Reencarnação
De acordo com muitos estudiosos, a reencarnação surgiu, em primeiro lugar, por causa da teoria do espírito ou alma imaterial, quando o homem, não compreendendo o complexo mecanismo do sonho, que até hoje se tenta desvendar, ao se encontrar em lugares distantes sem haver saído do seu leito, imaginou ser, não somente um ser físico, mas um corpo e uma entidade imaterial que podia sair do corpo e viajar enquanto o corpo estivesse em repouso. Essa entidade, à qual chamou espírito, é que comandava toda sua vida, sendo o corpo apenas um instrumento comandado por esse espírito.
Depois do espírito, se criou a crença em que um mesmo espírito possuía várias vidas, isto é, vários corpos sucessivamente, encarnando um ao sair do outro que morresse (reencarnação). Assim começou o espiritismo, em tempos muito remotos.
O espiritismo moderno considera a reencarnação um coisa apenas dos humanos, o quais, unicamente, segundo eles, possuem espírito: “O espírito de um homem que já viveu pode voltar em outro corpo e conservando os “mesmos poderes” (qualidades morais e conhecimentos), a fim de cumprir missões ou expiações necessárias ao progresso do mundo e/ou do espírito do encarnado” (Jornal Espírita, Abril de 1993, página 4).
Algumas das religiões mais primitivas, no entanto, creem que as reencarnações são alternadas entre humanos e irracionais, ou até vegetais, como se extrai da Nova Enciclopédia Larousse de Mitologia: “As almas dos mortos não raro transmigram para o corpo de animais, ou podem até mesmo reencarnar em plantas. É por este motivo que, os zulus não matam certos tipos de cobra que eles creem ser espíritos de parentes”. (O Homem em Busca de Deus, da Sociedade Torre de Vigia, página 56).
Nos dias de Moisés, eram conhecidas algumas práticas espíritas entre o povo de Israel mas, não o povo cristão, aqueles que seguiam a Lei de Moisés, os que criam em Deus. A Lei Mosaica, todavia, considerava abominável a consulta aos mortos.
Os necromantes (aqueles que consultam os mortos) já existiam naquela época, mas não deviam ser consultados pelos filhos de Israel. Deus falou com Moisés: “Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o SENHOR vosso Deus.” (Levíticos, 19:31).
Deus alertava o povo através de Moisés que a pena para quem procurasse estes adivinhadores e consultores dos mortos era a morte: “Quando alguém se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo.” (Levíticos, 20: 6).
Não só quem buscasse por este tipo de prática mas, também qualquer israelita que praticasse a necromancia, também tinha a morte como recompensa de sua abominável prática: “Quando, pois, algum homem ou mulher em si tiver um espírito de necromancia ou espírito de adivinhação, certamente morrerá; serão apedrejados; o seu sangue será sobre eles.” (Levíticos, 20: 27).
Mas essa recomendação nem sempre foi obedecida. O povo não conseguiu guardar qualquer Lei, nunca houve homem e jamais haverá que guarde todos os mandamentos de Deus pois todos são pecadores, não há justo, não um bom sequer, e podemos nos certificar quando Paulo diz aos Romanos: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Romanos 3:10) e também dito por Davi em Salmos: “DISSE o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” (Salmos 14:1; 53:1).
A teoria da reencarnação, ao contrário da crença no espírito imaterial, era estranha ao povo de Israel, jamais sendo mencionada em todo o texto do Velho Testamento. Outras fontes, porém, informam ser ela antiqüíssima, remontando a tempos anteriores à Bíblia, não obstante desconhecida daquele povo.
Jó, um homem realmente temente a Deus em todo o seu sofrimento disse: “Oxalá me escondesses na sepultura, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um prazo, e te lembrasses de mim!” (Jó 14:13) “Morrendo o homem, porventura tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança.” (Jó, l4: 14). Era assim que ele cria: “…o homem se deita, e não se levanta: enquanto existirem os céus não acordará, nem será despertado do seu sono” (Jó, 14: 12).
Salomão não cria na existência de consciência após a morte: “Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança, pois melhor é o cão vivo do que o leão morto, porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma” (Eclesiastes, 9:4-5).
Daniel, em sua última visão, disse ter recebido a mensagem Angélica: “Bem-aventuradoo que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.” (Daniel, 12: 12-13).
Por outro lado, há um registro bíblico “único” que alguns entendem que essa doutrina reencarnacionista já era do conhecimento de cristãos: “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seu pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (João, 9: 1-3).
Certamente os discípulos imaginaram a hipótese de ser o pecado do próprio cego ou de seus pais a causa de ele nascer assim mas, não significa que eles acreditavam na idéia de o homem ter mais de uma vida; pois só assim ele poderia pecar e depois nascer cego como castigo. A resposta do mestre, contudo, não confirmou a crença dos discípulos e nem poderia pois o que Cristo estava dizendo é que aquele homem havia nascido cego para que Cristo o curasse e a Glória de Deus fosse manifestada e os homens pudessem crer. “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.” (João 9:4-6). Leia o restante do Capítulo 9 de João pois ele te esclarecerá melhor qual era realmente o motivo.
Vou deixar aqui uma pergunta para se pensar a respeito: “Para os que crêem na reencarnação, como poderá este cego melhorar ou consertar seu erros se Cristo o Salvou e curou interrompendo sua jornada?
Paulo, o Apóstolo, ao que me dá a entender, quis prevenir os cristãos contra alguém que devia estar pregando entre eles a teoria de que o homem passa por várias vidas e mortes; podemos notar claramente que é totalmente contrário ao que ensinam os reencarnacionistas, pois escreveu ele na Palavra de Deus: “…aos homens está ordenado, morrerem UMA SÓ VEZ, depois disto o juízo” (Hebreus, 9: 27). O cristão jamais passará pela segunda morte, apenas os ímpios depois de serem julgados.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” (Apocalipse 2:11). Aqui quando Cristo fala às Igrejas da Ásia, é aquele que fizer a vontade de Deus e cumprir seus mandamentos, aquele que permanecer na doutrina cristã.
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Apocalipse 20:6). Nesta passagem, revelação de Jesus Cristo dada por Deus a João na Ilha de Patmos, fala da promessa de Deus aos cristãos verdadeiros que têm Cristo comoúnico Salvador, os que nasceram de novo em Cristo, àqueles que ressuscitaram com Jesus, (João 3:3 e 7) estes jamais passarão pela segunda morte e reinarão com Cristo no milênio.
“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.” (Apocalipse 20:14). O inferno com todos que nele há serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte. O Inferno existe, esta passagem é clara e nos informa deste perigo. O inferno foi criado por Deus, não para os homens e sim para Satanás e seus anjos e também para aqueles que não aceitam o sacrifício de Cristo na cruz e o tornam Senhor de suas vidas como Salvador e também para aqueles que se esquecem de Deus. Assim como nós os cristãos somos herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo no Reinos dos Céus… Satanás recebeu como herança o inferno e todos aqueles que não se converterem a Jesus se afastando de Deus serão herdeiros de Satanás e coerdeiros de seus anjos.
“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Romanos 8:17).
“Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.” (Tito 3:7)
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:8). E finalmente, neste trecho da Palavra de Deus, um relação, certamente que não esta completa, daqueles que não entrarão no Reino dos Céus e sofrerão a segunda morte.
Seria Este um Apoio?
Dois pontos bíblicos são usados no sentido de conseguir apoio para a teoria da reencarnação:
João Batista era “Elias, que estava para vir”?. Em Mateus diz: “Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João e, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.” (Mateus 11:13-14).
Assim afirmam ser a reencarnação.
Ora, se reencarnação é um corpo com o espírito de outro que já morreu, João não podia ser reencarnação de Elias; pois Elias, segundo a Bíblia, não morreu, enquanto caminhava com Eliseu foi tomado vivo e subiu ao céu num redemoinho: “E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.”II Reis 2:11). Para admitir sua reencarnação, teríamos que afirmar o inaceitável, que Elias, após subir vivo ao céu, sem passar pela morte na Terra, tenha morrido no céu, para se reencarnar em João.
Roma, a cidade que dominava “sobre os reis da terra”, como vemos em ( Apocalipse, 17: 18 ) “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” nos dias apostólicos, era “Babilônia” conforme a Palavra de Deus em Apocalipse 17:5 “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Veja também ( Apocalipse 18: 1 a 24. ) Não se tratava de nenhuma reencarnação, mas Roma tinha o espírito de Babilônia, assim como João tinha “o espírito de Elias”, isto é o caráter e o poder de Elias; “sua missão era converter os corações dos pais aos filhos”, como a missão de Elias; era um profeta como Elias. “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” (Lucas 1:17).
Nascer de novo é a expressão que usam com toda ênfase possível para apoiar a reencarnação. Outro equívoco.
Jesus, quando em sua linguagem figurada explicou muito bem o que é nascer de novo: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3:3). Então Nicodemos em sua ignorância do assunto perguntou a Jesus: “Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” (João 3:4). que é o que pregam os reencarnacionistas. Jesus, porém, explicou que não era nenhum novo nascimento físico, mas uma renovação espiritual: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” “o que é nascido da carne (nascer fisicamente) é carne; o que é nascido do espírito é espírito. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito (uma nova mentalidade, novo caráter) é espírito.” (João, 3:5-6).
Nós os cristãos sabemos e cremos que somos salvos pela graça que é um dom de Deus, conforme a Palavra de Deus, onde Paulo fala aos Efésios: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Efésios 2:8) e também em outro versículo que diz: “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),” (Efésios 2:5), ainda assim vamos imaginar se a condição para a salvação, para a vida eterna, fosse a reencarnação; certamente esta condição não estaria à escolha do homem; pois ninguém escolhe se vai ou não reencarnar. Se assim fosse, Paulo um dos maiores apóstolos, um verdadeiro homem de Deus e mensageiro do evangelho de Cristo, teria pregado para os cristãos de Éfeso e outras cidades circunvizinhas morrerem e tornarem a nascer, ao invés de ter falado tão claramente deste novo nascimento ao dizer: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e VOS RENOVEIS NO ESPÍRITO DO VOSSO ENTENDIMENTO, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão e procedentes da verdade.” (Efésios, 4: 22 a 24).
Paulo, sentindo-se no fim da vida, longe de pensar que iria ter uma outra vida pelo espírito reencarnado, esperava ter sua recompensa “naquele dia”, o dia do Juízo Divino, na “sua vinda” (parúsia de Cristo. A volta gloriosa de Jesus Cristo, Sua segunda vinda, no final dos tempos, para estar presente ao Juízo Final). “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” (II Timóteo, 4: 7-8).
Cristo, ao invés de afirmar que os habitantes de Cafarnaum teriam novas reencarnações para pagarem seus pecados, afirmou que seriam punidos havendo para eles rigor maior do que para a terra de Sodoma, mas “no dia do juízo”. A Bíblia nos diz assim: “E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti.” (Mateus, 11: 23 e 24). Totalmente contrário ao que diz o Jornal Espírita, Abril de 1993, página 4: “cumprir missões ou expiações necessárias ao progresso … do espírito do encarnado.
Nenhum ensinamento encontramos na Bíblia que nos dê a ideia de outras vidas, senão uma aqui no mundo e outra no reino celeste ou no inferno após a vinda de Cristo. O único texto em que poderia haver algum tipo de dúvida sobre o homem ter ou não mais de uma vida recebeu explicação totalmente satisfatória, veja Capítulo 9 de João
A Pretensa Fotografia de Um Morto
De muitas afirmações espíritas não há como provar nem a veracidade nem a falsidade, uma vez que são coisas da fé, sem qualquer evidência material. Algumas vezes, porém, vão além, querendo dar provas materiais, chegando a afirmar coisas absurdas e inaceitáveis como o que transcrevo a seguir:
“Na Cidade de Lençóis Paulista em São Paulo, em um show para 20.000 pessoas, em maio de 98, o cantor Daniel foi fotografado no palco duas vezes, por uma jovem chamada Verônica, que é grande admiradora de músicas sertanejas. Surpreendentemente, nas duas fotos apareceu a imagem de João Paulo que fora seu companheiro, desencarnado, ao lado de Daniel. A perícia técnica considerou autênticos os negativos e aventou como explicação uma possível imagem tremida.” (Visão Espírita, janeiro, 1999, pág. 8).
Se não tivesse assistido a prova do fato pela televisão, eu não poderia opinar sobre a pretensa foto de João Paulo. Mas o que o perito demonstrou é que, assim como havia a sombra próximo de Daniel, havia uma para cada lâmpada, para o microfone e outras peças no palco.
Então se a sombra próximo de Daniel era o espírito de João Paulo, a sombra que aparecia igualmente junto ao microfone seria o espírito de um outro microfone acabado? A que aparecia junto de cada lâmpada seria o espírito da lâmpada anterior que se havia queimado?
Acho os espíritas bem mais racionais do que muitos que se dizem religiosos; mas aceitar esta da foto depois da explicação do perito, é por demais grotesco
Não resta qualquer dúvida que a foto refletiu uma sombra de Daniel, assim como refletiu das lâmpadas e outras peças existentes no palco!
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.