Nossa Moeda

23/04/2021

Nossa Moeda

Como é Feito o Dinheiro

Evolução do Padrão Monetário do Brasil

1500 – 1994

O primeiro dinheiro a circular no Brasil foi a moeda-mercadoria. Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal. Mas a primeira “moeda” brasileira de fato foi o açúcar, que, em 1614, passou a valer como dinheiro por ordem do governador Constantino Menelau. O fumo, o algodão e a madeira também eram muito utilizados com essa função.

As primeiras moedas metálicas – de ouro, prata e cobre – chegaram com o início da colonização portuguesa. A moeda portuguesa, o real, foi usada no Brasil durante todo o Período Colonial. Assim, tudo se contava em réis – plural popular de real. O dinheiro vinha de Portugal, mas sua origem verdadeira era a Espanha, muito mais rica em reservas metálicas devido à maior abundância de ouro e prata em seu império. Houve até uma época – durante a dominação de Portugal pela Espanha, de 1580 a 1640 – em que a moeda utilizada na Colônia brasileira era o real hispano-americano, cunhado na Bolívia.

Em 1624, a Holanda invadiu pela primeira vez o Nordeste brasileiro. Sob seu domínio, foi realizada a primeira cunhagem de moedas em território nacional. Quadradas, pequenas, feitas em ouro e prata, elas surgiram em Pernambuco, em 1645.

Florin

Florin

Florin

Florin

Primeiras moedas cunhadas no Brasil, os florins foram fabricados em ouro pelos holandeses, quando ocuparam o Nordeste brasileiro (1630 – 1654).

As casas fabricantes de moedas foram criadas por aqui à medida que os lugares iam desenvolvendo-se e necessitavam de dinheiro. A primeira foi a Casa da Moeda do Brasil foi inaugurada em 1694, em Salvador na Bahia, para cunhar os réis portugueses, em cobre e depois em ouro. Em seguida vieram as casas da moeda do Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais.

Quando a Corte portuguesa veio para o Rio de Janeiro por conta das Guerras Napoleônicas, o crescimento dos gastos por causa de sua presença e a falta de metal precioso levaram à necessidade de emissão de moeda de papel para atender ao comércio. Criou-se, então, o Banco do Brasil, e, em 1810, foram lançados os primeiros bilhetes de banco no país.

O dinheiro no Brasil Império
(1822-1889)

Entretanto, quando D. João VI (1706 – 1750), voltou para Portugal, levou não só a Corte, mas também o tesouro nacional. Golpe grave: as reservas bancárias da Colônia reduziram-se a 20 contos de réis (ou 2 mil réis). Passou-se a emitir papel-moeda sem lastro metálico suficiente, o que ocasionou a progressiva desvalorização do dinheiro. Assim, quando D. Pedro I se tornou imperador do Brasil em 1822, encontrou os cofres vazios e uma enorme dívida pública. Sob o governo de D. Pedro II a situação melhorou um pouco, principalmente devido à produção cafeeira (que seria o centro da economia brasileira nos próximos 100 anos) e à construção de ferrovias e estradas.

Moeda de 6.400 réis, de 1822, em ouro [cara]

Moeda de 6.400 réis, de 1822, em ouro [cara]

Moeda de 6.400 réis, de 1822, em ouro [coroa]

Moeda de 6.400 réis, de 1822, em ouro [coroa]

Conhecida como Peça da Coroação, foi cunhada para comemorar a coroação de Dom Pedro I como Imperador do Brasil.

Em 1888, com a abolição da escravatura, completava-se parte do caminho – que seria concluído pela imigração – da formação do nosso mercado de trabalho, o que disponibilizou a mão-de-obra necessária para nossa industrialização. Foram evoluções imprescindíveis para o desenvolvimento capitalista no Brasil.

No dia-a-dia, passou-se a usar o mil-réis, múltiplo do real, como unidade monetária devido às seguidas desvalorizações.

Cédula de 1.000 réis com efígie de Dom Pedro II de 1879

Cédula de 1.000 réis com efígie de Dom Pedro II de 1879

 

Cédula de 500 réis com efígie de Dom Pedro II

Cédula de 500 réis com efígie de Dom Pedro II

O dinheiro na República Velha
(1889-1937)

A desvalorização transformou-se num mal crônico, e as crises financeiras se sucediam. O governo federal passou a ser o único responsável pela emissão de nosso dinheiro. Só em 1911 é que o dinheiro brasileiro registrou sua primeira alta no mercado internacional.

Cédula de 500 mil réis da Caixa de Conversão de 1906

Cédula de 500 mil réis da Caixa de Conversão de 1906

Em 1906, foi criada a Caixa de Conversão para combater a crise no mercado do café – produto importantíssimo para a economia brasileira – e manter equilibrado o poder de troca da moeda do Brasil no comércio com outras nações. A Caixa emitiu cédulas em valores que variam entre 10 mil réis e 1 conto de réis – o chamado papel-ouro, porque tinha a garantia de ser trocado por moedas de ouro. Ela teve suas atividades encerradas em 1920.

Mas o mil-réis se desvalorizou muito devido à Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, e ao crash da bolsa em 1929, fato que influenciou a economia do mundo todo. Começou nesse período a crise da produção cafeeira no Brasil.

Para tentar estabilizar a situação, criou-se a Caixa de Estabilização, que emitia cédulas que podiam ser trocadas por barras ou moedas de ouro, com o intuito de formar um estoque que tornasse o dinheiro brasileiro mais forte. A Caixa não teve êxito, pois essas crises foram tão fortes que esgotaram os depósitos, e suas atividades foram encerradas em 1930.

O dinheiro no Estado Novo
(1937-1945)

A partir de 1933, o Brasil começou a se recuperar. Isso se deveu principalmente à política de defesa dos interesses cafeeiros, já que a demanda interna voltou-se mais uma vez ao produto nacional, por causa da brusca queda da capacidade de importar produtos.

O governo ditatorial de Getúlio Vargas se preocupava muito em criar medidas de estímulo à indústria brasileira, manipulando investimentos e investindo recursos em segmentos como a indústria de base. Em 1941, surge a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Companhia Vale do Rio Doce.

No ano de 1942, o cruzeiro é estabelecido como padrão monetário nacional, substituindo o real. A nova unidade correspondia a 1 mil-réis.

O dinheiro na Quarta República e na Ditadura Militar
(1945-1983)

Cédula de 1 cruzeiro com efígie do Marquês de Tamandaré de 1956

Cédula de 1 cruzeiro com efígie do Marquês de Tamandaré de 1956

A desaceleração do crescimento industrial ocasionado pela Segunda Guerra Mundial não impediu a consolidação da industrialização no Brasil no fim do Estado Novo, em 1945.

Já iniciadas as ditaduras militares, o ano de 1967 foi marcado pelo lançamento do cruzeiro novo, unidade transitória que equivalia a mil cruzeiros. Em 1970, sua denominação voltou a ser apenas cruzeiro.

De 1968 a 1973, o Brasil passou pelo milagre econômico, com a realização de obras e projetos ambiciosos. O PIB cresceu, em média, 11% ao ano, mas a renda tornou-se cada vez mais concentrada, problema que persiste até hoje.

Em 1979, ocorreu a maxidesvalorização do cruzeiro, durante o governo Figueiredo, quando o nosso dinheiro perdeu de uma só vez 30% do seu valor.

Cédula de 100 cruzeiros lançada em 1981

Cédula de 100 cruzeiros lançada em 1981

A partir do governo Juscelino Kubitschek (1956 a 1960) e durante todo o período dos governos militares (1964 a 1985), houve um supercrescimento da dívida externa brasileira, até que, em novembro de 1983, o país informou aos credores internacionais que deixaria de pagar o principal da dívida, honrando apenas os juros.

O dinheiro na Nova República
(a partir de 1983)

A Nova República herdou como um dos mais pesados fardos a dívida externa e a inflação galopante, que seria o alvo principal de várias medidas e planos econômicos.

O Decreto 2.283 deflagrou, no governo Sarney, o Plano Cruzado. Entre as medidas adotadas, estavam a reforma monetária (criação da nova moeda, o Cruzado), o congelamento dos preços e a instituição do gatilho salarial, que era acionado toda vez que a taxa de inflação atingia 20%.

Em 1986, entrou em cena o Plano Cruzado II e, em 20 de fevereiro de 1987, o presidente José Sarney informou, em pronunciamento oficial, que o governo brasileiro suspendera unilateralmente todos os pagamentos de juros relativos à dívida de médio e longo prazo devida aos bancos comerciais estrangeiros.

Cédula de 10 mil cruzados lançada em 1986, que homenageou o cientista Carlos Chagas

Cédula de 10 mil cruzados lançada em 1986, que homenageou o cientista Carlos Chagas

Entre 1987 e 1991, foram implementados sucessivamente vários planos econômicos. Primeiro o Plano Bresser, de junho de 1987. Em 1989, o Plano Verão, que criou o Cruzado Novo. Já no governo Collor, os planos Collor I (que ressuscitou o cruzeiro) e Collor II. A edição sucessiva mostrava o insucesso das tentativas de estabilizar a economia. A inflação pularia de 415,83% ao ano, em 1987, para 2.708,55% ao ano em 1993.

No início da década de 90, o Brasil passou por um período chamado de abertura comercial e econômica. Tratou-se de reduzir a tarifa de importação, realizar reestruturações industriais e tecnológicas e promover processos de privatizações de empresas estatais com o objetivo de criar condições para que o mercado nacional pudesse enfrentar a concorrência internacional e adequar sua economia ao fenômeno da globalização.

Em 1993, já no governo Itamar Franco, a moeda foi novamente desvalorizada em três decimais: o cruzeiro passou a se chamar cruzeiro real.

Tendo a inflação alcançado o alarmante índice de 3.700% nos primeiros onze meses de duração do cruzeiro real, o governo Itamar Franco passou a adotar, a partir de março de 1994, um indexador único da economia, designado unidade real de valor (URV), para estabelecer uma proporção entre salários e preços, o qual iria se transformar em nova moeda quando todos os preços, em tese, estivessem estáveis em termos de URV. Essa estabilidade pressuposta ocorreu em 1.° de julho de 1994, quando a URV, equivalendo a 2.700 cruzeiros reais, passou a valer 1 real, representado pelo símbolo R$.

Cédula de 50 mil cruzeiros reais lançada em 1993

Cédula de 50 mil cruzeiros reais lançada em 1993

Em 1998, o real passou pela sua primeira grande afirmação, quando houve uma grande desvalorização da nossa moeda devido à quebradeira de vários mercados pelo mundo, principalmente o russo e o asiático. Mas, apesar das dificuldades, o Brasil atravessa atualmente uma fase de desenvolvimento. Temos uma grande produção industrial, um mercado vigoroso e atingimos uma marca representativa no segmento de informática e tecnologia. Todavia, nosso passado colonial e escravista revela igualmente seu peso, mantendo flagrantes desigualdades sociais em nosso país e fazendo com que uma grande parte da população não participe desse desenvolvimento.

Outro problema comumente enfrentado pelos mercados emergentes como o brasileiro é que suas economias vivem à mercê da ação de especuladores, que ganham dinheiro com fortes quedas no mercado cambial e de ações, podendo fazer com que entrem em colapsos parecidos com o enfrentado pelo povo argentino atualmente, pelo México em 1994 ou pelos Tigres Asiáticos em 1998.

Mês/Ano da Mudança: Período Colonial
Nome Anterior: –
Nova Denominação: Real
Vigência da Moeda Anterior: –
Valor Paritário: R 1$2000 = 1/8 de ouro de 22K
Medida Legal da Nova Moeda
O Plural de Real era Réis.
Mês/Ano da Mudança: Outubro/33
Nome Anterior: Real
Nova Denominação: Mil Reis
Vigência da Moeda Anterior: Até 07/10/1833
Valor Paritário: Rs 2$5000 = 1/8 de ouro de 22K
Medida Legal da Nova Moeda
Vigorou à partir do Segundo Império.
Um cento de Reis corresponde a 1.000.000 réis.
Mês/Ano da Mudança: Outubro/42
Nome Anterior: Mil Réis
Nova Denominação: Cruzeiro
Vigência da Moeda Anterior: de 08/10/1833 a 31/10/1942
Valor Paritário: Rs 1.000 = Cr$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Decreto Lei nº 4.791 de 05/10/42
(foram criados os centavos)
Em 1902 com a inflação durante a 2a. Guerra,
o Mil Reis vira Cruzeiro e 3 zeros são cortados.
Em 1964 a fração centesimal do Cr$, denominada centavo
foi extinta pela Lei 4.511 de 01/12/64.
Mês/Ano da Mudança: Fevereiro/67
Nome Anterior: Cruzeiro
Nova Denominação: Cruzeiro Novo
Vigência da Moeda Anterior: de 01/11/1942 a 12/02/1967
Valor Paritário: Cr$ 1.000 para NCr$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Decreto Lei nº 1 de 13/11/65
Regulamentado pelo Decreto nº 60.190 de 08/02/67
(foram restabelecidos os centavos).
Mês/Ano da Mudança: Maio/70
Nome Anterior: Cruzeiro Novo
Nova Denominação: Cruzeiro
Vigência da Moeda Anterior: de 13/02/67 a 14/05/70
Valor Paritário: NCr$ 1,00 para Cr$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Resolução nº 144 de 31/03/70 Em 1984
a fração centesimal do Cr$ criado em 31/03/70,
foi extinta a partir de 16/08/84
com a promulgação da Lei nº 7.214 de 25/08/84.
Mês/Ano da Mudança: Fevereiro/86
Nome Anterior: Cruzeiro
Nova Denominação: Cruzado
Vigência da Moeda Anterior: de 15/05/70 a 27/02/86
Valor Paritário: Cr$ 1.000 para Cz$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Decreto Lei nº 2.283 de 27/02/86
** Plano Cruzado **
(foram restabelecidos os centavos)
São cortados 3 zeros da moeda.
Mês/Ano da Mudança: Janeiro/89
Nome Anterior: Cruzado
Nova Denominação: Cruzado Novo
Vigência da Moeda Anterior: de 28/02/86 a 15/01/89
Valor Paritário: Cz$ 1.000 para NCz$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Medida Provisória nº 32 de 15/01/89
que deu origem a Lei 7.730 de 31/11/89
** Plano Verão
**
Houve congelamento de preços e são cortados 3 zeros da moeda.
Mês/Ano da Mudança: Março/90
Nome Anterior: Cruzado Novo
Nova Denominação: Cruzeiro
Vigência da Moeda Anterior: de 16/01/89 a 15/03/90
Valor Paritário: NCz$ 1,00 para Cr$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Medida Provisória nº 168 de 15/03/90
(alterada pela M.P. 172 de 17/03/90 e 174 de 23/03/90)
que deu origem a Lei 8.024 de 12/04/90
** Plano Collor **
O Presidente Collor bloqueia as aplicações financeiras.
Mês/Ano da Mudança: Agosto/93
Nome Anterior: Cruzeiro
Nova Denominação: Cruzeiro Real
Vigência da Moeda Anterior: de 16/03/90 a 31/07/93
Valor Paritário: Cr$ 10 para CR$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Medida Provisória nº 336 de 28/07/93,
convertida na Lei nº 8.697 de 27/08/93,
e Resolução do Banco Central nº 2.010 de 28/07/93
(foram restabelecidos os centavos)
A moeda fica sem 3 zeros novamente. Houve,
em seus 11 meses de existência, um acúmulo de inflação de 3700%.
Mês/Ano da Mudança: Julho/94
Nome Anterior: Cruzeiro Real
Nova Denominação: Real
Vigência da Moeda Anterior: de 01/08/93 a 30/06/94
Valor Paritário: CR$ 2750 para R$ 1,00
Medida Legal da Nova Moeda
Decreto Lei nº 8.880 de 27/05/94 e 9.069, de 29/06/95.
** Plano Real **
O Presidente Itamar Franco cria o Real, plural Reais.
Passou também a vigorar a URV (Unidade Real de Valor, com variação diária.
A Economia era estimulada a usá-la como referência.
Quando a URV chegou a CR$ 2750, a nova moeda, Real, entrou em vigor.

FORMULAS DE EQUIVALÊNCIA EM RELAÇÃO AO REAL
onde X é a moeda a ser convertida (para o programa Excel):

1- RÉIS (… a 10/1942) PARA REAL: =(X/1000^5)/2750
2- CRUZEIRO (11/1942 a 02/1967) PARA REAL: =(X/1000^4)/2750
3- CRUZEIRO NOVO E CRUZEIRO (03/1967 a 02/1986) PARA REAL: =(X/1000^3)/2750
4- CRUZADO (03/1986 a 01/1989) PARA REAL: =(X/1000^2)/2750
5- CRUZADO NOVO E CRUZEIRO (02/1989 a 07/1993) PARA REAL: =(X/1000)/2750
6- CRUZEIRO REAL (08/1993 a 06/1990) PARA REAL: =(X/2750)

Obs: Se de 01/94 a 06/94 os valores informados forem em URV, estes deverão ser convertidos em Cruzeiros reais para serem usados na fórmula acima.

* Observação importante *

Antes da transformação das moedas, devemos incorporar a inflação do período utilizando os números índices como o IGP-DI. Exemplo: PARA ATUALIZAR CR$10.000,00 DE 31/01/94 PARA 31/12/98 BASTA DIVIDIR:
CR$ 10.000 PELO NÚMERO-ÍNDICE IGP-DI DE JAN/90 E DEPOIS MULTIPLICAR O RESULTADO PELO NÚMERO ÍNDICE DE DEZ/98. O RESULTADO OBTIDO SERÁ O “X” DA FÓRMULA 6 ACIMA =(X/2750).

Como é Feito o Dinheiro

Moedas

Moeda de 1 Real - Moeda Recolhida [cara]

Moeda de 1 Real – Moeda Recolhida [cara]

Moeda de 1 Real - Moeda Recolhida [coroa]

Moeda de 1 Real – Moeda Recolhida [coroa]

Há mais de 2.600 anos, o processo de fazer moedas é o mesmo. Grava-se uma imagem em um pedaço de metal comprimindo-o entre duas superfícies. No passado, isso era feito manualmente.

Hoje em dia, um artista cria um modelo em gesso, muito maior que a moeda definitiva. A partir dele, faz-se uma versão em níquel, utilizando-se um sistema chamado galvanoplastia (processo de produzir objetos mediante deposição eletrolítica sobre um molde). Então, utiliza-se uma máquina chamada torno redutor, que, com base no modelo, vai esculpir o desenho em um pedaço de metal. Está feita a matriz, que já apresenta o tamanho da moeda definitiva.

A matriz é reforçada através do calor e de produtos químicos e, depois, utilizada para fazer o molde da moeda. Dois moldes, um de cada lado da moeda, são colocados em uma prensa de alta velocidade. Pedaços maciços de metal são postos na prensa, onde são comprimidos entre os moldes. As imagens ficam impressas no metal e o processo de cunhagem está pronto.

Notas

Veja também:

Dinheiro do Mundo ¬ World Money

 

Cédula de 1 Real - Moeda Recolhida [frente]

Cédula de 1 Real – Moeda Recolhida [frente]

Um artista faz esboços com lápis e tinta, mas os intrincados desenhos de fundo são feitos no computador em programas CAD (computer aided design). Eles funcionam como uma forma de tornar difícil a falsificação.

A chapa é feita por um gravador que usa ferramentas afiadas para esculpir o desenho numa folha de talha. O desenho é copiado várias vezes em uma grande chapa de impressão, o que permite a reprodução de várias notas ao mesmo tempo.

Cédula de 100 Reais - Moeda Recolhida [Verso]

Cédula de 100 Reais – Moeda Recolhida [Verso]

Para se criarem as cores exatas e também evitar a falsificação, as tintas têm de ser cuidadosamente misturadas. O papel também é diferente. Geralmente, é feito com fibra de algodão e linho, podendo ser manuseado por milhões de pessoas sem ser destruído.

A impressão das notas passa por três processos:

Impressão litográfica: imprime o desenho do fundo. As chapas litográficas são feitas a partir da folha de talha. Cada uma delas corresponde a uma cor diferente. A tinta passa dos rolos para as chapas e, depois, elas são impressas umas sobre as outras.

Chapa: produz a imagem principal da nota. A tinta sai pelas ranhuras da folha para o papel.

Impressão tipográfica: imprime um número de série em cada nota. Então, é incorporado mais um dispositivo de segurança às cédulas: as fitas metálicas.

Por fim, uma guilhotina corta as folhas de notas em notas únicas. Depois, elas são embaladas em pacotes e entregues aos bancos. No Brasil, apenas a Casa da Moeda pode imprimir dinheiro.

Quando andares, não se embaraçarão os teus passos; e se correres, não tropeçarás.

Provérbios 4:12