Cristo Morreu numa Quarta, Quinta ou Sexta-feira?
“Regra de Ouro” da interpretação é:
“Quando a interpretação direta-imediata e literal das Escrituras faz sentido, não procure nenhuma outra interpretação. Portanto, interprete cada palavra no seu sentido literal, usual, costumeiro e mais comumente usado, a não ser que os fatos do contexto imediato indiquem claramente o contrário, quando estudados à luz de passagens correlatas e de verdades fundamentais e axiomáticas.” (Dr. David L. Cooper).
A Interpretação segundo esta regra é chamada de Interpretação Literal-Gramatical, e: é a única interpretação que honra e é consistente com a soma de tudo que Deus diz sobre a Sua própria Palavra Escrita; é a única interpretação aceitável pelos verdadeiros crentes; é a única interpretação usada antes de Orígenes ter contaminado a cristandade com a mortal peçonha do alegorismo).
À luz desta regra de ouro da interpretação, examinemos ( Mateus 12:40 )
“…assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra” (Mateus 12:40).
Ora, este verso clara e irresistivelmente demole a teoria de que Cristo morreu numa Sexta-feira. Se tivesse sido assim, Ele teria ficado no seio da terra somente 2 noites (da Sexta para o sétimo dia e do sétimo dia para o domingo)!
Portanto, Cristo teria errado ou mentido ao proferir a profecia acima, e não poderia ser Deus, uma vez que é impossível que Deus minta ou erre!
Ah, você pergunta: “Mas isto não se choca com Marcos 15:42, com Lucas 23:54, 56, e com João 19:31??? Que ensinam que o dia subsequente ao da crucificação foi um sétimo dia??? Se o dia seguinte foi um sétimo dia, então não tem o dia da crucificação de ter sido uma Sexta-feira???…”
“Ao cair da tarde, como era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado“. (Marcos 15:42).
“E era o dia da preparação, e amanhecia o sábado“. (Lucas 23:54).
“Então voltaram e prepararam especiarias e ungüentos. E no sábado repousaram, conforme o mandamento”. (Lucas 23:56).
“Ora, os judeus, como era a preparação, e para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, pois era grande aquele dia de sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados dali”. (João 19:31).
Não e não. A palavra “sábado”, usada em ( Marcos 15:42 ), ( Lucas 23:54-56 ) e ( João 19:31 ) [acima], somente tinha um sentido literal-gramatical OBRIGATÓRIO, que é o de “cessação, repouso dos trabalhos”. Portanto, a palavra “sábado” podia ser e era usualmente aplicada em dois sentidos:
tanto (1) ao sétimo dia da semana…
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”. (Êxodo 20:8-11).
quanto (2) a um outro dia qualquer, desde que Deus também tivesse ordenado que fosse de cessação dos trabalhos (no caso em pauta, que é o dia da preparação ou primeiro dia da Festa dos Asmos, Deus determinara cessação dos trabalhos nele, “E aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; por sete dias se comerão pães ázimos. No primeiro dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis”. (Números 28:17-18).
Ora, uma vez que ( Mateus 12:40 ) só tem um sentido literal-gramatical possível (três dias literais mais 3 noites literais).
FICA DEFINITIVAMENTE DEMOLIDA A TEORIA DA CRUCIFICAÇÃO NA SEXTA-FEIRA.
Portanto, sob a luz de ( Mateus 12:40 ), já podemos concluir, com toda segurança, que a crucificação só pode ter sido numa Quarta-feira ou numa Quinta-feira. Analisemos mais estas duas únicas outras possibilidades:
Portanto, sob a luz de Mateus 12:40, já podemos concluir, com toda segurança, que a crucificação só pode ter sido numa quarta-feira ou numa quinta-feira. Analisemos mais estas duas únicas outras possibilidades:
a) Crucificação na quinta-feira (se o dia de repouso, correspondente ao 1o dia dos Asmos, caiu numa sexta-feira):
Neste caso, as três noites seriam:
1 – a da quinta-feira para a sexta-feira,
2 – a da sexta-feira para o sétimo dia, e
3 – a do sétimo dia para o domingo,
e os três dias (períodos de luz do sol) não seriam completos, mas seriam aproximadamente assim:
1 – finzinho da tarde da sexta-feira (o embalsamamento do corpo do Senhor e o lacramento da 2 pedra (porta do túmulo) teriam que ter sido feitos antes do anoitecer);
2 – todo o dia (período de luz de sol) do sétimo dia; e
3 – comecinho do dia (período de luz do sol) do domingo.
Isto acarreta dois problemas incontornáveis. O primeiro problema é que Cristo teria ficado sob o seio da terra desde algo depois das 3 h da tarde da quinta feira, até pouco depois do raiar do sol do domingo, no máximo 62 a 64 horas. O segundo problema, de gravidade irresistível, é que João 20:1 diz que Cristo já ressuscitara quando ainda era escuro! Assim, não houve sequer o “3 – comecinho do dia (período de luz do sol) do domingo”!
FICA DEFINITIVAMENTE DEMOLIDA A TEORIA DA CRUCIFICAÇÃO NA “QUINTA-FEIRA”
b) Crucificação na quarta-feira (se o dia de repouso, correspondente ao 1o dia dos Asmos, caiu numa quinta-feira):
Analise a cronologia a seguir, e veja como ela se enquadra natural e perfeitamente com toda a Bíblia:
– Cristo morreu na quarta-feira;
– A tumba, após o longo embalsamamento do corpo de Cristo, foi fechada e lacrada, provavelmente próximo ao raiar o sol da quinta-feira (é exatamente no instante do fechamento da tumba que começaram os 3 dias e 3 noites profetizados em Mateus 12:40). Explicação: estar no seio da terra pode significar estar totalmente envolto por ela, profundamente sob ela, fechado por ela, a porta fechada; assim, os 3 períodos de 24 horas somente são contados entre o fechamento da porta e a saída de Jesus ressuscitado); e
– Cristo ressuscitou 72 horas depois do lacramento da porta, provavelmente próximo ao raiar o sol do domingo; logo após, retirou-se atravessando a pedra do monte ou da porta; só depois a pedra-porta do túmulo foi removida (não para dar passagem ao corpo glorificado de Cristo, que podia atravessar matéria, mas sim para os soldados verem o milagre; e para as mulheres, Pedro e João verem o túmulo vazio e até entrarem nele, para testificarem).
Para maior clareza, repitamo-nos:
As 3 noites, totalizando 36 horas, podem ter sido:
– a da quinta-feira para a sexta-feira (18 às 6:00 horas = 12 horas);
– a da sexta-feira para o sétimo dia (18 às 6:00 horas = 12 horas); e
– a do sétimo dia para o domingo (18 às 6:00 horas = 12 horas).
E os 3 dias (períodos de sol), totalizando 36 horas, podem ter sido:
– o da quinta-feira (6 às 18:00 horas = 12 horas);
– o da sexta-feira (6 às 18:00 horas = 12 horas); e
– o do sétimo dia (6 às 18:00 horas = 12 horas).
Tudo isto casa com o fato de que, segundo complexos relacionamentos das mudanças de calendário e cuidadosos cálculos astronômicos (a páscoa dependia do ciclo lunar) os mais cuidadosos estudiosos determinaram que o dia 15 do mês de Nissan do ano 32 (começo da festa dos Asmos) foi uma quinta-feira, mas foi também um sábado (dia santificado para cessação de trabalhos e repouso, por ser o 1o. dia da festa dos pães asmos), de modo que o dia da quarta-feira, sua véspera, podia ser legitimamente chamado de “véspera do sábado”.
FICA DEFINITIVAMENTE PROVADO QUE A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO FOI NUMA QUARTA-FEIRA.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.