Epístolas Gerais – Hebreus

21/03/2021

Epístolas Gerais – Hebreus

Novo Testamento

Autor: Indeterminado. Talvez Paulo. A carta é anônima. Tem sido atribuída a Paulo, Barnabé, Lucas, Apolo, entre outros.

Data: Indeterminada.

Propósito: A carta aparentemente foi escrita antes de tudo aos cristãos hebreus. Estes convertidos estavam em perigo constante de voltar ao judaísmo, ou pelo menos de darem muita importância às observâncias cerimoniais. O principal propósito doutrinário do escritor era o de mostrar a glória transcendente da era cristã em comparação com a do antigo testamento.

Palavra Chave: Melhor, ou superior. Seguindo estas palavras, o leitor descobrirá a corrente principal do pensamento.

Outras palavras e frases salientes:

Sê santo, referindo-se à obra consumada de Cristo, 1:3; 10:12; 12:2.
Chamado celestial, 3:1; sacerdote, 4:14; dom, 6:4; bens, 10:34; pátria, 11:16;
cidade, 12:22.

A confiança dos crentes, uma série de onze exortações:
Temamos, 4:1.
Procuremos, 4:11.
Cheguemo-nos, pois, com confiança ao trono da graça, 4:16.
Prossigamos, 6:1.
Cheguemo-nos, 10:22.
Guardemos firme, 10:23.
Consideremo-nos uns aos outros, 10:24.
Deixemos todo embaraço e corramos com perseverança, 12:1.
Sirvamos a Deus agradavelmente, 12:28.
Saiamos, 13:13.
Ofereçamos sempre sacrifício de louvor, 13:15.

A carta pode ser dividida em duas partes:
Parte I, principalmente doutrinária;
Parte II, principalmente prática.

Sinopse:

Parte I.
A preeminência de Cristo.
Sobre os profetas, devido à glória divina dele, 1:1-3.

Sobre os anjos:
Por possuir melhor nome, 1:4.
Reconhecido como o único Filho verdadeiro do Pai, 1:5.
Deus ordena aos anjos que adorem ao Filho, 1:6.
Exaltado acima dos anjos ao trono eterno, à direita de Deus, 1:8-14.
Sua mensagem é de fundamental importância, e por isso não podemos negligenciá-la, 2:1-4.
Jesus, feito um pouco menor que os anjos, morreu pela humanidade a fim de trazer muitos filhos à sua própria glória com o Pai e para destruir aquele que tem o poder da morte, 2:9-14.

Parte II.
A preeminência do sacerdócio de Cristo.
Assumiu a natureza humana.
Como preparação para sua obra de reconciliação, 2:16-17.
Sua tentação o preparou para ajudar aos tentados, 2:18.

Uma chamada a considerar o sacerdócio de Cristo, 3:1.

Sua preeminência sobre Moisés, que foi servo, enquanto Cristo, filho, 3:2-6.

Parêntese: o fracasso de Israel.
Em entrar no descanso de Canaã, 3:7-11.
Foram excluídos devido à incredulidade, 3:12-19.
Advertência à igreja para que não siga o exemplo de incredulidade de Israel, mas que entre no descanso da fé, 4:1-8.
O crente descansa na obra da redenção e deixa de confiar nas próprias obras, 4:9-11.
O poder da Palavra de Deus, 4:12-13.

Retoma-se o tema do Sacerdócio de Cristo.
O sacerdócio compassivo de Cristo é um chamado de ânimo à firmeza e à oração, 4:14-16

O sumo sacerdote, seu ofício e obra:
Tomado de entre os homens, 5:1.
Compreensivo devido às suas próprias debilidades, 5:2.
Apresenta uma oferta por si mesmo e também pelo povo, 5:3.
Escolhido por Deus, 5:4.

Características do sacerdócio de Cristo:
Escolhido por Deus segundo nova ordem, 5:5-6.
Ofereceu orações sinceras por livramento em uma atitude de obediência, 5:7-8.
Converteu-se em fonte de eterna salvação, 5:9-10.

Repreensão paternal, chamado, advertência e recomendação.
Repreensão pela torpeza e imaturidade, 5:11-14.
Chamado ao progresso na verdade doutrinária, 6:1-3.
Advertência acerca dos que, havendo gozado dos privilégios mais sublimes da Nova Aliança, se afastam de Cristo, 6:4-8.
Elogio à igreja e a confiança de que os crentes continuarão fiéis e herdarão as promessas, 6:9-12.

Retoma-se, de novo, o tema do sacerdócio de Cristo.
A certeza do cumprimento das promessas divinas.
Ilustrada na vida de Abraão, 6:13-15.
Confirmada por juramento, 6:16-17.
Como âncora da alma, 6:18-19.
Garantida por nosso sumo sacerdote celestial, 6:20.

O sacerdócio de Melquisedeque como tipo do de Cristo.
Com um grande nome e pertencente a uma ordem eterna, 7:1-3.
Abraão o honrou com os dízimos e foi feito superior ao sacerdócio de Arão, 7:4-10.

Resumo das qualidades preeminentes do sacerdócio de Cristo.
Como o de Melquisedeque, pertencia a uma ordem eterna e foi confirmado pelo juramento divino, 7:11-22.
É imutável e infinito em poder, 7:23-25.
Foi puro e perfeito, e consumou um sacrifício completo, 7:26-28.
Exerce seu ministério no santuário celestial, 8:1-5.
É mediado por meio de uma melhor aliança, 8:6-13.
Os ritos, as cerimônias e os sacrifícios que os sacerdotes realizaram no passado eram apenas tipos, 9:1-10.
A obra redentora de Cristo e seu sangue purificador do pecado são realidades sublimes, 9:11-15.
As provisões da antiga aliança eram figura da obra perfeita que Cristo realizou na nova aliança, 9:16-28.
Os sacrifícios israelitas, repetidos continuamente, eram ineficazes para tirar o pecado, ao passo que Cristo, por meio de seu grande e único sacrifício, completou a obra redentora para a humanidade e se sentou à destra de Deus, esperando a consumação do plano divino, 10:1-18.

Parte III.
Antes de tudo, ensino e exortações práticas.
O privilégio de entrar na presença divina por meio do sacrifício, e o sacerdócio de Cristo, 10:19-21.

Exortações.
A nos achegarmos confiantemente em adoração, com um coração preparado, 10:22.
à firmeza, ao estímulo mútuo e à lealdade, 10:23-25.

Advertência acerca dos perigos da reincidência.
O castigo imposto aos desobedientes sob a lei mosaica, 10:28.
O destino, ainda pior, para os que desonram o sacrifício de Cristo e o espírito da graça de Deus, 10:29-31.

Lembrança aos crentes hebreus de seu valor ao suportar as aflições e exortações à paciência e à perseverança, 10:32-39.

Lista de heróis e heroinas da fé.
A esfera da fé, 11:1-3.

Exemplos notáveis de fé:
Abel, 11:4.
Enoque, 11:5-6;
Noé, 11:7.
Abraão e Sara, 11:8-19.
Isaque, Jacó, e José, 11:20-22.
Moisés e seus pais, 11:23-29.
Josué e Israel, 11:30.
Raabe, 11:31.
Outros crentes sobresselentes, 11:32-40.

O atletismo espiritual, a carreira cristã.
A concorrência, a preparação e como correr, 12:1.
Os olhos postos no Mestre, recordando sua vitória, 12:2.
Inspiração quando se está cansado, 12:3-4.
O valor do sofrimento e da disciplina na instrução, 12:5-10.
Os bons resultados do sofrimento e da disciplina, 12:11.
Apelo ao vigor e à retidão, 12:12-13.

Exortações quanto à paz, à pureza e ao cuidado contra as más influências, 12:14-15.

Advertências acerca do desprezo pelas bênçãos de Deus, 12:16-17.

Contraste entre o monte Sinai da antiga Aliança e o monte Sião da nova Aliança.
O monte Sinai com as manifestações terríveis do poder divino, 12:18-21.
O monte Sião com a companhia gloriosa na Jerusalém celestial, 12:22-24.

Solene advertência a respeito da necessidade de atentarmos para a mensagem celestial, e contraste entre a efemeridade das coisas terrenas e a permanência do reino de Deus, 12:25-28.

Exortações finais acerca dos deveres cristãos.
Deveres sociais, 13:1-6.
Deveres perante os líderes religiosos, 13:7.
Um Cristo imutável deve inspirar firmeza na doutrina cristã, 13:8-9.
Devemos buscar a santifição, 13:10-14.
Devemos ser agradecidos, bondosos, e obedientes aos governantes, 13:15-17.

Palavras de conclusão.
Um pedido de oração e os votos de bênção, 13:18-21.
Saudação e bênção finais, 13:22-25.

Porções Seletas
O sofrimento, é uma preparação para o sacerdócio, 2:9-18.
O descanso da fé, 4:1-11.
A maturidade espiritual, 5:12-6:2.
A Nova Aliança, 8:8-13.
O capítulo da fé. Ou a galeria dos heróis, capítulo 11.
O capítulo do “atletismo espiritual” e da carreira cristã.
O sofrimento, a correção e a disciplina como preparação para a vitória, 12:1-13.

Filemom Tiago

Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

Hebreus 4:3