perseguição e eles fogem para Listra e Derbe, 14:6.
A cura do coxo em Listra resultou na tentativa do povo de adorar a Paulo e a Barnabé, mas os judeus promoveram oposição e Paulo foi apedrejado. Imperturbáveis, os dois heróis escapam para Derbe, onde pregam o evangelho e ensinam a muitos, 14:8-20.
Deste ponto, os missionários retornam pela mesma rota, visitando e organizando as igrejas. Em Antioquia da Síria apresentam um relatório da viagem, 14:21-28.
O concílio de Jerusalém.
O assunto em disputa, 15:5-6.
O argumento de Pedro a favor da liberdade cristã, 15:7-11.
Paulo e Barnabé relatam suas experiências, 15:12.
Palavras de Tiago e a decisão do concílio a favor de eximir aos gentios das regras da lei, 15:13-29.
Os apóstolos enviam Judas e Silas a Antioquia como portadores da carta do concílio à igreja, 15:27-30.
Segunda viagem missionária de Paulo, 15:36-18:22.
Eventos preliminares. Um desacordo entre Paulo e Barnabé acerca de João Marcos. Silas é escolhido por Paulo para acompanhá-lo na viagem, 15:36-40.
Lugares visitados e principais eventos:
Visita às igrejas da Síria e Cilícia, 15:41.
Em Listra, Timóteo se une aos missionário, que visitam várias cidades da Ásia Menor, fortalecendo as igrejas, 15:41-16:5.
O Espírito os guia a Trôade, onde Deus os chama à Europa por meio de uma visão, 16:7-10.
Em Filipos, as autoridades encarceram a Paulo e Silas; o carcereiro se converte, 16:12-34, e os apóstolos estabelecem uma igreja.
O próximo importante acontecimento é a fundação de uma igreja em Tessalônica, onde se levanta uma perseguição e eles vão a Beréia, 17:1-10.
Aqui os missionários encontram alguns fiéis estudantes da Palavra, que são receptivos, 17:11-12.
Uma tormenta de perseguições se abate novamente sobre eles, e Paulo vai a Atenas, deixando o estabelecimento da igreja a cargo de Silas e Timóteo, 17:13-15.
Em Atenas, Paulo encontra a cidade cheia de ídolos e prega um sermão na colina de Marte, mas poucos se convertem à fé, 17:15-34.
Em Corinto, Silas e Timóteo se unem a Paulo e fundam uma igreja. A obra é levada a cabo em meio a perseguições que duram dezoito meses, 18:1-17.
Após um tempo considerável, Paulo se despede dos irmãos e parte para Síria, fazendo breve escala em Éfeso, e termina sua viagem em Antioquia, 18:18-22.
Terceira viagem missionária de Paulo, 18:23-21:15.
Eventos preliminares:
Um desacordo entre Paulo e Barnabé acerca de João Marcos. Silas é escolhido por Paulo para acompanhá-lo na viagem, 15:36-40.
Lugares visitados e eventos principais:
Visita às igrejas na Galácia e na Frígia, 18:23.
Parêntese. Apolo em Éfeso, 18:24-28.
Paulo regressa a Éfeso e encontra um grupo de discípulos ainda não perfeitamente instruídos, e os dirige à vida mais plena do Espírito, 19:1-7.
Continua sua obra em Éfeso durante dois anos, 19:8-10.
O Senhor mostra-lhe que aprova o trabalho, outorgando-lhe o dom de curar, 19:11-12.
Os pecadores se convertem e muitos queimam seus livros de magia, 19:11-20.
Logo se levantou um alvoroço entre os artífices, pois estes temiam que os ensinos de Paulo destruíssem seu negócio de fabricação de ídolos, 19:23-41.
Paulo sai de Éfeso, e depois de visitar as igrejas da Macedônia vai à Grécia, 20:1-2.
Depois de três meses na Grécia, regressa a Macedônia e vai a Trôade, onde prega, 20:3-12.
De Trôade vai a Mileto e manda chamar aos anciãos efésios. Em Mileto, entrega uma mensagem de despedida aos anciãos, 20:17-38.
De Mileto Paulo começa a sua viagem de regresso a Jerusalém, advertido pelo Espírito dos sofrimentos que ali o esperam, 21:1-17.
Paulo em Jerusalém e Cesaréia.
Relata à igreja as experiências de seu ministério entre os gentios, 21:18-20.
Para evitar suspeitas, faz um voto, 21:20-26.
Os judeus lançam mão dele no templo, mas os soldados romanos o resgatam, 21:27-40.
Sua defesa ante a multidão, 22:1-21.
Afirma sua cidadania romana a fim evitar ser açoitado, 22:25-30.
Comparece perante o Sinédrio, 23:1-10.
O Senhor lhe aparece de noite com uma mensagem de ânimo, 23:11.
A conspiração de alguns judeus para matá-lo provoca o seu envio a Cesaréia, 23:12-33.
A acusação trazida contra ele pelos judeus e a defesa de Paulo perante o governador Félix, 24:1-21.
O discurso perante Félix acerca de sua fé em Cristo, 24:24-26.
A defesa perante Festo e o apelo a César, 25:1-12.
Seu discurso perante Agripa, 26:1-29.
A viagem de Paulo, como prisioneiro, a Roma, 27:1-28:16.
A primeira etapa da viagem, 27:2-13.
A tempestade e a fortaleza espiritual de Paulo, 27:14-36.
O naufrágio e o livramento, 27:38-44.
As experiências na ilha de Malta, 28:1-10.
A chegada a Roma e seu ministério ali, 28:16-31
Biografia – João
Novo Testamento
Autor: João, o apóstolo.
Data: Incerta. Provavelmente na última parte do primeiro século. 85 – 90 A.D.
Propósito: Inspirar a fé em Jesus Cristo como o filho de Deus.
Texto Chave: 20:31.
Particularidades:
É considerado por muitos como o livro mais profundo e mais espiritual da Bíblia.
Nele, Cristo dá uma revelação mais completa de si mesmo e de Deus Pai que não se encontra em nenhum dos Evangelhos sinóticos.
De sua pessoa e seus atributos. Veja os “eu sou de Cristo”.
De sua divindade, 1:1; 10:30-38; 12:45; 14:7-9; 16:15.
Da obra do Espírito Santo.
De sua própria comissão divina. Por exemplo, no capítulo quinto ele declara seis vezes consecutivas que foi enviado por Deus – nos versículos 23,24,30,36,37,e 38.
Da paternidade de Deus. Cristo fala de Deus como “o Pai mais de cem vezes”. Deus é o Pai espiritual, 4:23; ele é o Pai doador da vida, 5:21; a mensagem é do Pai, 7:16; o Pai é maior do que todos, 10:29; as obras são do pai, 14:10; Deus é o Pai interior,14:23; o Pai santo, 17:11; o Pai justo, 17:25, etc.
Talvez a mais notável de todas as características distintivas de seu Evangelho seja o fato de que mais da metade do espaço do livro seja dedicada a eventos da vida de Cristo e suas palavras durante seus últimos dias.
Discursos e conversas encontrados só em João
A conversa com Nicodemos, 3:1-21;
Com a mulher de Samaria, 4:1-26;
O discurso aos judeus na Festa dos Tabernáculos, 7:14-39; 8:3-58;
A parábola do bom pastor, capítulo 10,
A série de instruções privadas aos discípulos, as palavras consoladoras e a oração intercessora, capítulos 14-17;
O encontro com os discípulos no mar da Galiléia, capítulo 21, etc.
João registra oito milagres de Cristo (Além do milagre da ressurreição) para provar sua divindade. Seis destes se encontram só neste Evangelho.
A água transformada em vinho, 2:1-11;
A cura do filho do funcionário do rei, 4:46-54;
A cura do homem no tanque, 5:1-9; o cego de nascimento, 9:1-7;
A ressurreição de Lázaro, 11; a segunda pesca milagrosa, 21:1-6.
Duas grandes corrente de pensamento fluem através do livro, as quais é proveitoso seguir.
Fé, 3:16-18; 5:24; 6:29,40; 7:38; 8:24; 10:37-38; 11:25-27; 12:46; 14:12.
Vida eterna, 3:15, 16, 36; 4:14; 5:24; 6:27,51; 11:26; 12:50; 17:3;20:31.
Sinopse:
O livro pode ser dividido em cinco partes:
Parte I.
Prólogo. O Verbo eterno se encarna, capítulo 1:1-18.
Parte II.
A manifestação da divindade de Cristo ao mundo, acompanhada de seis testemunhos: o de João Batista, o do Espírito Santo, o dos discípulos, o das obras poderosas de Cristo, o do Pai e o das Escrituras, capítulo 1:19-12:50.
Parte III.
A revelação particular e as instruções aos discípulos, capítulos 13-17.
Parte IV.
Sua humilhação e seu triunfo sobre a morte, capítulos 18-20.
Parte V.
Epílogo, capítulo 21:1-23.
Biografia – Lucas
Novo Testamento
Autor: Lucas, o médico amado, veja Colossenses 4:14. Também é o autor de Atos. Ambos os livros estão dirigidos à mesma pessoa.
Lucas foi amigo íntimo e companheiro de viagem de Paulo, como se percebe nas suas alusões pessoais ao registrar as viagens do apóstolo. Veja o livro de Atos onde o autor muda os pronomes para “nossos” E indicando que ele estava presente nestes tempos, Atos 16:10;20:6;27:1;28:16.
Muitos eruditos vêem algo da doutrina de Paulo no Evangelho de Lucas. A data exata da escritura do evangelho é desconhecida. Porém, se este foi escrito depois que Lucas esteve sob a influência de Paulo, seria muito natural que este último desse algum colorido à narração.
Quando foi escrito: 60 A.D.
Destinatário: A Teófilo, cuja identidade é desconhecida. A evidência interna indica que o livro foi escrito especialmente para os gentios. Esta dedução decorre do fato de que o escritor se esforça para explicar os costumes judaicos, e algumas vezes substitui nomes gregos por hebraicos.
Propósito: Dar uma narração coordenada e ordenada da vida de Cristo como a viram testemunhas oculares, capítulo 1:1-4.
Texto Chave: 1:4.
Particularidades:
É este o evangelho da graça universal de Deus, capítulos 2:32; 3:6; 24:47.
É o evangelho do “Filho do Homem”. Ressalta a amável atitude de Cristo para com os pobres, os humildes, e os marginalizados.
Os discípulos pobres, 6:20;
A mulher pecadora, 7:37;
Maria Madalena, 8:2;
Os samaritanos, 10:33;
Os publicanos e pecadores, 15:1;
Os mendigos abandonados, 16:20-21;
Os leprosos, 17:12;
O ladrão na cruz, 23:43, etc.
É o Evangelho devocional, que ressalta especialmente a oração.
Contém três parábolas sobre a oração, que não se encontram nos outros evangelhos.
O amigo à meia-noite, 11:5-8;
O juiz injusto, 18:1-8;
O fariseu e o publicano, 18:9-14.
Contém as orações de Cristo – em seu batismo, 3:21;
No deserto, 5:16;
Antes de escolher aos discípulos, 6:12;
Na transfiguração, 9:29;
Antes de dizer a oração do Pai Nosso, 11:1;
Por Pedro, 22:32;
No jardim do Getsêmani, 22:44;
Na cruz, 23:46; etc.
Seus primeiros capítulos têm uma nota de gozo e louvor.
Alguns dos grandes hinos cristãos foram baseados neste evangelho.
“O Ave Maria”, as palavras do anjo a Maria, 1:28-33;
“O Magnificat”, O cântico de Maria, 1:46-55;
“O Benedictus”, de Zacarias, 1:68-79;
“O Gloria in Excelsis”, dos anjos celestiais 2:13-14;
“O Nunc Dimitis”, o regozijo de Simeão, 2:29-32.
Honra grandemente a mulher. A mulher tem um lugar preeminente na narrativa de Lucas.
No capítulo 1, Maria e Isabel; no capítulo 10,
Maria e sua irmã Marta; as filhas de Jerusalém, 23:27.
Também menciona muitas viúvas, 2:37; 4:26; 7:12; 18:3; 21:2.
A biografia de Cristo é mais completa em Lucas do que em qualquer dos outros evangelhos. Cerca da metade do material deste livro não está nos outros. Muitos dos mais importantes discursos de nosso Senhor e dos impressionantes incidentes de sua vida estão registrados neste evangelho.
Exemplos:
A pesca milagrosa, 5:6;
A ressurreição do Filho da viúva, 7:11-15;
Os dez leprosos, 17:12;
A cura de Malco, 22:51. Parábolas narradas somente em Lucas.
Outros incidentes e relatos que só Lucas registra são:
Cristo chora sobre Jerusalém, 19:41;
Referência a Moisés e Elias falando com Cristo no monte da Transfiguração, 9:30-31;
O suor como gotas de sangue, 22:44;
Cristo perante Herodes, 23:8; palavras de Cristo às mulheres de Jerusalém, 23:28;
O ladrão arrependido, 23:40; o caminho a Emaús, 24:13-31.
Sinopse:
Introdução, capítulo 1:1-4. o nascimento de Jesus e os incidentes relacionados com seus primeiros anos de vida até o tempo de seu batismo e tentação, capítulos 1:5; 4:13.
O começo de seu ministério público, principalmente na Galiléia, capítulos 4:14; 9:50.
A viagem a Jerusalém, através de Samaria e Peréia; o ministério principalmente em Peréia, capítulos 9:51; 19:28.
Os últimos dias, incluindo os eventos da Semana Santa e a crucificação, capítulos 19:29; 23:55.
Eventos relacionados com a ressurreição e a ascensão, capítulo 24:1-51.
Biografia – Marcos
Novo Testamento
Autor: Marcos, o filho de Maria, de Jerusalém, Atos 12:12.
Referido como João Marcos, em Atos 12:25.
Parente de Barnabé, Colossenses 4:10.
Uniu-se a Paulo e a Barnabé em sua primeira viagem missionária, Atos 12:25; 13:5.
Afastou-se temporariamente de Paulo, Atos 13:13; 15:37-39.
Sua amizade com Paulo foi depois restaurada, II Timóteo 4:11.
Antiga tradição afirma que Marcos foi um companheiro de Pedro, razão por que este livro é chamado de O Evangelho de Pedro por alguns escritores antigos. É geralmente aceito que Pedro tenha proporcionado ou sugerido grande parte do material encontrado no livro.
Quando foi escrito: 50 – 60 A.D.
Destinatários: Acredita-se que o escritor, ao preparar o seu livro, teve em mente os cristãos gentios.
Parece claro que não foi adaptado especialmente aos leitores judeus, pelo fato de conter poucas referências às profecias do Antigo Testamento. Ademais, a explicação de palavras e costumes judaicos indica que o autor tinha em mente os gentios.
Tema Principal: Cristo, o incansável servo de Deus e do homem.
A vida de Jesus é descrita como sendo cheia de boas obras.
Seu tempo de oração era interrompido, 1:35-37. Algumas vezes não tinha tempo nem para comer, 3:20. Pelo fato de atender a contínuos chamados para o serviço, seus amigos diziam que ele estava fora de si, 3:21. As pessoas o buscavam quando ele queria descansar, 6:31-34.
Palavra Chaves Imediatamente, repetida através do livro.
Particularidades: É o mais curto dos quatro evangelhos.
O estilo é vivo e pitoresco. Grande parte do tema está também em Mateus e Lucas, mas não se trata de simples repetição, pois Marcos contém muitos detalhes que não aparecem nos outros evangelhos.
Como o Evangelho de João, Marcos também começa com uma declaração da divindade de Jesus Cristo, sem, contudo, se estender nesta doutrina.
Um cuidadoso estudo do livro revela, sem dúvida, que o objetivo do autor é o de ressaltar as obras maravilhosas de Jesus, em vez de fazer afirmações freqüentes que testifiquem da sua deidade.
Muitos toques pessoais se encontram neste evangelho, como “vivia entre as feras”, 1:13; “aos quais deu o nome de Boanerges, 3:17; Jesus “indignou-se”, 10:14; “e eles se maravilhavam”, 10:32; “A grande multidão o ouvia com prazer”, 12:37; etc.
Embora ressalte o poder divino de Cristo, o autor alude com freqüência aos sentimentos humanos de Jesus: sua decepção, 3:5; seu cansaço, 4:38; seu assombro, 6:6; seus gemidos, 7:34; 8:12; seu afeto, 10:21.
Mateus olha para trás e se ocupa principalmente das profecias objetivando os leitores judeus, e dá muito espaço aos discursos de nosso Senhor.
Marcos é mais condensado. Ele diz pouco acerca das profecias e apresenta um resumo dos discursos, mas enfatiza as obras poderosas de Jesus.
Os dezenove milagres registrados em seu curto livro demonstram o poder sobrenatural do Senhor.
Oito deles provam seu poder sobre as enfermidades, 1:31,41; 2:3-12; 3:1-5; 5:25; 7:32; 8:23; 10:46.
Cinco demonstram seu poder sobre a natureza, 4:39; 6:41,49; 8:8-9; 11:13-14.
Quatro demonstram sua autoridade sobre os demônios, 1:25; 5:1-13; 7:25-30; 9:26.
Dois demonstram sua vitória sobre a morte, 5:42; 16:9.
Sinopse:
O livro pode ser dividido em seis partes:
Parte I.
Os eventos introdutórios e preliminares que conduzem ao ministério público de Cristo, 1:1-13.
Já no primeiro capítulo, Marcos se submerge abruptamente neste tema. Começa com o anúncio de que Jesus é o Filho de Deus, v. 1.
Ele então passa às cinco etapas preparatórias de sua obra:
1. A vinda de seu precursor, vs. 2-8.
2. Seu batismo em água, v. 9.
3. Sua plenitude do poder espírito, v. 10.
4. O testemunho divino da sua condição de Filho, v. 11.
5. O conflito com seu arqui-inimigo, vs. 12-13.
Parte II.
Seu ministério inicial na Galiléia, capítulos 1:14; 7:23. (Marcos omite inteiramente o ministério inicial na Judéia.)
Parte III.
O ocorrido em Tiro e Sidom, capítulo 7:24-30.
Parte IV.
O ensino e a obra de Cristo ao norte da Galiléia, capítulos 7:31; 9:50.
Parte V.
O ministério final na Peréia, e a viagem a Jerusalém, capítulo 10:1-52.
Parte VI.
Os acontecimentos da Semana da Paixão, capítulo 11:1; 16:8.
Biografia – Mateus
Novo Testamento
Autor: Mateus (também chamado de Levi), um dos doze apóstolos, Marcos 2:14. Foi sem dúvida um judeu que também era publicano romano, Mateus 10:3.
Quando foi chamado por Jesus, deixou tudo e o seguiu, Lucas 5: 27-28. Preparou um grande banquete para Cristo, ao qual este assistiu, apesar de os publicanos serem desprezados. Lucas 5:29.
Quando foi escrito: 60 – 70 A.D.
Destinatários:
Principalmente os judeus. Este ponto de vista está confirmado pelas referências às profecias hebraicas, cerca de sessenta, e pelas aproximadamente quarenta citações do Antigo Testamento. Ressalta especialmente a missão de Cristo aos judeus, Mt 10:5; 15:24.
Palavras Chave:
Cumprimento: repetida com freqüência para indicar que as profecias do Antigo Testamento se cumpriram em Cristo.
Reino: aparece cinqüenta vezes, e reino dos céus trinta vezes. Jesus como rei, 2:2; 21:5; 22:11,34; 27:11,37,42.
Propósito Aparente: Mostrar que Jesus de Nazaré era o Rei Messias da profecia hebraica.
Particularidades:
A genealogia completa de Cristo, 1:1-17.
Incidentes e discursos encontrados somente neste Evangelho.
Cap. 2, a visita dos magos, v. 1. A fuga para o Egito, vs. 13-14. A matança dos meninos, v. 16. A volta a Nazaré, vs. 19-23.
Cap. 3, os fariseus e os saduceus vêm a João Batista, v. 7.
Caps. 5-7, o Sermão do Monte (completo).
vs. 11:28, “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados”.
Cap. 14:28-31, Pedro caminha sobre a água.
Cap.23, denuncia aos fariseus em um longo discurso.
26:15, as trinta peças de prata aceitas por Judas.
Cap. 27, a devolução das trinta peças de prata, vs. 3-10. O sonho da esposa de Pilatos, v.19. Aparição dos santos ressuscitados, v. 52. A guarda no túmulo, vs. 64-66.
Cap. 28, o suborno dos soldados, vs. 12-13. O terremoto, v. 2. A grande Comissão, vs. 19-20.
Milagres encontrados somente no livro de Mateus.
A cura dos dois cegos, cap. 9:28-30.
O dinheiro do tributo, cap. 17:24-27.
Parábolas encontradas somente em Mateus.
Cap. 13, o joio, v.24;o tesouro escondido, v.44; a pérola de grande valor, v.45; a rede, v.47.
Cap. 18, O credor incompassivo, v.23.
Cap. 20, os trabalhadores da vinha, vs. 1-16.
Cap. 21, os dois filhos, vs. 28-32.
Cap. 22, as bodas do filho do rei, vs. 1-14.
Cap. 25, as dez virgens, vs. 1-13. Os talentos, vs. 14-30. As ovelhas e os bodes, vs. 31-46.
Análise do ponto de vista do reino de Cristo.
O Rei. A história do Rei Messias. Linhagem e nascimento, cap. 1;
sua busca, cap. 2:2;
sua adoração, cap. 2:11;
seu anúncio, cap. 3:1-12;
sua vitória espiritual, cap. 4:1-11;
sua proclamação, cap. 4:17;
a chamada de seus seguidores, cap. 4:18-22;
suas leis e mandatos, capítulos 5-7;
suas palavras e obras, capítulos 8-12;
suas parábolas , capítulo 13;
o assassínio de seu precursor, capítulo 14:1-12;
seu poder sobre as forças da natureza e sobre a doença, capítulos 14:14-36; 15:32-39;
sua revelação da insensibilidade do homem e de seus sofrimentos e glória futuros, capítulos 16-17;
sua instrução acerca dos princípios do reino, capítulos 18-20;
sua entrada triunfal na capital, sua rejeição, parábolas e profecias, capítulos 21:1; 22:14;
sua capacidade de frustrar os complôs dos fariseus e dos saduceos, capítulo 22:15-46;
sua denúncia contra os líderes, capítulo 23;
suas profecias e parábolas relacionadas com o futuro, capítulos 24-25;
eventos que levarão à sua traição, capítulo 26:1-46;
seu juízo, capítulos 26:57-75; 27:1-31;
sua crucificação, capítulo 27:31-50;
os eventos que se seguirão imediatamente à sua morte, capítulo 27:51-56;
sua reaparição na terra, e sua comissão aos seus seguidores, capítulo 28.
Profetas Menores – Malaquias
Velho Testamento
Autor: Malaquias.
Nada se sabe acerca da vida do profeta, exceto o que se encontra neste livro. Talvez tenha sido contemporâneo de Neemias; as condições descritas na profecia correspondem àquela época.
Quando foi escrito: 450 – 400 a.C.
Estilo: Enérgico e fora do comum. O Senhor é representado como se estivesse dialogando com seu povo. “Mas vós dizeis” contrasta com “diz o Senhor dos Exércitos” através dos primeiros três capítulos.
Tema: É uma descrição gráfica do período final da história do Antigo Testamento, que mostra a necessidade de grandes reformas que preparem o caminho para a vinda do Messias.
Texto Chave: 3:8.
Sinopse:
Seção I.
O lado obscuro do panorama. Os pecados de um povo sem honra e ingrato e de um sacerdócio infiel.
Roubar a Deus:
Ao deixar de responder ao amor divino, 1:2.
Ao desonrar o nome de Deus, 1:6.
Ao apresentar ofertas imundas, 1:7,8,13-14.
Por causa do seu mau exemplo, os sacerdotes se converteram em pedras de tropeço em vez de serem lideres espirituais, 2:1-8.
Ao honrar a pecadores, 2:17; 3:15.
Ao não dar os dízimos, 3:8.
Ao justificar a impiedade, 3:14.
Pecados sociais:
Tratos enganosos, 2:10.
Casamentos com incrédulos, 2:11.
Deslealdade para com as esposas, 2:14-16.
Feitiçaria, impureza, opressão, 3:5.
Seção I.
O lado brilhante do panorama.
Promessas gloriosas:
Da vinda do mensageiro da aliança, 3:1-4.
Do derramamento de uma grande bênção, 3:10-12.
Dos santos ao converter-se em tesouro especial do Senhor, 3:16-18.
Do amanhecer de um novo dia no qual a justiça triunfará, 4:2-3.
Da aparição de um reformador espiritual antes da vinda do dia do Senhor, 4:5-6.
Porções Seletas:
Cap. 3, o mensageiro purificador da aliança, 1-4.
Cap. 3. as bênçãos superabundantes, 10.
Cap. 3, as joias de Deus, 16-17.
Profetas Menores – Zacarias
Velho Testamento
Autor: Zacarias. O filho de Baraquias, 1:1.
Pouco se sabe acerca deste profeta. Foi contemporâneo de Ageu e se uniu a ele em animar os judeus para que reconstruíssem o templo de Jerusalém, Esdras 6:14.
Evidentemente era ainda jovem no tempo de sua profecia, 2:4.
Na versão Septuaginta (muitos salmos são atribuídos a Zacarias e a Ageu).
Data: 520 – 518 a.C. Dois meses depois da profecia de Ageu (compare Ageu 1:1 e Zacarias 1:1).
Estilo: Altamente figurativo.
O Profeta da visão ampla: Como Ageu, ele viu a condição pecadora e a indiferença espiritual de seu povo, contra as quais dirigiu comovedoras exortações que ajudaram na reconstrução do templo.
Mas sua profecia teve um alcance maior – ele olhou através dos tempos e viu a vinda do Messias soberano e o amanhecer de um dia mais brilhante para Sião.
Texto Chave: 1:3, 4-6.
Esperança Futura: “Quando a tarde chegar, haverá luz”, 14:7.
Sinopse: Exortação inicial, 1:1-6.
Seção I.
1. Uma série de oito visões.
2. O homem entre as murteiras e os cavalos, 1:7-17.
3. Os quatro chifres e os quatro carpinteiros, 1:18-21.
4. O homem com o cordel de medir, capítulo 2.
5. A purificação do sumo sacerdote, capítulo 3.
6. O candeeiro de ouro e as duas oliveiras, capítulo 4.
7. O rolo volante, 5:1-4.
8. A mulher no efa, 5:5-11.
O efa, era a unidade de medida, de aproximadamente 35 litros, utilizada para os secos e igual ao bato, a unidade de medidas para o líquido. (Ezequiel 45:10-11).
Os quatro carros, 6:1-8, e a coroação do sumo sacerdote, 6:10-15.
Seção II.
A resposta à delegação de Betel acerca dos jejuns. Ao final, os jejuns se converterão em festas, capítulos 7-8.
Seção III.
Predições acerca de um período da história dos judeus e uma visão final do reino de Deus, capítulos 9-14.
Elemento Messiânico: O Messias soberano.
A primeira vinda em humildade, 9:9.
O príncipe de Paz, 9:10.
Crucificado, 12:10.
Um pastor esquecido por suas ovelhas, 13:7.
Porções Seletas:
O segredo de êxito em empreendimentos espirituais, 4:6-10.
A vinda do Príncipe de Paz, 9:9-10.
A fonte de purificação, 13:1.
Profetas Menores – Ageu
Velho Testamento
Autor: Ageu o “profeta do templo”, que significa “minha festa”. Isso, possivelmente nos leva a crer que tenha nascido durante a festa do templo, durante os setenta anos de cativeiro em Babilônia, e tenha regressado a Jerusalém com Zorobabel. Era colega de Zacarias, Esdras 5:1;6:14.
Quando foi escrito: 520 a.C.
Tema Principal: O Senhor repreende fortemente ao povo por causa do descuido para com a construção do templo, (Mateus 6:33) unidas a alentadoras exortações e promessas aos que estavam comprometidos com a obra.
Texto Chave: 2:4.
Marco Histórico: O remanescente que havia regressado do cativeiro estava mais preocupado com seus assuntos particulares, com sua própria vida, seu próprio eu e com o embelezamento de suas casas do que com a reconstrução da casa de Deus. A obra estava parada havia anos, 1:4.
Mensagem:
É uma forte exortação e uma repreensão cortante, mostrando que Deus havia retido suas bênçãos materiais porque seu templo havia sido deixado em ruínas pelo povo, 1:3-11.
Deus deixa claro sua vontade e para que o povo as fizesse, o Senhor, por meio do profeta diz palavras de ânimo quando da retomada da obra de reconstrução do templo, 1:12-15.
Promessas inspiradoras às pessoas idosas que se entristeciam por causa da inferioridade de estrutura que edificavam comparada à do templo de Salomão, que elas haviam visto, 2:3. A estas pessoas o profeta apontou a manifestação vindoura do poder divino e a aparição do Messias, quando a glória do Senhor encheria a casa, 2:7-9.
Uma recordação de sua indignidade para exigir uma casa ao Senhor dos exércitos, 2:10-14.
Promessa de juízo futuro (Deus é amor, mas também juiz) de condenação das nações pagãs e palavras de louvor a Zorobabel, como instrumento escolhido de Deus, 2:20-23.
Porções Seletas: 2:4-9.
A presença divina, fortalecedora, 4.
O poder divino, estremecedor, 6.
A glória divina, consoladora, 7.
A paz divina, vindoura, 9.