Tag: china

22/10/2025


As mudanças climáticas referem-se a alterações significativas e duradouras nos padrões climáticos da Terra, geralmente causadas por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e agricultura. Essas mudanças têm causado um aumento nas temperaturas globais, alteração nos padrões de precipitação, aumento do nível do mar e maior frequência de eventos climáticos extremos, como secas, furacões, enchentes e ondas de calor.

Nos últimos anos, o tema das mudanças climáticas tem ganhado cada vez mais atenção devido aos impactos cada vez mais evidentes e prejudiciais que elas têm no meio ambiente, na economia e nas sociedades. Vamos explorar a fundo as mudanças climáticas, seus impactos mais recentes, incluindo enchentes, e o que está acontecendo atualmente no Brasil e no mundo.

O que São as Mudanças Climáticas?

As mudanças climáticas são causadas principalmente por gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄) e óxidos de nitrogênio (NOₓ), que retêm o calor na atmosfera, aumentando a temperatura média do planeta. As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), o desmatamento e a agricultura intensiva, são as principais responsáveis por essas emissões.

As consequências das mudanças climáticas incluem:

  • Aquecimento global: Aumento das temperaturas médias globais, levando a ondas de calor mais intensas.
  • Alterações nos padrões de precipitação: Em algumas regiões, a quantidade de chuva tem aumentado, enquanto outras experimentam secas prolongadas.
  • Derretimento das calotas polares e aumento do nível do mar: O aquecimento global tem levado ao derretimento das geleiras e ao aumento do volume de água nos oceanos.
  • Eventos climáticos extremos: Mais tempestades, furacões, enchentes, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.

Enchentes e Mudanças Climáticas

As enchentes estão diretamente relacionadas às mudanças climáticas. O aumento das temperaturas globais tem causado o derretimento das geleiras, contribuindo para o aumento do nível do mar, e alterando os padrões de precipitação. Isso pode resultar em chuvas mais intensas em algumas regiões, levando a alagamentos e enchentes, especialmente em áreas urbanas mal preparadas para esse tipo de evento.

Além disso, a erosão do solo e o desmatamento, que reduzem a capacidade de absorção da água pela vegetação, também contribuem para o agravamento das enchentes. Muitas cidades, especialmente em países em desenvolvimento, enfrentam problemas devido à falta de infraestrutura adequada, como drenagem de águas pluviais e urbanização desordenada.

O que Está Acontecendo no Mundo em Relação às Mudanças Climáticas

Nos últimos dias, o impacto das mudanças climáticas tem sido visível de forma crescente em várias partes do mundo, com enchentes, incêndios florestais, secas extremas e tempestades mais intensas. Alguns dos eventos climáticos recentes incluem:

1. Europa e Ásia – Enchentes e Calor Extremo

  • Alemanha e Bélgica (2021): Enchentes catastróficas em várias regiões da Europa, especialmente na Alemanha e Bélgica, deixaram centenas de mortos e devastaram cidades. As chuvas intensas e o aumento do nível de rios causaram inundações repentinas, exacerbadas por uma infraestrutura inadequada.
  • China: Em 2021, algumas províncias chinesas enfrentaram chuvas torrenciais e enchentes, afetando milhões de pessoas e causando danos significativos à infraestrutura e à agricultura.

2. Estados Unidos – Furacões e Calor Extremo

  • Furacões mais intensos: O aumento da temperatura dos oceanos tem gerado furacões mais fortes e mais frequentes. Nos últimos anos, os EUA enfrentaram temporadas de furacões cada vez mais devastadoras, como o Furacão Ida em 2021, que causou enchentes severas em Nova York e Nova Jersey, além de danos em Louisiana.
  • Onda de calor no Oeste: Em 2021 e 2022, o Oeste dos Estados Unidos enfrentou uma onda de calor intensa, com temperaturas recordes em estados como Califórnia, Oregon e Washington.

3. Pacífico e Oceania – Enchentes e Furacões

  • Ilhas do Pacífico: Vários países do Pacífico, como as Ilhas Maldivas e as Filipinas, estão sendo particularmente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, incluindo enchentes e aumento do nível do mar. Além disso, furacões tropicais cada vez mais intensos atingem essas regiões.

4. África – Seca e Inundações

  • África Subsaariana: O continente africano tem enfrentado condições climáticas extremas, com algumas regiões experimentando secas severas, enquanto outras, como a região do Sahel, enfrentam inundações catastróficas. Esses eventos têm afetado a produção agrícola e exacerbaram a insegurança alimentar.

O Que Está Acontecendo no Brasil

No Brasil, as mudanças climáticas têm gerado consequências diretas, como enchentes, secas, incêndios florestais e ondas de calor, afetando a vida das pessoas e a economia de diversas regiões. Recentemente, o país tem enfrentado uma crescente vulnerabilidade a eventos climáticos extremos.

1. As enchentes no Brasil

têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, especialmente devido às mudanças climáticas, que estão gerando eventos climáticos extremos. As chuvas fortes, o aumento do nível dos rios e a falta de infraestrutura adequada em muitas cidades têm causado alagamentos catastróficos. Vamos explorar mais detalhadamente as enchentes no Brasil nos últimos anos, incluindo os eventos mencionados de 2021 e 2022, além de alguns dos mais recentes.

Enchentes no Sudeste e Sul (2022)

Em 2022, diversas cidades do Sudeste e Sul do Brasil enfrentaram fortes chuvas, resultando em enchentes e deslizamentos de terra. Esses eventos foram exacerbados pela combinação de chuvas torrenciais e pela vulnerabilidade das áreas urbanas mal preparadas para grandes volumes de água.

Rio de Janeiro (2022)

O Rio de Janeiro foi um dos estados mais atingidos em 2022. Em fevereiro, o estado enfrentou intensas chuvas que provocaram alagamentos e deslizamentos em várias regiões. As áreas mais vulneráveis, como as favelas e bairros próximos a encostas, foram as mais impactadas. As chuvas causaram queda de árvores, alagamentos de ruas e casas, além de interrupção de transportes públicos. A cidade teve dificuldades com a drenagem, um problema crônico devido à falta de investimentos em infraestrutura de esgoto e canais de drenagem.

A situação foi especialmente crítica nas zonas norte e oeste da cidade, onde a falta de planejamento urbano adequado aumenta o risco de desastres. As chuvas também afetaram a Baixada Fluminense, área de grandes concentrações populacionais e com baixa infraestrutura.

São Paulo e Santa Catarina (2022)

Em Santa Catarina, um estado que sofre periodicamente com eventos climáticos extremos, as chuvas em 2022 resultaram em alagamentos e deslizamentos em várias cidades. A cidade de Joinville, por exemplo, enfrentou alagamentos que comprometeram a mobilidade e deixaram centenas de pessoas desabrigadas.

São Paulo, com seus grandes centros urbanos, também sofreu com chuvas intensas que provocaram alagamentos em diversas regiões, principalmente na capital paulista. A zona leste da cidade foi uma das mais atingidas, com ruas transformadas em rios, afetando tanto os bairros de classe média quanto as áreas periféricas, como Freguesia do Ó e Vila Maria. A combinação de enchentes com a falta de drenagem e a impermeabilização do solo tornam o estado de São Paulo vulnerável a essas catástrofes.

Enchentes em Minas Gerais (2021)

Em minas gerais, em janeiro de 2021, o estado enfrentou um período de chuvas intensas que causaram uma série de alagamentos e deslizamentos de terra em cidades do interior. Em algumas áreas, como em Belo Horizonte e municípios da região metropolitana, as chuvas provocaram o transbordamento de rios e a interrupção de rodovias, afetando a mobilidade e a economia local.

Cidades de Minas Gerais mais afetadas:

  • Juiz de Fora: A cidade foi uma das mais atingidas, com as chuvas causando o transbordamento do rio Paraibuna, afetando centenas de famílias.
  • Governador Valadares: A cidade registrou alagamentos graves que forçaram a evacuação de muitas famílias.
  • Itabira: Uma cidade próxima a Belo Horizonte também foi impactada com deslizamentos de terra, resultando em vítimas fatais.

Além disso, a capital Belo Horizonte enfrentou dificuldades com o sistema de drenagem, que não conseguiu dar conta do grande volume de água que caiu na cidade. O cenário foi agravado por áreas urbanas em encostas e com pouca vegetação, o que facilitou o deslizamento de terra.

Enchentes em São Paulo e no Paraná (2023)

Em janeiro de 2023, o Brasil vivenciou mais uma série de enchentes em diferentes estados, com destaque para São Paulo e Paraná. As fortes chuvas, que já são recorrentes no verão brasileiro, causaram alagamentos em várias cidades, deixando um saldo de vítimas e desabrigados.

São Paulo (2023)

O estado de São Paulo, especialmente a capital, teve um início de ano marcado por chuvas torrenciais que causaram alagamentos significativos. Várias ruas e avenidas da cidade ficaram inundadas, afetando o transporte público e os fluxos de veículos. As áreas periféricas da cidade, como na zona sul, foram as mais afetadas, com algumas favelas e bairros em áreas de risco sofrendo deslizamentos e quedas de muros. Além disso, o sistema de drenagem não deu conta de retirar a água das ruas rapidamente, resultando em sérios transtornos.

Paraná (2023)

O Paraná também foi atingido por chuvas fortes, que causaram alagamentos e danos em cidades como Curitiba, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. As enchentes afetaram diversas famílias, principalmente aquelas que vivem em áreas mais vulneráveis, e causaram interrupção de serviços básicos. Em Curitiba, o sistema de drenagem não conseguiu dar vazão ao volume de água, o que resultou em pontos de alagamento na cidade, interrompendo o transporte público e afetando as principais vias da capital.

Em Ponta Grossa, a situação foi agravada por deslizamentos de terra, que atingiram residências em áreas de risco. Já Foz do Iguaçu, por ser uma região turística, teve problemas com o aeroporto e a rodovia que conecta a cidade com o restante do estado, afetando diretamente o setor de turismo.

Principais Causas das Enchentes no Brasil

As enchentes no Brasil têm várias causas, sendo algumas delas exacerbadas pelas mudanças climáticas e outras pela falta de planejamento urbano adequado.

a. Chuvas Intensas e Frequentes

Com o aumento da temperatura global, os padrões climáticos têm se alterado, e as chuvas têm se tornado mais intensas e concentradas em períodos curtos de tempo, o que não permite que o sistema de drenagem das cidades suporte esse volume de água.

b. Desmatamento e Impermeabilização do Solo

O desmatamento e a impermeabilização do solo contribuem diretamente para o agravamento das enchentes. O desmatamento nas bacias hidrográficas, principalmente na Amazônia e em outros biomas, reduz a capacidade natural de absorção da água pelas árvores e pelo solo. Além disso, a urbanização desordenada nas grandes cidades também tem dificultado o escoamento das águas das chuvas, principalmente nas favelas e áreas periféricas.

c. Infraestrutura Urbana Deficiente

As cidades brasileiras, especialmente nas regiões mais vulneráveis, muitas vezes não têm uma infraestrutura de drenagem eficiente, o que impede o escoamento adequado da água durante as chuvas fortes. Em áreas com canais de drenagem obstruídos ou mal projetados, a água não consegue ser escoada rapidamente, gerando alagamentos.

d. Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas também desempenham um papel significativo, aumentando a frequência e a intensidade das chuvas e tornando o clima mais imprevisível. Em 2023, por exemplo, a temperatura das águas dos oceanos subiu, o que favoreceu o aumento de chuvas mais pesadas em várias regiões do Brasil.

As enchentes no Brasil têm se tornado um problema recorrente, com grande impacto social e econômico. O aumento das chuvas, aliado à falta de infraestrutura e ao desmatamento, tem causado grandes danos às cidades e às populações vulneráveis. Para mitigar esses eventos, é necessário um esforço coordenado entre governos, sociedade civil e setor privado, com investimentos em infraestrutura de drenagem, preservação ambiental e políticas de planejamento urbano sustentável.

Em 2024, o Brasil continuou enfrentando enchentes graves, com vários estados sendo afetados por chuvas intensas, deslizamentos de terra e a falta de infraestrutura adequada para lidar com eventos climáticos extremos. Essas enchentes refletem a intensificação das mudanças climáticas e a crescente vulnerabilidade de muitas áreas urbanas, especialmente em regiões com grandes concentrações de população e infraestrutura precária.

Vamos dar uma visão mais detalhada das enchentes no Brasil em 2024, observando os estados mais afetados, as causas subjacentes e as consequências desses eventos.

a. Enchentes no Rio de Janeiro

Em 2024, o Rio de Janeiro continuou a ser uma das cidades mais impactadas por chuvas torrenciais e enchentes. As áreas mais afetadas foram as zonas norte e oeste da cidade, onde o sistema de drenagem se mostrou insuficiente para suportar o volume de água. No início do ano, em janeiro, o Rio de Janeiro registrou fortes precipitações que causaram alagamentos, deslizamentos de terra e a interdição de várias vias importantes.

Principais Problemas no Rio de Janeiro em 2024:

  • Deslizamentos e Enchentes nas Favelas: As favelas e áreas de encosta, como na Zona Norte (Maré, Complexo do Alemão, etc.) e na Zona Oeste (Santa Cruz, Campo Grande), enfrentaram os piores impactos. O desmatamento e a ocupação desordenada de áreas de risco aumentaram a vulnerabilidade dessas regiões.
  • Interrupção de Transportes: As chuvas causaram interrupções no transporte público, afetando o metrô e as linhas de ônibus. Muitas vias também ficaram alagadas, o que gerou grandes transtornos para a mobilidade urbana.
  • Infraestrutura Insuficiente: O sistema de drenagem do município, já bastante sobrecarregado, não conseguiu dar conta do volume de água. Algumas áreas da cidade ficaram submersas por horas, dificultando o resgate e a ajuda humanitária.

b. São Paulo e Região Metropolitana

São Paulo, uma das maiores e mais populosas cidades do Brasil, enfrentou chuvas intensas e alagamentos significativos no início de 2024, especialmente em janeiro e fevereiro. O estado de São Paulo tem uma grande parte de sua infraestrutura urbana já saturada, com problemas de drenagem e ocupações em áreas de risco.

Principais Impactos em São Paulo:

  • Alagamentos em Vias Principais: A cidade de São Paulo viu ruas e avenidas centrais, como a Avenida Paulista, e a Avenida 23 de Maio, se tornarem rios durante os picos de chuva. O Rio Tietê e o Rio Pinheiros transbordaram, afetando áreas como Berrini, Vila Olímpia e Butantã.
  • Transporte Público Interrompido: O sistema de metrô e trem foi paralisado em várias ocasiões devido à água acumulada nas estações e trilhos. Ônibus também enfrentaram dificuldades devido aos alagamentos em vias importantes.
  • Vulnerabilidade nas Periferias: Em áreas periféricas da cidade, como Capão Redondo, Cidade Dutra, e Vila Nova Cachoeirinha, as enchentes causaram desabamentos de casas e interrupção do fornecimento de serviços básicos, como eletricidade e abastecimento de água.

c. Minas Gerais e o Vale do Aço

Em Minas Gerais, o Vale do Aço, região industrial do estado, foi novamente uma das áreas mais afetadas por chuvas intensas. No início de 2024, cidades como Governador Valadares, Ipatinga, e Coronel Fabriciano sofreram com o transbordamento de rios e com as consequências de deslizamentos de terra.

Impactos no Vale do Aço:

  • Rios Transbordando: O Rio Doce, que atravessa grande parte do estado, registrou níveis muito altos, resultando em alagamentos nas cidades vizinhas. Em Governador Valadares, centenas de famílias foram afetadas, com casas alagadas e ruas completamente inundadas.
  • Deslizamentos e Ações de Resgate: A área montanhosa e a ocupação irregular das encostas causaram deslizamentos de terra, que destruíram casas e comprometendo a infraestrutura de algumas cidades.
  • Interrupções no Transporte e Acesso: As enchentes e deslizamentos interromperam o trânsito em rodovias importantes, como a BR-381, dificultando o transporte de alimentos e bens para outras regiões.

d. Santa Catarina e o Litoral Sul

O estado de Santa Catarina também enfrentou sérios problemas com enchentes em 2024, especialmente devido às fortes chuvas na região litorânea e nas cidades do Vale do Itajaí. Este tipo de enchente é recorrente no estado, especialmente em anos de El Niño, quando o padrão climático causa mais chuvas intensas.

Principais Cidades Afetadas:

  • Florianópolis: A capital catarinense registrou inundações em bairros da Zona Sul e Zona Norte. O sistema de drenagem foi insuficiente para lidar com o volume de água, causando o alagamento de ruas e o fechamento de importantes vias da cidade.
  • Blumenau e Joinville: No Vale do Itajaí, cidades como Blumenau e Joinville enfrentaram alagamentos graves. Blumenau, que já havia sido severamente afetada por enchentes em anos anteriores, viu seus rios transbordarem novamente, inundando casas e comércios, e deixando centenas de desabrigados.

e. Paraná e as Regiões de Alto Risco

O Paraná também registrou fortes chuvas e alagamentos em 2024, principalmente em Curitiba, que tem se tornado cada vez mais vulnerável devido à urbanização rápida e ao aumento da população. As chuvas no mês de janeiro causaram alagamentos em áreas do Centro e da zona sul da capital.

Efeitos no Paraná:

  • Curitiba: O sistema de drenagem, apesar dos investimentos feitos nos últimos anos, ainda não foi suficiente para impedir alagamentos em grandes áreas da cidade. Ruas como a Avenida Cândido de Abreu e Avenida das Torres foram completamente alagadas, prejudicando o trânsito e a vida cotidiana.
  • Interrupções nas Estradas: Rodovias importantes, como a BR-277, que conecta Curitiba a outras cidades do estado, foram afetadas pelas chuvas, e várias estradas ficaram interditadas devido a deslizamentos e acúmulo de água.

f. Causas das Enchentes em 2024

As enchentes em 2024 no Brasil podem ser atribuídas a uma série de fatores combinados, tanto naturais quanto provocados pela ação humana. Alguns desses fatores incluem:

  • Mudanças Climáticas: O aumento das temperaturas globais está alterando o padrão das chuvas, tornando-as mais intensas e frequentes. O fenômeno climático El Niño, que frequentemente ocorre a cada poucos anos, tende a aumentar o volume de chuvas em algumas regiões do Brasil.
  • Urbanização Desordenada: A rápida expansão urbana sem planejamento adequado, a impermeabilização do solo e o desmatamento de áreas naturais aumentam a vulnerabilidade das cidades, dificultando o escoamento da água da chuva.
  • Sistema de Drenagem Inadequado: Muitas cidades brasileiras, especialmente as mais antigas e populosas, não têm sistemas de drenagem eficientes. A construção de grandes centros urbanos em áreas de risco, como encostas e margens de rios, também contribui para o agravamento das enchentes.
  • Mudanças no Uso da Terra: O avanço da agricultura e a construção de grandes empreendimentos imobiliários em áreas de preservação ambiental agravam a capacidade do solo de absorver a água da chuva.

g. Consequências das Enchentes

As consequências das enchentes em 2024 foram graves, afetando a vida de milhares de brasileiros e causando grandes prejuízos econômicos. Alguns dos efeitos incluem:

  • Desastres Humanos: Perda de vidas, feridos e milhares de pessoas desabrigadas, principalmente em favelas e áreas de risco.
  • Prejuízos Econômicos: A economia local foi severamente afetada, com comércios e indústrias sendo destruídos, além da dificuldade no transporte de mercadorias.
  • Interrupção de Serviços Públicos: Muitos serviços essenciais, como energia elétrica, transporte público e fornecimento de água, foram interrompidos em várias cidades afetadas.

Em 2024, as enchentes no Brasil continuaram a ser um dos maiores desafios do país, especialmente nas áreas urbanas vulneráveis. A combinação de chuvas extremas, mudanças climáticas, urbanização desordenada e falta de infraestrutura adequada exigem medidas urgentes, como investimentos em infraestrutura de drenagem, preservação ambiental e planejamento urbano sustentável. Além disso, a ajuda humanitária e o apoio às famílias afetadas são fundamentais para minimizar os impactos sociais desses eventos.

2. Incêndios Florestais

O Brasil também tem sido afetado por incêndios florestais, principalmente na Amazônia e no Pantanal, exacerbados pelo desmatamento e pelas secas prolongadas.

  • Amazônia: O aumento das temperaturas e a diminuição da umidade, combinados com o desmatamento e a queima de florestas para abrir espaço para pastagens e agricultura, têm causado incêndios devastadores. Em 2020, a Amazônia teve um dos piores anos de queimadas dos últimos tempos, com números alarmantes de áreas queimadas.
  • Pantanal: O Pantanal também foi severamente afetado por incêndios em 2020 e 2021, resultando na destruição de grandes áreas de vegetação e afetando a fauna local.

3. Secas no Nordeste

O Nordeste do Brasil tem enfrentado uma das piores secas da sua história, o que tem agravado a situação de escassez hídrica e prejudicado a produção agrícola e o abastecimento de água para a população. Essa seca prolongada é intensificada pelo fenômeno climático El Niño, que afeta a regularidade das chuvas na região.

4. Alterações nos Padrões Climáticos

As mudanças climáticas também estão alterando os padrões climáticos em várias regiões do Brasil. A previsão de aumento das temperaturas médias pode resultar em mais dias de calor intenso e, ao mesmo tempo, mais chuvas torrenciais em algumas áreas, o que causa um desequilíbrio na distribuição da água e aumenta o risco de eventos climáticos extremos.

O Que Está Sendo Feito para Combater as Mudanças Climáticas?

  • Acordos Internacionais: O Acordo de Paris, adotado em 2015, visa limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2°C, com esforços para alcançar 1,5°C. Muitos países, incluindo o Brasil, estão comprometidos a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e promover o uso de fontes de energia renovável.
  • Políticas Climáticas Nacionais: O Brasil, como um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, tem se envolvido em diversas iniciativas, como a meta de desmatamento zero na Amazônia e o investimento em fontes de energia renovável, como a energia solar e eólica.
  • Ações Locais: Algumas cidades têm adotado políticas para melhorar a infraestrutura urbana e reduzir o impacto das enchentes, como o aumento da drenagem urbana e o planejamento sustentável.

Conclusão

As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças ao nosso planeta e estão causando impactos significativos, como enchentes, secas, incêndios florestais e aumento das temperaturas. No Brasil e no mundo, os eventos climáticos extremos têm se intensificado, o que exige ação urgente e coordenada para mitigar seus efeitos. A adoção de políticas de redução de emissões, preservação ambiental e investimentos em energia limpa são essenciais para enfrentar esses desafios e proteger o futuro do nosso planeta.

Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz. Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração; assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.

Provérbios 3:1-5
Posted in Política, Saúde, Tutoriais, Utilidade Pública by blog-danny | Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,
10/02/2025

A Política de Tarifas dos EUA sobre Aço e Alumínio

A imposição das tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio, anunciada por Donald Trump em 2018, foi um movimento que teve raízes em uma visão mais protecionista e nacionalista no comércio global, conhecida como a política “America First”. Trump argumentava que o enfraquecimento das indústrias de aço e alumínio dos Estados Unidos, devido à concorrência internacional, comprometia a segurança nacional, uma vez que esses metais eram vitais para a produção de equipamentos militares e infraestrutura crítica. Essa lógica foi sustentada pelo Secção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962, que permite a imposição de tarifas com base em preocupações de segurança nacional, uma justificativa raramente usada para restrições comerciais, mas que Trump explorou como parte de sua agenda econômica.

As tarifas afetaram severamente as relações comerciais dos EUA com seus parceiros tradicionais, especialmente os países da União Europeia, o Canadá, o México e a China. Além disso, impactaram economias mais dependentes das exportações de metais, como o Brasil.

Impactos Econômicos e Geopolíticos

As tarifas de Trump visavam, na prática, proteger a indústria siderúrgica e metalúrgica americana da crescente concorrência internacional, principalmente de países com custos de produção mais baixos, como China, Rússia e países do sudeste asiático. A medida fez com que os produtores de aço e alumínio dos EUA ficassem mais competitivos, mas também teve uma série de consequências econômicas, tanto para os Estados Unidos quanto para os países afetados.

  1. Aumento de Custos para Indústrias dos EUA: As tarifas elevavam o custo de insumos para muitas indústrias americanas, como a automotiva, a construção e a de embalagens. Como o aço e o alumínio são fundamentais em várias cadeias produtivas, o aumento de preços gerou aumento de custos para essas empresas, o que acabou sendo repassado para os consumidores. A automotiva, por exemplo, viu margens de lucro comprimidas devido ao aumento dos custos de fabricação.
  2. Pressão sobre Economias Externas: Países que são grandes exportadores de aço e alumínio para os EUA, como o Brasil, a União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul, enfrentaram uma pressão considerável, com perdas diretas nas exportações e a necessidade de encontrar novos mercados ou maneiras de se proteger da medida, o que incluiu retaliações tarifárias e ações legais, como as que ocorreram no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Medidas Retaliatórias e Respostas dos Países Atingidos

Os países afetados reagiram com vigor. O Brasil, por exemplo, um dos maiores exportadores de aço para os EUA, iniciou conversações para mitigar os impactos das tarifas, incluindo o fortalecimento de acordos bilaterais e a busca por isenções temporárias.

Uma das estratégias que o Brasil adotou foi a proposta de tarifas retaliatórias, com o objetivo de atingir setores estratégicos da economia americana. Entre as principais medidas sugeridas estava a taxação de plataformas digitais dos EUA, como Facebook, Google e Amazon. Essas plataformas estavam em expansão no Brasil e em outros mercados latino-americanos, e a ideia era afetar as grandes corporações de tecnologia, que também dominavam o mercado digital global. Além disso, o Brasil também procurou negociar acordos mais favoráveis com outros blocos econômicos, como a União Europeia e o Mercosul, para reduzir a dependência do mercado norte-americano.

No caso da União Europeia, houve uma série de respostas tarifárias, com a imposição de tarifas sobre uma gama de produtos americanos, desde motocicletas até produtos agrícolas. Já o México também aplicou tarifas retaliatórias, e a China, maior afetada pelas tarifas de Trump, lançou uma guerra comercial mais ampla, com medidas como a taxação de produtos americanos como soja, carne suína e automóveis.

Consequências e Desafios para o Comércio Global

O impacto das tarifas foi profundo e afetou as relações comerciais globais. A medida gerou um aumento da incerteza nos mercados, o que causou volatilidade no comércio internacional. Para o Brasil, isso significou o desafio de se desvincular parcialmente do mercado americano, buscando diversificar suas exportações e buscar mercados alternativos na Ásia e na Europa.

Além disso, a questão das tarifas sobre o aço e o alumínio serviu para destacar a crescente importância do comércio digital. As gigantes de tecnologia dos EUA, que possuíam uma base de usuários crescente em mercados emergentes, foram colocadas em uma posição vulnerável diante da possibilidade de represálias comerciais. Essa nova “fronteira” do comércio internacional levava em conta tanto os produtos tangíveis (como metais) quanto os intangíveis (como dados e plataformas digitais), revelando um novo foco nas disputas comerciais do século XXI.

As Implicações para o Brasil


Para o Brasil, as tarifas representaram não apenas um desafio econômico imediato, mas também um impulso para repensar suas estratégias de comércio internacional. O país, por ser um dos maiores exportadores de aço e alumínio, dependia consideravelmente do mercado americano, e a imposição de tarifas de Trump expôs a vulnerabilidade dessa dependência.

A resposta do Brasil foi, em parte, diplomática, com tentativas de reverter ou suavizar os efeitos das tarifas. Por exemplo, o Brasil conseguiu uma isenção temporária de tarifas para suas exportações de aço e alumínio para os EUA no final de 2018, mas essa isenção foi constantemente monitorada e sujeita a revisões. Isso fez com que o Brasil buscasse alternativas de diversificação comercial, além de aprofundar parcerias com outros grandes blocos comerciais, como a China e a União Europeia.

A “America First” e suas Implicações no Comércio Global

A política de “America First”, que justificou as tarifas sobre o aço e alumínio, foi apenas uma das facetas de um protecionismo mais amplo imposto por Trump. As tarifas não se limitaram a esses setores, mas afetaram também outros produtos de consumo, como a tecnologia, e geraram tensões comerciais com diversas potências globais, em especial a China. A guerra comercial entre EUA e China, que se intensificou em 2018 e 2019, foi marcada por tarifas recíprocas sobre produtos como produtos eletrônicos, soja e equipamentos de telecomunicação. Esse tipo de disputa gerou distúrbios em várias cadeias de abastecimento globais, afetando empresas e consumidores.

No cenário global, o movimento de Trump teve um efeito cascata, contribuindo para o crescimento do protecionismo e o enfraquecimento do multilateralismo comercial. Em resposta, organizações internacionais como a OMC foram desafiadas a lidar com um novo tipo de diplomacia comercial que envolvia mais unilateralismo e menos consenso global.

Conclusão: O Futuro das Tarifas e da Economia Global

Em perspectiva, a decisão de Trump de aplicar tarifas sobre o aço e o alumínio e de intensificar o protecionismo com outros países tem um legado ambíguo. Por um lado, fortaleceu setores internos dos EUA, mas, por outro, gerou uma série de incertezas econômicas e geopolíticas que afetaram tanto a economia americana quanto as economias globais. Para o Brasil e outros países, a disputa evidenciou a necessidade de repensar estratégias comerciais e de proteger indústrias estratégicas contra choques externos.

A longo prazo, as tarifas e outras políticas protecionistas podem levar a uma reconfiguração do comércio global, com mais ênfase em acordos bilaterais e em ajustes mais rápidos nas políticas industriais, especialmente para economias emergentes. A adaptação do Brasil a esse novo cenário será crucial para o país não apenas proteger suas indústrias, mas também para desenvolver uma estratégia de competitividade mais robusta no cenário internacional.

Todo homem arrogante é abominação ao Senhor; certamente não ficará impune. Pela misericórdia e pela verdade expia-se a iniqüidade; e pelo temor do Senhor os homens se desviam do mal. Quando os caminhos do homem agradam ao Senhor, faz que até os seus inimigos tenham paz com ele. Melhor é o pouco com justiça, do que grandes rendas com injustiça. O coração do homem propõe o seu caminho; mas o Senhor lhe dirige os passos.

Provérbios 16:5-9
Posted in Política, Utilidade Pública by blog-danny | Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,
20/10/2022

O que é o Coronavírus?

Desde meados dos anos 1960, os coronavírus (CoV) são uma grande família viral conhecidos , que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderada, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla (Middle East Respiratory Syndrome – Síndrome Respiratória Aguda Grave).
SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

No ano de 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.

Pela localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS (Middle East Respiratory Syndrome – Síndrome Respiratória no Oriente Médio) e o novo vírus nomeado coronavírus associado à ele.

Por que o Coronavírus se Chama Covid-19?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o nome oficial da doença causada pelo novo coronavírus passará a ser Covid-19.  “Agora temos um nome para a doença e é Covid-19” — (coronavirus disease 2019 – em inglês) — , disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus e pediu ao mundo que lute contra o novo vírus da maneira mais agressiva possível.

O vírus em si foi designado como SARS-CoV-2 pelo Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus.

Os pesquisadores vêm clamando por um nome oficial para evitar confusão e estigmatização de qualquer grupo ou país.

“Tivemos que encontrar um nome que não se referisse a uma localização geográfica, um animal, um indivíduo ou grupo de pessoas, e que também seja pronunciável e relacionado à doença”, disse o chefe da OMS.

“Ter um nome é importante para impedir o uso de outros nomes que podem ser imprecisos ou estigmatizantes. Também nos fornece um padrão a ser usado em futuros surtos de coronavírus.”

A OMS recomendou o nome temporário 2019-nCoV, que inclui o ano em que foi descoberto, “n” para novo e “CoV” para coronavírus. Mas esse nome não “pegou”.

“O perigo quando você não tem um nome oficial é que as pessoas comecem a usar termos como ‘vírus da China’, e isso pode criar uma discriminação contra certas populações.”

A palavra Coronavírus refere-se ao grupo de vírus ao qual pertence, e não à última cepa.

  • O termo ‘cepa‘ se aplica igualmente a uma linhagem de microrganismos (vírus ou bactérias) produzida em laboratório (pode-se dizer que são clones) com a finalidade de estudos. O termo é muito usado em botânica para se referir a variações de uma mesma espécie de plantas.

O novo nome é retirado das palavras “corona”, “vírus” e “doença”, com 2019 — (coronavirus disease 2019 – em inglês) — representando o ano em que surgiu (o surto foi relatado à OMS em 31 de dezembro).

Até 15 de Fevereiro de 2020 existem mais de 68.500 casos confirmados e um total que ultrapassa 1.665 em toda a China. O número de mortes ultrapassou o da epidemia de SARS em 2002-2003.

Só na província de Hubei já soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afeta quase 60 milhões de pessoas.

Nos últimos dias, as autoridades chinesas foram muito criticadas pela maneira como lidaram com a crise quando os casos começaram a surgir.

A morte de um médico cujos avisos precoces foram suprimidos pelas autoridades provocou uma raiva generalizada do público.

Pequim agora “removeu” várias autoridades seniores de seus postos por causa de suas ações para controlar a doença. Entre elas estavam o secretário da Comissão de Saúde de Hubei e o chefe da comissão. Eles são os funcionários mais graduados a serem rebaixados até agora.

O governo central também enviou uma equipe de sua mais alta agência anticorrupção a Hubei para investigar o tratamento que o médico recebeu da polícia.

Cientistas de todo o mundo estão reunidos em Genebra para discutir maneiras de combater o surto.

Ghebreyesus, da OMS, disse que ainda há uma chance realista de conter a doença se recursos suficientes forem dedicados à luta.

Ele elogiou as medidas que estão sendo tomadas na China, que, segundo ele, estão “desacelerando a disseminação para o resto do mundo”.

Enquanto isso, o Federal Reserve, o banco central dos EUA, alertou que as perturbações da economia chinesa podem se espalhar e afetar o resto do mundo.

Quem ‘batiza’ os vírus?

A tarefa urgente de nomear formalmente o vírus é de responsabilidade do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV, na sigla em inglês).

Surtos anteriores dão sinais de alerta. O vírus H1N1 em 2009 foi apelidado de “gripe suína”. Isso levou o Egito, por exemplo, a abater todos os porcos, apesar de a doença ser espalhada por pessoas.

Nomes oficiais também podem ser problemáticos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou o nome MERS (Middle East Respiratory Syndrome – Síndrome Respiratória no Oriente Médio) em 2015.

“Vimos que certos nomes de doenças provocam uma reação contra membros de comunidades religiosas ou étnicas específicas, criam barreiras injustificadas para viagens, comércio e comércio e provocam o abate desnecessário de animais para alimentação”, afirmou em comunicado.

Como resultado, emitiu diretrizes. De acordo com elas, o nome do novo coronavírus não deve incluir localizações geográficas, nomes de pessoas, animais ou tipos de alimento, e referências a uma cultura ou setor específico.

A OMS diz que o nome deve ser curto e descritivo — como o da SARS (Middle East Respiratory Syndrome – Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Mas, para que ele se firme, também precisa ter apelo, diz Benjamin Neuman, professor de virologia, que, junto com outras 10 pessoas, faz parte do grupo de estudo da ICTV que está escolhendo o novo nome.

“Tem de ser mais facilmente pronunciado que os outros”, diz ele.

A equipe começou a discutir um nome há cerca de duas semanas e demorou dois dias para escolher um, diz Neuman, que é presidente de Ciências Biológicas da Texas A&M University-Texarkana nos EUA.

Agora, eles estão enviando o nome para uma revista científica para publicação e esperam anunciá-lo em poucos dias.

Além de ajudar o público a entender o vírus, a ICTV espera permitir que os pesquisadores se concentrem em combatê-lo, economizando tempo e evitando confusão.

Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

João 1:12