S.O.S. Xingu – Usina de Belo Monte
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma central hidrelétrica a ser construída no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará, nas proximidades da cidade de Altamira.
Sua potência instalada será de 11.233 MW; Mas, por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW (39,5 TWh por ano) em média ao longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional (388 TWh em 2009). Em potência instalada, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW); E será a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.
O lago da usina terá uma área de 516 km² (1/10.000 da área da Amazônia Legal), ou seja 0,046 km² por MW instalado e 0,115 km² por MW efetivo. Seu custo é estimado em R$ 30 bilhões (2010), ou seja R$ 2,68 milhões por MW instalado e R$ 6,79 milhões por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia. O contrato de concessão foi assinado em 26 de agosto do mesmo ano e o de obras civis em 18 de fevereiro de 2011. A usina está prevista para entrar em funcionamento em 2016.
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas brasileiros e internacionais e de algumas comunidades indígenas locais. Essa pressão levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior. Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte será a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.
Não quero me estender, mas vou deixar apenas algumas perguntas no ar:
“Ora, se a Usina de Belo Monte vai sei a terceira maior Usina Nuclear do Mundo, então de que adianta este título se ela produzirá apenas 30% de sua capacidade?”
Todos sabemos que naquela região 2/3 do ano tem escassez de água, ou seja durante 8 meses do ano.
E os 80% de impostos que estão embutidos neste custo, ou seja 24 milhões, quem vai pagar? Eu?, Você, Quem?
E o Parque Nacional do Xingu? Vamos simplesmente alagar 640Km2 de Floresta Amazônica, com seus povos, os índios e os ribeirinhos?
E os nossos Índios? Eles já estavam lá antes! É justo, só porquê pensamos [ou melhor, alguns pensam] em progresso?
Mais uma pergunta: E por que não energias renováveis como a eólica ou solar, já que a produção será tão pequena, apenas 10% do consumo do País?
O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, localizada a 40 km abaixo da cidade de Altamira, no Sítio Pimental, formando o Reservatório do Xingu. A partir deste reservatório, parte da água será desviada por um canal de derivação de 20 km de comprimento para um Reservatório Intermediário, localizado a aproximadamente 50 km de Altamira na região cercada pela Grande Volta do Xingu. (O projeto originalmente previa dois canais de derivação, mas foi alterado para um canal apenas em 2009.) Este reservatório será criado fechando os escoadouros da região por 27 diques menores. A área total dos reservatórios será de 516 km2, dividida entre os municípios de Vitória do Xingu (248 km2), Brasil Novo (0,5 km2) e Altamira (267 km2). A área a ser alagada é apenas parte desse total, pois este inclui a calha atual do Rio Xingu.
O vertedouro principal ficará na barragem do sítio Pimental; terá 20 comportas de 20 m × 22,3 m, com vazão máxima total de 62.000 m³/s. Nesse local está prevista também uma escada para peixes para permitir a piracema*. (O projeto original previa um vertedouro complementar no Sítio Bela Vista, entre o Reservatório Intermediário e o Xingu, que foi eliminado em 2009.)
A usina terá duas casas de força. A casa de força principal será construída no Sítio Belo Monte, pouco a montante da vila de mesmo nome. Ela terá 11 turbina hidráulicas tipo Francis com potência instalada total de 11 mil MW e vazão total de 13.950 m³/s. Embora a barragem principal tenha apenas 35 m de altura, o declive natural do rio no trecho de vazão reduzida faz com que a queda líquida (o desnível total da água entre os reservatórios e a saída das turbinas) seja de 87 m. A casa de força complementar será construída junto à barragem principal, e terá seis turbinas de tipo bulbo com potência total instalada de 233,1 MW, queda líquida de 11,4 m e vazão total turbinada de 2268 m³/s.
O trecho de cerca 100 km do Rio Xingu entre o Reservatório do Xingu e a casa de força principal terá a vazão reduzida em decorrência do desvio pelo canal. Foi estabelecido um hidrograma para a operação da barragem que garante para este trecho de vazão reduzida um nível mínimo da água, variável ao longo do ano, a fim de assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática.
Piracema* é o nome dado ao período de desova dos peixes, quando eles sobem os rios até suas nascentes para desovar. O termo tem origem na língua tupi e significa “saída de peixe”, através da junção dos termos pirá (“peixe”) e sem (“sair”).
Piracema é o período de reprodução dos peixes que ocorre entre os meses de outubro a março. Os peixes que migram para reprodução precisam nadar contra a correnteza em uma subida árdua até as cabeceiras dos rios, para se reproduzirem. Mas hoje em dia as pessoas não estão deixando isso acontecer, pois eles aproveitam a oportunidade e pescam ilegalmente e agora também a Usina de Belo Monte prejudicará grandemente também esse fenômeno.
Durante este evento, os peixes gastam muita energia, o que contribui para queima de gordura acumulada no corpo. A glândula hipófise, existente na base do cérebro, é estimulada e desenvolve hormônios, incluindo os responsáveis pela reprodução.
Fatores como temperatura da água (entre 26 e 28 graus), enxurradas causadas por chuvas que aumenta o nível da água, e a ampliação da quantidade de horas de luz por dia, estimula a hipófise, órgão que comanda todo o processo de reprodução, a intensificar a produção de hormônios.
Na luta contra a correnteza, cada espécie de peixe necessita de um determinado espaço, chamado de amplitude migratória, para conseguirem chegar ao estágio de reprodução. Como exemplo, o peixe dourado (Salminus maxilosus), tem que nadar cerca de 500 km contra a corrente até a exaustão. Geralmente estes peixes encontram obstáculos muitas vezes fatais como barragem no leito de um rio, onde se lançam contra a parede e infelizmente morrem. Superando todos os desafios durante o percurso rumo à reprodução da vida, em exaustão, as fêmeas amadurecem os hormônios e liberam os ovos na água, enquanto os machos derramam o sêmen. Acontece então a fecundação.
Os ovos lançados pelas fêmeas variam entre as espécies. Uma fêmea de dourado que pese dez quilos pode desovar um milhão e quinhentas mil ovas. Levados pela correnteza, os ovos fecundados eclodem (nascimento dos peixes) cerca de 20 horas após a desova. Os alevinos (larvas de peixes) nascem com uma reserva de nutrientes (saco vitelino) que dura nos dois a três primeiros dias de vida. Através da correnteza serão levados para as lagoas marginais, ficando ali pelo prazo de um ano, até a próxima cheia, quando estes peixes, agora jovens, voltam para o leito do rio. Com o passar dos anos e atingindo o grau de maturação para reprodução, repetirão o mesmo ciclo de seus pais. O ciclo de reprodução dos peixes de piracema acontece todos os anos e representa um exemplo de luta pela vida. Os peixes que não migram, não amadurecem seu processo hormonal e consequentemente não se reproduzem, o que não contribui para a perpetuação da vida.
A pesca durante o período da piracema é crime, e quem cometer este ato e for flagrado poderá ser preso e pagar multa de R$ 700,00. Por cada quilo de peixe apreendido, pagará ainda uma multa de R$ 10,00 (com a legislação desta data 2014). Através destas medidas, evita-se o desequilíbrio ecológico nos rios.
Impacto da obra
Greenpeace fez protesto no dia da realização do leilão. A construção da usina tem opiniões conflitantes. As organizações sociais têm convicção de que o projeto tem graves problemas e lacunas na sua formação.
O movimento contrário à obra, encabeçado por ambientalistas e acadêmicos, defende que a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio, com redução do fluxo de água, afetando a flora e fauna locais e introduzindo diversos impactos socioeconômicos. Um estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental.
Outro argumento é o fato de que a obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.
A alteração da vazão do rio, segundo os especialistas, altera todo o ciclo ecológico da região afetada que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológicos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região. De resto, as análises sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte feitas pelo Painel de Especialistas, que reúne pesquisadores e pesquisadoras de renomadas universidades do país, apontam que a construção da hidrelétrica vai implicar um caos social que seria causado pela migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas. Tais impactos, segundo o Painel, são acrescidos pela subestimação da população atingida e pela subestimação da área diretamente afetada.
Segundo documento do Centro de Estudos da Consultoria do Senado, que atende políticos da Casa, o potencial hidrelétrico do país é subutilizado e tem o duplo efeito perverso de levar ao uso substituto da energia termoelétrica – considerada “energia suja” e de gerar tarifas mais caras para os usuários, embora o uso da energia eólica não tenha sido citada no relatório. Por outro lado, o Ministério de Minas e Energia defende o uso das termoelétricas para garantir o fornecimento, especialmente em períodos de escassez de outras fontes.
O caso de Belo Monte envolve a construção de uma usina sem reservatório e que dependerá da sazonalidade das chuvas. Por isso, para alguns críticos, em época de cheia a usina deverá operar com metade da capacidade, mas, em tempo de seca, a geração pode ir um pouco abaixo de 4,5 mil MW, o que somado aos vários passivos sociais e ambientais coloca em xeque a viabilidade econômica do projeto.
Cronologia
1975 – Iniciado os Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu.
1980 – A Eletronorte começa a fazer estudos de viabilidade técnica e econômica do chamado Complexo Hidrelétrico de Altamira, formado pelas usinas de Babaquara e Kararaô.
1989 – Durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em fevereiro em Altamira (PA), a índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte). A cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O encontro teve a presença do cantor Sting. O nome Kararaô foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos índios.
1994 – O projeto é remodelado para tentar agradar ambientalistas e investidores estrangeiros. Uma das mudanças preserva a Área Indígena Paquiçamba de inundação.
2001 – Divulgado um plano de emergência de US$ 30 bilhões para aumentar a oferta de energia no país, o que inclui a construção de 15 usinas hidrelétricas, entre elas Belo Monte. A Justiça Federal determina a suspensão dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) da usina.
2002 – Contratada uma consultoria para definir a forma de venda do projeto de Belo Monte. O presidente Fernando Henrique Cardoso critica ambientalistas e diz que a oposição à construção de usinas hidrelétricas atrapalha o País. O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva lança um documento intitulado O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, que cita Belo Monte e especifica que “a matriz energética brasileira, que se apoia basicamente na hidroeletricidade, com mega-obras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica”.
2006 – O processo de análise do empreendimento é suspenso e impede que os estudos sobre os impactos ambientais da hidrelétrica prossigam até que os índios afetados pela obra fossem ouvidos pelo Congresso Nacional.
2007 – Durante o Encontro Xingu para Sempre, índios entram em confronto com o responsável pelos estudos ambientais da hidrelétrica, Paulo Fernando Rezende, que recebe um corte no braço. Após o evento, o movimento elabora e divulga a Carta Xingu Vivo para Sempre, que especifica as ameaças ao Rio Xingu e apresenta um projeto de desenvolvimento para a região e exige sua implementação das autoridades públicas. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de Brasília, autoriza a participação das empreiteiras Camargo Corrêa, Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez nos estudos de impacto ambiental da usina.
2009 – A Justiça Federal suspende licenciamento e determina novas audiências para Belo Monte, conforme pedido do Ministério Público. O IBAMA volta a analisar o projeto e o governo depende do licenciamento ambiental para poder realizar o leilão de concessão do projeto da hidrelétrica, previsto para 21 de dezembro. O secretário do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, propõe que o leilão seja adiado para janeiro de 2010.
2010 – A licença é publicada em 1º de fevereiro. O leilão é realizado em 20 de abril, sendo vencedora o Consórcio Norte Energia S/A com lance de R$ 77,00 por MWh. Em 26 de agosto é assinado o contrato de concessão.
2011 – Em 26 de janeiro, o IBAMA concede à Norte Energia uma licença válida por 360 dias para a construção da infraestrutura que antecede a construção da usina. Em 18 de fevereiro é assinado o contrato das obras civis. Em 01 de junho o IBAMA concede a licença de instalação.
Custo Final de R$ 16 bilhões para R$ 30 bilhões
A usina de Belo Monte foi orçada inicialmente em R$ 16 bilhões, mas o seu custo final superou os R$ 30 bilhões. Isso porque não desviaram somente o curso natural do Rio Xingu para a sua construção, como também parte dos recursos destinados às obras: em julho deste ano, executivos da Andrade Gutierrez revelaram que as empreiteiras contratadas acertaram o pagamento de R$ 150 milhões em propina, 1% do que ganhariam, para abastecer as campanhas eleitorais do PT e do PMDB. A mais recente novidade chegou este mês: o Tribunal de Contas da União divulgou que houve um superfaturamento de R$ 3,2 bilhões na construção.
Também nenhuma das medidas exigidas por contrato para reduzir os impactos socioambientais foi aplicada integralmente. O Ministério Público Federal chegou a acusar o governo brasileiro e a empresa Norte Energia, responsável pela construção e operação da hidrelétrica, de etnocídio contra sete grupos indígenas.
Quando lançamos a campanha É a Gota D’Água, em novembro de 2011, houve quem dissesse que estávamos exagerando. Infelizmente o tempo não só nos deu razão, como mostrou que fomos até comedidos. Belo Monte é uma ferida aberta no coração da Amazônia. Ela sangra como que para nos lembrar de nossos pecados. Em fevereiro deste ano, sua primeira turbina começou a funcionar. Mas os prejuízos que a construção da hidrelétrica causou à região do Xingu, aos cofres públicos e ao planeta ainda não foram totalmente contabilizados. Que nos sirva de lição para que não repitamos o erro.
S.O.S. Sudão – What a Wordelful World
Meus Amigos, que isto não chegue até nós como uma surpresa, mas como realidade eles vivem à nossa volta, no nosso bairro hoje.
My great friends let this not come to you as a surprise but it’s real have them living around us and in our neighbourhood today.
Nós podemos modificar isto com orações prestando sempre auxilio aos que necessitam. Não guarde isto para si, reenvie-o aos seus amigos, para que eles e toda a gente agradeçam a Deus em nome de Jesus pela água e alimentos que têm.
We can change it with prayers always lending a helping hand to those in need. Do not keep this to yourself, resend it to your friends so that they and everyone else thank God in Jesus name for food and water that they already have.
Esta é mais uma razão pela qual temos que agradecer a Deus pelos alimentos que obtemos facilmente… mas, por outro lado… ironicamente, continuamos a estragar os alimentos que compramos.
This is one more reason we have to thank God for the food that we can have easily… But in the otherhand ironicaly the food that we buy.
Sinto-me muito GRATO pelo que tenho hoje… Somos tão abençoados pelo maravilhoso trabalho da mão de Deus na nossa vida, pense nisto…
I feel very GRATEFUL for what I have… We are so Blessed for the wonderful works of today, God’s hand in our life, just think of this…
“Sinto-me afortunado por VIVER neste lado do mundo.”
“I felt very fortunate to LIVE in this part of the world.”
Prometo nunca mais desperdiçar os meus alimentos por pior gosto que tenham, e por mais cheio que eu esteja. Eu oro para que este menino seja aliviado no seu sofrimento.
I promise I will never waste my food no matter how bad it can taste and how full I may be. I pray that this little boy be alleviated from his suffering.
Olhe e medite sobre isto… quando se queixa da sua comida, e quando a estragamos diariamente. Prometo não mais estragar água.
Think and look at this… when you complain about your food and the food we waste daily… I promise not to waste water”.
E oro para que sejamos mais sensíveis perante o sofrimento do mundo que nos rodeia e não ficar cego pela nossa natureza egoísta e interesses.
I pray that we will be more sensitive towards the in the world around us and not be blinded by our own selfish nature and interests.
Espero que estas fotos sirvam sempre para nos lembrar como somos afortunados e que não devemos nunca, pensar que temos tudo de mão beijada.
I hope this picture will always serve as a reminder to us about how fortunate we are and that we must never ever take things for granted.
Que todos os seres humanos estejam livres de sofrimento
May all human beings be free from suffering!!!
Por favor, caros amigos, não deixe isso passar em branco ou despercebido. Fale com carinho a respeito desta página a todos os seus amigos ou se preferir envie um link por e-mail à alguém que você conheça, para permitir-lhe ver o que Deus tem feito em sua vida, em comparação às condições deploráveis dessas crianças. Não só hoje, mas vamos orar continuamente pelo sofrimento, onde quer que esteja, neste planeta, envie este pensamento também os outros.
Please good friends, do not let this message go blank or unnoticed. Kindly talk about this page to all your friends or if you prefer send a link for email to someone you know, to enable him or her see what God has done in his/her life compared with these kids’ deplorable conditions. Not only today, but we will pray continually for the suffering, wherever it is, in this planet, send this thought also the other ones.
Pulitzer 1994 – Kevin Carter
Esta foto foi vencedora do “Prémio Pulitzer”, e foi tirada em 1994, durante a grande crise de fome que avassalou o Sudão.
A foto mostra uma criança faminta e agonizante, que rasteja na direcção dum campo de alimentos das Nações Unidas, situado a 1km de distância.
O abutre espera que a criança morra, para a poder comer. Esta foto chocou o mundo inteiro. Ninguém sabe o que aconteceu à criança, nem mesmo o fotografo Kevin carter, que deixou o local logo que terminou a foto.
Três meses mais tarde, Carter suicidou-se devido a uma depressão.
Utilidade Pública Essencial
Temos todo tipo de informação circulando sobre a Dengue e o mosquito Aedes Aegypti, pela mídia (jornais, revistas, internet, rádio, etc) são importantes mas, sinto que estas não estão sendo suficientemente esclarecedoras para a população. Vejo estar faltando uma maior divulgação e que também sejam dadas características melhores a respeito do mosquito, isto para que a população se conscientize que é muito grave a situação e obtenham o mínimo de conhecimento para que possam se prevenir…
Todos nós sabemos que a água é uma das substâncias mais importantes para o ser humano, sem ela jamais poderíamos sobreviver… assim também é para o Aedes Aegypti, então tenhamos em nossas mentes como meta de combate o slogan:
“Não dê água para o mosquito”
Amigos (as),
Percam um pouquinho de tempo lendo este informativo, vele a pena!
Por favor, leiam e deem a devida atenção, pois o caso é muito grave!!!
Divulguem a tantas pessoas quanto puder… essa é mais uma das tantas batalhas que
teremos que vencer, também!!!
O que é a Dengue?
A dengue é uma doença infecciosa, viral aguda, febril, causada pelo Vírus da Dengue Flaviridae (existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue – DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil e onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento do mosquito transmissor Aedes Aegypti . E pode até desencadear sintomas semelhantes aos da gripe ou quadros graves (Dengue Hemorrágico). A dengue está se expandindo rapidamente, e espera-se que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo.
Origem da Dengue:
De origem espanhola, a palavra dengue significa “melindre”, “manha”, estado em que se encontra a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês de arthropod-bornvirus, vírus oriundo dos artrópodos), no caso, encontrado na fêmea do mosquito Aedes aegypti ou na do Aedes albopictus, esse último conhecido como “tigre asiático”.
Esse vírus estápresente no Brasil desde 1982 na forma benigna, mas a partir de 1990 têm sido registrados alguns casos de dengue hemorrágica, que pode levar à morte.
Os primeiros registros de dengue no mundo foram feitos no fim do século XVIII, no Sudoeste Asiático, em Java, e nos Estados Unidos, na Filadélfia. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) só a reconheceu como doença neste século.
A origem do Aedes aegypti, inseto transmissor da doença ao homem, é africana.
Mosquito transmissor da Dengue:
No Brasil, o agente transmissor da dengue é o Aedesaegypti , um mosquito pequeno, delgado e escuro, que possui hábitos diurnos (habitualmente entre 5:30 da manhã e 12h00) e vive dentro ou nas proximidades das habitações urbanas. Sua reprodução ocorre em locais de água parada, como lagos, poças de água e água contida em garrafas, vasos, pneus velhos jogados em quintais.
A Dengue é transmitido pela picada de mosquitos (mais comumente o Aëdes aegypti) que proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações. Esses mosquitos criam-se na água, obrigatoriamente. A fêmea do mosquito põe os ovos dentro de qualquer recipiente (caixas d’água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenha água mais ou menos limpa, colando os ovos nas paredes dos recipientes, bem próximo da água. Os ovos ficam aderidos, e não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com frequência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.
Na verdade, quem contamina é fêmea, pois o macho apenas se alimenta de seivas de plantas. A fêmea precisa de uma substância do sangue (a albumina) para completar o processo de amadurecimento de seus ovos. O mosquito apenas transmite a doença, mas não sofre seus efeitos.
O vírus da dengue precisa de tempo para se manifestar no homem ou mesmo para infectar o mosquito transmissor. A idade ideal do mosquito para transmitir a doença é a partir do 30º dia de vida. O Aedes tem um ciclo total de 45 dias.
Há um período para que o mosquito se contamine ao picar um homem. Vai desde o dia anterior à febre até seis dias depois desta. Fora desse tempo, o mosquito pica e não se contamina.
Depois de picar o homem, só depois de oito dias o Aedes consegue contaminar outro homem.
A Doença:
Como existem variedades de vírus causadores da dengue, a pessoa infectada só adquire imunidade à variedade que adquiriu. Não é transmissível de pessoa a pessoa.
Por não ter sintomas específicos, a doença pode ser confundida com várias outras, como leptospirose, sarampo, rubéola. São doenças que provocam febre, prostração, dor de cabeça e dores musculares generalizadas. Um médico consegue, por exames em laboratório, definir a doença e tratá-la corretamente.
O desenvolvimento da doença:
O vírus se dissemina pelo sangue.
Um dos locais preferidos do vírus para se instalar no corpo humano é o tecido que envolve os vasos sangüíneos, chamado retículo-endotelial.
A multiplicação do vírus sobre o tecido que provoca a inflamação dos vasos. O sangue, com isso, circula mais lentamente.
Como a circulação fica mais lenta, é comum que os líquidos do sangue extravasem dos vasos. O sangue torna-se mais espesso.
O sangue, mais espesso, pode coagular dentro dos vasos provocando trombos (entupimentos). Além disso, a circulação lenta prejudica a oxigenação e nutrição ideal dos órgãos.
Com o tempo, se não houver tratamento específico, pode haver um choque circulatório. O sangue deixa de circular, os órgãos ficam prejudicados e podem parar de funcionar. Isso leva à morte.
Uma vez contaminado, o homem demora entre 2 e 15 dias para sentir os sintomas da doença.
A Doença tem altas chances de cura, mas pode matar. Já é considerada, no Brasil, uma epidemia.
Causador e transmissor da Dengue:
O causador da dengue é um vírus. Mas a transmissão ocorre a partir da picada das fêmeas do mosquito Aedes Aegypti. Estes transmissores – chamados tecnicamente de vetores – são mosquitos do gênero aedes, popularmente conhecidos como pernilongo da dengue e da febre amarela, através de picada. São conhecidos quatro tipos de vírus.
Este inseto tem algumas características que podem facilitar seu reconhecimento:
É escuro e rajado de branco;
É menor que um pernilongo comum;
Pica durante o dia;
Desenvolve-se em água parada e limpa;
De 8 a 12 dias após ter sugado sangue de pessoa contaminada, o mosquito está apto a transmitir a doença. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para uma pessoa sadia, nem através da água ou alimento.
Em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas. Período de incubação varia de 3 a 15 dias após a picada pelo mosquito, sendo, em média, de 5 a 6 dias.
Veja uma foto clara para poder identificar com mais facilidade:
Tipos de Dengue:
É importante distinguir a dengue clássico do hemorrágico, que tem no presente momento relatos de óbitos no Rio de Janeiro (04/98), e que está provavelmente ligado a um mecanismo imunológico.
Saiba mais sobre a dengue hemorrágica: ” Parece estar ligado a um mecanismo imunológico decorrente de sensibilização prévia, onde, em uma segunda infecção, os anticorpos tipo Ig G, subneutralizantes para outros sorotipos, formariam imunocomplexos com o antígeno circulante, afetando profundamente as membranas plasmáticas dos fagócitos mononucleares e facilitando a migração dos antígenos virais aos tecidos da medula óssea, fígado, baço e gânglios linfático. Podem, também, provocar hemorragias digestivas, distúrbios de coagulação sanguínea, trombocitopenia e coagulação intravascular disseminada, levando ao óbito.”
A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas.
Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sanguínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue “hemorrágico”. Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sanguínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez.
Febre hemorrágica:
Em função da inflamação dos vasos (por causa da instalação dos vírus no tecido que os envolve), há um consumo exagerado de plaquetas, pequenos soldados que trabalham contra as doenças. A falta de plaquetas interfere na homeostase do corpo – capacidade de controlar espontaneamente o fluxo de sangue. O organismo passa a apresentar uma forte tendência a ter hemorragias.
Pode ocorrer:
Se a pessoa tem dengue pela segunda vez (outro tipo de vírus), pode contrair a hemorrágica.
Há quatro sorotipos diferentes de dengue. Um deles, o den2, é o mais intenso. Este tipo pode evoluir para a dengue hemorrágica.
Combinação da seqüência de doença, da força do vírus e da suscetibilidade da pessoa. Se for alguém com Aids, por exemplo, a doença oferece mais riscos.
Conselhos:
Para controlar a febre hemorrágica, aconselha-se tomar muito líquido e evitar medicamentos, veja relação mais abaixo.
Sintomas da doença:
Após um período de incubação de alguns dias, a doença manifesta-se desencadeando:
Dores de cabeça e nítida sensação de cansaço
Febre súbita alta (muitas vezes passando de 40 graus);
Fortes dores musculares e nas articulações ósseas.
Surgem manchas avermelhadas no corpo.
Manchas avermelhadas por todo o corpo;
Dor nos músculos e nas juntas;
Além de fotofobia (aversão à luz)
Dor nos olhos e lacrimação
Inflamação na garganta
Em alguns casos, sangramento de gengiva e nariz.
Náuseas e vômitos.
Falta de apetite
Fraqueza
Hemorragias (pele e estômago).
Choque (Dengue Hemorrágico).
É frequente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido (“coceira”). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas).
A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias.
É absolutamente necessário estar atento, a partir do momento em que a febre começa a ceder, para as manifestações que podem indicar gravidade:
1 – Dor constante abaixo das costelas, do lado direito (fígado).
2 – Suores frios por tempo prolongado, tonteiras ou desmaios ( pressão baixa).
3 – Pele fria e pegajosa por tempo prolongado (pressão muito baixa).
4 – Sangramentos que não param.
5 – Fezes escuras como borra de café (sangramento intestinal).
Se qualquer uma destas manifestações aparecer, a pessoa deve ser levada imediatamente ao Serviço de Saúde mais próximo.
Os sintomas na forma hemorrágica são semelhantes aos da dengue comum, porém evoluem rapidamente para sangramentos internos e nas mucosas, podendo ocorrer choques, que levam à morte em 12 ou 24 horas.
25% apresentam manchas vermelhas em todo o corpo, as chamadas exantemas. Como o vírus se instala também próximo aos vasos, é comum estes inflamarem e ficarem evidentes na pele.
60% têm dor de cabeça.
As manifestações iniciais da dengue são as mesmas de diversas outras doenças (febre amarela, malária, leptospirose). Também não servem para indicar se a dengue vai ser mais grave. Por isto é importante sempre procurar rápido um Serviço de Saúde, para uma avaliação médica. A meningite meningocócica pode ser muito parecida com a dengue grave, mas a
A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a pessoa começa a melhorar, e o período mais perigoso vai até três dias depois que a febre desaparece.
Diagnóstico:
O diagnóstico da dengue é feito comumente mediante sorologia para determinar a presença de anticorpos contra o vírus no sangue, mas não determina especificamente qual tipo de vírus é responsável pela infecção. Métodos de biologia molecular mais elaborados podem ser utilizados para detectar as proteínas do vírus.
Tratamento da Dengue:
Não existe tratamento especial para a doença e o atendimento rápido para a identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno podem reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas:. combater a febre;
. e nos casos graves, realizar hidratação por via intravenosa;
. A pessoa com dengue deve ficar em repouso;
. Beber muito líquido e alimentar-se normalmente;
. Quando não há dúvida que a pessoa tem dengue, na maioria das vezes o médico pode recomendar que o tratamento seja feito em casa, basicamente com hidratação e antitérmicos. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados:
Não tomar remédios sem recomendação médica:
Alguns remédios para dor e febre podem aumentar o risco de sangramento, como os que contém ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® e outros). Outros podem ocasionar erupções na pele, semelhantes às causadas pela dengue, como os que contém dipirona (Novalgina®, Dipirona®, Dorflex® e outros).
Relação dos medicamentos a base de Ácido acetil salicílico
São medicamentos que devem ser evitados em caso de suspeita de dengue, uma vez que podem causar sangramentos e acidose. A seguir são enumerados todos os medicamentos que contém Salicilato em sua composição:
Ácido Acetil Salicílico | Ácido Acetil Salicílico (associado) | Salicilamida (associada) | ||
AAS AAS Adulto AAs Infantil Aceticil Ácido Acetil Salicílico Aspirina Aspirina infantil Aspisin |
Alidor CAAS Endosalil Intra Acetil Melhoral Infantil Ronal Somalgin Cardio |
Alka-Setzer Aspi-C Aspirina “C” Aspirina Atagripe Besaprin Buferin Cefurix Cheracap Corisona D Doloxene-A |
Doribe Doril Engov Melhoral Melhoral C Migral Migrane Piralgina Somalgin Sonrisal Superhist |
Benegrip Fielon com Vitamina C Gripionex Neo-Sativan Resprax Termogripe |
Fonte: DEF 97/98. Publicação do Jornal Brasileiro de Medicina(c)
O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça.
Para quem já teve dengue uma vez, o cuidado deve ser redobrado. Em uma segunda contaminação, as chances são maiores de a doença evoluir para a forma hemorrágica, que pode ser mortal.
Dengue nos dias de hoje:
No ano 2000, um total de 375.044 casos de dengue foram notificados nas Américas, dos quais o Brasil foi responsável por 63,3%. Embora contribua com a maior parte dos casos notificados pelo tamanho de sua população, a incidência de dengue nesse ano foi 139,7 casos/100.000 habitantes, inferior à observada no Paraguai, Costa Rica, Barbados, Suriname, Honduras, Equador, Trinidad e Nicarágua. O isolamento do sorotipo 3 do vírus (DEN-3) no Brasil no ano 2000 demonstra o risco e a facilidade com que outros sorotipos podem entrar no país. Além do Brasil, o DEN-3 foi detectado em 15 países, incluindo Venezuela e Guiana Francesa. O DEN-4 foi detectado em 10 países, incluindo Venezuela, Equador e Peru. A Colômbia não informou os sorotipos circulantes no período.
A dengue, como um grande problema de saúde pública, merece, por parte das três esferas de governo, ajustes adequados e intensificação das ações de prevenção e controle da doença ou do agravo nos municípios considerados prioritários, responsáveis por cerca de 70% dos casos notificados, bem como naqueles que se apresentam com maior risco de introdução de novos sorotipos virais e, consequentemente, maior possibilidade de ocorrência de epidemias de febre hemorrágica da dengue (FHD).
Prevenção:
Desde o fim de 2015 a primeira vacina contra dengue foi registrada em diferentes países para ser usada em indivíduos de 9 a 45 anos vivendo em áreas endêmicas ou de risco. A OMS recomenda que os países considerem a introdução da vacina contra dengue apenas em zonas geográficas onde os dados epidemiológicos indicam um alto índice da doença. Outras vacinas com diferentes tipos do vírus se encontram em período de desenvolvimento. De modo geral as vacinas têm mostrado uma efetividade muito variável (entre 50% e 80%) dependendo do tipo de vírus que causa a infeção, do tipo de indivíduos vacinados e do local onde tem sido implementada; igualmente o tempo de duração da proteção está sendo estudado.
Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos – eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária – e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas.
A dengue no Brasil teve um crescimento significativo na década de 90, atingindo o nível mais elevado em 1998, ano em que foram registrados cerca de 560 mil casos. Houve uma redução acentuada em 1999, com 210 mil casos e um pequeno aumento em 2000 para 238 mil casos notificados.
Há circulação simultânea dos sorotipos 1 e 2 em 18 estados e isolamento recente do Den-3 no estado do Rio de Janeiro, o que potencializa o risco de surgimento de epidemias de febre hemorrágica da dengue (FHD), notadamente nas grandes metrópoles que já tiveram epidemias por dois sorotipos.
Epidemia:
As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
No Brasil, a erradicação do Aedes Aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrado em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste.
Como evitar a Dengue:
A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Para isso, é necessário acabar com os “criadouros”
Criadouros:
Criadouros são quaisquer lugares onde se acumula água e essa fica parada, sendo limpa ou não, onde facilitam o nascimento e desenvolvimento do mosquito. Portanto, não deixe a água, mesmo limpa, ficar parada em qualquer tipo de recipiente, tais como:
Vasos de Plantas
Copos Plásticos ou de vidro
Bacias
Garrafas Plásticas ou de vidro
Plantas com folhas largas
Pratos para vasos de plantas.
Conteiners
Tambores
Cisternas
Ferro Velho
Poços d’água e outros depósitos
Caixa de Escoamento
Caixa de Construção
Calha para água da chuva
Caixa D’água
Vasilha D’água (animais)
Casca de Ovos
Copinhos descartáveis
Tampinhas de Garrafas.
Carrinho de Mão e Lata de Tinta
Bandeja de Ar Condicionado
Cacos de Garrafas
Pneus
É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações.
O viajante deve usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Além disso, deve procurar hospedar-se em locais que disponham de ar-condicionado ou utilizar mosquiteiros impregnados com permetrina e inseticida em aerosol nos locais onde for dormir.
A Fundação Nacional de Saúde desenvolve atividades preventivas para o controle da dengue com a eliminação de criadouros (depósitos de água), combate aos focos (objetos que acumulam água e ficam ao relento) e borrifação com inseticida. As medidas devem ser realizadas com a participação da comunidade.
O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para isso é importante que recipientes que possam encher-se de água sejam descartados ou fiquem protegidos com tampas. Qualquer recipiente com água e sem tampa, inclusive as caixas d’água, podem ser criadouros dos mosquitos que transmitem dengue.
Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do “fumacê”, que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O “fumacê” não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.
Dicas:
Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando um pano ou uma bucha para eliminar completamente os ovos dos mosquitos. Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos;
Misture uma colher de chá de água sanitária com um litro de água e borrife nas plantas de sua casa. A mistura não faz mal às plantas e mata o mosquito da dengue;
Limpe as calhas e as lajes das casas;
Lave bebedouros de aves e animais (cão, gato, etc) com uma escova ou bucha; e troque a água pelo menos uma vez por semana;
Guarde as garrafas vazias de cabeça para baixo;
Fure Latas e pneus velhos, que não possam ser jogados fora;
Jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafas, latas e tudo o que acumula água.
Mas atenção: “o lixo deve ficar o tempo todo fechado”.
Não se esqueça!
“Não dê água para o mosquito”
A prevenção é a melhor defesa. Cuide-se!
Deixar de lado e o fim da picada!
Este é um problema da Sociedade com um todo, não
adianta somente ficarmos reclamando da situação, temos que agir!
Não vamos deixar que esta epidemia chegue à situação do Ebóla, na África.
DISQUE DENGUE: 136
Ouvidoria Geral do SUS
Teleatendente: de segunda-feira
a sexta-feira, das 8h às 20h,
e aos sábados, das 8h às 18h.
São Paulo: 156 OU 4365-3349 / 4367-3306 / 4368-8153
ou 0800-195-565 se estiver fora do município;
Dupla Hélice
(50 anos depois)
Fifty years ago, on Saturday, Feb. 28, 1953, two young scientists walked into the Eagle, a dingy pub in Cambridge, England, and announced to the lunchtime crowd that they had discovered the secret of life.
By divining the chemical structure of DNA, the archive of life, James D. Watson and Francis Crick had seen how the molecule could encode information in the copious quantities necessary to program a living cell.Cinquenta anos atrás, sábado 28 de fevereiro de 1953, dois jovens cientistas entraram na Águia, um bar sujo em Cambridge, na Inglaterra, e anunciou à multidão na hora do almoço que eles tinham descoberto o segredo de vida.
Através do mergulho da estrutura química de DNA, o arquivo de vida, James D. Watson e Francis Crick tinham visto como a molécula poderia codificar informação em quantidades copiosas necessárias para programar uma célula viva.New York Times 25/02/03 – Sience Desk by Nicholas Wade.
Cinquenta anos atrás, em 28 de fevereiro de 1953, Francis Crick e James Watson desvendaram a estrutura da molécula mais importante da vida, o DNA. Menos de dois meses depois, em seu histórico artigo publicado na revista Nature, eles escreveram: “Essa estrutura possui características inéditas que são de considerável interesse biológico.” A última parte soa quase como uma piada, diante do conhecimento que temos hoje. Não se tratava de modéstia, entretanto, pois Watson e Crick eram obstinados e orgulhosos demais para isso. Por mais ambiciosos que fossem os sonhos dos dois cientistas, seria difícil, naquela época, imaginar a extensão completa do impacto que sua descoberta teria sobre a vida humana.
Pois é na sequência de bases A, C, T e G do DNA que estão contidas as instruções para construir todas as formas de vida existentes no planeta. O alfabeto genético é o mesmo para a bactéria, a formiga, o homem, o elefante, o arroz, o feijão e as árvores. Geneticamente, todos falamos a mesma língua – só com algumas letras trocadas. Jogue alguns As para lá, outros Ts para cá, corte alguns milhões de pares de bases e, em vez de um homem, você tem um camundongo; em vez de capim, uma sequoia gigante. “Entender o DNA é entender a vida”, resume a geneticista Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo.
Características Essenciais da Dupla Hélice de
Watson e Crick
Duas cadeiras polinucleotídicas que correm em sentido opostos e helicoidizam ao redor de um eixo comum para formar uma dupla hélice com giro para a direita (dextrorsa).
As bases purínicas e pirimidínicas estão no interior da hélice, enquanto as unidades fosfato e desoxirribose estão na parte externa.
A adenina (A) pareia-se com a timina (T), e a guanina (G) com a citosina (C). Os pares de bases A.T são mantidos por duas pontes de hidrogênio com orientação precisa, e os pares G.C por três destas pontes. A dupla hélice também é estabilizada por interações entre bases empilhadas no mesmo filamento.
A replicação do DNA é semiconservativa: Watson e Crick propuseram que um dos filamentos de cada molécula filha de DNA e recém sintetizado, enquanto o outro é passado inalterado vindo da molécula original de DNA. Esta distribuição de átomos parentais é chamada de semiconservativa.
A princípio, para o leigo, a descoberta não parece lá grande coisa. Watson e Crick, na época com 23 e 35 anos, não descobriram o DNA em si, mas “apenas” sua estrutura, e o artigo na Nature não passa de uma página. A forma da molécula, conhecida como dupla hélice, assemelha-se a uma escada retorcida, na qual os corrimãos são formados de fosfato e açúcar e os degraus, por uma sequência de pares de quatro bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), citosina (C) e guanina (G). Nada muito espetacular. A simplicidade do DNA, ou ácido desoxirribonucléico, no entanto, é justamente sua maior maravilha.
“É fascinante como uma estrutura tão simples pode guardar o segredo de toda a nossa existência”, afirma Mayana. “A estrutura é tão bonita, tão clara, que só de olhar para ela tudo já faz sentido”, completa Sérgio Pena, professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em medicina genética.
Por isso o modelo de Watson e Crick é tão mais celebrado que a própria descoberta do DNA. Sem ele, seria como tentar estudar um carro desmontado: você pode até saber quais são as peças que o compõem, mas se não souber encaixá-las da maneira correta nunca vai saber como ele funciona.
A chave do sucesso para a dupla britânica foi determinar que as bases A só podem se unir com C; e T só pode se ligar com G. A partir daí, heureca! “Não escapou à nossa atenção que o pareamento específico que postulamos sugere imediatamente um possível mecanismo de cópia para o material genético”, concluem Watson e Crick, ao final de seu artigo.
Como em um passe de mágica, o mecanismo de duplicação genética – e, portanto, da hereditariedade – tornou-se óbvio: o DNA se abre em duas fitas, de modo que suas bases expostas servem de molde para a fabricação de uma nova corrente. “Se a sequência de bases em uma cadeia é fornecida, então a sequência da outra cadeia é automaticamente determinada”, escreveram os pesquisadores, então no Laboratório Cavendish, da Universidade de Cambridge.
Em 1962, eles receberiam o Prêmio Nobel com Maurice Wilkins, do King’s College em Londres, que também inspirou a descoberta e contribuiu para ela.
Identidade – Nos seres humanos, o DNA está organizado em 23 pares de cromossomos, presentes no núcleo de cada uma dos 100 trilhões de células que compõem nosso organismo. São, ao todo, em cada célula, 3 bilhões de pares de bases. Quaisquer duas pessoas no planeta – branca ou negra, brasileiro ou chinês – são geneticamente 99,9% idênticas.
Uma das lições do genoma, portanto, é que não há justificativa para a superioridade racial.
Ironicamente, o mesmo código genético que é universal para toda a vida faz de cada pessoa um indivíduo único. Não há duas pessoas no mundo com o mesmo genoma, ou a mesma sequência de A, C, T e G. “É uma diferença mínima, de apenas 0,1%, mas muito significativa”, afirma Pena. “É a individualidade absoluta de cada um de nós.”
O potencial aplicativo do DNA em todas as esferas da ciência, da medicina à nanotecnologia, é uma fronteira que não pode ser definida. A biologia molecular e a engenharia genética, frutos da descoberta de Watson e Crick, são a base da medicina moderna, da agricultura, da pecuária e da zoologia.
Só para citar alguns exemplos, graças ao conhecimento da estrutura do DNA, é possível clonar genes humanos para produzir moléculas terapêuticas em bactérias geneticamente modificadas (é assim que é produzida a insulina para diabéticos, desde 1982), desenvolver vacinas de DNA recombinante, como a da hepatite B, e diagnosticar pessoas com propensão a tipos específicos de câncer, como mutações nos genes BRCA, associadas ao tumor de mama.
“Hoje temos recursos praticamente ilimitados para responder a qualquer pergunta biológica”, diz o biólogo Ricardo Brentani, presidente do Hospital do Câncer e diretor do Instituto Ludwig no Brasil. “Isso, 50 anos atrás, era impensável.” Assim como no caso da insulina, cita ele, transplantes de medula óssea para o tratamento da leucemia só são possíveis graças ao fator de crescimento recombinante produzido em bactérias transgênicas, com genes humanos. “São soluções para problemas sérios que não existiriam sem o conhecimento do DNA. A velocidade de acréscimo de conhecimento cresceu exponencialmente.”
Para Pena, a dupla hélice é, “sem dúvida, a descoberta científica mais importante do século em ciências biológicas e químicas”. “Todos os aspectos da medicina e da biologia são totalmente dependentes dela”.
Fonte: UFMG
O Estado de S.Paulo – Herton Escobar
New York Times 25/02/03 – Sience Desk by Nicholas Wade