Hífen – Prefixação
O Caso dos Prefixos e Falsos Prefixos | |||
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Prefixos ou Falsos Prefixos Vogais iguais |
Regras 1. Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento juntam-se com a mesma vogal |
Exemplos anti-ibérico, auto-organização, contra-almirante, infra-axilar, micro-ondas, neo-ortodoxo, sobre-elevação, anti-inflamatório |
Observações: Saiba Mais Mas os prefixos co, pro, pre, re se juntam ao segundo elemento, ainda que este inicie pelas vogais o ou e: coocupar, coorganizar, coautor, coirmão, cooperar, preenchimento, preexistir, preestabelecer, proeminente, propor reeducação, reeleição, reescrita |
Elementos ou Palavras
Vogais diferentes |
Regras 2. Não se usa o hífen quando os elementos se unem com vogais diferentes |
Exemplos autoescola, autoajuda, autoafirmação, semiaberto, semiárido, semiobscuridade, contraordem, contraindicação, extraoficial, neoexpressionista, intraocular, semiaberto, semiárido |
Elementos ou Palavras Consoantes iguais |
Regras 3. Usa-se o hífen se a consoante do final do prefixo for igual à do início do segundo elemento |
Exemplos inter-racial, super-revista, hiper-raquítico, sub-brigadeiro |
Elementos ou Palavras
Se o segundo elemento começa com s, r |
Regras 4. Não há hífen quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso, duplicam-se as consoantes |
Exemplos antirreligioso minissaia ultrassecreto ultrassom |
Observações: Saiba Mais Porém, conforme a regra anterior, com prefixos hiper, inter, super, deve-se manter o hífen: hiper-realista, inter-racial, super-racional, super-resistente |
Elementos ou Palavras Se o segundo elemento começa com h, m, n, ou com vogais |
Regras 5. Usa-se o hífen se: o primeiro elemento, terminado em m ou n, unir-se com as vogais ou consoantes h, m ou n |
Exemplos circum-murado, circum-navegação, pan-hispânico, pan-africano, pan-americano |
Elementos ou Palavras
Ex, sota, soto, vice |
Regras 6. Usa-se hífen com os prefixos: ex, sota, soto, vice |
Exemplos ex-almirante, ex-presidente, sota-piloto, soto-pôr, vice-almirante, vice-rei |
Observações: Saiba Mais Escreva, porém, sobrepor |
Elementos ou Palavras Pré, pós, pró |
Regras 7. Usa-se hífen com os prefixos pré, pós, pró (tônicos e acentuados com autonomia) |
Exemplos pré-escolar, pré-nupcial, pós-graduação, pós-tônico, pós-cirúrgico, pró-reitor, pró-ativo, pós-auricular |
Observações: Saiba Mais Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: predeterminado, pressupor, pospor, propor |
Elementos ou Palavras
O prefixo termina em vogal ou r e b e o segundo elemento se inicia com h |
Regras 8. Usa-se o hífen quando o prefixo termina em r, b ou vogais e o segundo elemento começa com h |
Exemplos anti-herói, inter-hemisférico, sub-humano, anti-hemorrágico, bio-histórico, super-homem, giga-hertz, poli-hidratação, geo-história |
Observações: Saiba Mais a) Mas as grafias consagradas serão mantidas: reidratar, desumano, inábil, reabituar, reabilitar, reaver. b) Se houver perda do som da vogal final, prefere-se não usar hífen e eliminar o h: cloridrato (cloro+hidrato), clorídrico (cloro+hídrico) |
Elementos ou Palavras Sufixos de origem tupi |
Regras 9. Usa-se o hífen com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige distinção dos elementos |
Exemplos Anajá-mirim, Ceará-mirim, capim-açu, andá-açu, amoré-guaçu |
Hífen – Uso em Palavras Compostas
Uso em Palavras Compostas | |||
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Elementos ou Palavras Compostas comuns |
Regras 1. Usa-se hífen nas palavras compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for substantivo, adjetivo, verbo ou numeral |
Exemplos Amor-perfeito boa-fé guarda-noturno guarda-chuva criado-mudo decreto-lei |
Observações: Saiba Mais a) Formas adjetivas como afro, luso, anglo, latino não se ligam por hífen: afrodescendente, eurocêntrico, lusofobia, eurocomunista b) Mas com adjetivos pátrios (de identidade), usa-se o hífen: afro-americano, latino-americano, indo-europeu, ítalo-brasileira, anglo-saxão c) Se a noção de composição desapareceu com o tempo, deve-se unir o composto sem hífen: pontapé, madressilva, girassol, paraquedas, paraquedismo (perdida a noção do verbo parar); mandachuva (perdida a noção do verbo mandar) d) Demais casos com para e manda usam hífen: para-brisa, para-choque (sem acento no para); manda-tudo, manda-lua e) Compostos com elementos repetidos também levam hífen: tico-tico, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá f) Compostos com apóstrofo também levam hífen: cobra-d’água, mãe-d’água, mestre-d’armas |
Elementos ou Palavras Nomes geográficos antecedidos de grão, grã ou verbos |
Regras 2. Usa-se o hífen em nomes geográficos compostos com grã e grão ou verbos de qualquer tipo |
Exemplos Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro |
Observações: Saiba Mais Demais nomes geográficos compostos não usam hífen: América do Norte, Belo Horizonte, Cabo Verde (o nome Guiné-Bissau é uma exceção) |
Elementos ou Palavras Espécies vegetais / animais |
Regras 3. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies vegetais e animais |
Exemplos bem-te-vi, bem-me-quer, erva-de-cheiro, couve-flor, erva-doce, feijão-verde, coco-da-baía, joão-de-barro, não-me-toques (planta) |
Observações: Saiba Mais Se a palavra for usada em sentido figurado, não leva hífen: Ela está cheia de não me toques (melindres) |
Elementos ou Palavras Mal |
Regras 4. Usa-se hífen com mal antes de vogais ou h ou l |
Exemplos mal-afamado, mal-estar, mal-acabado, mal-humorada, mal-limpo |
Observações: Saiba Mais a) Escreva, porém: malcriado, malnascido, malvisto, malquerer, malpassado b) Escreva com hífen no feminino: má-língua, más-línguas |
Elementos ou Palavras Além, aquém, recém, bem, sem |
Regras 5. Usa-se hífen com além, aquém, recém, bem e sem |
Exemplos além-mar, aquém-oceano, recém-casado, recém-nascido, bem-estar, bem-vindo, sem-vergonha |
Observações: Saiba Mais Quando o bem se aglutina com o segundo elemento, não se usa hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto |
Elementos ou Palavras Locuções |
Regras 6. Não se usa hífen nas locuções dos vários tipos (substantivas, adjetivas etc) |
Exemplos à vontade, cão de guarda, café com leite, cor de vinho, fim de semana, fim de século, quem quer que seja, um disse me disse |
Observações: Saiba Mais a) Certas grafias consagradas agora são exceções à regra. Escreva: água-de-colônia, arco-da-velha, pé-de-meia, mais-que-perfeito, cor-de-rosa, à queima-roupa, ao deus-dará b) Outras expressões/locuções que não usarão hífen: bumba meu boi, tomara que caia, arco e flecha, tão somente, ponto e vírgula c) Escreva também sem hífen as locuções à toa (adjetivo ou advérbio), dia a dia (substantivo e advérbio) e arco e flecha |
Elementos ou Palavras Encadeamentos de palavras |
Regras 7. Os encadeamentos vocabulares levam hífen (e não mais traço) |
Exemplos A relação professor-aluno O trajeto Tóquio-São Paulo A ponte: Rio-Niterói Um acordo Angola-Brasil Áustria-Hungria Alsácia-Lorena |
Elementos ou Palavras Hífen no fim da linha |
Regras 8. Quando cai no fim da linha, o hífen deve ser repetido, por clareza, na linha abaixo |
Exemplos
Atravesso a ponte Rio- Couve- |
Funções da Linguagem
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: Informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; consequentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
· Função Referencial ou denotativa
· Função Conativa ou apelativa
· Função Emotiva ou Expressiva
· Função Metalinguística
· Função Fática
· Função Poética
Obs.: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalinguística ao mesmo tempo.
Função Referencial (ou denotativa ou informativa)
Esta função está centrada no contexto. Quando o objetivo do emissor é simplesmente oferecer informações objetivas e diretas que procuram retratar a realidade, ocorre então a função referencial, também chamada de denotativa ou de informativa. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Aqui prevalece a 3ª pessoa do singular. Linguagem mais usada nas notícias de jornais e livros científicos.
Exemplo: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra.
O texto acima tem por objetivo informar o que contém a cesta, portanto sua função é referencial.
Outro Exemplo: este parágrafo.
Função Apelativa (ou conativa)
Esta função está centralizada no receptor. Ocorre a função conativa, quando o emissor procura influenciar o comportamento do receptor, ou seja, tenta convencer o receptor a praticar determinada ação, a reagir. Neste tipo de função é comum o emprego de tu e você, ou o nome da pessoa além dos verbos vocativos e imperativos e pronomes na 2° ou na 3° pessoas. Usada também nos discursos, sermões e linguagem publicitária que se dirigem diretamente ao consumidor como “Compre aqui e concorra a este lindo carro”.
“Compre aqui…” é a tentativa do emissor de convencer o receptor a praticar a ação de comprar ali.
Função Emotiva (ou Expressiva)
Esta função está centralizada no sujeito emissor, quando este revela e dá vazão seus sentimentos ou demonstra suas opiniões ou sensações a respeito de algum assunto ou pessoa, acontece a função emotiva, também chamada de expressiva. É um texto pessoal, subjetivo. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições, exclamações ou adjetivos carregados de subjetividade e diminutivos. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
Exemplo: Nós o amamos muito, Jesus! / Veja rapaz, isso não é bonito!
Função Metalinguística
Esta função está centralizada na utilização do código para falar da própria linguagem, ou seja o falante procura verificar se emissor e receptor estão utilizando o mesmo código linguístico: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever, palavras que explicam o significado de outra palavra, A poesia que fala da própria poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Expressões como «isto é», «ou seja», «quer dizer» são exemplos desta função, assim como os dicionários, aulas de línguas e gramáticas.
Exemplo: Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as ideias para o papel, sinto-me realizada…
Função Fática
A função fática está centralizada no canal de comunicação. Ela ocorre quando o emissor tem como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou seja, o emissor procura estabelecer, manter ou interromper uma comunicação, ou testar a eficiência do canal de comunicação, a fim de observar se está sendo entendido pelo receptor, se a comunicação é operacional e se o interlocutor está interessado no que diz. O que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares como: “não é mesmo?“, “você está entendendo?“, “tudo bem?” “boa tarde“, “sentem-se“, “ouviram?“, ou frases como “alô!“, “oi“, etc.
Exemplo: Alô Houston! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar à nave? Alguém me ouve? Alô!!
Função Poética
Esta função ocorre quando a própria mensagem é colocada em destaque, a qual revela recursos imaginários, metafóricos criados pelo emissor que podem ser afetivas ou sugestivas. As palavras e suas combinações são valorizadas. É a linguagem figurada presente em textos em que se recorre ao ritmo como letras de músicas, a certos recursos estilísticos como metáforas, algumas propagandas, obras literárias tanto em prosa quanto em verso, principalmente às rimas como na linguagem poética em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira que se tornem singulares, raras.
Exemplo: Eis uma amostra:
Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo.
Figuras da Linguagem
Figuras Sonoras
Aliteração
Repetição de sons consonantais (consoantes).
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Exemplos:
“(…) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza).
Assonância
Repetição dos mesmos sons vocálicos.
Exemplos:
(A, O) – “Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral”. (Caetano Veloso)
(E, O) – “O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa).
Paranomásia
O emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
Exemplo:
“Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias”. (Padre Antonio Vieira).
Onomatopéia
Criação de uma palavra para imitar um som
Exemplos:
A língua do nhem “Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem…” (Cecília Meireles).
Figuras de sintaxe
Elipse
Omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais comuns:
a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, compraríeis a casa?
b) substantivo – a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar de o estádio Maracanã
c) preposição – estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas.
d) conjunção – espero você me entenda, no lugar de: espero que você me entenda.
e) verbo – queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos – E o rapaz: – Não sei de nada !, em vez de E o rapaz disse:
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas.
Exemplos:
Alguns estudam, outros não, por: alguns estudam, outros não estudam. / “O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano.” (Chico Buarque) – omissão de era.
Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolutos.
Exemplos:
Morreu o presidente, por: O presidente morreu.
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação.
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido drasticamente, Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na sínquise.
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato.
Anástrofe
Anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao termo regente.
Exemplos:
“Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.”, por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos.
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato.
Pleonasmo
Repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a idéia.
Exemplos:
Vi com meus próprios olhos.
“E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento”. (Vinicius de Moraes), Ao pobre não lhe devo (OI pleonástico).
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro – decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo).
Assíndeto
Ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Ocorre muito nas orações coordenadas.
Exemplos:
“Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios”.
Polissíndeto
Repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período.
Exemplos:
O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. “E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (…)”. (Carlos Drummond de Andrade).
Anacoluto
Termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
Exemplos:
Eu, parece-me que vou desmaiar, / Minha vida, tudo não passa de alguns anos sem importância (sujeito sem predicado), / Quem ama o feio, bonito lhe parece (se alteraram as relações entre termos da oração).
Anáfora
Repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
Exemplos:
“Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor”. (Chico Buarque).
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no início e no fim será símploce. Classificações propostas por Rocha Lima.
Silepse
É a concordância com a idéia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
a) de gênero (masculino x feminino): São Paulo continua poluída (= a cidade de São Paulo). V. Sª é lisonjeiro.
b) de número (singular x plural): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados.
c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa – os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo verbal).
Antecipação
Antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Pode gerar anacoluto.
Exemplos:
Joana creio que veio aqui hoje. / O tempo parece que vai piorar.
Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
Figuras de palavras ou tropos
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, ou seja, ela reúne dois elementos comparados, mas sem a utilização do termo comparativo.
Na metáfora se estabelece uma assimilação direta, que consiste em transportar para uma coisa o nome de outra pela semelhança, que, subjetivamente, julga-se haver entre elas. É uma figura de linguagem mediante a qual o sentido de uma palavra se transfere a outra.
Exemplos:
A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. / “Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta”. (Luís Gonzaga Junior).
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora: personificação (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação – atribuição de ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri aos enamorados) ? Símbolo – nome de um ser ou coisa concreta assumindo valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote = idealismo, cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores).
Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas.
Quando Jesus diz: “eu sou a videira” (João 15:5), Ele se caracteriza com o que é próprio e essencial da videira.
E ao dizer: “vós sois as varas” (João 15:5), caracteriza-os com o que é próprio das varas.
Para entender melhor e fazer uma boa interpretação dessa figura de linguagem que Jesus utilizou, fazemos as seguintes perguntas: “o que caracteriza a videira? ou para que serve principalmente?” Na resposta a estas perguntas está a explicação da figura. Para que serve a videira? Para transmitir seiva e vida às varas, a fim de produzirem as uvas.
“Eu sou a porta (João 10:9), / eu sou o caminho (João 14:6), / eu sou o pão vivo (João 6:51), / eu sou a luz do mundo (João 9:5), / vós sois a luz do mundo (Mateus 5:14), vós sois o sal da terra (Mateus 5:13), / edifício de Deus (I Coríntios 3:9), vós sois lavoura de Deus (I Coríntios 3:9, / ide, dizei àquela raposa (Lucas 13:32), / a candeia do corpo são os olhos (Mateus 6:22), / Judá é um leãozinho (Gênesis 49:9), / tu és a minha rocha e a minha fortaleza, (Salmos 71:3), / o Senhor Deus é sol e escudo (Salmos 84:11), / e a casa de Jacó será um fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú restolho. (Obadias 1:18)”, etc. [grifo meu]
Catacrese
Uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na ausência de termo específico.
Exemplos:
Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / “Distrai-se um deles a enterrar o dedo no tornozelo inchado”. – O verbo enterrar era usado primitivamente para significar apenas colocar na terra.
Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são considerados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram graças à semelhança de forma existente entre seres.
Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora.
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado, ou seja, é a designação de uma coisa com o nome de outra em virtude da afinidade entre ambas. Enquanto a metáfora se baseia numa similaridade de sentidos, a metonímia assenta-se numa relação de contiguidade de sentidos. Pode ser emprega a causa pelo efeito, ou o sinal (símbolo) pela realidade que indica o símbolo.
Exemplos:
Ler Jorge Amado (autor pela obra – livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor pelo possuído, ou vice-versa – barbearia) / Bebi dois copos de leite (continente pelo conteúdo – leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe – culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo – anos) / O brasileiro é malandro (sing. pelo plural – brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela obra – copos).
“Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos” (Lucas 16:29), em vez de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas, ou seja, o Antigo Testamento.
“e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”. (I João 1:7), é evidente que aqui a palavra sangue indica a paixão e morte de Jesus, única coisa eficaz para apagar o pecado e purificar o homem. [grifo meu]
Antonomásia, perífrase
Consiste na utilização ora de um nome comum ou de uma expressão no lugar de um nome próprio, ora de um nome próprio no lugar de um nome comum ou de uma expressão. Em ambos os casos a palavra expressão realça uma característica do ser (pessoa, coisa) cujo nome substitui. Simplificando, é a substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto.
Exemplos:
O Mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão, Escritor Maldito = Lima Barreto.
“O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo: É que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lucas 2:10-11). O Salvador é Jesus! [grifo meu]
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metonímia.
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
Exemplos:
“Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava … / Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. / Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava / Brancas sonoridades de cascatas … / Tanta harmonia melancolizava”. (Cruz e Souza).
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metáfora.
Anadiplose
É a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no começo de outro membro de frase.
Exemplos:
“Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente condena os motivos dados”.
Sinédoque
Faz-se uso dessa figura quando se toma a parte pelo todo ou o todo pela parte, o plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos:
“também a minha carne habitará em segurança”. (Salmos 16:9), em vez de: meu corpo ou meu ser, que seria o todo, sendo a carne só parte de seu ser
“Porque todas as vezes que… beberdes este cálice” (1 Coríntios 11:26), em vez de dizer beberdes do cálice, isto é, parte do que há no cálice
“Este homem é uma peste, e promotor sedições entre todos os judeus, por todo o mundo” (Atos 24:5), significando que o apóstolo Paulo havia alcançado com sua pregação aquela parte do mundo ou do Império Romano.
Figuras de pensamento
Antítese
Aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido, melhor ainda, consiste na oposição de dois termos ou de duas expressões na mesma frase ou no mesmo parágrafo, expressando contrastes em construções geralmente simétricas como: prisão/liberdade, noite/dia, escuridão/claridade.
Trata-se de uma figura de retórica muito eficaz que se encontra em muitas partes das Escrituras. O mau e o falso serve de contraste ou fundo ao que é bom e verdadeiro.
Exemplos:
“Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal… O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio 30:15-19)
Jesus também fez uso dessa linguagem quando disse: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram”. (Mateus 7:13-14)
Paulo em seus discursos também aplicou esse método, ele contrasta “morte” com “vida terna” e o “salário do pecado” com o “dom gratuíto de Deus” (Romanos 6:23)
Ele também estabelece um contraste entre a Antiga e a Nova Aliança, ente a Lei e o Evangelho (2 Coríntios 3:16-18).
“Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios”. (Vinicius de Moraes).
Obs.: Paradoxo – idéias contraditórias num só pensamento, proposição de Rocha Lima (“dor que desatina sem doer” Camões).
Eufemismo
Consiste em “suavizar” alguma idéia desagradável.
Exemplos:
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exames. (foi reprovado).
Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote – afirma-se algo pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica.
Hipérbole
Exagero de uma idéia com finalidade expressiva.
Exemplos:
Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos (gosta muito dos filhos).
Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora.
Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Obs.: Rocha Lima designa como antífrase.
Exemplos:
O ministro foi sutil como uma jamanta.
Gradação
Apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax).
Exemplos:
“Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente”.
Prosopopéia, personificação, animismo
É a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados.
Exemplos:
“A lua, (…) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel …” (João Bosco / Aldir Blanc).
Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora.
A História do Zero
Computadores tratam a informação em linguagem binária, ou seja, todos os dados são codificados em sequências de 0 e 1. A física moderna, que lida às vezes com quantias extraordinariamente grandes ou pequenas, representa-as com mais praticidade por meio de potências de dez – notação em que o zero cumpre papel essencial. Esse algarismo foi fundamental também para o desenvolvimento do cálculo integral, que inaugurou um novo ramo da matemática.
A instituição do zero foi uma verdadeira revolução na matemática. Embora seu uso nos pareça natural e inquestionável, o algarismo nem sempre existiu. Os romanos, por exemplo, não tinham uma letra para representá-lo. O zero pode ter surgido de forma independente em diferentes civilizações e teve um percurso conturbado até que se consolidasse como elemento-chave da matemática.
Investigar os diferentes momentos históricos em que surgiu o conceito e a notação do zero e tentar retraçar seu percurso dos primórdios aos dias de hoje é o principal objetivo do livro O nada que existe – uma história natural do zero, recém-lançado no Brasil pela editora Rocco. Seu autor é Robert Kaplan, professor de matemática na Universidade de Harvard (Estados Unidos da América).
Segundo Kaplan, o zero teria surgido pela primeira vez entre os séculos 6 e 3 a.C., na civilização fenícia. Esse povo inovou ao instituir a notação posicional, em que a posição de um algarismo é fundamental para a determinação de seu valor. Esse tipo de notação implica a necessidade de um sinal para representar a ausência de qualquer algarismo. É graças ao uso do zero que sabemos, por exemplo, que 2003 é diferente de 23.
O zero também pode ter sido adotado entre os gregos; indícios desse uso só existem em alguns papiros astronômicos. Mas é sobretudo em civilizações orientais que ele passou a ser empregado sistematicamente. Na Índia, sua primeira aparição escrita inquestionável data de 876 d.C. Apenas cerca de cem anos depois ele chegaria ao Ocidente, levado por mercadores árabes, que já utilizavam-no em cálculos desde 825. No entanto, assim que chegou à Europa, o zero era considerado mais um sinal que um algarismo propriamente dito. A mudança de estatuto teria ocorrido entre os séculos 13 e 14.
O autor parte dos poucos elementos palpáveis que indicam o uso do zero em diferentes civilizações e tenta construir uma história do algarismo, com o mérito de não apresentar nenhuma das hipóteses levantadas como definitiva. A narrativa, estimulante e bem-humorada, reflete o fascínio e o entusiasmo do autor pela matemática. Kaplan também já foi professor de filosofia, sânscrito, grego e alemão, o que o ajudou a elaborar na obra reflexões sobre o significado e as implicações do conceito de zero, ilustradas por exemplos tirados da literatura e da filosofia.
A operadora pode cancelar minha linha pré-pago por falta de recarga?
Minha operadora cancelou a minha linha por falta de recarga. Isso pode?
Se eu colocar crédito novamente eu consigo recuperar minha linha?
Após ficar algum tempo sem fazer recarga no seu celular, as operadoras geralmente ameaçam fazer o cancelamento da linha. Confira essas dicas e conheça os seus direitos.
Muita gente, assim como eu, prefere ter uma linha de celular pré-paga para garantir um melhor controle dos gastos e, também para não ter uma fatura a pagar todo mês. Mas, e quando você passa um período sem recarregar e a operadora ameaça cancelar a sua linha? Já imaginou ter seu celular bloqueado e não poder mais fazer ou receber chamadas ou até mesmo ficar sem utilizar o WhatsApp?
Se você é cliente pré-pago de uma operadora e não realiza recarga no seu número de celular há algum tempo, justamente porque os seus planos e tarifas não lhe satisfazem, ou como eu já disse:- Também para não ter uma nova fatura todo mês a pagar. De qualquer forma, utiliza o número para receber ligações e conversar pelo WhatsApp. Agora a operadora manda mensagem informando que irá cancelar ou bloquear o seu número.
Eles tem o direito de proceder com o bloqueio por esse motivo, ou seja, a falta de recarga?
Eu tenho a obrigação de efetuar uma recarga todo mês?
Sendo um plano pré-pago, tem algum tipo de fidelidade com a operadora, seja ela qual for?
Por força da Resolução 632 da ANATEL art. 97, a operadora pode sim, cancelar a linha por falta de crédito. Já em relação à fidelidade, só pode ocorrer caso você tenha algum benefício em troca, como o desconto na compra de aparelhos, por exemplo. Porém, isso é mais frequente nas linhas pós-pagas e pode existir apenas pelo período de um ano.
Já com relação a fidelidade, esta somente ocorre se o consumidor tiver algum benefício em troca (desconto em aparelhos, por exemplo. Mas isso geralmente ocorre em linhas pós-pagas) e somente pode existir pelo período de um ano, conforme art. 57 § 1º da Resolução 632/2014.
Caso você tenha créditos a expirar, mesmo que o crédito seja cancelado na data do vencimento, eles devem retornar quando você realiza uma nova recarga. Essa regulamentação vale desde 2014 pela Resolução 632 da ANATEL, art. 70, quando foram realizadas as mudanças na Regulamentação do Serviço Móvel Pessoal (SMP). A Regulamentação não impede que as empresas limitem a validade dos créditos, desde que tragam também opções com duração de 90 a 180 dias, artigo 68, inciso II da Resolução.
Há prazo antes de ter todos os serviços bloqueados?
Uma vez vencido o limite, você pode receber chamadas por mais 30 dias. Depois desse prazo, todos os serviços podem ser bloqueados, com exceção de discagens de emergência, como bombeiros e polícia, conforme o art. 94, inciso I da Resolução 632 da Anatel. A contar dessa data, você possui mais 30 dias para regularizar a situação antes que a linha seja cancelada. Além disso, o consumidor tem que sempre ser informado sobre a validade de seus créditos, conforme artigo 71 da Resolução 632/2014 e art. 6 III do CDC. Caso ainda existam créditos pendentes, o valor deve ser devolvido para o usuário. Os valores cobrados indevidamente pelas empresas também devem ser ressarcidos, porém em dobro e com os reajustes monetários vigentes. Isso pode ser feito na forma de créditos ou de acordo com a conveniência do usuário.
O que fazer?
Entre em contato com a operadora exigindo sempre a validade de seus créditos e em caso de hipóteses de cancelamento, exija a manutenção de sua linha e anote o seu número de protocolo com a operadora e entre em contato com a ANATEL.
Acentuação Gráfica
Literatura – Nova Ortografia
Tabela traz regras já de acordo com a Nova Ortografia | |||
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Tipo de palavra ou sílaba Proparoxítonas |
Quando acentuar Sempre |
Exemplos (como eram) simpática, lúcido, sólido, cômodo |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal) |
Tipo de palavra ou sílaba Paroxítonas |
Quando acentuar Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S |
Exemplos (como eram) fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual. observe: 1. Terminadas em ENS não levam acento: hifens, polens. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3. Não ponha acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam em I: inter-helênico, super-homem, anti-herói, semi-internato |
Tipo de palavra ou sílaba Oxítonas |
Quando acentuar Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS |
Exemplos (como eram) vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual. observe: 1. terminadas em I, IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal) |
Tipo de palavra ou sílaba Monossílabos tônicos (são oxítonas também) |
Quando acentuar Terminados em: A, AS, E, ES, O,OS |
Exemplos (como eram) vá, pás, pé, mês, pó, pôs |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. |
Tipo de palavra ou sílaba Í e Ú em palavras oxítonas e paroxítonas |
Quando acentuar Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos na sílaba (hiato) |
Exemplos (como eram) saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí |
Observações (como ficaram) 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam i e u se depois vier ‘nh‘: rainha, tainha, moinho. 3. Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). 4. Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú |
Tipo de palavra ou sílaba Ditongos abertos em palavras paroxítonas |
Quando acentuar EI, OI |
Exemplos (como eram) idéia, colméia, bóia |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R |
Tipo de palavra ou sílaba Ditongos abertos em palavras oxítonas |
Quando acentuar ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) |
Exemplos (como eram) papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer) |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual… mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas) |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos arguir e redarguir (agora sem trema) |
Quando acentuar arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos terminados em guar, quar e quir |
Quando acentuar aguar enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo |
Observações (como ficaram) Esta regra sofreu alteração. observe: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a-gú-o, mas não acentue) |
Tipo de palavra ou sílaba ôo, ee |
Quando acentuar vôo, zôo, enjôo, vêem |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo |
Tipo de palavra ou sílaba Verbos ter e vir |
Quando acentuar na terceira pessoa do plural do presente do indicativo |
Exemplos (como eram) eles têm, eles vêm |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual Ele vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede |
Tipo de palavra ou sílaba Derivados de ter e vir (obter, manter, intervir) |
Quando acentuar na terceira pessoa do singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo |
Exemplos (como eram) ele obtém, detém, mantém; eles obtêm, detêm, mantêm |
Observações (como ficaram) Continua tudo igual |
Tipo de palavra ou sílaba Acento diferencial |
Observações (como ficaram) Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). observe: 1. Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2. FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada |
Trema (O trema não é mais um acento gráfico) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano |
A Parusia e o Inferno
A Segunda Vinda de Cristo
Por ocasião da segunda vinda, a parusia (parousia) de Cristo Jesus, terão lugar os seguintes acontecimentos:
1. Os justos mortos ressuscitarão ( I Tessalonicenses 4:16 ).
2. Esta é chamada a primeira ressurreição. ( Apocalipse 20:6 ).
3. Os santos vivos serão transformados. ( I Coríntios 15:22 ).
3. Todos os justos serão levados ao Céu. ( I Tessalonicenses 4:17 )
4. Os ímpios vivos serão destruídos (mortos) pela resplendor da manifestação de Deus ( II Tessalonicenses 2:8 ).
5. Esta terra ficará desolada, vazia. ( Jeremias 4:23-26 ).
6. Satanás será preso. ( Apocalipse 20:1-3 ).
A Única Saída Para o Pecador
JESUS TE AMA Você acompanhou este estudo porque Jesus verdadeiramente te ama. Hoje, agora mesmo Ele quer te dar a certeza do perdão de todos os seus pecados, não importa quão graves foram ou sejam, tirar todo medo da morte e do inferno. Não seja incrédulo pois JESUS TE AMA.
Jesus disse: “Não temas; eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno“. (Apocalipse 1:17-18 ).
Para esclarecer: Cristo disse que é primeiro e último ( Apocalipse 1:8; 1:11; 2:8; 21:6 e 22:13 ) porque não há outro meio de chegar a Deus. Ele pode todas as coisas, creia nele hoje mesmo.
Jesus Cristo morreu na cruz pelos nossos pecados. Ficou três dias no coração da terra, ressuscitou, está vivo, tem as chaves do inferno que nunca se abrirão para receber aqueles que creem nELE. Você quer receber a salvação agora mesmo? Não hesite! Não seja incrédulo. ( II Pedro 3:9 ).
E se Jesus falou a Verdade
Estou usando aqui uma pergunta, mas não significa, de forma alguma, que tenho dúvidas a respeito das promessas de Deus e se Jesus Cristo. A pergunta dirijo a você, leitor. Se você não arrepender de seus pecados agora, se esperar para descobrir depois, você ouvirá o inferno, você sentirá o inferno, você verá o inferno, você respirará o inferno, você viverá eternamente no inferno.
No inferno, de acordo com as informações Bíblicas, você levantará os olhos e verá o gozo dos justos, ouvirá os gritos angustiantes, o choro, o ranger de dentes… você se lembrará de quantas vezes foi oferecida a salvação e recusada, quantas vezes falaram de Cristo e não quis ouvir, quantas vezes você foi convidado a ir à igreja para ouvir Sua Palavra e não aceitou. Reconhecerá, que amou mais as trevas que a luz, recusou o amor de Jesus que morreu por você e foi ao coração da terra para te salvar. Você conhecerá este lugar chamado inferno e estará lá para sempre. Mas, agora mesmo, há uma saída…
Onde você vai depois que crer em Cristo?
Paraíso ( Terceiro Céu, Seio de Abraão ), é o lugar dos salvos, dos cristãos, ambas as expressões (entre parênteses) vêem do Talmud, mas foram empregadas por Jesus e Paulo, em ( Lucas 16:22 e 23:43; II Coríntios 12:1-4 )
Deus é maravilhoso e longânimo para conosco, e através da Sua Palavra, que é a Bíblia, as Escrituras Sagradas, que quando confessamos nossos pecados e aceitarmos a Cristo Jesus como nosso único Senhor e Salvador, ( Mateus 10:32; Lucas 12:8; Romanos 10:9-11; I João 4:15; Apocalipse 3:5 ), teremos a vida eterna e estaremos com Ele. ( Daniel 12:2; Mateus 25:46; João 3:14-18; 3:36; 5:24; 6:40; 6:46-48; 10:27-28; 12:25; 17:2-3; Atos 13:48; Romanos 5:21; 6:22-23; I Timóteo 1:16; Tito 3:6-7; I João 1:2; 2:24-25; 5:11-12 ).
Faça esta oração em voz alta! ( Veja a Oração do Pecador )
“Senhor Deus e Eterno Pai, creio que o inferno é real, confesso que sou um miserável pecador e estou condenado. Creio que seu Filho Jesus Cristo, sofreu e morreu numa cruz por minha causa, foi ao coração da terra e ressuscitou dentre os mortos, tudo isso para me salvar. Eu me arrependo dos meus pecados e recebo agora mesmo Seu Filho como Único Senhor e Salvador. Obrigado Senhor. É isso que Te peço em Nome do Teu Amado Filho Jesus, Amém!”
Elaboração e pesquisa deste estudo:
Daniel Borges em 31/01/2002.
Revisado pela irmã Beatriz
Material de pesquisa:
Bíblia On Line,
Bíblia 98,
Bíblia Shammah,
Bíblia Sagrada (Edição Revista e Corrigida),
Bíblia Sagrada (Edição Revista e Atualizada – João Ferreira de Almeida),
Pequena Enciclopédia Bíblica, Orlando Boyler