Epístolas Paulinas – I Coríntios
Novo Testamento
Autor: Paulo, o apóstolo. Veja 1:1.
Quando foi escrito: 56 A.D.
Marco Histórico: Vindo de Atenas, em sua segunda viagem missionária, Paulo fundou a igreja de Corinto, cidade onde passou dezoito meses (Atos 18:1-18). Paulo escreveu esta carta aos cristãos da cidade de Corinto a fim de tratar de vários e sérios problemas que tinham surgido na igreja. A igreja havia sido contaminada com males que a rodeavam, pois Corinto era uma cidade licenciosa, depravada, libidinosa. Havia problemas a respeito de doutrinas e da vida cristã. A igreja tinha se dividido em vários grupos, e Paulo procura levá-los a resolverem as suas diferenças e a voltarem a ser unidos, como uma igreja de Cristo deve ser.
Os gregos estavam orgulhosos de seus conhecimentos e de sua filosofia, mas ao mesmo tempo eram muito imorais e devassos. Eram especialmente amantes da oratória. É aparente que Apolo, um judeu cristão eloqüente, natural de Alexandria, que chegara a Corinto, havia ganhado a admiração dos cristãos gregos. (Atos 18:24-28).
Este fato levou a fazer comparações entre Apolo, com sua eloqüência e persuasão, e outros líderes religiosos – especialmente com Paulo cuja aparência física parece não ter sido impressionante (II Coríntios 10:7,10). Provavelmente, este fato tenha sido uma das causas das divisões que houve na igreja (I Coríntios 1:11-30). O desejo de Paulo de purificar a igreja das facções espirituais e da imoralidade, foi esse o motivo principal de ter escrito as cartas.
Os cristãos de Corinto haviam escrito a Paulo, pedindo a sua opinião sobre vários assuntos (Cap. 7 em diante) como o casamento, a adoração a ídolos, a ceia, mas uma das questões mais discutidas era a respeito dos dons do Espírito Santo, que Paulo tratou com sabedoria nos capítulos 12-14. É nesse contexto que aparece o “hino ao amor” (I Coríntios 13), uma das passagens mais conhecidas do livro. O capítulo 15 apresenta, com clareza, a doutrina da ressurreição.
Parte I.
Santificação, necessidades e o ministério
Tema principal:
A purificação da igreja de falsos conceitos do ministério, de orgulho intelectual, de males sociais, e de outras irregularidades, capítulos 1-11.
Cadeia Chave:
Mostrar os falsos conceitos do ministério, 1:12-17; 3:4-7, 21-22; 4:6-7.
Sinopse:
A saudação, 1:1-9.
A necessidade de purificar a igreja das divisões parciais, do culto aos homens, e do gloriar-se na sabedoria mundana, 1:10-31.
O ministério exemplar de Paulo. Este não tentava mostrar sabedoria mundana. Simplesmente declarava a sabedoria de Deus numa mensagem revelada pelo Espírito Santo, 2:1-16.
A disputa sobre líderes é uma característica de imaturidade e carnalidade, 3:1-8.
O verdadeiro ponto de vista do ministério. Os ministros devem ser vistos:
Como despenseiros da verdade, 3:1-2.
Como jardineiros, 3:6-8.
Como colaboradores de Deus, 3:9.
Como edificadores do caráter, 3:10.
Como servos confiáveis, 4:1-2.
Como sofredores por causa do nome de Cristo, 4:9-13.
Como exemplos, 4:16-17.
Como administradores de disciplina, 4:18-21.
O dever de purificar a igreja:
Da imoralidade, 5:1-13.
De disputas, 6:1-8.
Os crentes, como membros do corpo de Cristo e templos do Espírito Santo, devem purificar-se de toda sensualidade, 6:9-20.
A santificação do matrimônio e de todas as relações sexuais, e as supremas aspirações da vida espiritual, 7:1-40.
Os ideais cristãos exigem o sacrifício de certos direitos e privilégios para o bem do ignorante e do fraco. Por exemplo, comer carne que tenha sido oferecida a ídolos. 8:1-13.
O exemplo de Paulo, ao renunciar a certos direitos e liberdades a fim de ganhar as pessoas para Cristo, 9:1-27.
O exemplo de infidelidade de Israel é uma advertência para a igreja, 10:1-15.
A comunhão nos elementos da Ceia do Senhor requer separação de associações mundanas, 10:16-21.
A influência cristã deve ser cautelosa quanto a comidas e bebidas, 10:23-33.
Os costumes sociais devem ser observados quanto às vestes, 11:1-16.
A purificação da igreja quanto a desordens acerca da Ceia do Senhor e a observância devida, 11:17-34.
Parte II.
Instrução doutrinária e conselhos.
A preeminência do amor, 13:1-13.
A preeminência da profecia sobre o dom de línguas e a importância da devida ordem nas reuniões públicas, 14:1-40.
A doutrina da ressurreição, 15:1-58.
Instruções finais e saudações, 16:1-24.
Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus.