A Pedra de Rosetta
A Pedra de Rosetta. De basalto polido, negra, medindo três pés e sete polegadas (109,22 cm) por dois pés e seis polegadas (76,2 cm).
A pedra continha textos em hieróglifos, em escrita demótica (escrita do povo) e em grego.
O Egito mantinha seu passado, indecifrável, letra morta escrita em pedra, preservando as memórias dos faraós como outrora as pirâmides guardavam suas múmias, como tal, os hieróglifos guardavam a chave desse glorioso passado, porém faltava alguém como os antigos saqueadores, que vencesse as armadilhas impostas pelo tempo, compreendesse os sinais e finalmente descobrisse o tesouro, o passado e a história dos senhores do Nilo.
O Egito é fascinante. O caminho trilhado por pesquisadores na busca pela decifração dos hieróglifos também é.
Repleto de erros e acertos, de sacrifícios e glorias. Aventureiros, padres, arqueólogos e imperadores, tentando vencer as barreiras do tempo e resgatar a verdadeira história do Egito.
Fizeram-se tentativas para decifrar os antigos sinais como enigmas, e deles tirar a verdade. Um padre jesuíta do século XVII Atanásio Kircher, (inventor da lanterna mágica), interpretou assim um grupo de sete hieróglifos: “O criador de toda a fecundidade e todo o crescimento é o deus Osirís, cuja a força vivificante tira Santa Mofta do Céu para seu império”
Hoje sabemos que os hieróglifos que o padre traduziu, significava “Autocrata, senhor absoluto” um título.
Acreditou-se por longo tempo que os Egípcios eram parentes dos Chineses, e que a escrita chinesa era proveniente dos hieróglifos, bastava para traduzi-los, consultar um dicionário Chinês.
Esse tipo de ligação fez Voltaire dizer: “Os etimologistas estabelecem o parentesco das línguas desprezando as vogais e não se ocupando muito com as consoantes.”
Hoje conhecemos melhor o chinês e os antigos hieróglifos. A escrita dos Egípcios nasceu como todas as outras, primeiramente figurativa. Como crianças, desenhavam seus pensamentos. Os índios nunca conseguiram ultrapassar essa fase, mas os egípcios avançaram para, cada sinal representando uma sílaba ou um som isolado.
Mais tarde, só se escreviam as consoantes, e talvez pela influencia do Grego, começaram a usar as vogais. Mas apenas para nome estrangeiros. Assim as vogais não existiam na origem. E era mais ou menos assim:
Fazemos um desenho do Sol, o desenho poderia representar um “SOL”, ou significar “SAL” ou “SUL”.
Muitas palavras egípcias continham uma só consoante e uma vogal:
KÊ = Altura. RÔ = Boca. TA = Pão
Como não se escrevia a vogal, os hieróglifos dessas palavras tornaram-se um sinal fonético. Sinal que indicava um som.
O hieróglifo de Altura: KÊ se tornou a letra K.
O hieróglifo de boca, RÔ, tornou-se R.
e TA = T.
Assim se chegou a um alfabeto hieroglífico completo composto de 24 sinais consonânticos.
Poderia supor que, de posse desses 24 sinais, os Egípcios passariam a só escrever por meio de letras. Não o fizeram.
Primeiro porque agarravam-se às suas tradições com extraordinária obstinação. Segundo, era mais fácil representar uma palavra ou sílaba por meio de um só sinal. Os hieróglifos passaram a ser uma mistura de sinais silábicos, letras e ideografia. Por isso se tornou tão difícil decifrá-los.
A escrita hieroglífica compreende, no total, qualquer coisa como quinhentos sinais diferentes.
Quando os Egípcios deixaram de gravar a pedra para servirem de pena e do papiro, empregaram a escrita em cartas, contratos, etc. Os hieróglifos simplificaram-se de maneira visível; a escrita tornou-se contínua. Esta escrita foi mais tarde chamada “escrita demótica”, isto é, “Escrita do Povo”.
A Descoberta da Chave
Foi a expedição de Napoleão Bonaparte ao Egito que deu impulso ao estudo do passado egípcio e à decifração dos hieróglifos. A egiptologia começa por Napoleão.
A expedição ao Egito não deu qualquer resultado duradouro do ponto de vista político, mas teve profunda repercussão científica. Com a esquadra francesa chegou uma equipe de sábios, investigadores e artistas.
Fundou-se no Cairo um instituto Egípcio, e em poucos meses de ocupação francesa, foi feita uma obra chamada “Descrição do Egito”, em trinta e duas partes. Mas a maior parte de suas descobertas caiu em mãos dos Ingleses após a capitulação e constituem atualmente a base das grandes coleções do Museu Britânico, de Londres.
E foram os soldados franceses que fizeram a descoberta mais importante… Escavando trincheiras perto da pequena cidade portuária de Roseta, a leste de Alexandria, desenterraram uma pedra de basalto polido, negra, medindo três pés e sete polegadas (109,22 cm) por dois pés e seis polegadas (76,2 cm), A pedra continha textos em hieróglifos, em escrita demótica e em grego.
Os sábios não tiveram qualquer dificuldade em decifrar o grego. Descobriram que a pedra referia-se a uma decisão tomada por uma assembléia de sacerdotes em Mênfis, no ano de 196 a.C.., no reinado de Ptolomeu V. Segundo a inscrição, o rei tinha isentado os seus súditos de certos impostos, que havia aumentado seu bem-estar. Para lhe agradecerem este belo gesto, os sacerdotes tinham decidido erguer uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e organizar todos os anos, festividades em sua honra.
Quiseram perpetuar esta decisão mandando gravar em pedra e colocando uma dessas pedras comemorativas em cada um dos templos importantes.
Foi uma dessas pedras que os soldados de Napoleão encontraram. Infelizmente a pedra estava muito estragada.
A pedra de Roseta dava aos egiptólogos a tradução grega de um texto hieroglífico e um texto demótico. Tinha-se assim encontrado a chave dos hieróglifos. Mas como empregá-la? Só os nomes próprios podiam ajudar os investigadores; no texto havia um número bastante importante de nomes. Que se assemelham sempre um pouco em cada língua.
O primeiro sábio que tentou decifrar a pedra teve que se confessar vencido, outro, um diplomata sueco Johan David Akerblad, foi mais bem sucedido, atribuindo-se lhe o cognome de “Primeiro egiptólogo.”
Examinou o segundo texto da pedra, donde tirou os nomes de Ptolomeu, Alexandre, Arsíone, Berenice e outros seis. Em breve, Akerblad aprendeu o suficiente da língua popular do Egito para daí deduzir um alfabeto, exato nas suas grandes linhas; esse alfabeto foi de grande utilidade na interpretação dos hieróglifos.
Em 1802 Akerblad publicou um livro sobre a pedra de Roseta, o qual, preparou a decifração dos hieróglifos. Se Akerblad tivesse independência econômica, teria, sem dúvida, conseguido resolver completamente o enigma dos hieróglifos.
O médico inglês Thomas Young continuou a obra de Akerblad, aproveitando seus resultados, usou sua perspicácia para interpretar certos sinais muitos especiais, rodeados por uma linha oval no texto. Um sábio dinamarquês, Zoëga, já tinha demonstrado antes que se tratava dos nomes de reis e rainhas.
Young pode decifrar duas letras do nome Ptolomeu e traduzir três outros hieróglifos. Mas a partir dessa altura não fez mais que tatear o caminho.
Jean-François Champollion tornou-se um perfeito muçulmano, vivendo a maneira egípcia.
A revelação
Jean-François Champollion (1790-1832) nasceu numa pequena aldeia do sul da França. O pai era livreiro e a infância de Jean-François teve como ambiente a França da Revolução. Com nove anos entrou em uma escola de Grenobla. Depressa demais, se tornou amigo do chefe do departamento, que havia feito a expedição científica de Napoleão ao Egito. Champollion, jovem com 11 anos, contemplava os objetos históricos que o amigo tinha trazido do Egito, e acabou por despertar uma intuição prodigiosa, revelada para o estudo das línguas. Com 16 anos começou a publicar uma obra sobre o Egito dos faraós. Tinha se familiarizado com línguas orientais: o hebreu, o árabe, o sírio, o caldeu, o sânscrito, diversos dialetos persas e até em certos termos da China e do México.
Em 10 de julho de 1809 fora nomeado, na universidade, professor de história, com 18 anos em Grenobla. Onde seu irmão mais velho já ensinava na universidade. Champollion era um fanático de Napoleão e por isso, por ordem do rei, teve que abandonar a sua atividade de professor.
Ocupou-se então com a pedra de Roseta. Seu primeiro sucesso foi explicar os sete hieróglifos que compõem o nome do rei Ptolomeu – ou na sua forma grega – Ptolomaios. O nome do rei, encontrava-se um grupo de sinais dentro de uma cercadura ovalada, que veio a tornar-se conhecida por “cartouche”.
Após longas horas de investigações, descobriu que no texto hieroglífico o nome aparecia sob a forma Ptolomais.
Ajudou na decifração o nome de Cleópatra. No ano de 1815 foi encontrado o chamado “Obelisco de Filé”, ao sul da primeira catarata; que o arqueólogo Banks levou para a Inglaterra em 1821 e o qual continha igualmente uma inscrição em hieróglifos e outra em grego.
E novamente ai se encontrava, emoldurado num “cartouche”, o nome de Ptolomeu. Mas havia um segundo grupo de hieróglifos emoldurado. E Champollion, guiado pela inscrição grega ao pé de obelisco, supôs que esse grupo devia representar o nome de Cleópatra.
Com a explicação deste nome Champollion tinha descoberto três sinais comuns; aos dois nomes. Isto é, P, O, L. Além disso, tinha dois sinais que traduziam variantes do som T e sete outros hieróglifos. Estimulado, prosseguiu e começou o exame comparativo de todos os nomes e título reais que pode reunir. Descobriu que o mesmo hieróglifo poderia indicar sons diferentes, que poderia até representar uma palavra completa.
Claro que tropeçou em uma invenção dos egípcios da 18º dinastia, que, de mau gosto, introduziram pequenos enigmas na escrita. Por exemplo: o desenho de um homem que segura um porco pela calda. Um hieróglifo.
“Seguir o porco” seria a tradução, Seguir em egípcio é CHÉS e porco TEB, o enigma significa então CHÉSTEB, que quer dizer “Lápis-lazúli” a pedra azul usada na decoração.
Algumas das passagens mais famosas da literatura egípcia, chegaram até nós em cópias feitas por jovens estudantes, que treinavam sua caligrafia. Imagina-se em que estado se apresenta estes textos.
Champollion interpreta esses hieróglifos da Núbia reconhece imediatamente os dois últimos sinais, Mas e quanto aos dois primeiros? No primeiro, vê uma representação do disco solar e, graças ao seu conhecimento do copta, a língua dos religiosos cristãos do Egito, sabe que o sol representa o nome RÁ, por intuição vê no segundo hieróglifo a palavra “Nascimento” ou em copta “MAS”. Assim chega ao termo RAMASES, isto é, Ramsés.
Entusiasmado, juntou suas notas, correu à casa do irmão, atirou o maço de manuscritos para cima da mesa e gritou: “Ai está!”
No mesmo momento caiu desmaiado. Era uma crise nervosa que após 15 anos de um trabalho cerebral penoso cobrou seu preço.
Champollion permaneceu cinco dias em estado de letargia. Recobrou-se e prosseguiu suas pesquisas com o auxílio dos amigos. Viajou aos museus de Turim, Roma, Nápoles e onde havia antiguidades egípcias. Foi nomeado diretor da seção de egiptologia do Louvre. Em 1828 pode, finalmente, por conta do Louvre, fazer uma viagem até o Egito. Acontece que, para viajar ao Egito sem dificuldades, era prudente adotar os costumes dos indígenas. Champollion deixou a barba crescer, e, tornou-se um perfeito muçulmano, vivendo a maneira egípcia. Fez viagens pelo Nilo, ao longo dos minarates, obeliscos e pirâmides. E viu as inscrições.
Jean-François Champollion permaneceu muito tempo nos túmulos dos reis do Egito, onde a atmosfera era doentia e faltava ar, copiou longas inscrições em posições desconfortáveis e com pouca luz, e interpretava as descobertas. Champollion suportou mal a viagem de regresso e a passagem sem transição do clima quente do deserto para o rude inverno francês em 1829, quanto foi atacado por reumatismo. Seu trabalho foi reconhecido pelos cientistas e foi-lhe atribuída uma cadeira de Egiptologia. Mas, no final de 1831, Jean-François Champollion foi atacado de apoplexia e paralisia parcial. A caneta caía-lhe das mãos, mas teve ainda suficiente força para terminar o manuscrito do seu dicionário e da sua gramática egípcia e para ordenar a documentação que trouxe do Egito. Na primavera de 1832, morria com 41 anos.
Texto da Pedra de Roseta
No reinado do jovem que sucedeu o pai na realeza, senhor de diademas, mais glorioso, que estabeleceu o Egito e foi piedoso para os deuses, triunfante em cima dos inimigos que restabeleceram a vida civilizada de homens o senhor dos Trinta Festivais de Anos, até mesmo como Ptah o Grande, um rei amado de Ra, grande rei dos países Altos e Baixos, descendência dos Deuses Philopatores, um a quem Ptah aprovou, para quem Ra deu a vitória, a imagem viva de Amun, filho de Ra, PTOLEMAIO, O que vive para sempre, AMADO DE PTAH, no nono ano, quando o filho de Aetos de Aetos era o sacerdote de Alexandre, e os Deuses Soteres, e os Deuses Adelphoi, e os Deuses Euergetai, e os Deuses Philopatores e o Deus Epiphanes Eucharistos; Filha de Pyrrha de Philinos que é Athlophoros de Berenike Euergetis, filha de Areia de Diogenes que é Kanephoros de Arsinoe Philadelphos,; Filha de Irene de Ptolemaio que é a Sacerdotisa de Arsinoe Philopator; o quarto do mês de Xandikos, de acordo com os egípcios o 18º Mekhir.
DECRETO. Sendo ajuntado os Sacerdotes Principais e Profetas lá e esses que entram no santuário interno pelo vestir os deuses, e os portadores e os Escriturários Sagrados e todos os outros sacerdotes dos templos ao longo da terra que veio conhecer o rei a Memphis, para o banquete da suposição por PTOLEMAIO, O QUE VIVE PARA SEMPRE (O ETERNO), O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, da realeza na qual ele sucedeu o pai, eles sendo ajuntados no templo em Memphis neste dia declararam:
Considerando que o Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, o filho de Rei Ptolemaio e Rainha Arsinoe, os deuses Philopatores, foram benfeitores para o templo e para esses que moram neles, como também esses que são os assuntos dele, enquanto sendo um deus feito de um deus e deusa amados de Horus, o filho de Isis e Osiris que vingaram o pai Osiris enquanto estando benignamente disposto para os deuses, dedicou às rendas de templos de dinheiro e milho e empreendeu muito para trazer o Egito em prosperidade, e estabelecer os templos, e foi generoso com todos seus próprios meios; e das rendas e impostos arrecadados no Egito alguns remeteu ele completamente e outros iluminou, para que as pessoas e todos os outros poderiam estar em prosperidade durante o reinado dele; e considerando que ele remeteu as dívidas ao ser de coroa muitos em número que eles no Egito e o resto do reino deveram; e considerando que esses que estavam em prisão e esses que estavam por muito tempo debaixo de acusação, ele livrou das punições contra eles; e considerando que ele dirigiu que os deuses continuarão desfrutando as rendas dos templos e as mesadas anuais dadas a eles, ambos milho e dinheiro, que igualmente também a renda nomeada aos deuses da videira pousa e de jardins e as outras propriedades que pertenceram aos deuses pelo tempo do pai dele; e considerando que ele também dirigiu, com respeito aos sacerdotes, que eles não deveriam pagar nenhum mais como imposto por admissão para o sacerdócio que o que foi os designados ao longo do reinado do pai e até o primeiro ano do próprio reinado dele; e aliviou os sócios das ordens sacerdotais da viagem anual para Alexandria; e considerando que ele dirigiu aquele para a marinha já não será empregado; e do imposto em pano feito de linho bem pago pelos templos à coroa ele remeteu dois-terços; e qualquer coisas eram negligenciadas em tempos anteriores que ele restabeleceu à própria condição deles, enquanto tendo cuidado como os deveres tradicionais serão pagos aos deuses; e igualmente aquinhoou justiça a tudo, como Thoth o grande e grande; e ordenou que esses que devolvem da classe de guerreiro, e de outros que eram dispostos pelos dias das perturbações, deva, no retorno deles, seja permitido ocupar as posses velhas deles; e considerando que ele contanto que a cavalaria e infantaria força e navios deveriam ser enviados contra esses que invadiram o Egito através de mar e através de terra, dispondo grandes somas em dinheiro e milho para que os templos e tudo esses que estão na terra poderiam estar em segurança; e ter entrado para Lycopolis no nome de Busirite que tinha estado ocupado e tinha fortalecido contra um assédio com uma loja abundante de armas e todos os outros materiais que vêem aquele era agora de se levantar muito tempo entre os homens incrédulos juntado nisto, que tinha perpetrado muito dano aos templos e para todos os habitantes de Egito, e tendo se acampado contra isto, ele cercou com montículos e trincheiras e fortificações elaboradas; quando o Nilo fez uma grande elevação no oitavo ano de reinado, que normalmente inunda as planícies, ele previu isto, represando a muitos pontos as saídas de canais, nenhuma quantia pequena de dinheiro, e fixando a cavalaria e infantaria para os vigiar, em pouco tempo ele a cidade levou através de tempestade e destruiu todos os homens incrédulos nisto, até mesmo como Thoth e Horus, o filho de Isis e Osiris, antigamente subjugou os rebeldes no mesmo distrito; e sobre esses que tinham conduzido os rebeldes pelo tempo do pai e quem tinha perturbado a terra e prejudica aos templos, ele veio a Memphis para vingar o pai e a própria realeza, e os castigou como mereceram, na ocasião que veio executar as próprias cerimônias para a suposição da coroa lá; e considerando que ele remeteu o que estava devido à coroa nos templos até o oitavo ano dele, enquanto sendo nenhuma quantia pequena de milho e dinheiro; tão também as multas para o pano feito de linho bom não entregado à coroa, e desses entregados, as várias taxas para a verificação deles, para o mesmo período,; e ele também livrou os templos do imposto da medida de grão para toda medida de terra sagrada e igualmente o jarro de vinho para cada medida de terra de videira; e considerando que ele deu muitos presentes em Apis e Mnevis e para outros animais sagrados no Egito, porque ele era muito mais considerado que os reis antes dele e tudo aquilo pertenceu a eles; e para os enterros deles ele deu o que era satisfatório e magnificamente, e o que foi pago regularmente para os santuários especiais deles, com sacrifícios e festivais e outras observâncias habituais, e ele manteve a honra dos templos e de Egito de acordo com as leis; e ele adornou o templo de Apis com trabalho rico, enquanto gastando nisto ouro e prata e pedras preciosas, nenhuma quantia pequena; e considerando que ele fundou templos e santuários e altares, e consertou esses requerendo isto, enquanto tendo o espírito de um deus beneficente em assuntos que pertencem a religião; e considerando que depois de inquirido tem renovado ele o a maioria honrosa dos templos durante o reinado dele, como está se tornando; em requital de qual coisas os deuses lhe deram saúde, vitória e poder, e todas as outras coisas boas, e ele e as crianças dele reterão a realeza durante todo o tempo.
COM FORTUNA PROPÍCIA: Estava resolvido pelos sacerdotes de todos os templos na terra grandemente aumentar as honras existentes de Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, igualmente esses dos pais dele os Deuses Philopatores, e dos antepassados dele, o Grande Euergatai e os Deuses Adelphoi e os Deuses Soteres e montar no lugar mais proeminente de todo templo uma imagem do REI ETERNO PTOLEMAIO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS que será chamado de “PTOLEMAIO, o defensor de Egito”, qual estará de pé ao lado do deus principal do templo, enquanto lhe dando a cimitarra de vitória tudo dos quais será fabricada na moda egípcia; e que os sacerdotes farão homenagem às imagens três vezes por dia, e pôs neles os artigos de vestuário sagrados, e executa as outras honras habituais como é dada aos outros deuses nos festivais egípcios; e estabelecer para Rei PTOLEMAIO, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, sucessor de Rei Ptolemaio e Rainha Arsinoe, os Deuses Philopatores, uma estátua e santuário dourado em cada templo, e montar isto na câmara interna com os outros santuários; e nos grandes festivais nos quais os santuários são levados em procissão o santuário do DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS será levado em procissão com eles. E para que possa ser facilmente agora distinguível e durante todo o tempo, lá será fixado no santuário dez coroas de ouro do rei para qual será somado uma naja exatamente como em todas as coroas adornou com najas que estão nos outros santuários, no centro deles estará a coroa dupla na qual ele pôs quando ele entrou no templo a Memphis executar as cerimônias por assumir a realeza; e lá será colocado em volta na superfície quadrada sobre as coroas, ao lado da coroa acima mencionado, oito símbolos dourados em número que significa que é o santuário do rei que faz manifesto o Superior e os mais Baixos países. E desde que é os 30º de Mesore no qual o aniversário do rei é célebre, e igualmente os 17º de Paophi no qual ele sucedeu o pai na realeza, eles seguraram estes dias em honra como nome-dias nos templos, desde que eles são fontes de grandes bênçãos para tudo; foi decretado mais adiante que um festival será mantido nos templos ao longo do Egito nestes dias por todos os meses em qual haverá sacrifícios e libações e todas as cerimônias habituais aos outros festivais e os oferecimentos será dado aos sacerdotes que servem nos templos. E um festival será mantido para Rei PTOLEMAIO, O ETERNO, O AMADO DE PTAH, O DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS, anualmente nos templos ao longo da terra dos 1º de Thoth durante cinco dias nos quais usarão guirlandas e executarão sacrifícios e libações e outras honras habituais, e serão chamados os sacerdotes em cada templo os sacerdotes do DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS além dos nomes dos outros deuses a quem eles servem; e no sacerdócio dele será entrado em documentos todo formais e será gravado nos anéis que eles usam; e também serão permitidos os indivíduos privados manter o festival e montar o santuário acima mencionado e serão tidos isto nas casas deles. executando as celebrações acima mencionado anualmente, para que possa ser conhecido a tudo aquilo que os homens de Egito aumentam e honram o DEUS EPIPHANES EUCHARISTOS o rei, de acordo com a lei.
“Este decreto se inscreverá em um estela de pedra dura em caráter sagrados e nativos e gregos e será montado em cada do primeiro, segundo e terceiros templos de grau ao lado da imagem do rei sempre-vivo”.
O Prelo de Gutenberg e Stanhope
Os Prelos Manuais
Prelo – Albion Press”
« Prelo de impressão manual » “Albion Press” da marca Hopkinson & Cope fabricada n ano de 1859 na Inglaterra.
Esse pequeno prelo manual era utilizado na impressão de provas tipográficas.
A prensa Albion é um modelo de prensa de impressão manual de ferro , originalmente projetada e fabricada em Londres por Richard Whittaker Cope (falecido em 1828?) Por volta de 1820. Funcionava por uma simples ação de alternância, ao contrário do complexo mecanismo de alavanca da prensa colombiana e a imprensa Stanhope . Albions continuou a ser fabricado, em uma variedade de tamanhos, até a década de 1930. Eles foram usados para impressão comercial de livros até meados do século XIX e, a partir de então, principalmente para revisão, trabalhos de redação e por prensas privadas . Francis Meynell costumava usar um Albion para revisar as páginas de seus designs para a Nonesuch Presslivros e imprimiu alguns pequenos livros e coisas efêmeras usando a imprensa. Os impressores que ainda usam predominantemente a Albion Press no Reino Unido para publicar edições limitadas de boa impressão incluem IM Imprimit de Ian Mortimer e a St James Park Press de James Freemantle.
Após a morte de Cope, Albions foram fabricados por seus herdeiros e membros da família Hopkinson (inicialmente negociados como ‘Jonathan e Jeremiah Barrett’ e mais tarde como ‘Hopkinson e Cope’), que teriam melhorado o design. A partir da década de 1850 em diante prensas Albion foram fabricados sob licença por outras empresas, nomeadamente Harrild & Sons , Miller e Richard , e Frederick Ullmer Ltd. A alternância de ação, e a forma distintiva e ‘coroa’ finial do Albion, torne-o instantaneamente reconhecível.
Prelo – Alauzet
Designação: Prelo tipográfico manual
Marca: Alauzet [Alauzet Express, from Alauzet & Cie]
Data: Séc. XIX
País: França
Função: Prelo manual de impressão tipográfico
Existe um exemplar no espólio da AMI – Associação Museu da Imprensa / Portugal.
« Prelo manual de impressão tipográfico » de marca: Alauzet, datado do Século XIX na França.
Camera – Penrose
« Camera » da marca Hunter Penrose, Ltd, fabricado na Inglaterra e sua função era obter clichés fotográficos para trabalhos litográficos.
Litofotografia = Fotolitografia (Arte de produzir litograficamente uma estampa impressa).
Litografia – Desenho ou escrita em pedra, depois estampada em papel; oficina do tipógrafo. Palavra de origem grega formada por lithos (pedra) e grapho (escrever). Esta nova técnica utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e de cor azulada/amarela e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. Método inventado por Senefelder, que contou a sua descoberta no “Tratado da Litografia” escrito em 1818, e que, em resumo, consistia no seguinte: as pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo, após o que as gravava com uma solução nítica. O ácido não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tinta, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressoras, após o que procedia à impressão. Atualmente, embora o princípio seja o mesmo, em vez de pedra utiliza-se chapas metálicas, matérias plásticas ou outras devidamente preparadas.
« Qualquer destes três, ainda existe um exemplar no espólio da AMI – Associação Museu da Imprensa / Portugal. »
« GUTENBERG, Johann Gensfleish (1397 ?-1468) » – Nascido na cidade de Móguncia (Alemanha), no seio de uma família bastante próspera, é a ele que se deve a criação do processo de impressão com caracteres móveis – “a tipografia”. Tanto o seu pai como o tio eram funcionários da Casa da Moeda do arcebispo de Móguncia, sendo provavelmente ali que Joahann aprendeu a arte da precisão em trabalhos de metal. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo onde procedeu às primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis e onde deu a conhecer a sua ideia. Nesta cidade terá, provavelmente, em 1442, impresso o primeiro exemplar na sua prensa original – um pedaço de papel, com onze linhas.
« STANHOPE, Lord Charles (1753-1816) » – Filantropo inglês, que concebeu por volta de 1795 um prelo, para publicar as suas obras, que pela primeira vez era totalmente construído em ferro, excluindo a cruz em madeira onde assentava. As suas principais inovações foram a pressão regulável através de um alavanca, as calhas oleadas onde desliza o cofre e a capacidade, dada a sua força de pressão, de imprimir de uma vez só toda a superfície da forma. Devido a um contrapeso no braço (alavanca de pressão) regressava automaticamente à sua posição inicial. Com estas melhorias no sistema de prensagem e na entintagem (feita manualmente com as chamadas “balas”), a sua utilização permitia já uma produção de 100 exemplares à hora. A sua penetração no restante continente europeu foi muito rápida, tendo chegado a França em 1814, estando já à algum tempo ao serviço do jornal inglês “Times”. O escritor e também impressor Honoré de Balzac descreve ao longo das páginas do livro “Ilusões Perdidas”, editado em 1837, as transformações e consequências da importação para França deste tipo de prelo. Com um prelo semelhante trabalharam as célebres famílias de Didot, em França, Giambattista Bodoni, em Parma e Baskerville em Inglaterra.
Em Portugal foi Joaquim António Xavier Annes da Costa, administrador da Imprensa Régia na segunda década do sec. XIX, que introduziu os prelos de Stanhope, mandando construir, pelo modelo de dois provenientes de Inglaterra, treze prelos daquele tipo. Na mesma empresa, mas denominada agora, e desde 1823, por Imprensa Nacional, existiam ainda em 1863, seis prelos manuais à Stanhope, construídos em Lisboa. Na Imprensa da Universidade de Coimbra existiam, em 1877, dois prelos do sistema Stanhope.« SENEFELDER, Aloysius (1771-1834) » – Inventor checo da litografia em 1796, palavra de origem grega formada por lithos (pedra) e grapho (escrever). Esta nova técnica utiliza uma pedra calcária de grão muito fino e de côr azulada/amarela e baseia-se na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. O próprio Senefelder contou a sua descoberta no “Tratado da Litografia” escrito em 1818, e que, em resumo, consistia no seguinte: as pedras eram desenhadas ou escritas com uma tinta pastosa composta por cera, sabão e negro de fumo, após o que as gravava com uma solução nítica. O ácido não atacava as partes escritas, que estavam protegidas pelas tinta, mas somente as zonas a descoberto. Deste modo obtinha um ligeiro alto relevo, que entintava com uma bala, procurando não sujar as zonas não impressoras, após o que procedia à impressão. O termo “Litografia” foi criado pelo professor Mitterer em 1805, em Munique.