Mar Morto – Dead Sea
Reading Newspaper in the Dead Sea – Lendo Jornal no Mar Morto |
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Veja na foto, um fato, no mínimo curioso… Uma pessoa lê tranquilamente seu jornal como se estivesse num sofá.
Localização e Manuscritos |
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Localização
Em árabe “Bahr Lut“. Mar fechado na Ásia ocidental, cujas margens são ocupadas pela Jordânia, exceto o setor sudoeste (SO), que margeia Israel e o setor sudoeste (NO) que banha parte da Cisjordânia; Ele possui 1.015km2; não ultrapassado um máximo de 80 quilômetros de comprimento e 17km de largura (em média), chegando a uma largura de máxima de 18 km.
Está situado na depressão de Ghor (O Vale do Jordão (em árabe: الغور Al-Ghor ou Al-Ghawr) é uma longa depressão que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé dos Montes Golan)
a 390m abaixo do nível do mar Morto é alimentado pelo rio Jordão, cujo débito não compensa a forte evaporação estival, o que resulta numa salinidade excepcionalmente elevada (c. 300), que impossibilita a vida em suas águas. Explorações de potássio, magnésio e bromo em suas margens.
Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a estabilizar paralelamente à estudos que levem à sua conservação e preservação, portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro.
Manuscritos do Mar Morto
Antigos manuscritos escritos em aramaico ou em hebraico, descobertos entre 1946 1956 em grutas, perto que Qumrãn, na margem noroeste do mar Morto.
Estes documentos (600 manuscritos ou fragmentos de manuscritos) compreendem textos bíblicos e apócrifos judaicos, além de escritos da seita religiosa que vivia em Qumrãn, reconhecida pela maioria dos historiadores como sendo dos essênios. Datados de um período que se estende do séc. II a.C. ao séc. I de nossa era, esses textos revelaram-se muito importantes para a história do judaísmo e das origens do cristianismo.
Jordânia lança plano ambicioso para resgatar o Mar Morto
Transpor água de um mar que não tem problemas para outro que está secando parece ser uma medida sensata. E dá a impressão de que os desafios não iriam muito além dos custos altos e dos investimentos em tecnologia.
No entanto, quando há vários países envolvidos, a questão torna-se muito mais difícil. Especialmente se essa operação ocorre no Oriente Médio.
Ainda assim, o primeiro-ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, anunciou esta semana o lançamento da primeira fase de um plano para transportar a água do Mar Vermelho para o Mar Morto.
O custo do projeto é estimado em US$ 1 bilhão e levará à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água dessalinizada por ano.
Para um país como a Jordânia, onde 92% do território é deserto e a falta de água é um problema sério, essa pode ser a solução que muitos esperam há anos.
Além disso, o nível do Mar Morto encolhe mais de um metro por ano e, se continuar nesse ritmo, há quem diga que ele pode secar em 2050.
Seca do Mar Morto
No entanto, Scott Wells, professor de Engenharia Ambiental da Portland State University, explica que não há risco de que o Mar Morto seque totalmente.
“Ele nunca vai secar, mas vai, sim, ser reduzido gradualmente até que não haja mais evaporação. Ele então vai se tornar uma espécie de massa salgada semilíquida”, explica.
O Mar Morto é muito profundo, então mesmo que o nível da água diminua, ainda restam 300 metros de profundidade.
“Vai ser um Mar Morto que não estamos acostumados. Não será um lugar onde as pessoas queiram ir passear”, disse Wells.
Um canal para o Mar Morto
Para se entender melhor a questão, é preciso observar a situação do Rio Jordão, que é compartilhado por Israel, Jordânia, Líbano, Síria e os territórios palestinos. Suas águas são quase totalmente usadas na indústria e na agricultura desde os anos 60, quando esses países passaram a desviar seu fluxo.
Assim, o Mar Morto vem sendo privado do rio que era uma de suas principais fontes de abastecimento de água.
“Água no Oriente Médio sempre foi um problema difícil. O desaparecimento do Mar Morto é um sintoma que mostra como esses países são altamente dependentes de água da bacia do Jordão”, explicou à Peter Gleick, presidente o Pacific Institute, em Oakland, Califórnia (EUA).
Durante décadas, os especialistas tentam reverter essa situação. Houve esboços de projetos, mas geralmente por razões econômicas, nenhum se concretizou.
O mais ambicioso, o “Canal dos Dois Mares” ou “Canal do Mar Vermelho para o Mar Morto”, tem um custo de cerca de US$ 10 bilhões, de acordo com um estudo recente do Banco Mundial.
Também se considerou a possibilidade de transferir a água do Mediterrâneo ou dessalinizar água para fazer com que ela chegue às áreas que mais precisam.
Visões conflitantes
Apesar dos desafios, desta vez, o governo jordaniano parece estar bastante otimista.
“O alto custo do projeto inicial do canal entre os dois mares levou o governo a propor ideias como as que propusemos agora, que qualificamos como “primeira fase”, disse o ministro jordaniano da Água, Hazem Nasser.
Embora valorize a iniciativa, Peter Gleick segue descrente. “Ainda não há um acordo entre todas as partes, o Mar Morto é compartilhada por Israel, Jordânia e os palestinos. Então, é preciso haver um acordo amplo”, diz.
“Além disso, a maior parte da demanda de água da Jordânia é em Amã e em outras cidades que estão muito longe do Mar Morto, por isso seria preciso bombear a água, elevando ainda mais o custo.”
Os ambientalistas, por sua vez, destacam o impacto que uma iniciativa deste tipo pode ter sobre a situação dos mares.
A organização Amigos da Terra listou uma série de prejuízos, como danos ao sistema natural do Mar Morto, pela mistura de sua água com a água do Mar Vermelho, que tem uma composição química diferente.
Segundo o grupo, também há risco de se prejudicar os arrecifes de coral do golfo de Aqabe, ao se bombear a água.
Para Wells, o principal risco é a quantidade de salmoura que chegará ao Mar Morto, como consequência da dessalinização da água.
Gleick afirma ainda que já há espécies ameaçadas no Mar Vermelho e que não se sabe o quanto o projeto pode agravar a situação.
Gospel, o que Significa?
“Gospel” é uma palavra de origem americana.
Vamos tomar as contrações das palavras inglesas “God” que significa Deus e “spell” que significa apelar, soletrar. Derivada dos “Spirituals” (Espirituais), o cântico religioso dos escravos negros americanos.
O significado destas duas contrações God + spell = Gospel significa “evangelho” “boa nova”.
E ao antepormos a palavra Música, temos Música Góspel que significa “música evangélica”.
Além do Gospel original há vários tipos de música gospel, que para não serem confundidos com a primeira, são chamados de “Christian Music” (música cristã) nos Estados Unidos.
Depois de ficar muito tempo restrito aos negros, hoje a música gospel é um estilo musical conhecido no mundo todo, e tem sua própria parada na revista “Billboard” (EUA), uma das mais conceituadas do Musical World, e promove um prêmio para os artistas do gênero, o Dove Awards. Devido ao grande destaque a propagação da música Gospel, ela foi também incluída no Grammy (maior premiação da música mundial).
A Música Gospel ganhou força também com o apoio das Redes de TV com programas voltados ao púbico evangélico, como Record, Band, Rede TV, Etc.
Podemos estar certos de que a grande quantidade de música Gospel de excelente qualidade e que realmente falam de Deus e de seu Amado Filho Jesus Cristo e com mensagens muito glorificantes embutidas e verdadeiras pregações do Evangelho, as quais têm alcançado muitas vidas, e de forma espontânea.
Muitos cantores de Musica Gospel como também dos Hinos Cristãos são realmente usados pelo Senhor para trazer sua verdadeira mensagem, aquela que propicia salvação de almas.
Artigos da História
Túmulo Escavado na Rocha |
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Este túmulo foi totalmente escavado na rocha e fechado com uma grande pedra redonda, evitando assim que animais necrófagos entrasse nele.
O corpo de Jesus foi envolvido em linho e colocado em um túmulo semelhante a este.
Sepultamento de Jesus é um dos episódios da Paixão de Jesus Cristo no qual seu corpo, depois da deposição da cruz, é colocado no túmulo. De acordo com os relatos dos evangelhos canônicos, Jesus foi sepultado por um fariseu chamado José de Arimateia.
Moedas de Prata |
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Moedas de prata idênticas às moedas recebidas por Judas Escariotes quando traiu Jesus
Judas traiu Jesus pelo dinheiro? É difícil voltar no tempo para descobrir as intenções exatas de Judas Iscariotes, mas podemos pelo menos examinar o preço que Judas cobrou por sua traição e ver se o dinheiro foi tentador o suficiente para fazê-lo entregar o Filho de Deus.
Vamos primeiro olhar uma passagem do Evangelho de Mateus.
Em verdade vos digo que onde quer que for pregado em todo o mundo este evangelho, também o que ela fez será contado para memória sua. Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes, e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. (Mateus 26:13-15)
O Evangelho de Mateus afirma que a subsequente compra do campo de Aceldama foi a realização, por Jesus, de uma profecia de Zacarias. A imagem das trinta moedas de prata tem sido usada frequentemente em obras de arte que descrevem a Paixão de Cristo. A frase é usada na literatura e no senso comum para se referir às pessoas que “se vendem”, comprometendo uma confiança, amizade ou lealdade para ganhos pessoais.
Em termos bíblicos, essa não é a primeira vez que são mencionadas trinta moedas de prata. No livro de Zacarias, o profeta recebe a mesma quantia pelo seu salário diário como pastor.
Profeta Zacarias havia previsto com precisão a negociação de Judas, 520 anos antes de acontecer. Em Zacarias: 11-13, trinta moedas de prata é o preço que Zacarias recebe por seu trabalho, e então as arroja “para o oleiro”. O estudioso alemão Klaas Schilder observa que o pagamento de Zacarias indica uma avaliação da qualidade de seu trabalho, bem como a sua despedida. Em Êxodo 21:32, trinta moedas de prata eram o preço de um escravo, então, enquanto Zacarias chama a quantidade de “belo preço” (Zacarias: 11-13), isso poderia soar como sarcasmo. O estudioso norte-americano Barry Webb, no entanto, considera isso como uma “soma considerável de dinheiro”.
“E eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário, trinta moedas de prata. Ora o Senhor disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor.” (Zacarias 11:12-13)
Schilder sugere que estas trinta moedas de prata estejam presentes em diversos trechos por se tratar de uma profecia. Quando os principais sacerdotes decidem comprar um campo com o dinheiro devolvido, Mateus diz que isso cumpriu “o que foi dito por Jeremias, o profeta. “Ou seja, “Cumpriu-se, então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, a quem certos filhos de Israel avaliaram, e deram-nas pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.” (Mateus 27:9-10). Embora muitos estudiosos vejam a referência do nome de Jeremias como um equívoco, a compra de Jeremias citada em Jeremias 32 pode indicar que ambos os profetas estão relacionados
A Pedra de Rosetta
A Pedra de Rosetta. De basalto polido, negra, medindo três pés e sete polegadas (109,22 cm) por dois pés e seis polegadas (76,2 cm).
A pedra continha textos em hieróglifos, em escrita demótica (escrita do povo) e em grego.
O Egito mantinha seu passado, indecifrável, letra morta escrita em pedra, preservando as memórias dos faraós como outrora as pirâmides guardavam suas múmias, como tal, os hieróglifos guardavam a chave desse glorioso passado, porém faltava alguém como os antigos saqueadores, que vencesse as armadilhas impostas pelo tempo, compreendesse os sinais e finalmente descobrisse o tesouro, o passado e a história dos senhores do Nilo.
O Egito é fascinante. O caminho trilhado por pesquisadores na busca pela decifração dos hieróglifos também é.
Repleto de erros e acertos, de sacrifícios e glorias. Aventureiros, padres, arqueólogos e imperadores, tentando vencer as barreiras do tempo e resgatar a verdadeira história do Egito.
Fizeram-se tentativas para decifrar os antigos sinais como enigmas, e deles tirar a verdade. Um padre jesuíta do século XVII Atanásio Kircher, (inventor da lanterna mágica), interpretou assim um grupo de sete hieróglifos: “O criador de toda a fecundidade e todo o crescimento é o deus Osirís, cuja a força vivificante tira Santa Mofta do Céu para seu império”
Hoje sabemos que os hieróglifos que o padre traduziu, significava “Autocrata, senhor absoluto” um título.
Acreditou-se por longo tempo que os Egípcios eram parentes dos Chineses, e que a escrita chinesa era proveniente dos hieróglifos, bastava para traduzi-los, consultar um dicionário Chinês.
Esse tipo de ligação fez Voltaire dizer: “Os etimologistas estabelecem o parentesco das línguas desprezando as vogais e não se ocupando muito com as consoantes.”
Hoje conhecemos melhor o chinês e os antigos hieróglifos. A escrita dos Egípcios nasceu como todas as outras, primeiramente figurativa. Como crianças, desenhavam seus pensamentos. Os índios nunca conseguiram ultrapassar essa fase, mas os egípcios avançaram para, cada sinal representando uma sílaba ou um som isolado.
Mais tarde, só se escreviam as consoantes, e talvez pela influencia do Grego, começaram a usar as vogais. Mas apenas para nome estrangeiros. Assim as vogais não existiam na origem. E era mais ou menos assim:
Fazemos um desenho do Sol, o desenho poderia representar um “SOL”, ou significar “SAL” ou “SUL”.
Muitas palavras egípcias continham uma só consoante e uma vogal:
KÊ = Altura. RÔ = Boca. TA = Pão
Como não se escrevia a vogal, os hieróglifos dessas palavras tornaram-se um sinal fonético. Sinal que indicava um som.
O hieróglifo de Altura: KÊ se tornou a letra K.
O hieróglifo de boca, RÔ, tornou-se R.
e TA = T.
Assim se chegou a um alfabeto hieroglífico completo composto de 24 sinais consonânticos.
Poderia supor que, de posse desses 24 sinais, os Egípcios passariam a só escrever por meio de letras. Não o fizeram.
Primeiro porque agarravam-se às suas tradições com extraordinária obstinação. Segundo, era mais fácil representar uma palavra ou sílaba por meio de um só sinal. Os hieróglifos passaram a ser uma mistura de sinais silábicos, letras e ideografia. Por isso se tornou tão difícil decifrá-los.
A escrita hieroglífica compreende, no total, qualquer coisa como quinhentos sinais diferentes.
Quando os Egípcios deixaram de gravar a pedra para servirem de pena e do papiro, empregaram a escrita em cartas, contratos, etc. Os hieróglifos simplificaram-se de maneira visível; a escrita tornou-se contínua. Esta escrita foi mais tarde chamada “escrita demótica”, isto é, “Escrita do Povo”.
A Descoberta da Chave
Foi a expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito que deu impulso ao estudo do passado egípcio e à decifração dos hieróglifos. A egiptologia começa por Napoleão.
A expedição ao Egito não deu qualquer resultado duradouro do ponto de vista político, mas teve profunda repercussão científica. Com a esquadra francesa chegou uma equipe de sábios, investigadores e artistas.
Fundou-se no Cairo um instituto Egípcio, e em poucos meses de ocupação francesa, foi feita uma obra chamada “Descrição do Egito”, em trinta e duas partes. Mas a maior parte de suas descobertas caiu em mãos dos Ingleses após a capitulação e constituem atualmente a base das grandes coleções do Museu Britânico, de Londres.
E foram os soldados franceses que fizeram a descoberta mais importante… Escavando trincheiras perto da pequena cidade portuária de Roseta, a leste de Alexandria, desenterraram uma pedra de basalto polido, negra, medindo três pés e sete polegadas (109,22 cm) por dois pés e seis polegadas (76,2 cm), A pedra continha textos em hieróglifos, em escrita demótica e em grego.
Os sábios não tiveram qualquer dificuldade em decifrar o grego. Descobriram que a pedra referia-se a uma decisão tomada por uma assembléia de sacerdotes em Mênfis, no ano de 196 a.C.., no reinado de Ptolomeu V. Segundo a inscrição, o rei tinha isentado os seus súditos de certos impostos, que havia aumentado seu bem-estar. Para lhe agradecerem este belo gesto, os sacerdotes tinham decidido erguer uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e organizar todos os anos, festividades em sua honra.
Quiseram perpetuar esta decisão mandando gravar em pedra e colocando uma dessas pedras comemorativas em cada um dos templos importantes.
Foi uma dessas pedras que os soldados de Napoleão encontraram. Infelizmente a pedra estava muito estragada.
A pedra de Roseta dava aos egiptólogos a tradução grega de um texto hieroglífico e um texto demótico. Tinha-se assim encontrado a chave dos hieróglifos. Mas como empregá-la? Só os nomes próprios podiam ajudar os investigadores; no texto havia um número bastante importante de nomes. Que se assemelham sempre um pouco em cada língua.
O primeiro sábio que tentou decifrar a pedra teve que se confessar vencido, outro, um diplomata sueco Johan David Akerblad, foi mais bem sucedido, atribuindo-se lhe o cognome de “Primeiro egiptólogo.”
Examinou o segundo texto da pedra, donde tirou os nomes de Ptolomeu, Alexandre, Arsíone, Berenice e outros seis. Em breve, Akerblad aprendeu o suficiente da língua popular do Egito para daí deduzir um alfabeto, exato nas suas grandes linhas; esse alfabeto foi de grande utilidade na interpretação dos hieróglifos.
Em 1802 Akerblad publicou um livro sobre a pedra de Roseta, o qual, preparou a decifração dos hieróglifos. Se Akerblad tivesse independência econômica, teria, sem dúvida, conseguido resolver completamente o enigma dos hieróglifos.
O médico inglês Thomas Young continuou a obra de Akerblad, aproveitando seus resultados, usou sua perspicácia para interpretar certos sinais muitos especiais, rodeados por uma linha oval no texto. Um sábio dinamarquês, Zoëga, já tinha demonstrado antes que se tratava dos nomes de reis e rainhas.
Young pode decifrar duas letras do nome Ptolomeu e traduzir três outros hieróglifos. Mas a partir dessa altura não fez mais que tatear o caminho.
Jean-François Champollion tornou-se um perfeito muçulmano, vivendo a maneira egípcia.
A revelação
Jean-François Champollion (1790-1832) nasceu numa pequena aldeia do sul da França. O pai era livreiro e a infância de Jean-François teve como ambiente a França da Revolução. Com nove anos entrou em uma escola de Grenobla. Depressa demais, se tornou amigo do chefe do departamento, que havia feito a expedição científica de Napoleão ao Egito. Champollion, jovem com 11 anos, contemplava os objetos históricos que o amigo tinha trazido do Egito, e acabou por despertar uma intuição prodigiosa, revelada para o estudo das línguas. Com 16 anos começou a publicar uma obra sobre o Egito dos faraós. Tinha se familiarizado com línguas orientais: o hebreu, o árabe, o sírio, o caldeu, o sânscrito, diversos dialetos persas e até em certos termos da China e do México.
Em 10 de julho de 1809 fora nomeado, na universidade, professor de história, com 18 anos em Grenobla. Onde seu irmão mais velho já ensinava na universidade. Champollion era um fanático de Napoleão e por isso, por ordem do rei, teve que abandonar a sua atividade de professor.
Ocupou-se então com a pedra de Roseta. Seu primeiro sucesso foi explicar os sete hieróglifos que compõem o nome do rei Ptolomeu – ou na sua forma grega – Ptolomaios. O nome do rei, encontrava-se um grupo de sinais dentro de uma cercadura ovalada, que veio a tornar-se conhecida por “cartouche”.
Após longas horas de investigações, descobriu que no texto hieroglífico o nome aparecia sob a forma Ptolomais.
Ajudou na decifração o nome de Cleópatra. No ano de 1815 foi encontrado o chamado “Obelisco de Filé”, ao sul da primeira catarata; que o arqueólogo Banks levou para a Inglaterra em 1821 e o qual continha igualmente uma inscrição em hieróglifos e outra em grego.
E novamente ai se encontrava, emoldurado num “cartouche”, o nome de Ptolomeu. Mas havia um segundo grupo de hieróglifos emoldurado. E Champollion, guiado pela inscrição grega ao pé de obelisco, supôs que esse grupo devia representar o nome de Cleópatra.
Com a explicação deste nome Champollion tinha descoberto três sinais comuns; aos dois nomes. Isto é, P, O, L. Além disso, tinha dois sinais que traduziam variantes do som T e sete outros hieróglifos. Estimulado, prosseguiu e começou o exame comparativo de todos os nomes e título reais que pode reunir. Descobriu que o mesmo hieróglifo poderia indicar sons diferentes, que poderia até representar uma palavra completa.
Claro que tropeçou em uma invenção dos egípcios da 18º dinastia, que, de mau gosto, introduziram pequenos enigmas na escrita. Por exemplo: o desenho de um homem que segura um porco pela calda. Um hieróglifo.
“Seguir o porco” seria a tradução, Seguir em egípcio é CHÉS e porco TEB, o enigma significa então CHÉSTEB, que quer dizer “Lápis-lazúli” a pedra azul usada na decoração.
Algumas das passagens mais famosas da literatura egípcia, chegaram até nós em cópias feitas por jovens estudantes, que treinavam sua caligrafia. Imagina-se em que estado se apresenta estes textos.
Champollion interpreta esses hieróglifos da Núbia reconhece imediatamente os dois últimos sinais, Mas e quanto aos dois primeiros? No primeiro, vê uma representação do disco solar e, graças ao seu conhecimento do copta, a língua dos religiosos cristãos do Egito, sabe que o sol representa o nome RÁ, por intuição vê no segundo hieróglifo a palavra “Nascimento” ou em copta “MAS”. Assim chega ao termo RAMASES, isto é, Ramsés.
Entusiasmado, juntou suas notas, correu à casa do irmão, atirou o maço de manuscritos para cima da mesa e gritou: “Ai está!”
No mesmo momento caiu desmaiado. Era uma crise nervosa que após 15 anos de um trabalho cerebral penoso cobrou seu preço.
Champollion permaneceu cinco dias em estado de letargia. Recobrou-se e prosseguiu suas pesquisas com o auxílio dos amigos. Viajou aos museus de Turim, Roma, Nápoles e onde havia antiguidades egípcias. Foi nomeado diretor da seção de egiptologia do Louvre. Em 1828 pode, finalmente, por conta do Louvre, fazer uma viagem até o Egito. Acontece que, para viajar ao Egito sem dificuldades, era prudente adotar os costumes dos indígenas. Champollion deixou a barba crescer, e, tornou-se um perfeito muçulmano, vivendo a maneira egípcia. Fez viagens pelo Nilo, ao longo dos minarates, obeliscos e pirâmides. E viu as inscrições.
Jean-François Champollion permaneceu muito tempo nos túmulos dos reis do Egito, onde a atmosfera era doentia e faltava ar, copiou longas inscrições em posições desconfortáveis e com pouca luz, e interpretava as descobertas. Champollion suportou mal a viagem de regresso e a passagem sem transição do clima quente do deserto para o rude inverno francês em 1829, quanto foi atacado por reumatismo. Seu trabalho foi reconhecido pelos cientistas e foi-lhe atribuída uma cadeira de Egiptologia. Mas, no final de 1831, Jean-François Champollion foi atacado de apoplexia e paralisia parcial. A caneta caía-lhe das mãos, mas teve ainda suficiente força para terminar o manuscrito do seu dicionário e da sua gramática egípcia e para ordenar a documentação que trouxe do Egito. Na primavera de 1832, morria com 41 anos.
Texto da Pedra de Roseta
No reinado do jovem que sucedeu o pai na realeza, senhor de diademas, mais glorioso, que estabeleceu o Egito e foi piedoso para os deuses, triunfante em cima dos inimigos que restabeleceram a vida civilizada de homens o senhor dos Trinta Festivais de Anos, até mesmo como Ptah o Grande, um rei amado de Ra, grande rei dos países Altos e Baixos, descendência dos Deuses Philopatores, um a quem Ptah aprovou, para quem Ra deu a vitória, a imagem viva de Amun, filho de Ra, PTOLEMAIO, O que vive para sempre, AMADO DE PTAH, no nono ano, quando o filho de Aetos de Aetos era o sacerdote de Alexandre, e os Deuses Soteres, e os Deuses Adelphoi, e os Deuses Euergetai, e os Deuses Philopatores e o Deus Epiphanes Eucharistos; Filha de Pyrrha de Philinos que é Athlophoros de Berenike Euergetis, filha de Areia de Diogenes que é Kanephoros de Arsinoe Philadelphos,; Filha de Irene de Ptolemaio que é a Sacerdotisa de Arsinoe Philopator; o quarto do mês de Xandikos, de acordo com os egípcios o 18º Mekhir.
DECRETO. Sendo ajuntado os Sacerdotes Principais e Profetas lá e esses que entram no santuário interno pelo vestir os deuses, e os portadores e os Escriturários Sagrados e todos os outros sacerdotes dos templos ao longo da terra que veio conhecer o rei a Memphis, para o banquete da suposição por PTOLEMAIO, O QUE VIVE PARA SEMPRE (O ETERNO), O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, da realeza na qual ele sucedeu o pai, eles sendo ajuntados no templo em Memphis neste dia declararam:
Considerando que o Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, o filho de Rei Ptolemaio e Rainha Arsinoe, os deuses Philopatores, foram benfeitores para o templo e para esses que moram neles, como também esses que são os assuntos dele, enquanto sendo um deus feito de um deus e deusa amados de Horus, o filho de Isis e Osiris que vingaram o pai Osiris enquanto estando benignamente disposto para os deuses, dedicou às rendas de templos de dinheiro e milho e empreendeu muito para trazer o Egito em prosperidade, e estabelecer os templos, e foi generoso com todos seus próprios meios; e das rendas e impostos arrecadados no Egito alguns remeteu ele completamente e outros iluminou, para que as pessoas e todos os outros poderiam estar em prosperidade durante o reinado dele; e considerando que ele remeteu as dívidas ao ser de coroa muitos em número que eles no Egito e o resto do reino deveram; e considerando que esses que estavam em prisão e esses que estavam por muito tempo debaixo de acusação, ele livrou das punições contra eles; e considerando que ele dirigiu que os deuses continuarão desfrutando as rendas dos templos e as mesadas anuais dadas a eles, ambos milho e dinheiro, que igualmente também a renda nomeada aos deuses da videira pousa e de jardins e as outras propriedades que pertenceram aos deuses pelo tempo do pai dele; e considerando que ele também dirigiu, com respeito aos sacerdotes, que eles não deveriam pagar nenhum mais como imposto por admissão para o sacerdócio que o que foi os designados ao longo do reinado do pai e até o primeiro ano do próprio reinado dele; e aliviou os sócios das ordens sacerdotais da viagem anual para Alexandria; e considerando que ele dirigiu aquele para a marinha já não será empregado; e do imposto em pano feito de linho bem pago pelos templos à coroa ele remeteu dois-terços; e qualquer coisas eram negligenciadas em tempos anteriores que ele restabeleceu à própria condição deles, enquanto tendo cuidado como os deveres tradicionais serão pagos aos deuses; e igualmente aquinhoou justiça a tudo, como Thoth o grande e grande; e ordenou que esses que devolvem da classe de guerreiro, e de outros que eram dispostos pelos dias das perturbações, deva, no retorno deles, seja permitido ocupar as posses velhas deles; e considerando que ele contanto que a cavalaria e infantaria força e navios deveriam ser enviados contra esses que invadiram o Egito através de mar e através de terra, dispondo grandes somas em dinheiro e milho para que os templos e tudo esses que estão na terra poderiam estar em segurança; e ter entrado para Lycopolis no nome de Busirite que tinha estado ocupado e tinha fortalecido contra um assédio com uma loja abundante de armas e todos os outros materiais que vêem aquele era agora de se levantar muito tempo entre os homens incrédulos juntado nisto, que tinha perpetrado muito dano aos templos e para todos os habitantes de Egito, e tendo se acampado contra isto, ele cercou com montículos e trincheiras e fortificações elaboradas; quando o Nilo fez uma grande elevação no oitavo ano de reinado, que normalmente inunda as planícies, ele previu isto, represando a muitos pontos as saídas de canais, nenhuma quantia pequena de dinheiro, e fixando a cavalaria e infantaria para os vigiar, em pouco tempo ele a cidade levou através de tempestade e destruiu todos os homens incrédulos nisto, até mesmo como Thoth e Horus, o filho de Isis e Osiris, antigamente subjugou os rebeldes no mesmo distrito; e sobre esses que tinham conduzido os rebeldes pelo tempo do pai e quem tinha perturbado a terra e prejudica aos templos, ele veio a Memphis para vingar o pai e a própria realeza, e os castigou como mereceram, na ocasião que veio executar as próprias cerimônias para a suposição da coroa lá; e considerando que ele remeteu o que estava devido à coroa nos templos até o oitavo ano dele, enquanto sendo nenhuma quantia pequena de milho e dinheiro; tão também as multas para o pano feito de linho bom não entregado à coroa, e desses entregados, as várias taxas para a verificação deles, para o mesmo período,; e ele também livrou os templos do imposto da medida de grão para toda medida de terra sagrada e igualmente o jarro de vinho para cada medida de terra de videira; e considerando que ele deu muitos presentes em Apis e Mnevis e para outros animais sagrados no Egito, porque ele era muito mais considerado que os reis antes dele e tudo aquilo pertenceu a eles; e para os enterros deles ele deu o que era satisfatório e magnificamente, e o que foi pago regularmente para os santuários especiais deles, com sacrifícios e festivais e outras observâncias habituais, e ele manteve a honra dos templos e de Egito de acordo com as leis; e ele adornou o templo de Apis com trabalho rico, enquanto gastando nisto ouro e prata e pedras preciosas, nenhuma quantia pequena; e considerando que ele fundou templos e santuários e altares, e consertou esses requerendo isto, enquanto tendo o espírito de um deus beneficente em assuntos que pertencem a religião; e considerando que depois de inquirido tem renovado ele o a maioria honrosa dos templos durante o reinado dele, como está se tornando; em requital de qual coisas os deuses lhe deram saúde, vitória e poder, e todas as outras coisas boas, e ele e as crianças dele reterão a realeza durante todo o tempo.
COM FORTUNA PROPÍCIA: Estava resolvido pelos sacerdotes de todos os templos na terra grandemente aumentar as honras existentes de Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, igualmente esses dos pais dele os Deuses Philopatores, e dos antepassados dele, o Grande Euergatai e os Deuses Adelphoi e os Deuses Soteres e montar no lugar mais proeminente de todo templo uma imagem do REI ETERNO PTOLEMAIO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS que será chamado de “PTOLEMAIO, o defensor de Egito”, qual estará de pé ao lado do deus principal do templo, enquanto lhe dando a cimitarra de vitória tudo dos quais será fabricada na moda egípcia; e que os sacerdotes farão homenagem às imagens três vezes por dia, e pôs neles os artigos de vestuário sagrados, e executa as outras honras habituais como é dada aos outros deuses nos festivais egípcios; e estabelecer para Rei PTOLEMAIO, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, sucessor de Rei Ptolemaio e Rainha Arsinoe, os Deuses Philopatores, uma estátua e santuário dourado em cada templo, e montar isto na câmara interna com os outros santuários; e nos grandes festivais nos quais os santuários são levados em procissão o santuário do DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS será levado em procissão com eles. E para que possa ser facilmente agora distinguível e durante todo o tempo, lá será fixado no santuário dez coroas de ouro do rei para qual será somado uma naja exatamente como em todas as coroas adornou com najas que estão nos outros santuários, no centro deles estará a coroa dupla na qual ele pôs quando ele entrou no templo a Memphis executar as cerimônias por assumir a realeza; e lá será colocado em volta na superfície quadrada sobre as coroas, ao lado da coroa acima mencionado, oito símbolos dourados em número que significa que é o santuário do rei que faz manifesto o Superior e os mais Baixos países. E desde que é os 30º de Mesore no qual o aniversário do rei é célebre, e igualmente os 17º de Paophi no qual ele sucedeu o pai na realeza, eles seguraram estes dias em honra como nome-dias nos templos, desde que eles são fontes de grandes bênçãos para tudo; foi decretado mais adiante que um festival será mantido nos templos ao longo do Egito nestes dias por todos os meses em qual haverá sacrifícios e libações e todas as cerimônias habituais aos outros festivais e os oferecimentos será dado aos sacerdotes que servem nos templos. E um festival será mantido para Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, anualmente nos templos ao longo da terra dos 1º de Thoth durante cinco dias nos quais usarão guirlandas e executarão sacrifícios e libações e outras honras habituais, e serão chamados os sacerdotes em cada templo os sacerdotes do DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS além dos nomes dos outros deuses a quem eles servem; e no sacerdócio dele será entrado em documentos todo formais e será gravado nos anéis que eles usam; e também serão permitidos os indivíduos privados manter o festival e montar o santuário acima mencionado e serão tidos isto nas casas deles. executando as celebrações acima mencionado anualmente, para que possa ser conhecido a tudo aquilo que os homens de Egito aumentam e honram o DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS o rei, de acordo com a lei.
“Este decreto se inscreverá em um estela de pedra dura em caráter sagrados e nativos e gregos e será montado em cada do primeiro, segundo e terceiros templos de grau ao lado da imagem do rei sempre-vivo”.
O Prelo de Gutenberg e Stanhope
Os Prelos Manuais
Prelo – Albion Press”
« Prelo de impressão manual » “Albion Press” da marca Hopkinson & Cope fabricada n ano de 1859 na Inglaterra.
Esse pequeno prelo manual era utilizado na impressão de provas tipográficas.
A prensa Albion é um modelo de prensa de impressão manual de ferro , originalmente projetada e fabricada em Londres por Richard Whittaker Cope (falecido em 1828?) Por volta de 1820. Funcionava por uma simples ação de alternância, ao contrário do complexo mecanismo de alavanca da prensa colombiana e a imprensa Stanhope . Albions continuou a ser fabricado, em uma variedade de tamanhos, até a década de 1930. Eles foram usados para impressão comercial de livros até meados do século XIX e, a partir de então, principalmente para revisão, trabalhos de redação e por prensas privadas . Francis Meynell costumava usar um Albion para revisar as páginas de seus designs para a Nonesuch Presslivros e imprimiu alguns pequenos livros e coisas efêmeras usando a imprensa. Os impressores que ainda usam predominantemente a Albion Press no Reino Unido para publicar edições limitadas de boa impressão incluem IM Imprimit de Ian Mortimer e a St James Park Press de James Freemantle.
Após a morte de Cope, Albions foram fabricados por seus herdeiros e membros da família Hopkinson (inicialmente negociados como ‘Jonathan e Jeremiah Barrett’ e mais tarde como ‘Hopkinson e Cope’), que teriam melhorado o design. A partir da década de 1850 em diante prensas Albion foram fabricados sob licença por outras empresas, nomeadamente Harrild & Sons , Miller e Richard , e Frederick Ullmer Ltd. A alternância de ação, e a forma distintiva e ‘coroa’ finial do Albion, torne-o instantaneamente reconhecível.
Prelo – Alauzet
Designação: Prelo tipográfico manual
Marca: Alauzet [Alauzet Express, from Alauzet & Cie]
Data: Séc. XIX
País: França
Função: Prelo manual de impressão tipográfico
Existe um exemplar no espólio da AMI – Associação Museu da Imprensa / Portugal.
« Prelo manual de impressão tipográfico » de marca: Alauzet, datado do Século XIX na França.
Camera – Penrose
« Camera » da marca Hunter Penrose, Ltd, fabricado na Inglaterra e sua função era obter clichés fotográficos para trabalhos litográficos.
Litofotografia = Fotolitografia (Arte de produzir litograficamente uma estampa impressa).
Litografia – Desenho ou escrita em pedra, depois estampada em papel; oficina do tipógrafo. Palavra de origem grega formada por lithos (pedra) e grapho (escrever). Esta nova técnica utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e de cor azulada/amarela e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. Método inventado por Senefelder, que contou a sua descoberta no “Tratado da Litografia” escrito em 1818, e que, em resumo, consistia no seguinte: as pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo, após o que as gravava com uma solução nítica. O ácido não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tinta, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressoras, após o que procedia à impressão. Atualmente, embora o princípio seja o mesmo, em vez de pedra utiliza-se chapas metálicas, matérias plásticas ou outras devidamente preparadas.
« Qualquer destes três, ainda existe um exemplar no espólio da AMI – Associação Museu da Imprensa / Portugal. »
« GUTENBERG, Johann Gensfleish (1397 ?-1468) » – Nascido na cidade de Móguncia (Alemanha), no seio de uma família bastante próspera, é a ele que se deve a criação do processo de impressão com caracteres móveis – “a tipografia”. Tanto o seu pai como o tio eram funcionários da Casa da Moeda do arcebispo de Móguncia, sendo provavelmente ali que Joahann aprendeu a arte da precisão em trabalhos de metal. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo onde procedeu às primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis e onde deu a conhecer a sua ideia. Nesta cidade terá, provavelmente, em 1442, impresso o primeiro exemplar na sua prensa original – um pedaço de papel, com onze linhas.
« STANHOPE, Lord Charles (1753-1816) » – Filantropo inglês, que concebeu por volta de 1795 um prelo, para publicar as suas obras, que pela primeira vez era totalmente construído em ferro, excluindo a cruz em madeira onde assentava. As suas principais inovações foram a pressão regulável através de um alavanca, as calhas oleadas onde desliza o cofre e a capacidade, dada a sua força de pressão, de imprimir de uma vez só toda a superfície da forma. Devido a um contrapeso no braço (alavanca de pressão) regressava automaticamente à sua posição inicial. Com estas melhorias no sistema de prensagem e na entintagem (feita manualmente com as chamadas “balas”), a sua utilização permitia já uma produção de 100 exemplares à hora. A sua penetração no restante continente europeu foi muito rápida, tendo chegado a França em 1814, estando já à algum tempo ao serviço do jornal inglês “Times”. O escritor e também impressor Honoré de Balzac descreve ao longo das páginas do livro “Ilusões Perdidas”, editado em 1837, as transformações e consequências da importação para França deste tipo de prelo. Com um prelo semelhante trabalharam as célebres famílias de Didot, em França, Giambattista Bodoni, em Parma e Baskerville em Inglaterra.
Em Portugal foi Joaquim António Xavier Annes da Costa, administrador da Imprensa Régia na segunda década do sec. XIX, que introduziu os prelos de Stanhope, mandando construir, pelo modelo de dois provenientes de Inglaterra, treze prelos daquele tipo. Na mesma empresa, mas denominada agora, e desde 1823, por Imprensa Nacional, existiam ainda em 1863, seis prelos manuais à Stanhope, construídos em Lisboa. Na Imprensa da Universidade de Coimbra existiam, em 1877, dois prelos do sistema Stanhope.« SENEFELDER, Aloysius (1771-1834) » – Inventor checo da litografia em 1796, palavra de origem grega formada por lithos (pedra) e grapho (escrever). Esta nova técnica utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e de côr azulada/amarela e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. O próprio Senefelder contou a sua descoberta no “Tratado da Litografia” escrito em 1818, e que, em resumo, consistia no seguinte: as pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo, após o que as gravava com uma solução nítica. O ácido não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tinta, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressoras, após o que procedia à impressão. O termo “Litografia” foi criado pelo professor Mitterer em 1805, em Munique.
Nova Ortografia
Saiba o que Mudou na Ortografia Brasileira
Acordo Ortográfico
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no. 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, foi elaborado um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Espero que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.
Este página não tem por objetivo elucidar pontos controversos e subjetivos do Acordo, mas acredito que será um valioso instrumento para o rápido entendimento das mudanças na ortografia da variante brasileira.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era agüentar argüir bilíngüe cinqüenta delinqüente eloqüente ensangüentado eqüestre freqüente lingüeta lingüiça qüinqüênio sagüi seqüência seqüestro tranqüilo |
Como fica aguentar arguir bilíngue cinquenta delinquente eloquente ensanguentado equestre frequente lingueta linguiça quinquênio sagui sequência sequestro tranquilo |
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação:
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era alcalóide alcatéia andróide apóia (verbo apoiar) apóio (verbo apoiar) asteróide bóia celulóide clarabóia colméia Coréia debilóide epopéia estóico estréia estréio (verbo estrear) geléia heróico idéia jibóia jóia odisséia paranóia paranóico platéia tramóia |
Como fica alcaloide alcateia androide apoia apoio asteroide boia celuloide claraboia colmeia Coreia debiloide epopeia estoico estreia estreio geleia heroico ideia jiboia joia odisseia paranoia paranoico plateia tramoia |
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era baiúca bocaiúva cauíla feiúra |
Como fica baiuca bocaiuva cauila feiura |
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era abençôo crêem (verbo crer) dêem (verbo dar) dôo (verbo doar) enjôo lêem (verbo ler) magôo (verbo magoar) perdôo (verbo perdoar) povôo (verbo povoar) vêem (verbo ver) vôos zôo |
Como fica abençoo creem deem doo enjoo leem magoo perdoo povoo veem voos zoo |
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Ele pára o carro Ele foi ao pólo Norte Ele gosta de jogar pólo Esse gato tem pêlos brancos Comi uma pêra |
Como fica Ele para o carro Ele foi ao polo Norte Ele gosta de jogar polo Esse gato tem pelos brancos Comi uma pera |
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Pôr é verbo.
Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou itônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos
Resumo
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros Casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Fonte: © 2008 Editora Melhoramentos Ltda.
A Editora Melhoramentos, sempre preocupada em auxiliar os estudantes brasileiros no seu aprendizado e crescimento pessoal, lança o Guia Prático da Nova Ortografia, que mostra, de maneira clara e objetiva, as alterações introduzidas na ortografia do português pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). A implantação das regras desse Acordo, prevista para acontecer no Brasil a partir de janeiro de 2009, é um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.
Teoria da Comunicação
O homem, na comunicação, utiliza-se de sinais devidamente organizados, emitindo-os a uma outra pessoa. A palavra falada, a palavra escrita, os desenhos, os sinais de trânsito são alguns exemplos de comunicação, em que alguém transmite uma mensagem a outra pessoa.
Há, então, um emissor e um receptor da mensagem. A mensagem é emitida a partir de diversos códigos de comunicação (palavras, gestos, desenhos, sinais de trânsito…).
Qualquer mensagem precisa de um meio transmissor, o qual chamamos de canal de comunicação e refere-se a um contexto, a uma situação.
E para melhor compreensão das funções de linguagem, é necessário que estudemos os elementos da comunicação, são eles:
Elementos da comunicação
Emissor: o que emite, que codifica a mensagem; Aquele que diz algo a alguém;
Receptor: o que recebe, decodifica a mensagem; Aquele com que o emissor se comunica
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas do emissor para o receptor;
Código: a combinação ou o conjunto de sinais utilizados na transmissão e recepção de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem; (Ex. Língua Portuguesa)
Referente: o assunto ou situação a que a mensagem se refere, também chamado de Contexto;
Canal de Comunicação: meio pelo qual a mensagem é transmitida, ou circula: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…;
Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação
Na linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia-a-dia, usamos as palavras conforme as situações que nos são apresentadas.
Por exemplo, quando alguém diz a frase “Isso é um castelo de areia“, pode estar atribuindo a ela sentido denotativo ou conotativo. Denotativamente, significa “construção feita na areia da praia em forma de castelo”; conotativamente, significa “ocorrência incerta, sem solidez”.
Temos, portanto, o seguinte:
Denotação: É o uso do signo em seu sentido real.
Conotação: É o uso do signo em sentido figurado, simbólico.
Para que seja cumprida a função social da linguagem no processo de comunicação, há necessidade de que as palavras tenham um significado, ou seja, que cada palavra represente um conceito. Essa combinação de conceito e palavra é chamada de signo. O signo linguístico une um elemento concreto, material, perceptível (um som ou letras impressas) chamado significante, a um elemento inteligível (o conceito) ou imagem mental, chamado significado. Por exemplo, a “abóbora” é o significante – sozinha ela nada representa; com os olhos, o nariz e a boca, ela passa a ter o significado do Dia das Bruxas, do Halloween.
Temos, portanto, o seguinte:
Signo = significante + significado.
Significado = ideia ou conceito (inteligível)
Mini Vocabulário – Nova Ortografia
Reforma OrtográficaPalavras e expressões mais usadas com ou sem hífen, atualizadas conforme o Acordo Ortográfico |
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A a fim de à queima-roupa à toa 01 à vontade abaixo-assinado ab-rupto 02 acerca de aeroespacial afro-americano afro-asiático afro-brasileiro afrodescendente afro-luso-brasileiro agroindustrial água-de-colônia além-Brasil além-fronteiras além-mar amor-perfeito andorinha-do-mar anel de Saturno anglomania anglo-saxão ano-luz antessala antiaderente antiaéreo antieconômico anti-hemorrágico anti-herói anti-higiênico anti-ibérico anti-imperialista anti-infeccioso anti-inflacionário anti-inflamatório antirreligioso antissemita antissocial ao deus-dará arco e flecha arco-da-velha arco-íris arqui-inimigo autoadesivo autoafirmação autoajuda autoaprendizagem autoeducação autoescola autoestima autoestrada auto-hipnose auto-observação auto-ônibus auto-organização autorregulamentação ave-maria azul-escuroB Baía de Todos-os-Santos belo-horizontino bem-aventurado bem-criado bem-dito bem-dizer bem-estar bem-falante bem-humorado bem-me-quer bem-nascido bem-te-vi bem-vestido bem-vindo bem-visto bendito (= abençoado) benfazejo benfeito benfeitor benfeitoria benquerença benquerer benquisto bico-de-papagaio (planta) bio-histórico biorritmo biossocial blá-blá-blá boa-fé bumba meu boiC café com leite calcanhar de aquiles cão de guarda carboidrato 03 causa-mortis (a…) centroafricano 04 centro-africano 05 circum-murado circum-navegação coabitação coautor cobra-d’água coco-da-baía coedição coeducação coenzima coerdar coerdeiro coexistente coexistir cofator coirmão comum de dois conta-gotas contra-almirante contra-ataque contracheque contraexemplo contraindicação contraindicado contraofensiva contraoferta contraordem contrarregra contrassenha contrassenso coobrigação coocupante coocupar cooptar cor de café cor de café com leite cor de vinho cor-de-rosa couve-flor criado-mudo D |
E em cima embaixo entre-eixo euro-asiático eurocêntrico ex-almirante ex-diretor ex-presidente ex-primeiro-ministro ex-secretária extra-alcance extraclasse extraescolar extrafino extraoficial extrarregular extrassolar extrauterinoF faz de contas (um …) feijão-verde fim de século fim de semana folha de flandres francofoneG general de divisão geo-história giga-hertz girassol grã-fina grão-duque grão-mestre Grão-Pará guarda-chuva guarda-noturno Guiné-Bissau H I J L M N O |
P pan-africano pan-americano pan-hispânico para-brisa para-choque para-lama paraquedas paraquedismo paraquedista para-raios pé-de-meia pingue-pongue plurianual poli-hidratação pontapé ponto e vírgula por baixo de por isso porta-aviões porta-retrato porto-alegrense pós-graduação pospor pós-tônico predeterminado preenchido pré-escolar preexistente preexistir pré-história pré-natal pré-nupcial pré-requisito pressupor primeiro-ministro primeiro-sargento pró-ativo proeminente propor pró-reitor pseudo-organização pseudossiglaQ quem quer que sejaR reabilitar reabituar reaver recém-casado recém-eleito recém-nascido reco-reco reedição reeleição reescrita reidratar retroalimentação reumanizar S T U V X Z |
01 – como adjetivo ou como advérbio.
02 – preferível esta forma a “abrupto”, também correta.
03 – a forma carbo-hidrato também está correta.
04 – refere-se à República Centroafricana.
05 – refere-se à região central da África.
06 – como substantivo ou como advérbio.
07 – quando significar Índia + China; indianos + chineses.
08 – referente à Indochina.
09 – significando “facilidade de magoar-se”.
10 – planta.
11 – chocalho.
12 – planta.