As Sete Maravilhas do Mundo Moderno
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo
As Sete Maravilhas do Mundo Medieval
Certamente existem diversas listas sobre as “(sete) maravilhas do mundo medieval” da Idade Média.
Embora seja pouco provável que estas listas surgiram exatamente nessa época, pois, a palavra “medieval” foi introduzida na época do Iluminismo e o conceito da “Idade Média” tornou-se popular só a partir do século XVI.
Fazendo uma pesquisa a respeito encontramos no “Brewer’s Dictionary of Phrase & Fable” a sugestão de tratar-las como listas desenvolvidas após a Idade Média.
Brewer’s Dictionary of Modern Phrase and Fable, edited by Adrian Room, was first published in 2000. A second edition, edited by Ian Crofton and John Ayto, publishes September 2009 more details here. While this title is based on the structure of Brewer’s Dictionary of Phrase and Fable, it contains entries from 1900 onwards and exists alongside its parent volume as a separate work.
Muitas das estruturas contidas nestas listas foram construídas antes da Idade Média, mas eram bem conhecidos. As listas levam nomes como “Maravilhas da Idade Média” (implicando nenhuma limitação específica para sete), “Sete Maravilhas da Idade Média”, “Patrimônio Medieval” e outras denominações.
Stonehenge, Reino Unido
O Stonehenge é uma estrutura composta, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas, onde se identificam três distintos períodos construtivos:
– O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
-Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a ereção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
-No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e pedras de grandes dimensões (megálitos) – ainda no local – foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.
Coliseu de Roma, Itália
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão latina Colosseum (ou Coliseus, no latim tardio), devido à estátua colossal de Nero, que ficava perto a edificação. Localizado no centro de Roma, é uma exceção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico. Originalmente capaz de albergar perto de 50 000 pessoas, e com 48 metros de altura, era usado para variados espetáculos. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a dez anos a ser construído.
O Coliseu foi utilizado durante aproximadamente 500 anos, tendo sido o último registro efetuado no século VI da nossa era, bastante depois da queda de Roma em 476. O edifício deixou de ser usado para entretenimento no começo da Idade Média, mas foi mais tarde usado como habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.
Embora esteja agora em ruínas devido a terremotos e pilhagens, o Coliseu sempre foi visto como símbolo do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. Atualmente é uma das maiores atrações turísticas em Roma e em 7 de julho de 2007 foi eleita umas das “Sete maravilhas do mundo moderno”. Além disso, o Coliseu ainda tem ligações à igreja, com o Papa a liderar a procissão da Via Sacra até ao Coliseu todas as Sextas-feiras Santas.
Catacumbas de Kom el Shoqafa, Egito
As Catacumbas de Kom el Shoqafa são um sítio arqueológico histórico localizado em Alexandria no Egito, foram descobertas em 28 de setembro de 1900 e são um dos maiores sítios funerários romanos egípcios. O complexo foi construído em fins do século I e foi utilizado até o século IV.
A necrópole consiste de uma série de túmulos Alexandrinos, estátuas e objetos usados no culto funerário do Faraó com influência do período helenístico e do antigo Império Romano. Devido ao período, muitos dos elementos encontrados fundiram tanto em aspectos culturais romanos como em gregos e egípcios ; algumas estátuas possuem estilo egípcio, porém ostentam roupas e cabelo do estilo romano, enquanto outras partes são características de um estilo semelhante. Uma escada circular, que muitas vezes foi usada para transportar corpos falecidos, leva onde os túmulos foram uma vez colocados em substrato rochoso durante a idade dos imperadores Antonino (2 º século dC).
O mecanismo foi então utilizado como uma câmara de sepultamento do 2 º século para o 4 º século, antes de ser redescoberto em 1900 quando um burro caiu acidentalmente no acesso. Até o momento, três sarcófagos foram encontrados, juntamente com outros restos humanos e animais, que foram acrescentados posteriormente. Acredita-se que as catacumbas eram destinadas apenas para uma única família, mas não está claro porque o sítio foi expandido de modo a albergar muitas outras pessoas. As Catacumbas de Kom el Shoqafa são também uma das sete maravilhas do mundo medieval. Uma das partes mais assustadoras da catacumbas é o chamado Hall de Caracalla. Segundo a tradição, esta é uma câmara para os homens e os animais que foram massacrados por ordem do Imperador Caracala.
Torre de Porcelana de Nanquim – Bao’ensi, China
A Torre de Porcelana (ou Pagode de Porcelana) de Nanjing (chinês: 南京陶塔, pinyin: Nánjīng Táotǎ ), também conhecida como Bao’ensi (ou seja “Templo de Gratidão”), é um sítio arqueológico histórico localizado ao Sul do Yangtze em Nanjing, China. Foi construído no século XV como um pagode budista, mas foi grandemente destruído no século XIX, durante a Rebelião Taiping. Contudo, a torre encontra-se atualmente em reconstrução.
A torre era octogonal com uma base de cerca de 30m (trinta metros) de diâmetro. Quando foi construída era uma das maiores construções da China, elevando-se a uma altura de quase 80 metros com nove compartimentos e uma escadaria no meio do pagode de quase 40m (quarenta metros). O topo do telhado possuía uma esfera dourada. Originalmente havia planos de adicionar mais compartimentos, de acordo com um missionário americano que visitou Nanjing em 1852. Havia poucos pagodes chineses que ultrapassavam sua altura, como o ainda existente “Pagode Liaodi ” do século XI, de cerca de 83m (oitenta e três metros) de altura em Hebei ou o já não existente pagode de madeira da cidade de Chang’an, do 7º século, com cerca de 100m (cem metros) de altura.
A torre foi construída com blocos de porcelana branca, que, dizia-se, refletia os raios do sol durante o dia e mais de 140 lâmpadas eram penduradas para iluminar a torre. Vidro e cerâmica foram trabalhados na porcelana criando uma mistura de formas verde, amarelo, marrom (castanho) e branco nas paredes da torre, incluindo animais, flores e paisagens. A torre é decorada também com numerosas imagens budistas.
A Muralha da China
A Muralha da China, Grande Muralha da China ou simplesmente Grande Muralha é uma impressionante estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial.
Embora seja comum a ideia de que se trata de uma única estrutura, na realidade consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. Se, no passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma procurada atração turística.
As suas diferentes partes distribuem-se entre o Mar Amarelo (litoral Nordeste da China) e o deserto de Góbi e a Mongólia (a Noroeste).
A muralha começou a ser erguida por volta de 221 a.C. por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang. Embora a Dinastia Chin não tenha deixado relatos sobre as técnicas construtivas que empregou e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, sendo o aparelho dos muros constituído por grandes blocos de pedra ligados por argamassa feita de barro e pasta de farinha de arroz com cal hidratada. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão à época, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao Norte
Com a morte do imperador Qin Shihuang, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 206 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as atuais feições e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros, estendendo-se de Shanghai, a leste, a Jiayu, a oeste, atravessando quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e duas regiões autônomas (Mongólia e Ningxia).
A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada.
No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping priorizou a Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos que, entretanto, foi questionada. A requalificação do monumento para o turismo sem normas para o seu adequado usufruto, aliado à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, conduzindo ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), gerou várias críticas por parte de preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.
Basílica de Santa Sofia, Turquia
A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia (grego: Άγια Σοφία Hagia Sophia, que significa “Sagrada Sabedoria”; Ayasofya em turco) é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla (atualmente Istambul, na Turquia) e que foi convertido em mesquita em 1453 até ser transformado em museu, em 1935.
A primeira grande igreja no local foi construída pelo Imperador Constâncio, filho de Constantino o Grande, mas foi destruída durante a Revolta de Nika de 532. O edifício foi reconstruído em sua forma atual entre 532 e 537 sob a supervisão pessoal do imperador Justiniano I. É considerada o exemplo principal da arquitetura bizantina. De grande importância artística, seu interior foi decorado com mosaicos e colunas e esculturas de mármore. A riqueza e o nível artístico da basílica teria levado Justiniano a dizer Νενίκηκά σε Σολομών (“Salomão, eu te superei!”).
Torre de Pisa, Itália
O Torre Pendente de Pisa (em italiano Torre pendente di Pisa), ou simplesmente, Torre de Pisa, é um campanário (campanile ou campanário autônomo) da catedral da cidade italiana de Pisa.
Está situada atrás da catedral, e é a terceira mais antiga estrutura na praça da Catedral de Pisa (Campo dei Miracoli), depois da catedral e do baptistério.
Embora destinada a ficar na vertical, a torre começou a inclinar-se para sudeste logo após o início da construção, em 1173, devido a uma fundação mal construída e a um solo de fundação mal consolidado, que permitiu à fundação ficar com assentamentos diferenciais. A torre atualmente se inclina para o sudoeste.
A altura do solo ao topo da torre é de 55,86 metros no lado mais baixo e de 56,70 metros na parte mais alta.
A espessura das paredes na base é de 4,09 metros e 2,48 metros no topo. Seu peso é estimado em 14 500 toneladas.
A torre tem 296 ou 294 degraus: o sétimo andar da face norte das escadas tem dois degraus a menos. Antes do trabalho de restauração realizado entre 1990 e 2001 a torre estava inclinada com um ângulo de 5,5 graus, estando agora a torre inclinada em cerca de 3,99 graus. Isto significa que o topo da torre está a uma distância de 3,9 m de onde ele estaria se a torre estivesse perfeitamente na vertical.
A história após a sua construção
Galileo Galilei, segundo uma tradição, deixou cair duas balas de canhão de massas diferentes de cima da torre para demonstrar que a sua velocidade da descida era independente da sua massa. Este é considerado um conto apócrifo, a sua única fonte sendo, porém, o secretário de Galileu.
Durante a Segunda Guerra Mundial os Aliados descobriram que os nazis estavam a usar a torre como um posto de observação. Logo o destino da torre foi confiado ao sargento do Exército dos Estados Unidos, mas sua decisão de não recorrer a um ataque de artilharia salvou assim a torre da destruição.
Em 27 de fevereiro de 1964, o governo da Itália solicitou ajuda para impedir a queda da torre. Foi, no entanto, considerado importante manter a inclinação, devido ao papel vital que este elemento desempenhou na promoção do turismo de Pisa. Uma força-tarefa multinacional, composta por engenheiros, matemáticos e historiadores, reuniu-se nos Açores a fim de discutir os métodos de estabilização. Verificou-se que a inclinação foi aumentando por causa da fundação pouco consistente. Vários métodos foram propostos para estabilizar a torre, incluindo a adição de 800 toneladas de contrapesos.
Em 1987 a torre foi declarada como parte da Piazza del Duomo e Património Mundial da UNESCO, juntamente com a catedral vizinha, o batistério e o cemitério. Em 7 de janeiro de 1990, após mais de duas décadas de trabalho sobre o assunto, a torre foi fechada ao público. Enquanto a torre esteve fechada os sinos foram removidos para aliviar o peso, e a torre foi segura por cabos presos em torno do terceiro nível e ancorados a várias centenas de metros de distância. Apartamentos e casas no caminho da torre foram desocupados por segurança. A solução final para evitar o colapso da torre foi endireitá-la ligeiramente para um ângulo mais seguro, removendo 38 metros cúbicos do solo abaixo. A torre foi tracionada até 18 polegadas (45 centímetros), retornando para a posição exata que ocupava em 1838. Após uma década de reconstrução corretiva e esforços de estabilização, a torre foi reaberta ao público em 15 de dezembro de 2001, e foi declarada estável por pelo menos mais 300 anos.
Em maio de 2008, após a remoção de mais 70 toneladas de terra, os engenheiros anunciaram que a torre tinha sido estabilizada em tal ordem que havia parado de se mover pela primeira vez em sua história. Eles declararam que seria estável durante pelo menos 200 anos.
Duas igrejas alemãs têm desafiado o estatuto da Torre Pisa, como a maior edifício inclinado do mundo: a Torre Inclinada de Suurhusen, do século XV e a torre sineira do século XIV, nas proximidades da cidade de Bad Frankenhausen. O Guinness World Records mediu a Torre Pisa e a Torre de Suurhusen, encontrando um declive de 3,97 graus.
Observação:
Além das “(Sete) Maravilhas da Idade Média”, existem listas adicionando ainda mais itens, entre outros, citamos dois exemplos como:
Abadia de Cluny, Borgonha
A Abadia de Cluny, localizada na Borgonha, foi construída no século X e exerceu profunda influência na cristandade dos séculos posteriores, inclusive além de suas fronteiras. Na Abadia de Cluny reuniam-se os eclesiásticos que lutavam pelo restabelecimento do poder divino no Sacro Império Romano Germânico, iniciando o processo que daria origem à Concordata de Worms em 1122, a qual consagrou a supremacia dos eclesiásticos sobre os imperadores, encerrando a chamada Questão das Investiduras.
As igrejas desse período deviam conter relíquias santas. Portanto, uma igreja que contivesse um certo número de relíquias estaria favorecida não só porque atraía um grande número de fiéis, mas também devido a quantidade de ofertas. Daí a popularidade dessa igreja.
Guilherme I, o Pio (893 – 918) foi Conde de Auvergne, Conde palatino da Borgonha, Duque da Aquitânia e foi também o fundador desta abadia de Cluny em 11 de Setembro de 910.
Conheça Também As Sete Maravilhas do: |
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Mundo Antigo1.1 — Pirâmide de Quéops, Egito |
Mundo Medieval1.1 — Stonehenge, Reino Unido |
Mundo Moderno1.1 — As Muralhas da China |
A História do Zero
Computadores tratam a informação em linguagem binária, ou seja, todos os dados são codificados em sequências de 0 e 1. A física moderna, que lida às vezes com quantias extraordinariamente grandes ou pequenas, representa-as com mais praticidade por meio de potências de dez – notação em que o zero cumpre papel essencial. Esse algarismo foi fundamental também para o desenvolvimento do cálculo integral, que inaugurou um novo ramo da matemática.
A instituição do zero foi uma verdadeira revolução na matemática. Embora seu uso nos pareça natural e inquestionável, o algarismo nem sempre existiu. Os romanos, por exemplo, não tinham uma letra para representá-lo. O zero pode ter surgido de forma independente em diferentes civilizações e teve um percurso conturbado até que se consolidasse como elemento-chave da matemática.
Investigar os diferentes momentos históricos em que surgiu o conceito e a notação do zero e tentar retraçar seu percurso dos primórdios aos dias de hoje é o principal objetivo do livro O nada que existe – uma história natural do zero, recém-lançado no Brasil pela editora Rocco. Seu autor é Robert Kaplan, professor de matemática na Universidade de Harvard (Estados Unidos da América).
Segundo Kaplan, o zero teria surgido pela primeira vez entre os séculos 6 e 3 a.C., na civilização fenícia. Esse povo inovou ao instituir a notação posicional, em que a posição de um algarismo é fundamental para a determinação de seu valor. Esse tipo de notação implica a necessidade de um sinal para representar a ausência de qualquer algarismo. É graças ao uso do zero que sabemos, por exemplo, que 2003 é diferente de 23.
O zero também pode ter sido adotado entre os gregos; indícios desse uso só existem em alguns papiros astronômicos. Mas é sobretudo em civilizações orientais que ele passou a ser empregado sistematicamente. Na Índia, sua primeira aparição escrita inquestionável data de 876 d.C. Apenas cerca de cem anos depois ele chegaria ao Ocidente, levado por mercadores árabes, que já utilizavam-no em cálculos desde 825. No entanto, assim que chegou à Europa, o zero era considerado mais um sinal que um algarismo propriamente dito. A mudança de estatuto teria ocorrido entre os séculos 13 e 14.
O autor parte dos poucos elementos palpáveis que indicam o uso do zero em diferentes civilizações e tenta construir uma história do algarismo, com o mérito de não apresentar nenhuma das hipóteses levantadas como definitiva. A narrativa, estimulante e bem-humorada, reflete o fascínio e o entusiasmo do autor pela matemática. Kaplan também já foi professor de filosofia, sânscrito, grego e alemão, o que o ajudou a elaborar na obra reflexões sobre o significado e as implicações do conceito de zero, ilustradas por exemplos tirados da literatura e da filosofia.
A operadora pode cancelar minha linha pré-pago por falta de recarga?
Minha operadora cancelou a minha linha por falta de recarga. Isso pode?
Se eu colocar crédito novamente eu consigo recuperar minha linha?
Após ficar algum tempo sem fazer recarga no seu celular, as operadoras geralmente ameaçam fazer o cancelamento da linha. Confira essas dicas e conheça os seus direitos.
Muita gente, assim como eu, prefere ter uma linha de celular pré-paga para garantir um melhor controle dos gastos e, também para não ter uma fatura a pagar todo mês. Mas, e quando você passa um período sem recarregar e a operadora ameaça cancelar a sua linha? Já imaginou ter seu celular bloqueado e não poder mais fazer ou receber chamadas ou até mesmo ficar sem utilizar o WhatsApp?
Se você é cliente pré-pago de uma operadora e não realiza recarga no seu número de celular há algum tempo, justamente porque os seus planos e tarifas não lhe satisfazem, ou como eu já disse:- Também para não ter uma nova fatura todo mês a pagar. De qualquer forma, utiliza o número para receber ligações e conversar pelo WhatsApp. Agora a operadora manda mensagem informando que irá cancelar ou bloquear o seu número.
Eles tem o direito de proceder com o bloqueio por esse motivo, ou seja, a falta de recarga?
Eu tenho a obrigação de efetuar uma recarga todo mês?
Sendo um plano pré-pago, tem algum tipo de fidelidade com a operadora, seja ela qual for?
Por força da Resolução 632 da ANATEL art. 97, a operadora pode sim, cancelar a linha por falta de crédito. Já em relação à fidelidade, só pode ocorrer caso você tenha algum benefício em troca, como o desconto na compra de aparelhos, por exemplo. Porém, isso é mais frequente nas linhas pós-pagas e pode existir apenas pelo período de um ano.
Já com relação a fidelidade, esta somente ocorre se o consumidor tiver algum benefício em troca (desconto em aparelhos, por exemplo. Mas isso geralmente ocorre em linhas pós-pagas) e somente pode existir pelo período de um ano, conforme art. 57 § 1º da Resolução 632/2014.
Caso você tenha créditos a expirar, mesmo que o crédito seja cancelado na data do vencimento, eles devem retornar quando você realiza uma nova recarga. Essa regulamentação vale desde 2014 pela Resolução 632 da ANATEL, art. 70, quando foram realizadas as mudanças na Regulamentação do Serviço Móvel Pessoal (SMP). A Regulamentação não impede que as empresas limitem a validade dos créditos, desde que tragam também opções com duração de 90 a 180 dias, artigo 68, inciso II da Resolução.
Há prazo antes de ter todos os serviços bloqueados?
Uma vez vencido o limite, você pode receber chamadas por mais 30 dias. Depois desse prazo, todos os serviços podem ser bloqueados, com exceção de discagens de emergência, como bombeiros e polícia, conforme o art. 94, inciso I da Resolução 632 da Anatel. A contar dessa data, você possui mais 30 dias para regularizar a situação antes que a linha seja cancelada. Além disso, o consumidor tem que sempre ser informado sobre a validade de seus créditos, conforme artigo 71 da Resolução 632/2014 e art. 6 III do CDC. Caso ainda existam créditos pendentes, o valor deve ser devolvido para o usuário. Os valores cobrados indevidamente pelas empresas também devem ser ressarcidos, porém em dobro e com os reajustes monetários vigentes. Isso pode ser feito na forma de créditos ou de acordo com a conveniência do usuário.
O que fazer?
Entre em contato com a operadora exigindo sempre a validade de seus créditos e em caso de hipóteses de cancelamento, exija a manutenção de sua linha e anote o seu número de protocolo com a operadora e entre em contato com a ANATEL.
Hino Nacional Brasileiro
O Hino Nacional Brasileiro tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e música de Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865). Foi adquirida por 5:000$ cinco contos de réis a propriedade plena e definitiva da letra do hino pelo decreto n.º 4.559 de 21 de agosto de 1922 pelo então presidente Epitácio Pessoa e oficializado pela lei n.º 5.700, de 1 de setembro de 1971, publicada no Diário Oficial (suplemento) de 2 de setembro de 1971.
Hino executado em continência à Bandeira Nacional e ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional. Sua execução é permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais.
A partir de 22 de setembro de 2009, o hino nacional brasileiro tornou-se obrigatório em escolas públicas e particulares de todo o país. Ao menos uma vez por semana todos os alunos do ensino fundamental devem cantá-lo.
A música do hino é de Francisco Manuel da Silva e foi inicialmente composta para banda. Em 1831, tornou-se popular com versos que comemoravam a abdicação de Dom Pedro I. Posteriormente, à época da coroação de Dom Pedro II, sua letra foi trocada e a composição, devido a sua popularidade, passou a ser considerada como o hino nacional brasileiro, embora não tenha sido oficializada como tal.
Após a proclamação da República os governantes abriram um concurso para a oficialização de um novo hino, ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, com as manifestações populares contrárias à adoção do novo hino, o presidente da República, Deodoro da Fonseca, oficializou como Hino Nacional Brasileiro a composição de Francisco Manuel da Silva, estabelecendo que a composição de Leopoldo Miguez seria o Hino da Proclamação da República.
Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior.
Legislação
De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).
Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio.
Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
Letra: Hino Nacional Brasileiro
Primeira Parte
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Segunda Parte
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”. ( * )
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
– Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
( * ) Passagens com o asterisco foram extrações feitas pelos compositores do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias (por isso aparecem corretamente em aspas)
A Bandeira Brasileira
A atual bandeira do Brasil foi adotada em 19 de novembro de 1889, tendo suas cores e dimensões estabelecidas pelo decreto-lei número quatro, de 19 de novembro de 1889, sofrendo poucas alterações desde então. Tem por base um retângulo verde com proporções de 7:10, sobrepondo-se um losango amarelo e um círculo azul, no meio do qual está atravessada uma faixa branca com o lema nacional, “Ordem e Progresso“, em letras maiúsculas verdes sendo a letra E central um pouco menor, além de vinte e sete estrelas brancas.
A atual bandeira nacional é a segunda republicana e o terceiro estandarte oficial do Brasil desde sua independência.
Significado
Apesar de muito se especular, o decreto que originalmente determina os símbolos da nova nação, assinado aos 18 de setembro de 1822, nada oficializa sobre os possíveis significados das formas e cores adotadas. Especialistas, todavia, geralmente acreditam que a cor verde originalmente simbolizaria a casa de Bragança, da qual fazia parte D. Pedro I, em referência ao estandarte pessoal de D. Pedro II de Portugal, ao passo que a amarela simbolizaria a casa de Habsburgo, da qual fazia parte D. Leopoldina. Entretanto a cor verde nunca foi utilizada exclusivamente como representação da Casa de Bragança na História de Portugal, tendo sido usados igualmente o vermelho, o azul e sobretudo o branco.
Ainda hoje, não foi expedido decreto que defina oficialmente os significados de cada cor e forma, sendo contudo extremamente popular a interpretação de que o verde representa as florestas, o amarelo, os minérios, e o azul, o céu, ao ponto que a hipótese heráldica é virtualmente desconhecida do grande público. As estrelas, que representam os Estados que formam a União, e a faixa branca estão de acordo, respectivamente, com os astros e o azimute no céu carioca na manhã de 15 de novembro de 1889, às 8h30 (doze horas siderais), e devem ser consideradas como vistas por um observador situado fora da esfera celeste.
Foram mantidas as cores verde e amarela da bandeira imperial, pois, o decreto nº 4 que criou a bandeira republicana, nos seus considerandos, diz que: “as cores da nossa antiga bandeira recordam as lutas e as vitórias gloriosas do exército e da armada na defesa da pátria e .. que essas cores, independentemente da forma de governo, simbolizam a perpetuidade e integridade da pátria entre as outras nações”.
Sobre o Lema
A inscrição “Ordem e Progresso”, sempre em verde, é uma forma abreviada do lema político positivista cujo autor é o francês Auguste Comte: O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim (em francês: “L’amour pour principe et l’ordre pour base; le progrès pour but”).
Euclides da Cunha, aluno de Benjamin Constant, declarou: “O lema da nossa bandeira é uma síntese admirável do que há de mais elevado em política”.
Sobre as Estrelas
A estrela Espiga, situada acima da faixa branca, representa o estado do Pará, que, à época da proclamação da República, era o Estado cuja capital, Belém, era a mais setentrional do país. As estrelas do Cruzeiro do Sul representam os cinco principais Estados de então: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo. O Distrito Federal, inicialmente localizado em parte do atual estado do Rio de Janeiro, e em 1960 transferido para a região central do Brasil entre os estados de Goiás e de Minas Gerais, foi representado pela estrela sigma da constelação do Oitante, também chamada de Polaris Australis ou Estrela Polar do Sul, por situar-se no Polo Sul celestial (em contrapartida a Polaris, situada no Polo Norte celestial). Apesar de ser pouco brilhante e estar próxima ao limite de visualização a olho nu, essa estrela tem uma posição única no céu do hemisfério sul, pois é em torno dela que todas as estrelas visíveis giram.
A posição e dimensões exatas de cada componente da bandeira são definidas em lei, bem como a associação das estrelas das constelações com os estados do Brasil.
As duas faces da bandeira são exatamente iguais, sendo vedado fazer uma face como avesso da outra.
Conheça o Amazonas – Dados Gerais
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Capital: Manaus
População: 2.840.889 habitantes
Área Total: 1.577.820,2 km²
Micro-Regiões: 13
01 – Alto Solimões
02 – Boca do Acre
03 – Coari
04 – Itacoatiara
05 – Japurá
06 – Juruá
07 – Madeira
08 – Manaus
09 – Parintins
10 – Purus
11 – Rio Negro
12 – Rio Preto da Eva
13 – Tefé
Total de Cidades: 62
01 – Amaturá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Fonte Boa, Jutaí, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins
02 – Boca do Acre, Pauini
03 – Coari, Anamã, Anori, Beruri, Caapiranga, Codajás
04 – Itacoatiara, Itapiranga, Nova Olinda do Norte, Silves, Urucurituba
05 – Japurá, Maraã
06 – Juruá, Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna, Itamarati
07 – Apuí, Borba, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã
08 – Manaus, Autazes, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Manaquiri
09 – Parintins, Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã, Urucará
10 – Canutama, Lábrea, Tapauá
11 – Barcelos, Novo Airão, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira
12 – Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo
13 – Tefé, Alvarães, Uarini