Profetas Menores – Naum
Velho Testamento
Autor: Desconhecido.
Muito pouco se conhece acerca dele. Seu nome significa “compassivo”, ou “cheio de consolação”.
Data: Antes da queda de Nínive. Em 612 a.C.
Tema Principal: A destruição de Nínive.
Marco Histórico:
Este livro é visto por alguns eruditos como uma continuação do livro de Jonas.
Parece que os assírios, depois de seu arrependimento produzido pela pregação de Jonas, voltaram em seguida a cair numa grande idolatria.
Eles saquearam outras nações e sua capital chegou a ser como uma caverna de leões cheia de presas, 2:11-12.
Propósito do livro:
Foi pronunciar vingança divina sobre a sanguinária cidade, e consolar a Judá com promessas de libertação futura, 3:1; 1:13-15.
Sinopse:
Capítulo 1
Compreende uma visão da majestade do invencível poder de Deus, que romperá o julgo dos assírios e libertará a Judá.
Capítulo 2
É uma emocionante descrição do assédio de Nínive.
Capítulo 3
Numa maldição pronunciada sobre a sanguinária cidade prediz-se a sua completa ruína.
Profetas Menores – Miquéias
Velho Testamento
Autor: Miquéias, natural de Moresete, em Judá, profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias. Foi contemporâneo de Isaías, 1:1.
Seu nome significa “o que é como o Senhor”. Pertencia a Judá, mas falou tanto a Judá como a Israel.
Sua unção, 3:8.
Quando foi Escrito: 700 a.C.
Sinopse:
Parte I.
Divisões Gerais.
Caps. 1-3, principalmente ameaças de juízos vindouros.
Caps. 4-5, promessas proféticas de libertação.
Caps. 6-7, principalmente exortações e confissões de pecados nacionais. Ao mesmo tempo, promessas de restauração.
Parte II.
Os pecados particulares são condenados.
Idolatria, 1:7; 5:13.
Planos perversos e artimanhas, 2:1.
Avidez, 2:2.
Ganância dos príncipes, dos profetas e dos sacerdotes, 3:2-11.
Feitiçaria, 5:12.
Falta de honradez, 6:10-12.
Corrupção universal, 7:2-4.
Traição, 7:5-6.
Parte III. Esperanças Futuras.
O estabelecimento de um reino justo, 4:1-18.
A vinda do Rei Messias, 5:2.
Reforma e restauração da nação, 7:7-17.
O triunfo completo da graça divina, 7:18-20.
O livro foi citado:
Pelos anciãos, salvando assim a vida de Jeremias, Jeremias 26:16-19; Miquéias 3:12.
Pelo Sinédrio, a Herodes o Grande, por ocasião do Nascimento de Cristo, Mateus 2:5-6; Miquéias 5:2.
Por Cristo, ao enviar os discípulos, Mateus 10:35-36; Miquéias 7:6.
Passagens Notáveis:
A definição da verdadeira religião, 6:8.
O anúncio do lugar do nascimento de Cristo, 5:2.
Deus se esquece dos pecados dos crentes, 7:18-19.
Profetas Menores – Jonas
Velho Testamento
Autor: Não é apontado no livro e a redação em terceira pessoa.
Data: 760 a.C.
Jonas, natural da Galiléia, foi um dos primeiros profetas, II Reis 14:25. Ao ser enviado como missionário a Nínive a fim de admoestar os inimigos de seu país, ele obedeceu com muita relutância.
Esta narrativa tem sido ridicularizada como mito pelos incrédulos e é vista por alguns eruditos como lenda ou parábola.
Os judeus a aceitaram como histórica.
Jesus Cristo assegurou a veracidade de Jonas, Mateus 12:39-41; Lucas 11:29-30.
Caráter de Jonas:
Consagrada em parte, uma estranha mistura de força e fraqueza.
Obstinado, 1:1-3.
Piedoso, 1:19.
Valoroso, 1:12.
Dedicado à oração, 2:1-9.
Obediente após o castigo, 3:3-4.
Fanático e egoísta, decepcionado com o arrependimento dos ninivitas, 3:4-10;4:1.
Demasiadamente preocupado com a sua própria reputação, 4:2-3.
Sinopse:
Cap.1. O profeta desobedece à ordem divina; sua fuga e castigo.
Cap.2. Sua oração e libertação.
Cap.3. Obedece à segunda comissão.
Cap.4. Sua queixa infantil; a grande revelação da misericórdia divina combinada com a repreensão ao profeta.
Lições Espirituais:
O perigo de fugir ao dever.
A tentação do patriotismo egoísta e do fanatismo religioso.
Deus emprega homens imperfeitos como canais da verdade.
A vasta misericórdia de Deus.
Profetas Menores – Obadias
Velho Testamento
Autor: Nada se sabe acerca dele.
Data: 586 a.C.
Curiosidade: É o menor livro, com apenas um capítulo.
A Profecia gira em torno de uma antiga disputa entre Edom e Israel. Os edomitas, como descendentes de Esaú, tinham má vontade para com Israel pelo fato de Jacó haver adquirido de seu irmão o direito de primogenitura, Gênesis 25:21-34;27:41.
Pensamento Chave:
O versículo 10. Os edomitas não permitiram que Israel passasse pelo seu país, Números 20:14-21. Eles se regozijaram pela tomada de Jerusalém, Salmos 137:7.
Sinopse:
A sentença de Edom por causa de seu orgulho e de sua maldade contra Jacó, 1-16.
A libertação do povo escolhido e a inclusão de Edom em seu reino futuro, 17-21; Números. 24:18.
Lição Espiritual:
O especial e providencial cuidado de Deus para com os judeus e a certeza do castigo para os que os perseguem.
Profetas Menores – Amós
Velho Testamento
Autor: Seu nome significa “carga”, ou “carregador”. Era um cidadão de Tecoa, na tribo de Judá. Foi boiadeiro e recolhedor de figos silvestres, 7:14. Sua chamada, 7:15. A intenção de fazê-lo calar, 7:10-13.
Data: Profetizou durante os reinados de Jeroboão II em Israel, e Uzias em Judá. Em 755 a.C.
Estilo: Simples, porém pitoresco. O livro possui muitas metáforas chocantes.
Ilustrações:
A fadiga da misericórdia de Deus para com os pecadores comparada a um carro sobrecarregado, 2:13.
A pressão do dever do profeta comparada ao rugir do leão, 3:8.
O escape difícil do remanescente de Israel comparado ao pastor que livra da boca do leão duas pernas ou a ponta de uma orelha, 3:12.
A escassez da Palavra de Deus comparada a um homem no mundo natural, 8:11-12.
Amós, como profeta, em muitos sentidos foi como Cristo:
Em sua ocupação, um trabalhador, 7:14.
Em sua humildade, reconheceu sua origem humilde, 7:15.
Em seu método de ensino por meio de ilustrações.
Ao afirmar sua inspiração divina. “Assim diz o Senhor” ocorre quarenta vezes em sua profecia.
Ao ser acusado de traição, 7:10; João 19:12.
Na pressão do dever que estava sobre ele, 3:8; João 9:4.
Ao denunciar o egoísmo dos ricos, 6:4-6; Lucas 12:15-21.
Sinopse:
Os juízos vindouros sobre as nações vizinhas, 1:3-15;2:1-3.
Discursos ameaçadores.
Contra Judá, 2:4-5.
Contra Israel, 2:6-16.
O chamado de Israel para que busque a Deus com sinceridade, capítulo 5.
A condenação da vida na opulência, 6:4-14.
Uma série de cinco visões.
A visão dos gafanhotos, 7:1-3.
A visão do fogo, 7:4-5.
A visão do prumo, 7:7-9.
A visão de um cesto de frutos de verão, 8:1-3.
A visão de um santuário derrubado, 9:1-10.
As visões são interrompidas pela intenção de intimidar o profeta, 7:10-13.
A predição da dispersão e da restauração de Israel, 9:9-15.
Profetas Menores – Joel
Velho Testamento
Autor: Joel, um profeta de Judá. Muito pouco se sabe dele, 1:1.
Nome. Significa “O Senhor é Deus”.
Data: Indeterminada. Por volta de 835 a.C.
Estilo: Elevado. O livro está escrito de maneira enérgica e elegante.
Pensamento Chave: O arrependimento nacional e suas bênçãos.
Marco Histórico: Uma praga de gafanhotos e uma seca severa. Vistas como castigos pelos pecados do povo. A praga foi uma profecia das invasões vindouras dos exércitos dos inimigos de Judá.
Frase Chave: O dia do Senhor,1:15; 2:1,11,31; 3:14.
O Dia do Senhor:
Um tempo de juízo sobre o povo por causa de seus pecados.
A praga de gafanhotos, 1:4-9.
A seca severa, 1:10-20.
A invasão dos inimigos, 2:1-10.
Chamados ao arrependimento e à oração, 2:12-17.
Promessas de libertação futura, 2:18-20.
Será uma época de grande bênção.
Na natureza, copiosas chuvas garantirão abundantes colheitas, 2:23-24.
O derramamento do Espírito Santo promoverá um grande avivamento, 2:28-32.
No vale de Josafá.
As nações gentílicas serão julgadas, 3:1-16.
Sião receberá um bênção gloriosa, 3:17-21.
Porções Seletas:
O arrependimento de todo o coração, 2:12-17.
Promessas do derramamento do Espírito nos últimos dias, 2:28-32.
Profetas Menores – Oséias
Velho Testamento
Autor: Oséias, o filho de Beeri, 1:1. Um contemporâneo de Isaías e Miquéias. Sua mensagem foi dirigida ao reino do norte.
Quando foi escrito: 710 a.C.
Especialmente apto para a sua tarefa:
Acredita-se que ele tenha sido natural do norte e que por isso conhecia as más condições existentes em Israel. Isto deu peso especial à sua mensagem.
Casou-se, ao que parece, com uma mulher que lhe foi infiel. Alguns eruditos duvidam da existência desse casamento, mas se este realmente existiu, o capacitou para descrever vividamente a atitude de Deus para com Israel, sua “esposa adúltera”, 1:2-3;2:1-5. Mas como o estilo do livro é altamente figurado, pode ser que a narrativa das experiências com sua esposa seja alegórica.
Mensagem Espiritual: A apostasia equivale ao adultério espiritual.
Deus, o esposo, 2:20; Isaías 54:5.
Israel, a esposa infiel, 2:2.
Sinopse:
Seção I.
A apostasia de Israel simbolizada pela experiência do profeta em seu matrimônio, capítulos 1-3.
Seção II.
Discursos proféticos, são principalmente descrições da reincidência e da idolatria do povo, mesclada com ameaças e exortações, caps. 4-13. A chamada formal ao arrependimento e as promessas de bênçãos futuras, capítulo 14.
Ilustrações de linguagem altamente figurada usada para expressar a deplorável condição de Israel.
“O Vale de Acor”, por uma porta de esperança, 2:15.
“Está entregue aos ídolos“, 4:17.
“Com os povos se mistura” (já não é uma nação separada e santa), 7:8.
“Um bolo que não foi virado” (farinha por um lado, expressando tibieza de coração), 7:8.
“Estrangeiros lhe comem a força” (debilitada pelas más companhias), 7:9.
“E as cãs se espalharam sobre ele” (velhice prematura e deterioração inconsciente), 7:9.
“Israel será devorado” (perda da sua identidade nacional) 8:8.
“Como um vaso em que ninguém tem prazer” (Um vaso inútil ao Senhor), 8:8.
“Ele ama a opressão” (falta de honradez nos negócios), 12:7.
Profetas Maiores – Daniel
Velho Testamento
Autor: Daniel, como Ezequiel, esteve cativo em Babilônia. Foi trazido perante o rei Nabucodonosor em sua juventude e instruído na língua e nas ciências babilônicas (caldaicas), 1:17-18.
Sua vida é similar à de José – foi elevado ao cargo mais alto do reino (2:48), manteve sua vida espiritual em meio a uma corte pagã, 6:10.
Quando foi escrito: 537 a.C.
Tema Principal:
A soberania de Deus sobre os assuntos dos homens em todas as épocas. As confissões do rei pagão deste fato constituem os versículos chave deste livro, 2:47;4:37;6:26.
Seção I.
É principalmente uma narrativa biográfica pessoal e uma história local. Contém eventos comovedores e incomparáveis de intervenções divinas no antigo Testamento.
O livro se refere a seis conflitos morais nos quais participaram Daniel e seus companheiros.
Primeiro conflito. Entre a intemperança pagã e a abstinência escrupulosa a bem da saúde.
A abstinência obtém a vitória, 1:8-15.
Segundo conflito. Entre a magia pagã e a sabedoria celestial na interpretação de sonhos.
A sabedoria divina obtém a vitória, 2:1-47.
Terceiro conflito. A idolatria pagã confrontada pela lealdade a Deus.
A lealdade a Deus obtém a vitória, 3:1-30.
Quarto conflito. O orgulho de um rei pagão confrontado pela soberania divina.
Deus é vencedor – O rei foi lançado fora a comer erva, 4:4-37.
Quinto conflito. O grande sacrilégio contra as coisas sagradas. A reverência obtém a vitória – a escritura na parede. Belsazar é destronado, 5:1-30.
Sexto conflito. Entre o complô perverso e a providência de Deus para com os seus santos.
A providência obtém a vitória. Deus fecha a boca dos leões, 6:1-28.
Seção II.
Visões e profecias que relatam como a poderosa mão de Deus muda o cenário no panorama da história, capítulos 7-12.
Interpretação:
O livro de Daniel é companheiro do livro de Apocalipse; ambos contém muita linguagem figurada de difícil interpretação.
Dois fatos são geralmente reconhecidos pela maioria dos eruditos:
As profecias representam uma revelação parcialmente velada de eventos futuros da história secular e sagrada.
As visões assinalam o triunfo final do reino de Deus sobre todos os poderes satânicos e do mundo.
No capítulo sete muitos comentaristas vêem as quatro bestas como representando os quatro grandes impérios: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, e Roma (vv. 1-7), seguidos por uma visão do Messias que vem.
Porções Seletas:
O propósito de Daniel, 1:8.
A pedra do monte, 2:44-45.
A resposta dos três jovens hebreus, 3:16-18.
A festa de Belsazar, capítulo 5.
Daniel na cova dos leões, 6:1-24.
A visão do juízo, 7:9-14.
A promessa aos ganhadores de almas, 12:3.