Nova Ortografia
Saiba o que Mudou na Ortografia Brasileira
Acordo Ortográfico
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no. 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, foi elaborado um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Espero que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.
Este página não tem por objetivo elucidar pontos controversos e subjetivos do Acordo, mas acredito que será um valioso instrumento para o rápido entendimento das mudanças na ortografia da variante brasileira.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era agüentar argüir bilíngüe cinqüenta delinqüente eloqüente ensangüentado eqüestre freqüente lingüeta lingüiça qüinqüênio sagüi seqüência seqüestro tranqüilo |
Como fica aguentar arguir bilíngue cinquenta delinquente eloquente ensanguentado equestre frequente lingueta linguiça quinquênio sagui sequência sequestro tranquilo |
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação:
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era alcalóide alcatéia andróide apóia (verbo apoiar) apóio (verbo apoiar) asteróide bóia celulóide clarabóia colméia Coréia debilóide epopéia estóico estréia estréio (verbo estrear) geléia heróico idéia jibóia jóia odisséia paranóia paranóico platéia tramóia |
Como fica alcaloide alcateia androide apoia apoio asteroide boia celuloide claraboia colmeia Coreia debiloide epopeia estoico estreia estreio geleia heroico ideia jiboia joia odisseia paranoia paranoico plateia tramoia |
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era baiúca bocaiúva cauíla feiúra |
Como fica baiuca bocaiuva cauila feiura |
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era abençôo crêem (verbo crer) dêem (verbo dar) dôo (verbo doar) enjôo lêem (verbo ler) magôo (verbo magoar) perdôo (verbo perdoar) povôo (verbo povoar) vêem (verbo ver) vôos zôo |
Como fica abençoo creem deem doo enjoo leem magoo perdoo povoo veem voos zoo |
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era Ele pára o carro Ele foi ao pólo Norte Ele gosta de jogar pólo Esse gato tem pêlos brancos Comi uma pêra |
Como fica Ele para o carro Ele foi ao polo Norte Ele gosta de jogar polo Esse gato tem pelos brancos Comi uma pera |
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Pôr é verbo.
Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou itônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como:
aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-infl acionário
anti-infl amatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos
Resumo
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros Casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Fonte: © 2008 Editora Melhoramentos Ltda.
A Editora Melhoramentos, sempre preocupada em auxiliar os estudantes brasileiros no seu aprendizado e crescimento pessoal, lança o Guia Prático da Nova Ortografia, que mostra, de maneira clara e objetiva, as alterações introduzidas na ortografia do português pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). A implantação das regras desse Acordo, prevista para acontecer no Brasil a partir de janeiro de 2009, é um passo importante em direção à criação de uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países que tenham o português como língua oficial: Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.
Teoria da Comunicação
O homem, na comunicação, utiliza-se de sinais devidamente organizados, emitindo-os a uma outra pessoa. A palavra falada, a palavra escrita, os desenhos, os sinais de trânsito são alguns exemplos de comunicação, em que alguém transmite uma mensagem a outra pessoa.
Há, então, um emissor e um receptor da mensagem. A mensagem é emitida a partir de diversos códigos de comunicação (palavras, gestos, desenhos, sinais de trânsito…).
Qualquer mensagem precisa de um meio transmissor, o qual chamamos de canal de comunicação e refere-se a um contexto, a uma situação.
E para melhor compreensão das funções de linguagem, é necessário que estudemos os elementos da comunicação, são eles:
Elementos da comunicação
Emissor: o que emite, que codifica a mensagem; Aquele que diz algo a alguém;
Receptor: o que recebe, decodifica a mensagem; Aquele com que o emissor se comunica
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas do emissor para o receptor;
Código: a combinação ou o conjunto de sinais utilizados na transmissão e recepção de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem; (Ex. Língua Portuguesa)
Referente: o assunto ou situação a que a mensagem se refere, também chamado de Contexto;
Canal de Comunicação: meio pelo qual a mensagem é transmitida, ou circula: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…;
Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação
Na linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia-a-dia, usamos as palavras conforme as situações que nos são apresentadas.
Por exemplo, quando alguém diz a frase “Isso é um castelo de areia“, pode estar atribuindo a ela sentido denotativo ou conotativo. Denotativamente, significa “construção feita na areia da praia em forma de castelo”; conotativamente, significa “ocorrência incerta, sem solidez”.
Temos, portanto, o seguinte:
Denotação: É o uso do signo em seu sentido real.
Conotação: É o uso do signo em sentido figurado, simbólico.
Para que seja cumprida a função social da linguagem no processo de comunicação, há necessidade de que as palavras tenham um significado, ou seja, que cada palavra represente um conceito. Essa combinação de conceito e palavra é chamada de signo. O signo linguístico une um elemento concreto, material, perceptível (um som ou letras impressas) chamado significante, a um elemento inteligível (o conceito) ou imagem mental, chamado significado. Por exemplo, a “abóbora” é o significante – sozinha ela nada representa; com os olhos, o nariz e a boca, ela passa a ter o significado do Dia das Bruxas, do Halloween.
Temos, portanto, o seguinte:
Signo = significante + significado.
Significado = ideia ou conceito (inteligível)
Mini Vocabulário – Nova Ortografia
Reforma OrtográficaPalavras e expressões mais usadas com ou sem hífen, atualizadas conforme o Acordo Ortográfico |
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A a fim de à queima-roupa à toa 01 à vontade abaixo-assinado ab-rupto 02 acerca de aeroespacial afro-americano afro-asiático afro-brasileiro afrodescendente afro-luso-brasileiro agroindustrial água-de-colônia além-Brasil além-fronteiras além-mar amor-perfeito andorinha-do-mar anel de Saturno anglomania anglo-saxão ano-luz antessala antiaderente antiaéreo antieconômico anti-hemorrágico anti-herói anti-higiênico anti-ibérico anti-imperialista anti-infeccioso anti-inflacionário anti-inflamatório antirreligioso antissemita antissocial ao deus-dará arco e flecha arco-da-velha arco-íris arqui-inimigo autoadesivo autoafirmação autoajuda autoaprendizagem autoeducação autoescola autoestima autoestrada auto-hipnose auto-observação auto-ônibus auto-organização autorregulamentação ave-maria azul-escuroB Baía de Todos-os-Santos belo-horizontino bem-aventurado bem-criado bem-dito bem-dizer bem-estar bem-falante bem-humorado bem-me-quer bem-nascido bem-te-vi bem-vestido bem-vindo bem-visto bendito (= abençoado) benfazejo benfeito benfeitor benfeitoria benquerença benquerer benquisto bico-de-papagaio (planta) bio-histórico biorritmo biossocial blá-blá-blá boa-fé bumba meu boiC café com leite calcanhar de aquiles cão de guarda carboidrato 03 causa-mortis (a…) centroafricano 04 centro-africano 05 circum-murado circum-navegação coabitação coautor cobra-d’água coco-da-baía coedição coeducação coenzima coerdar coerdeiro coexistente coexistir cofator coirmão comum de dois conta-gotas contra-almirante contra-ataque contracheque contraexemplo contraindicação contraindicado contraofensiva contraoferta contraordem contrarregra contrassenha contrassenso coobrigação coocupante coocupar cooptar cor de café cor de café com leite cor de vinho cor-de-rosa couve-flor criado-mudo D |
E em cima embaixo entre-eixo euro-asiático eurocêntrico ex-almirante ex-diretor ex-presidente ex-primeiro-ministro ex-secretária extra-alcance extraclasse extraescolar extrafino extraoficial extrarregular extrassolar extrauterinoF faz de contas (um …) feijão-verde fim de século fim de semana folha de flandres francofoneG general de divisão geo-história giga-hertz girassol grã-fina grão-duque grão-mestre Grão-Pará guarda-chuva guarda-noturno Guiné-Bissau H I J L M N O |
P pan-africano pan-americano pan-hispânico para-brisa para-choque para-lama paraquedas paraquedismo paraquedista para-raios pé-de-meia pingue-pongue plurianual poli-hidratação pontapé ponto e vírgula por baixo de por isso porta-aviões porta-retrato porto-alegrense pós-graduação pospor pós-tônico predeterminado preenchido pré-escolar preexistente preexistir pré-história pré-natal pré-nupcial pré-requisito pressupor primeiro-ministro primeiro-sargento pró-ativo proeminente propor pró-reitor pseudo-organização pseudossiglaQ quem quer que sejaR reabilitar reabituar reaver recém-casado recém-eleito recém-nascido reco-reco reedição reeleição reescrita reidratar retroalimentação reumanizar S T U V X Z |
01 – como adjetivo ou como advérbio.
02 – preferível esta forma a “abrupto”, também correta.
03 – a forma carbo-hidrato também está correta.
04 – refere-se à República Centroafricana.
05 – refere-se à região central da África.
06 – como substantivo ou como advérbio.
07 – quando significar Índia + China; indianos + chineses.
08 – referente à Indochina.
09 – significando “facilidade de magoar-se”.
10 – planta.
11 – chocalho.
12 – planta.
Hífen – Prefixação
O Caso dos Prefixos e Falsos Prefixos | |||
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Prefixos ou Falsos Prefixos Vogais iguais |
Regras 1. Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento juntam-se com a mesma vogal |
Exemplos anti-ibérico, auto-organização, contra-almirante, infra-axilar, micro-ondas, neo-ortodoxo, sobre-elevação, anti-inflamatório |
Observações: Saiba Mais Mas os prefixos co, pro, pre, re se juntam ao segundo elemento, ainda que este inicie pelas vogais o ou e: coocupar, coorganizar, coautor, coirmão, cooperar, preenchimento, preexistir, preestabelecer, proeminente, propor reeducação, reeleição, reescrita |
Elementos ou Palavras
Vogais diferentes |
Regras 2. Não se usa o hífen quando os elementos se unem com vogais diferentes |
Exemplos autoescola, autoajuda, autoafirmação, semiaberto, semiárido, semiobscuridade, contraordem, contraindicação, extraoficial, neoexpressionista, intraocular, semiaberto, semiárido |
Elementos ou Palavras Consoantes iguais |
Regras 3. Usa-se o hífen se a consoante do final do prefixo for igual à do início do segundo elemento |
Exemplos inter-racial, super-revista, hiper-raquítico, sub-brigadeiro |
Elementos ou Palavras
Se o segundo elemento começa com s, r |
Regras 4. Não há hífen quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso, duplicam-se as consoantes |
Exemplos antirreligioso minissaia ultrassecreto ultrassom |
Observações: Saiba Mais Porém, conforme a regra anterior, com prefixos hiper, inter, super, deve-se manter o hífen: hiper-realista, inter-racial, super-racional, super-resistente |
Elementos ou Palavras Se o segundo elemento começa com h, m, n, ou com vogais |
Regras 5. Usa-se o hífen se: o primeiro elemento, terminado em m ou n, unir-se com as vogais ou consoantes h, m ou n |
Exemplos circum-murado, circum-navegação, pan-hispânico, pan-africano, pan-americano |
Elementos ou Palavras
Ex, sota, soto, vice |
Regras 6. Usa-se hífen com os prefixos: ex, sota, soto, vice |
Exemplos ex-almirante, ex-presidente, sota-piloto, soto-pôr, vice-almirante, vice-rei |
Observações: Saiba Mais Escreva, porém, sobrepor |
Elementos ou Palavras Pré, pós, pró |
Regras 7. Usa-se hífen com os prefixos pré, pós, pró (tônicos e acentuados com autonomia) |
Exemplos pré-escolar, pré-nupcial, pós-graduação, pós-tônico, pós-cirúrgico, pró-reitor, pró-ativo, pós-auricular |
Observações: Saiba Mais Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: predeterminado, pressupor, pospor, propor |
Elementos ou Palavras
O prefixo termina em vogal ou r e b e o segundo elemento se inicia com h |
Regras 8. Usa-se o hífen quando o prefixo termina em r, b ou vogais e o segundo elemento começa com h |
Exemplos anti-herói, inter-hemisférico, sub-humano, anti-hemorrágico, bio-histórico, super-homem, giga-hertz, poli-hidratação, geo-história |
Observações: Saiba Mais a) Mas as grafias consagradas serão mantidas: reidratar, desumano, inábil, reabituar, reabilitar, reaver. b) Se houver perda do som da vogal final, prefere-se não usar hífen e eliminar o h: cloridrato (cloro+hidrato), clorídrico (cloro+hídrico) |
Elementos ou Palavras Sufixos de origem tupi |
Regras 9. Usa-se o hífen com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige distinção dos elementos |
Exemplos Anajá-mirim, Ceará-mirim, capim-açu, andá-açu, amoré-guaçu |
Hífen – Uso em Palavras Compostas
Uso em Palavras Compostas | |||
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Elementos ou Palavras Compostas comuns |
Regras 1. Usa-se hífen nas palavras compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for substantivo, adjetivo, verbo ou numeral |
Exemplos Amor-perfeito boa-fé guarda-noturno guarda-chuva criado-mudo decreto-lei |
Observações: Saiba Mais a) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se ligam por hífen: afrodescendente, eurocêntrico, lusofobia, eurocomunista b) Mas com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o hífen: afro-americano, latino-americano, indo-europeu, ítalo-brasileira, anglo-saxão c) Se a noção de composição desapareceu com o tempo, deve-se unir o composto sem hífen: pontapé, madressilva, girassol, paraquedas, paraquedismo (perdida a noção do verbo parar); mandachuva (perdida a noção do verbo mandar) d) Demais casos com para e manda usam hífen: para-brisa, para-choque (sem acento no para); manda-tudo, manda-lua e) Compostos com elementos repetidos também levam hífen: tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá f) Compostos com apóstrofo também levam hífen: cobra-d’água, mãe-d’água, mestre-d’armas |
Elementos ou Palavras Nomes geográficos antecedidos de grão, grã ou verbos |
Regras 2. Usa-se o hífen em nomes geográficos compostos com grã e grão ou verbos de qualquer tipo |
Exemplos Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro |
Observações: Saiba Mais Demais nomes geográficos compostos não usam hífen: América do Norte, Belo Horizonte, Cabo Verde (o nome Guiné-Bissau é uma exceção) |
Elementos ou Palavras Espécies vegetais / animais |
Regras 3. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies vegetais e animais |
Exemplos bem-te-vi, bem-me-quer, erva-de-cheiro, couve-flor, erva-doce, feijão-verde, coco-da-baía, joão-de-barro, não-me-toques (planta) |
Observações: Saiba Mais Se a palavra for usada em sentido figurado, não leva hífen: Ela está cheia de não me toques (melindres) |
Elementos ou Palavras Mal |
Regras 4. Usa-se hífen com mal antes de vogais ou h ou l |
Exemplos mal-afamado, mal-estar, mal-acabado, mal-humorada, mal-limpo |
Observações: Saiba Mais a) Escreva, porém: malcriado, malnascido, malvisto, malquerer, malpassado b) Escreva com hífen no feminino: má-língua, más-línguas |
Elementos ou Palavras Além, aquém, recém, bem, sem |
Regras 5. Usa-se hífen com além, aquém, recém, bem e sem |
Exemplos além-mar, aquém-oceano, recém-casado, recém-nascido, bem-estar, bem-vindo, sem-vergonha |
Observações: Saiba Mais Quando o bem se aglutina com o segundo elemento, não se usa hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto |
Elementos ou Palavras Locuções |
Regras 6. Não se usa hífen nas locuções dos vários tipos (substantivas, adjetivas etc) |
Exemplos à vontade, cão de guarda, café com leite, cor de vinho, fim de semana, fim de século, quem quer que seja, um disse me disse |
Observações: Saiba Mais a) Certas grafias consagradas agora são exceções à regra. Escreva: água-de-colônia, arco-da-velha, pé-de-meia, mais-que-perfeito, cor-de-rosa, à queima-roupa, ao deus-dará b) Outras expressões/locuções que não usarão hífen: bumba meu boi, tomara que caia, arco e flecha, tão somente, ponto e vírgula c) Escreva também sem hífen as locuções à toa (adjetivo ou advérbio), dia a dia (substantivo e advérbio) e arco e flecha |
Elementos ou Palavras Encadeamentos de palavras |
Regras 7. Os encadeamentos vocabulares levam hífen (e não mais traço) |
Exemplos A relação professor-aluno O trajeto Tóquio-São Paulo A ponte: Rio-Niterói Um acordo Angola-Brasil Áustria-Hungria Alsácia-Lorena |
Elementos ou Palavras Hífen no fim da linha |
Regras 8. Quando cai no fim da linha, o hífen deve ser repetido, por clareza, na linha abaixo |
Exemplos
Atravesso a ponte Rio- Couve- |
Funções da Linguagem
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: Informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; consequentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
· Função Referencial ou denotativa
· Função Conativa ou apelativa
· Função Emotiva ou Expressiva
· Função Metalinguística
· Função Fática
· Função Poética
Obs.: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalinguística ao mesmo tempo.
Função Referencial (ou denotativa ou informativa)
Esta função está centrada no contexto. Quando o objetivo do emissor é simplesmente oferecer informações objetivas e diretas que procuram retratar a realidade, ocorre então a função referencial, também chamada de denotativa ou de informativa. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Aqui prevalece a 3ª pessoa do singular. Linguagem mais usada nas notícias de jornais e livros científicos.
Exemplo: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra.
O texto acima tem por objetivo informar o que contém a cesta, portanto sua função é referencial.
Outro Exemplo: este parágrafo.
Função Apelativa (ou conativa)
Esta função está centralizada no receptor. Ocorre a função conativa, quando o emissor procura influenciar o comportamento do receptor, ou seja, tenta convencer o receptor a praticar determinada ação, a reagir. Neste tipo de função é comum o emprego de tu e você, ou o nome da pessoa além dos verbos vocativos e imperativos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Usada também nos discursos, sermões e linguagem publicitária que se dirigem diretamente ao consumidor como “Compre aqui e concorra a este lindo carro”.
“Compre aqui…” é a tentativa do emissor de convencer o receptor a praticar a ação de comprar ali.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Esta função está centralizada no sujeito emissor, quando este revela e dá vazão seus sentimentos ou demonstra suas opiniões ou sensações a respeito de algum assunto ou pessoa, acontece a função emotiva, também chamada de expressiva. É um texto pessoal, subjetivo. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições, exclamações ou adjetivos carregados de subjetividade e diminutivos. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Exemplo: Nós o amamos muito, Jesus! / Veja rapaz, isso não é bonito!
Função Metalinguística
Esta função está centralizada na utilização do código para falar da própria linguagem, ou seja o falante procura verificar se emissor e receptor estão utilizando o mesmo código linguístico: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever, palavras que explicam o significado de outra palavra, A poesia que fala da própria poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Expressões como «isto é», «ou seja», «quer dizer» são exemplos desta função, assim como os dicionários, aulas de línguas e gramáticas.
Exemplo: Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as ideias para o papel, sinto-me realizada…
Função Fática
A função fática está centralizada no canal de comunicação. Ela ocorre quando o emissor tem como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou seja, o emissor procura estabelecer, manter ou interromper uma comunicação, ou testar a eficiência do canal de comunicação, a fim de observar se está sendo entendido pelo receptor, se a comunicação é operacional e se o interlocutor está interessado no que diz. O que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares como: “não é mesmo?“, “você está entendendo?“, “tudo bem?” “boa tarde“, “sentem-se“, “ouviram?“, ou frases como “alô!“, “oi“, etc.
Exemplo: Alô Houston! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar à nave? Alguém me ouve? Alô!!
Função Poética
Esta função ocorre quando a própria mensagem é colocada em destaque, a qual revela recursos imaginários, metafóricos criados pelo emissor que podem ser afetivas ou sugestivas. As palavras e suas combinações são valorizadas. É a linguagem figurada presente em textos em que se recorre ao ritmo como letras de músicas, a certos recursos estilísticos como metáforas, algumas propagandas, obras literárias tanto em prosa quanto em verso, principalmente às rimas como na linguagem poética em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira que se tornem singulares, raras.
Exemplo: Eis uma amostra:
Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo.
Figuras da Linguagem
Figuras Sonoras
Aliteração
Repetição de sons consonantais (consoantes).
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Exemplos:
“(…) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza).
Assonância
Repetição dos mesmos sons vocálicos.
Exemplos:
(A, O) – “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral”. (Caetano Veloso)
(E, O) – “O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa).
Paranomásia
O emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
Exemplo:
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias”. (Padre Antonio Vieira).
Onomatopéia
Criação de uma palavra para imitar um som
Exemplos:
A língua do nhem “Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…” (Cecília Meireles).
Figuras de sintaxe
Elipse
Omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais comuns:
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, compraríeis a casa?
b) substantivo – a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar de o estádio Maracanã
c) preposição – estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas.
d) conjunção – espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda.
e) verbo – queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos – E o rapaz: – Não sei de nada !, em vez de E o rapaz disse:
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas.
Exemplos:
Alguns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não estudam. / “O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano.” (Chico Buarque) – omissão de era.
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos.
Exemplos:
Morreu o presidente, por: O presidente morreu.
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação.
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido drasticamente, Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na sínquise.
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato.
Anástrofe
Anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao termo regente.
Exemplos:
“Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.”, por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato.
Pleonasmo
Repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a idéia.
Exemplos:
Vi com meus próprios olhos.
“E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento”. (Vinicius de Moraes), Ao pobre não lhe devo (OI pleonástico).
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro – decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo).
Assíndeto
Ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas orações coordenadas.
Exemplos:
“Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios”.
Polissíndeto
Repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.
Exemplos:
O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. “E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (…)”. (Carlos Drummond de Andrade).
Anacoluto
Termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
Exemplos:
Eu, parece-me que vou desmaiar, / Minha vida, tudo não passa de alguns anos sem importância (sujeito sem predicado), / Quem ama o feio, bonito lhe parece (se alteraram as relações entre termos da oração).
Anáfora
Repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
Exemplos:
“Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor”. (Chico Buarque).
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no início e no fim será símploce. Classificações propostas por Rocha Lima.
Silepse
É a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
a) de gênero (masculino x feminino): São Paulo continua poluída (= a cidade de São Paulo). V. Sª é lisonjeiro.
b) de número (singular x plural): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados.
c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa – os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo verbal).
Antecipação
Antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Pode gerar anacoluto.
Exemplos:
Joana creio que veio aqui hoje. / O tempo parece que vai piorar.
Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
Figuras de palavras ou tropos
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, ou seja, ela reúne dois elementos comparados, mas sem a utilização do termo comparativo.
Na metáfora se estabelece uma assimilação direta, que consiste em transportar para uma coisa o nome de outra pela semelhança, que, subjetivamente, julga-se haver entre elas. É uma figura de linguagem mediante a qual o sentido de uma palavra se transfere a outra.
Exemplos:
A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. / “Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta”. (Luís Gonzaga Junior).
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora: personificação (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação – atribuição de ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri aos enamorados) ? Símbolo – nome de um ser ou coisa concreta assumindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote = idealismo, cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores).
Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas.
Quando Jesus diz: “eu sou a videira” (João 15:5), Ele se caracteriza com o que é próprio e essencial da videira.
E ao dizer: “vós sois as varas” (João 15:5), caracteriza-os com o que é próprio das varas.
Para entender melhor e fazer uma boa interpretação dessa figura de linguagem que Jesus utilizou, fazemos as seguintes perguntas: “o que caracteriza a videira? ou para que serve principalmente?” Na resposta a estas perguntas está a explicação da figura. Para que serve a videira? Para transmitir seiva e vida às varas, a fim de produzirem as uvas.
“Eu sou a porta (João 10:9), / eu sou o caminho (João 14:6), / eu sou o pão vivo (João 6:51), / eu sou a luz do mundo (João 9:5), / vós sois a luz do mundo (Mateus 5:14), vós sois o sal da terra (Mateus 5:13), / edifício de Deus (I Coríntios 3:9), vós sois lavoura de Deus (I Coríntios 3:9, / ide, dizei àquela raposa (Lucas 13:32), / a candeia do corpo são os olhos (Mateus 6:22), / Judá é um leãozinho (Gênesis 49:9), / tu és a minha rocha e a minha fortaleza, (Salmos 71:3), / o Senhor Deus é sol e escudo (Salmos 84:11), / e a casa de Jacó será um fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú restolho. (Obadias 1:18)”, etc. [grifo meu]
Catacrese
Uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na ausência de termo específico.
Exemplos:
Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / “Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado”. – O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra.
Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são considerados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre seres.
Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora.
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado, ou seja, é a designação de uma coisa com o nome de outra em virtude da afinidade entre ambas. Enquanto a metáfora se baseia numa similaridade de sentidos, a metonímia assenta-se numa relação de contiguidade de sentidos. Pode ser emprega a causa pelo efeito, ou o sinal (símbolo) pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos:
Ler Jorge Amado (autor pela obra – livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa – barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo – leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe – culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo – anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural – brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra – copos).
“Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (Lucas 16:29), em vez de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas, ou seja, o Antigo Testamento.
“e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”. (I João 1:7), é evidente que aqui a palavra sangue indica a paixão e morte de Jesus, única coisa eficaz para apagar o pecado e purificar o homem. [grifo meu]
Antonomásia, perífrase
Consiste na utilização ora de um nome comum ou de uma expressão no lugar de um nome próprio, ora de um nome próprio no lugar de um nome comum ou de uma expressão. Em ambos os casos a palavra expressão realça uma característica do ser (pessoa, coisa) cujo nome substitui. Simplificando, é a substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto.
Exemplos:
O Mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima Barreto.
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2:10-11). O Salvador é Jesus! [grifo meu]
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metonímia.
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
Exemplos:
“Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava … / Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava / Brancas sonoridades de cascatas … / Tanta harmonia melancolizava”. (Cruz e Souza).
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metáfora.
Anadiplose
É a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no começo de outro membro de frase.
Exemplos:
“Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente condena os motivos dados”.
Sinédoque
Faz-se uso dessa figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos:
“também a minha carne habitará em segurança”. (Salmos 16:9), em vez de: meu corpo ou meu ser, que seria o todo, sendo a carne só parte de seu ser
“Porque todas as vezes que… beberdes este cálice” (1 Coríntios 11:26), em vez de dizer beberdes do cálice, isto é, parte do que há no cálice
“Este homem é uma peste, e promotor sedições entre todos os judeus, por todo o mundo” (Atos 24:5), significando que o apóstolo Paulo havia alcançado com sua pregação aquela parte do mundo ou do Império Romano.
Figuras de pensamento
Antítese
Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido, melhor ainda, consiste na oposição de dois termos ou de duas expressões na mesma frase ou no mesmo parágrafo, expressando contrastes em construções geralmente simétricas como: prisão/liberdade, noite/dia, escuridão/claridade.
Trata-se de uma figura de retórica muito eficaz que se encontra em muitas partes das Escrituras. O mau e o falso serve de contraste ou fundo ao que é bom e verdadeiro.
Exemplos:
“Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal… O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio 30:15-19)
Jesus também fez uso dessa linguagem quando disse: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram”. (Mateus 7:13-14)
Paulo em seus discursos também aplicou esse método, ele contrasta “morte” com “vida terna” e o “salário do pecado” com o “dom gratuíto de Deus” (Romanos 6:23)
Ele também estabelece um contraste entre a Antiga e a Nova Aliança, ente a Lei e o Evangelho (2 Coríntios 3:16-18).
“Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios”. (Vinicius de Moraes).
Obs.: Paradoxo – idéias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima (“dor que desatina sem doer” Camões).
Eufemismo
Consiste em “suavizar” alguma idéia desagradável.
Exemplos:
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado).
Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote – afirma-se algo pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica.
Hipérbole
Exagero de uma idéia com finalidade expressiva.
Exemplos:
Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos).
Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora.
Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Obs.: Rocha Lima designa como antífrase.
Exemplos:
O ministro foi sutil como uma jamanta.
Gradação
Apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax).
Exemplos:
“Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente”.
Prosopopéia, personificação, animismo
É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
Exemplos:
“A lua, (…) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel …” (João Bosco / Aldir Blanc).
Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora.
Acentuação Gráfica
Literatura – Nova Ortografia
Tabela traz regras já de acordo com a Nova Ortografia | |||
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Tipo de palavra ou sílaba Proparoxítonas |
Quando acentuar Sempre |
Exemplos (como eram) simpática, lúcido, sólido, cômodo |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal) |
Tipo de palavra ou sílaba Paroxítonas |
Quando acentuar Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S |
Exemplos (como eram) fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual. observe: 1. Terminadas em ENS não levam acento: hifens, polens. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3. Não ponha acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam em I: inter-helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato |
Tipo de palavra ou sílaba Oxítonas |
Quando acentuar Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS |
Exemplos (como eram) vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual. observe: 1. terminadas em I, IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal) |
Tipo de palavra ou sílaba Monossílabos tônicos (são oxítonas também) |
Quando acentuar Terminados em: A, AS, E, ES, O,OS |
Exemplos (como eram) vá, pás, pé, mês, pó, pôs |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. |
Tipo de palavra ou sílaba Í e Ú em palavras oxítonas e paroxítonas |
Quando acentuar Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos na sílaba (hiato) |
Exemplos (como eram) saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí |
Observações (como ficaram) 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam i e u se depois vier ‘nh‘: rainha, tainha, moinho. 3. Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú |
Tipo de palavra ou sílaba Ditongos abertos em palavras paroxítonas |
Quando acentuar EI, OI |
Exemplos (como eram) idéia, colméia, bóia |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R |
Tipo de palavra ou sílaba Ditongos abertos em palavras oxítonas |
Quando acentuar ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) |
Exemplos (como eram) papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer) |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual… mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas) |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos arguir e redarguir (agora sem trema) |
Quando acentuar arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos terminados em guar, quar e quir |
Quando acentuar aguar enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo |
Observações (como ficaram) Esta regra sofreu alteração. observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue) |
Tipo de palavra ou sílaba ôo, ee |
Quando acentuar vôo, zôo, enjôo, vêem |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos ter e vir |
Quando acentuar na terceira pessoa do plural do presente do indicativo |
Exemplos (como eram) eles têm, eles vêm |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual Ele vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede |
Tipo de palavra ou sílaba Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir) |
Quando acentuar na terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo |
Exemplos (como eram) ele obtém, detém, mantém; eles obtêm, detêm, mantêm |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual |
Tipo de palavra ou sílaba Acento diferencial |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). observe: 1. Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2. FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada |
Trema (O trema não é mais um acento gráfico) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano |