Poéticos – Eclesiastes
Velho Testamento
Nome: Emprestado da Septuaginta. Na Bíblia hebraica é chamado Kohelet. Embora o significado desta palavra seja incerto, tem sido traduzida em português como “pregador”, ou alguém que dirige uma reunião.
Autor: Indeterminado, ainda que comumente se aceite que tenha sido Salomão, 1:1-2. Julgando pela história de sua vida encontrada na bíblia, muitas experiências relatadas ali parecem corresponder às que ele deve ter tido.
Quando foi escrito: 935 a.C.
Texto Chave: 12:13.
Palavras Chaves: Vaidade, e sob o sol. Cada uma destas expressões ocorre mais de vinte e cinco vezes.
Conteúdo:
O livro contém as reflexões e experiências de um filósofo cuja a mente estava em conflito sobre os problemas da vida.
Depois de falar das desilusões que havia tido, apresenta o enfoque do materialismo epicureu – que não há nada melhor que o gozo carnal dos prazeres da vida.
À medida que esta idéia aparece repetidamente através do livro, é evidente que o escritor lutava com ela, enquanto que ao mesmo tempo expressava verdades profundas acerca do dever e das obrigações do homem para com Deus.
Finalmente, parece sair de suas especulações e dúvidas até alcançar a conclusão nobre de 12:13: “Teme a Deus”, e guarda os seus mandamentos, pois isto é todo o dever do homem.
Sinopse:
Capitulos 1-2.
Introdução. Reflexões sobre a rotina monótona da vida, 1:1-11.
A busca de satisfação e felicidade do homem natural.
Não se encontra na aquisição de sabedoria, 1:12-18
Não se encontra no prazer mundano, 2:1-3.
Não se encontra na arte ou na agricultura, 2:4-6
Não se encontra nas grandes possessões, 2:7-11.
Conclusões.
O sábio é superior ao insensato, 2:12-21.
Do epicureu – não há nada melhor do que comer, beber e gozar a vida, 2:24-26.
Capitulo 3.
O ponto de vista do homem natural acerca da cansativa rotina da vida.
Há um tempo para tudo, 1-8.
A conclusão do materialista, 13-22.
Capitulo 4.
O estudo dos males sociais afasta da fé, vs.1-15.
Conclusão:
tudo é sem sentido e inútil, v.16.
Capitulo 5.
Conselhos acerca dos deveres religiosos, vs.1-7.
A insignificância das riquezas, vs.9-17.
A conclusão é – comer, beber e gozar a vida, vs.18-20.
Capitulo 6.
A falta de sentido de uma vida longa, vs.3-12.
Capitulo 7.
Uma série de ditos sábios, 1-24.
Conclusões acerca da mulher má, 25-28.
Capitulo 8.
Deveres civis, 1-5.
A incerteza da vida, 6-8.
A certeza do juízo divino, e as injustiças da vida, vs.10-14.
A conclusão epicuréia, v.15.
A obra de Deus e o homem, 16-17.
Capitulo 9.
Coisas similares sucedem aos justos e aos maus;
O túmulo é a meta da vida,
O homem é uma criatura de circunstâncias.
Conclusão epicuréia (1):
Comamos e bebamos porque amanhã morreremos, 1-9.
A sabedoria é preeminente, ainda que às vezes não seja apreciada, 13-18.
Capitulo 10.
Vários ditos sábios, o contraste entre a sabedoria e a insensatez, etc.
Capitulo 11.
Conselhos acerca da generosidade, 1-6.
Conselhos ao jovem, 9-10.
Capitulo 12.
Uma descrição poética da velhice, 1-7.
As últimas palavras do pregador
A a conclusão final acerca do dever primordial do homem, 8-14.
(1) Observações:
Epicuréia: (origem da palavra epicureu, do grego epikoúreios, do latim epicurēu)
Quem se entrega aos prazeres mundanos.
Epícuro (341–270 a.C.) foi um filósofo grego partidário de Demócrito. O essencial de sua obra reside no conceito de gozar os bens materiais e espirituais do mundo com ponderação e medida; de forma que a excelência desses bens seja percebida naquilo que há de melhor em sua natureza. Mas a doutrina de Epícuro foi desvirtuada por seus opositores, principalmente religiosos, que lutavam contra todas as formas de materialismo. Então o Epicurismo (Epicuréia, no feminino) tornou-se sinônimo de busca exclusivamente material; de volúpia e prazeres terrenos. Esta conotação foi usada para designar a Sociedade Epicuréia
Provérbios Cantares de Salomão
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e isso Deus faz para que os homens temam diante dele: O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que ja se passou.